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QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL

RELATÓRIO 4

Prof. Eduardo Norberto Codaro

Pedro Victor Martinelli Fagundes


Patrick Siqueira de Moura
Jonathan de Souza Oliveira
Victor Hugo dos Santos Costa
Alexander Henrique Belan

Guaratinguetá, 2022

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Objetivo: Obtenção de oxigênio através do aquecimento de clorato de potássio (KClO3) utilizando
dióxido de manganês (MnO2) como catalisador e determinação do volume molar de oxigênio.
Além de analisar a reatividade de diferentes óxidos e suas propriedades.

Experimento 1: Obtenção de oxigênio

Inicialmente foi realizada a pesagem de um tubo de ensaio contendo KClO 3 + MnO2 onde
foi registrado 26,08 gramas. Posteriormente, foi preenchida por completo uma proveta de 500 ml
e um béquer de 1000 ml pela metade, e transferido a proveta para o béquer de forma que fosse
evitada a formação de bolhas no interior do recipiente. Com o auxílio de uma mangueira de látex
que ligava o tubo de ensaio a um tubo de vidro em “L” que tinha sua outra extremidade
posicionada no interior da proveta, o KClO3 + MnO2 contido no tubo foi aquecido através da
chama do bico de bunsen. A reação que ocorreu pode ser representada pela fórmula a seguir:

2 KClO3 ----- MnO2 ----> 2 KCl + 3 O2

Com o aquecimento da substância ocorreu a decomposição térmica do clorato de potássio,


de forma que o oxigênio formado deslocou a água de dentro da proveta até um nível mais baixo
do que o inicial (aproximadamente 500 ml). Assim que isso ocorreu, primeiramente a mangueira
de látex foi fechada com a pinça de Mohr e em seguida apagada a chama do bico de bunsen. A
partir disso, obteve-se o volume de O2 na proveta pela leitura da escala que estava abaixo do
nível de água do béquer (0,426 L) e também foi obtida a pressão de O2 subtraindo a pressão
atmosférica medida em laboratório através de um barômetro (0,937 atm) com a pressão de vapor
da água obtida na literatura (0,027 atm), resultando em 0,910 atm. Sabendo que a temperatura do
laboratório era de 22,5°C (295,5 K) e que a massa do tubo de ensaio após o experimento foi de
25,54 g, foi possível obter o volume molar do O2 neste experimento, conforme o resultado a
seguir:

Massa inicial do tubo – Massa final do tubo = 0,542 g de O2

(0,542) g / (32) g / mol = 1,69x10-2 mols de O2

P lab x V lab / T lab = P cntp x V molar / T cntp 0,358 L -------------------- 1,69x10-2 mols

(0,910 x 0,426) / (295,5) = (1 x V molar) / (273) V molar ---------------------- 1 mol

V molar = 0,358 L V molar = 21,18 L

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A tabela 1 a seguir apresenta os valores obtidos em laboratório e os que foram utilizados
para realizar o cálculo do volume molar de O2:

Tabela 1 – Valores obtidos em laboratório

Experimento 2: Propriedades de óxidos

Primeiramente foi feita a análise da combustão do enxofre, de forma que uma pequena
quantidade da substância em pó contida na espátula fosse aquecida diretamente na chama do
bico de bunsen. Assim que se iniciou a combustão, foi possível sentir um forte cheiro de pólvora
queimada e uma coloração vermelha escura. Na etapa seguinte deste experimento, com auxílio
de uma pinça, uma fita de magnésio foi levada à chama do bico de bunsen, onde o resultado da
combustão foi uma forte luminescência.

Após isso, com o objetivo de analisar a combustão de metais finamente divididos, um


pedaço de esponja de aço foi colocado sobre a chama do bico de bunsen até que este ficasse
incandescente e logo depois colocado em um tubo de ensaio. Em seguida foi feito o mesmo
procedimento com outro pedaço de esponja de aço, porém, neste caso, assim que se iniciou a
combustão, foi colocado em um erlenmeyer com oxigênio e areia, e rapidamente o frasco foi
fechado com rolha. Pouco tempo depois, a esponja de aço do erlenmeyer foi transferida para um
tubo de ensaio.

O produto da queima da fita de magnésio que foi realizada no início, foi colocada em um
tubo de ensaio com aproximadamente 2 mL de água destilada e em seguida introduzido duas

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gotas de fenolftaleína, o que apresentou uma coloração fortemente rosa, indicando um óxido
básico (alcalino) por ter pH > 7.

Posteriormente, nos dois tubos contendo óxido de ferro foi introduzido aproximadamente 5
ml de água destilada, não havendo nenhuma reação. Em cada tubo foram colocadas 5 gotas de
ácido clorídrico (HCl). O tubo contendo o produto da combustão do ferro com excesso de O 2
(atmosférico) foi levado à chama do bico de bunsen até que se iniciasse a efervescência da água,
apresentando uma coloração verde/amarela fraca. No tubo contendo óxido de ferro obtido com o
oxigênio do erlenmeyer fechado com areia (puro), indicou uma solução de cor amarelada. Por fim,
nos dois tubos contendo óxido de ferro, foram colocadas 2 gotas de Tiocianato de potássio
(KSCN) em cada um, sendo que o primeiro tubo com excesso de O2 não apresentou mudança
significativa em sua coloração e o tubo de óxido de ferro obtido com menor quantidade de O2
apresentou uma solução fortemente vermelha. A figura 1 a seguir apresenta o resultado do
experimento em cada tubo:

Figura 1 – Resultado visual dos experimentos

Conclusão:

No primeiro experimento, através da decomposição térmica do KClO3, foi possível


constatar o volume molar de oxigênio (O2) próximo ao que é previsto de se encontrar na
atmosfera, além de determinar a massa obtida em laboratório. Já no segundo experimento, pôde-
se analisar a reatividade de diferentes óxidos e seu efeito visual na coloração das substâncias,
bem como sua solubilidade. Os óxidos metálicos apresentaram caráter pouco solúvel em água,
mostrando serem óxidos básicos. Os óxidos de elementos não metálicos como o enxofre (S) e o
magnésio (Mg) apresentam caráter ácido e são mais solúveis em água.

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