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Gestão de Desenvolvimento de Produtos - Uma Referência para a Melhoria do Processo

Disciplina: Projeto de Máquinas Especiais PSI544-2020/2 Turma 01


Programa de Pós Graduação da Universidade Federal de Lavras – UFLA
24 /Mar, 2021, Lavras, MG, Brasil

PROJETO ENSAIO PARA DESENVOLVIMENTO DE UM


NOVO PRODUTO: PÉS AUTOMATIZADOS PARA O
AJUSTE DE ALTURA DE MÁQUINAS

Juliana Aparecida Alves de Faria (UFLA)


juliana.faria1@estudante.ufla.br
Janaina Aparecida Andrade (UFLA)
janaina.fidelis@estudante.ufla.br
Sandro Pereira da Silva (UFLA)
sandro.silva@ufla.br

Link apresentação: https://prezi.com/view/smLY5lx9qUoOMgx1ly6m/

O ambiente de trabalho, bem como os processos envolvidos as atividades de produção


e as pessoas que executam as tarefas em diferentes cenários, são temas de estudo sempre
atuais indepedente da época. Sim, pois, para atender uma economia em que a vantagem
competitiva de uma empresa está diretamente relacionada à sua capacidade de produção,
é necessário se investir em mecanismos para manutenção e melhoria das condiçoes de
trabalho. A Ergonomia é uma ciência que enxerga também o desenvolvimento de novos
produtos em determinadas situações como solução. Na literatura podem ser encontradas
várias metodologias para o desenvolvimento de novos produtos, cabendo a cada
empresa encontrar ou adequar àquela que melhor se adapte a sua realidade e cultura.
Neste contexto, o objetivo desta pesquisa é apresentar a aplicação de metodologia,
utilizada na disciplina Projeto de Máquinas Especiais, para a construção de um produto
simples e de custo acessível, pés com regulagem automática e programada de altura,
para viabilizar ajustes de máquinas e equipamentos de forma direta e inteligente,
atendendo a demandas de mercado de forma rápida e eficaz.
Palavras-chaves: projeto de produto, desenvolvimento de produto, ergonomia
1. INTRODUÇÃO

Aliado à evolução da sociedade e à competitividade, o trabalho é alvo de constante


diligência quando equaliza ambientes profissionais produtivos e seres humanos em
condições de segurança e saúde. A ergonomia objetiva evitar riscos acidentais,
operacionais e minimizar a fadiga (STRABELI,2015).

Nste sentido, a evolução tecnológica representa a materialização da criatividade humana


no desenvolvimento de ambientes, produtos e sistemas, acompanhado de muitos
benefícios, com destaque para o aumento na economia global, o aumento na expectativa
de vida das pessoas, as possibilidades de comércio, interações e comunicações, entre
outros. Contudo, existe também incidência de alguns problemas, os quais preocupam
tecnólogos, pesquisadores e entidades de proteção aos consumidores sob, pelo menos,
dois aspectos bastante pragmáticos: o impacto negativo de muitas dessas tecnologias
sobre o meio ambiente e os problemas das interfaces tecnológicas, as quais geram
constrangimentos, acidentes e frustração aos consumidores e usuários. Os termos
ergonomia, usabilidade, acessibilidade e design universal tomaram conta das questões
científicas em torno do design de produtos e sistemas. A discussão em torno desses
temas, por vezes, parece antiquada para os dias atuais, mas de fato envolve questões
ainda não respondidas pela comunidade científica.

Segundo Rosenfeld et al. (2006), o Processo Desenvolvimento de Produtos (PDP) é o


conjunto de atividades onde se busca, a partir das necessidades do mercado e das
possibilidades e restrições tecnológicas, considerando as estratégias competitivas e de
produto da empresa, atraves dos quais se alcança as especificações do projeto de um
produto e de seu processo de produção, para que a manufatura seja capaz de produzi-lo.
O desenvolvimento de produto envolve também o acompanhamento do produto após o
lançamento, bem como o planejamento da descontinuidade do produto no mercado
incorporando estes conceitos na especificação do projeto atendendo assim, todas as
necessidades do produto ao longo do seu ciclo de vida.

A ergonomia se apoia em dados científicos e tem uma base claramente fundamentada


nas ciências, os fabricantes estão interessados principalmente no desempenho do
produto no mercado em termos de quantidade dos bens vendidos e os lucros obtidos. A
ergonomia pode ser entendida como uma disciplina que se foca na natureza das
interações do ser humano com os artefatos, a partir de uma perspectiva unificada da
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ciência, engenharia, design, tecnologia e gerenciamento da compatibilidade humano-


sistema, incluindo uma variedade de produtos, processos e ambientes naturais e
artificiais. Os ergonomistas não projetam sistemas; ao invés disto projetam a interação
entre os artefatos e os seres humanos (Karwowski, 2005).

A ergonomia é uma disciplina que promove uma abordagem holística e centrada no ser
humano para o design de sistemas de trabalho que considera relevante os fatores físicos,
cognitivos, sociais, organizacionais e ambientais. (GRANDJEAN, 1997; WILSON e
CORLLET, 2005; SANDERS e MCCORMICK, 1993; SALVENDY, 2006; VICENTE,
2004; STANTON et al. 2005).

Na literatura são propostas diversas metodologias para o desenvolvimento de novos


produtos, cabendo às empresas encontrar ou adequar aquela que melhor se adapte a sua
realidade e cultura. De acordo com Montgomery e Porter (1998), o mercado está, cada
vez mais, exigindo um estudo mais sério e eficaz sobre a metodologia do
desenvolvimento de produto para que possa reduzir os riscos e os intervalos que
compõem esta atividade. Cada empresa emprega o seu próprio processo de
desenvolvimento de produtos. Algumas definem um processo preciso e detalhado, e
outras empresas possuem processo com pouca estruturação. No entanto, a mesma
empresa pode definir e seguir vários tipos de processos para cada tipo diferente de
projeto de desenvolvimento de produto (TAKAHASHI & TAKAHASHI, 2007).

Decisões e ações na Gestão do Desenvolvimento do Produto (GDP) são de


responsabilidade tanto da alta administração quanto das áreas operacionais da empresa,
e são dependentes do horizonte e amplitude destas. Nas médias e pequenas empresas, a
responsabilidade recai sobrea alta direção ou mesmo sobre seu proprietário. O sucesso
empresarial, o aumento do faturamento e lucratividade e o aumento da participação no
mercado têm sido creditados a uma boa gestão do desenvolvimento de produtos
(CHENG & FILHO, 2007).

A ergonomia busca compreender a interação entre o ser humano e tudo que o rodeia,
para otimizar o bem estar do humano e um melhor desempenho de todo o sistema. A
National Academy of Engineering dos Estados Unidos (NAE, 2004), prevê o
desenvolvimento na engenharia com expanção através de conexões próximas entre a
engenharia e a experiência humana, incluindo novos produtos customizados para as
dimensões e capacidades físicas dos usuários considerando o design ergonômico da
engenharia de produtos.
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A ergonomia foi direcionada pela tecnologia, no futuro a ergonomia deverá direcionar


a tecnologia sendo definida como um sistema composto de pessoas e organizações,
conhecimento, processos e equipamentos que irão criar e operar artefatos tecnológicos
(NRC 2001).

A tecnologia está envolvida tanto na ciência, quanto na engenharia. Desta forma, a


ciência permite o entendimento do “porquê” e o “como” da natureza. A ergonomia
contemporânea desvenda e aplica as informações sobre o comportamento humano,
habilidades, limitações e outras características do design de ferramentas, máquinas,
sistemas, tarefas, trabalhos e ambientes para um uso produtivo, seguro, confortável e
efetivo para o ser humano (SANDERS e MCCORMICK, 1993; HELANDER, 1997).

Neste contexto, a ergonomia lida com um largo escopo de problemas relevantes ao


design e avaliação de sistemas de trabalho, produtos de consumo e ambientes de
trabalho nos quais as interações humano-máquina afetam o desempenho humano e a
usabilidade dos produtos.

O objetivo desta pesquisa é mostrar o caminho para o desenvolvimento de um produto


necessário nos segmentos industriais para contribuição da ergonomia no design e
segurança atraves da metodologia de Gestão de Desenvolvimento de Produtos como
uma Referência para a Melhoria de Processos.

2. METODOLOGIA

2.1 Natureza da pesquisa


Constitui – se de pesquisa de abordagem qualitativa, quanto à natureza é aplicada
e quanto ao objetivo é exploratória. (GERHARDT e SILVEIRA, 2009). Quanto ao
procedimento é estudo de caso, através de investigação empírica (YIN, 2001).

O estudo terá como foco a o desenvolvimento de um produto através de


metodologia pré estabelecida o Processo Desenvolvimento de Produtos – PDP em
referência a Rosenfeld et al. (2006), como parte da ementa de conteúdo da disciplina
Projeto de Máquinas Especiais, para compreensão de todas as etapas necessárias para o
desenvolvimento de um novo produto, bem como a gerência deste processo.
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2.2 Procedimentos
O primeiro passo, será a discussão da ideia em equipe, considerando aspetos de
viabilidade da construção do modelo, apurar os dados de demanda e justificativas para
produção do produto.
Através deste primeiro levantamento, será possível mapear o cenário alvo de
demanda do produto, com a extração de dados que permitirá além de outros, a
identificação dos modelos mais adequados, se existirem outros similares, e através daí
gerar modelos sempre embasados pelo PDP e suas técnicas. Após será possível evoluir
para comparações entre os modelos, e consequentemente confronto entre os pontos
positivos e negativos de projeto entre eles. Todas as outras variáveis servirão como
aditivos de pesquisa ergonômica, servindo para mostrar as diferenças entre a população,
e a necessidade de se considerar cada uma delas, para ajuste de um ambiente de trabalho
que seja propício a segurança e conforto dos seus usuários, dentro dos conceitos de
usabilidade.

2.3 Métodos e técnicas


Primeiro passo será o de se observar, como método mais utilizado numa ‘Análise
Ergonômica’, uma vez que permite uma abordagem de maneira global da atividade no
trabalho, na qual o pesquisador, partindo da estruturação das “classes” de problemas a
serem observados, faz uma espécie de “filtragem seletiva” das informações disponíveis,
da qual advém a observação assistida.
A técnica objetiva (ou direta) se dá por meio do registro das atividades ao longo de
um período pré-determinado de tempo, através de observações – “a olho nu” e/ou
assistida por meio audiovisual.
O registro em vídeo (equipamentos especiais, serão adquiridos ou locados para
coleta dos dados), por exemplo, permite, com maior fidedignidade que a observação “a
olho nu”, o registro completo do comportamento do executor da tarefa, capturando não
apenas detalhes posturais, mas também comportamentais.
“O vídeo pode ser um elemento importante na análise do trabalho, mas os
registros devem poder ser sempre explicados pelos resultados da observação
paralela dos pesquisadores. [...] Essa técnica, entretanto, está relacionada a
uma etapa importante de tratamento de dados, assim como de toda preparação
inicial para a coleta de dados (ambientação dos operadores), e uma filtragem
dos períodos observáveis e dos operadores que participarão dos registros”
(SANTOS & ZAM-BERLAN, s.d., p.16).
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A sequência da análise – AET, pode ser resumida nas seguintes ações: análise da
demanda; definição das situações de trabalho a serem estudadas; observações gerais e
preliminares; pré-diagnóstico; levantamento de hipóteses; plano de observação;
observações detalhadas e sistemáticas; avaliação das exigências do trabalho; análise da
atividade; diagnóstico (global e local) e recomendações.

2.3.1 Descrição do método de análise ergonômica


A pesquisa-ação é uma metodologia de pesquisa reconhecida por diversas áreas de
conhecimento que tratam do trabalho e permeiam a ergonomia, e a metodologia AET
está mais restrita ao núcleo da ergonomia.
Com base no contexto apresentado, neste estudo caberia a pesquisa-ação, por suas
características, como estratégia metodológica de pesquisa social na qual:
• Há uma ampla e explícita interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na
situação investigada;
• Desta interação resulta a ordem de prioridade dos problemas que serão
pesquisados e das soluções a serem encaminhadas sob forma de ação concreta;
• O objetivo da investigação não é constituído pelas pessoas e sim pela situação
social e pelos problemas de diferentes naturezas encontrados nessa situação;
• O objetivo da pesquisa-ação consiste em resolver ou, pelo menos, esclarecer os
problemas da situação observada.
Para restringir o termo pesquisa-ação à forma de investigação-ação mais específica
à pesquisa acadêmica, Tripp (2005) prefere que ela seja denominada como [...] uma
forma de investigação-ação que utiliza técnicas de pesquisa consagradas para informar
a ação que se decide tomar para melhorar a prática [...] (TRIPP, 2005, p. 447)

2.3.2 Roteiro para execução do Projeto


O estudo será dividido em etapas, conforme descrito no Quadro - 1 e seguirá
dinâmica de planejamento para redação explicadas no Quadro – 2.
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Quadro 1 - Descrição das etapas de construção da pesquisa e identificação das ações, dos
envolvidos e do local de realização.
Etapa Ação/Objetivo Como/Onde/Quando? Com quem?
Investigação em campo, Empresas,
1 Discussão da ideia pesquisa bibliográfica. indústria,
trabalhadores
Identificação e seleção dos
2 modelos constituirão a amostra da Fabricantes Indústria
pesquisa
Locais onde o produto será
3 Mapeamento Empresas
utilizado
Estratégia de análise, escolha e
4 Laboratório UFLA
adaptação dos métodos
Início das Análises
Fase I – plano de observação;
Campo (ambiente de trabalho
5 observações detalhadas e Empresa
da amostra)
sistemáticas; avaliação das
exigências do trabalho
Fase II - Pré-diagnóstico;
6 Laboratório UFLA
levantamento de hipóteses
Análise da atividade - Campo (ambiente de trabalho
UFLA
Biomecânica da amostra)
Fase III - Diagnóstico (global e
7 Laboratório UFLA
local)
Fase IV – Recomendações e
8 Laboratório UFLA
plano de ação de melhoria
Fase V – Confecção do artefato
9 Laboratório UFLA
(protótipo)
10 Fase VI – TESTES Tryout Laboratório UFLA

11 Fase VII – TESTES in loco Indústria Empresas


Fase VII – Validação do produto
12 ---- UFLA
e registro
Quadro 2 - Cronograma de Pesquisa → Etapas da execução do projeto.

2021
AÇÕES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Pesquisa Bibliográfica

Definição de Estratégia de Pesquisa

Participação em Eventos (início de


investigação do problema).
Prospecção para possibilidade de parceria de
pesquisa entre instituição de ensino e indústria
fabricante

Análise Ergonômica do Trabalho

Escolha dos métodos – ferramentas para PDP


/AET
Aplicação dos métodos para análise
ergonômica das atividades de trabalho.

Interpretação dos dados de análise


ergonômica. Conclusão e formulação do
plano de ação de melhoria.

Planejamento de desenvolvimento do produto

Estudo de viabilidade para o projeto de


concepção.
Projeto de concepção – adequação e ajuste do
protótipo
Discussão de decisões e projetos entre
projetistas e usuários
Evidência de ação de melhoria – ergonomia
de concepção

Análise dos Dados

Interpretação e Discussão

Redação

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2.4 Material utilizado para construção do protótipo (teste 1)
O material utilizado para construção do protótipo foram reaproveitados, sendo:
1 – recipiente em plático utilizado como aplicador de sensor FreesStyle Libre da
Abboot, com rosqueamento graduado e limitado (pés);
2 – tampa em formato quadricular, fina espessura de papelão.
3- Plataforma eletrônica de código aberto baseada em hardware e software fáceis de
usar
O sistema para programação será composto de duas valvulas solenoides, pés
articulados, um manômetro digital, uma bomba de pressão sendo o gerenciamento e a
programação através do Arduino. Será estabelecido no programa a altura e a quantidade de
libras a serem adicionadas para tal, a partir da escolha da altura, a bomba de ar será acionada
e o manômetro que é responsável monitoramento de pressão no sistema estabelece o limite
de ar irrigado a Válvula solenoide e que por sua vez controle a abertura e fechamento de ar
proporcionando ao a elevação ou não dos suportes.
As placas Arduino são capazes de ler entradas - luz em um sensor, um dedo em um
botão ou uma mensagem do Twitter - e transformá-la em uma saída - ativando um motor,
ligando um LED, publicando algo online. Você pode dizer à sua placa o que fazer enviando
um conjunto de instruções para o microcontrolador da placa. Para fazer isso, você usa
a linguagem de programação Arduino (baseada em Wiring ) e o Arduino Software (IDE) ,
baseado em Processing .
Ao longo dos anos, o Arduino tem sido o cérebro de milhares de projetos, de objetos
do cotidiano a instrumentos científicos complexos. Uma comunidade mundial de criadores
- estudantes, amadores, artistas, programadores e profissionais - reuniu-se em torno desta
plataforma de código aberto, suas contribuições somaram uma quantidade incrível
de conhecimento acessível que pode ser de grande ajuda para novatos e especialistas.
O Arduino nasceu no Ivrea Interaction Design Institute como uma ferramenta fácil de
prototipagem rápida, voltada para alunos sem formação em eletrônica e
programação. Assim que alcançou uma comunidade mais ampla, a placa Arduino começou
a mudar para se adaptar às novas necessidades e desafios, diferenciando sua oferta de placas
simples de 8 bits a produtos para aplicações IoT, vestíveis, impressão 3D e ambientes
integrados. Todas as placas Arduino são totalmente de código aberto, permitindo que os
usuários as criem de forma independente e, eventualmente, adaptem-nas às suas
necessidades particulares. O software também é de código aberto e está crescendo por meio
das contribuições de usuários em todo o mundo.

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Graças à sua experiência de usuário simples e acessível, o Arduino foi usado em
milhares de projetos e aplicativos diferentes. O software Arduino é fácil de usar para
iniciantes, mas flexível o suficiente para usuários avançados. Ele roda em Mac, Windows e
Linux. Professores e alunos o usam para construir instrumentos científicos de baixo custo,
para provar os princípios da química e da física ou para iniciar a programação e a
robótica. Designers e arquitetos constroem protótipos interativos, músicos e artistas usam
para instalações e para experimentar novos instrumentos musicais. Os criadores, é claro, o
usam para construir muitos dos projetos exibidos na Maker Faire, por exemplo. Arduino é
uma ferramenta fundamental para aprender coisas novas. Qualquer pessoa - crianças,
hobistas, artistas, programadores - pode começar a mexer apenas seguindo as instruções
passo a passo de um kit,
Existem muitos outros microcontroladores e plataformas de microcontroladores
disponíveis para computação física. Parallax Basic Stamp, Netmedia's BX-24, Phidgets,
MIT's Handyboard e muitos outros oferecem funcionalidade semelhante. Todas essas
ferramentas pegam os detalhes complicados da programação do microcontrolador e os
envolvem em um pacote fácil de usar. O Arduino também simplifica o processo de trabalho
com microcontroladores, mas oferece algumas vantagens para professores, alunos e
amadores interessados em relação a outros sistemas:
Barato - as placas Arduino são relativamente baratas em comparação com outras
plataformas de microcontrolador. A versão mais barata do módulo Arduino pode ser
montada manualmente, e mesmo os módulos Arduino pré-montados custam menos de \ $ 50
Plataforma cruzada - O software Arduino (IDE) é executado nos sistemas
operacionais Windows, Macintosh OSX e Linux. A maioria dos sistemas de
microcontroladores está limitada ao Windows.
Ambiente de programação simples e claro - O Arduino Software (IDE) é fácil de usar
para iniciantes, mas flexível o suficiente para usuários avançados aproveitarem. Para
professores, ele é convenientemente baseado no ambiente de programação de
processamento, de modo que os alunos que estão aprendendo a programar naquele ambiente
estarão familiarizados com o funcionamento do IDE do Arduino.
Software de código aberto e extensível - O software Arduino é publicado como
ferramentas de código aberto, disponíveis para extensão por programadores experientes. A
linguagem pode ser expandida por meio de bibliotecas C ++, e as pessoas que desejam
entender os detalhes técnicos podem dar o salto do Arduino para a linguagem de
programação AVR C na qual ela se baseia. Da mesma forma, você pode adicionar o código
AVR-C diretamente em seus programas Arduino, se desejar.

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Hardware extensível e de código aberto - Os planos das placas Arduino são
publicados sob uma licença Creative Commons, para que designers de circuito experientes
possam fazer sua própria versão do módulo, estendendo-o e aprimorando-o. Mesmo usuários
relativamente inexperientes podem construir a versão breadboard do módulo para entender
como ele funciona e economizar dinheiro.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O manuseio de carga resulta em sobrecarga fisiológica nos músculos da coluna e dos


membros inferiores e o contato entre a carga e o corpo pode provocar estresse postural. As
duas situações podem provocar desconforto, fadiga e dores. O segundo ponto é estudado
pela ergonomia, com o objetivo de projetar métodos mais eficientes para o transporte de
cargas, reduzindo os gastos energéticos e os problemas músculo – esqueléticos. (IIDA, 2005)
Os problemas relacionados ao manuseio e transporte de carga são percebidos em
ambientes de processamento mecânico da madeira uma vez que é frequente e constante a
utilização de peças pesadas durante o trabalho. Vários estudos apontam a sobrecarga na
coluna presente em grande parte das etapas do trabalho em marcenarias, como no
levantamento e deposição das peças para alimentação das máquinas nos postos de trabalho.
Fielder et.al, 2008 afirma que para melhoria das posturas adotadas nas marcenarias deve-se
buscar eliminar o constante trabalho em pé, utilizar mecanização auxiliar para manuseio das
peças, diminuir o peso manuseado durante a alimentação das máquinas (menor número e
tamanho de peças) e realizar treinamentos específicos constantes para adoção de melhores
posturas.
Criar mecanismos para viabilizar os processos de produção, este é o verdadeiro papel
do ergonomista. Observar longa e detalhadamente o comportamento de todos os atores
envolvidos, direta e indiretamente, pavimentando a comunicação entre as partes envolvidas
com objetivo de alcançar soluções práticas, baratas e viáveis que facilitem o trabalho
proporcionando segurança e conforto aos profissionais.
Souza, 2012 comenta a importância da execução do processo de desenvolvimento do
produto com o uso de métodos que sistematizem o processo, de modo a se obter resultados
desejáveis, principalmente quando se refere à complexidade do produto e pela interação
usuário-máquina-ambiente, que exige, por um lado, preocupações absolutamente
indispensáveis para a segurança do homem e do ambiente durante o ciclo de vida da
máquina, e por outro, desempenho funcional satisfatório na realização da operação.
Para a construção de um artefato que atenda e contente de forma segura uma atividade de
trabalho é imprescindível conforme Grandjean, 2005 que se defina altura de trabalho. Se a
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área de trabalho é muito alta, frequentemente os ombros são erguidos para compensar, o que
leva a contrações musculares dolorosas na altura da nuca e das costas. Se a área de trabalho é
muito baixa, as costas são sobrecarregadas pelo excesso de curvatura do tronco, o que dá
frequentemente margem a queixa de dores nas costas. Por isso, a altura das mesas de trabalho
deve estar de acordo com as medidas antropométricas do operador, tanto para o trabalho de
pé quanto para o trabalho sentado.
Perceber o problema, observar a atividade e em fim propor ações de melhoria para
facilitar o trabalho daqueles que executam as tarefas prescritas sem qualquer garantia de
conforto e/ou segurança. A ideia de concepção é simplesmente perseguir uma intenção e
considerar uma mudança a operar. Mas é também transformar, conduzir e realizar essa
mudança orientada. (BÉGUIN, 2007)
De acordo com Rosenfeld et al. (2006), o desenvolvimento de produtos é um processo de
negócio cada vez mais crítico devido a internacionalização dos mercados, o aumento da
diversidade de produtos e a redução do seus ciclos de vida, sendo assim novos produtos
buscam atender segmentos específicos de mercado, incorporando novas tecnologias e se
adequando a novos padrões e restrições legais. Segundo Clark & Fujimoto (apud SILVA,
2002) o desenvolvimento de produtos é basicamente o esforço realizado por um conjunto de
pessoas de uma empresa na transformação de dados sobre oportunidades de mercado e
possibilidades técnicas em bens e informações para a fabricação de um produto comercial.
Da perspectiva dos investidores de uma firma, desenvolvimento bem sucedido resulta em
produtos que possam ser produzidos e vendidos de forma lucrativa. Além disso, cinco
dimensões mais específicas, todas relacionadas ao lucro em última análise são utilizadas para
avaliar o desempenho de um esforço de desenvolvimento de produto: qualidade do produto,
custo do produto, tempo de desenvolvimento, custo do desenvolvimento e o aprendizado do
desenvolvimento (ULRICH & EPPINGER, 1995).
As empresas devem tomar decisões no sentido de obter a ligação entre os objetivos e a
estratégia de negócios e a série de projetos de desenvolvimento de produtos. Os projetos
devem refletir a direção e a intenção estratégica dos negócios da empresa. Outra questão
estratégica importante trata da definição do papel da alta gerência em relação aos projetos de
desenvolvimento de produtos. Geralmente, essa atuação ocorre nas fases finais do
desenvolvimento dos projetos, momento em que os gerentes tentam solucionar problemas e
erros, quando o custo das alterações é relativamente alto. No entanto a atuação mais influente
e proveitosa por parte da alta gerência deve ocorrer nas fases iniciais do desenvolvimento dos
projetos, ou seja, no planejamento, quando muitos problemas futuros podem ser
diagnosticados com antecedência e as soluções encaminhadas antecipadamente
(TAKAHASHI & TAKAHASHI, 2007).
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O Processo de Desenvolvimento de Produto (PDP) tem sido muito pesquisado devido à
grande importância que as empresas têm dado ao mesmo, por ser uma das formas de tornar-
se competitiva no mercado atual, onde a concorrência é cada vez maior. Conforme Brown &
Esisenhardt (apud MUNDIM, 1995) num ambiente de grande competitividade,
internacionalização das operações e rápidas mudanças tecnológicas, exige-se das empresas
agilidade, produtividade e alta qualidade, que dependem necessariamente da eficiência e
eficácia do PDP. Um desempenho superior deste processo torna-se, então, condição essencial
para garantir linhas de produtos atualizadas tecnologicamente e com características de
desempenho, custo e distribuição condizentes com o atual nível de exigência dos
consumidores.
O PDP é considerado complexo devido à sua multidisciplinaridade e necessidade de um
bom planejamento. Silva (2002) afirma que as abordagens que estudam o desenvolvimento
do produto provêm de diferentes áreas, inter-relacionadas, porém com focos específicos. As
mais significativas abordagens são: as pesquisas na área da qualidade que enfatizam a
prevenção e controle de erros; os trabalhos na engenharia e administração, com foco na
tecnologia do produto e de processo de fabricação, e na gestão e estratégia, respectivamente,
dentre outras.
Para Cheng & Filho (2007) a multifuncionalidade da Gestão do Desenvolvimento de
Produtos (GDP) refere-se à necessidade de envolver diversas áreas funcionais, como as de
mercado, de pesquisa e desenvolvimento, e também em menor intensidade, porém sempre
desejável de logística e de produção, dentro das corporações e grandes empresas. Para os
autores, é aconselhável que a prática da GDP nas empresas seja interfuncional ou
multifuncional nas decisões e ações.
Existem diversas metodologias para o desenvolvimento de produtos, propostas na
literatura, compostas de diversas etapas ou fases. O desenvolvimento de novos produtos pode
ser visto como uma passagem do abstrato, do intangível, que contempla as idéias ainda
subjetivas e não muito claras, para o concreto, o tangível, o resultado: “produto físico”
(TAKAHASHI & TAKAHASHI, 2007). De acordo com Rozenfeld et al. (2006), o PDP é
tipicamente dividido em várias fases ou etapas, visando facilitar a compreensão e o controle
do processo, onde uma fase é marcada pela conclusão de um ou um conjunto de resultados
importantes do projeto. Para Wheelwright & Clark (apud SILVA, 2002), o PDP pode ser
dividido em cinco fases: conceito, planejamento do produto, engenharia do produto e testes,
engenharia do processo e produção-piloto.
O sistema de desenvolvimento de produtos pode ser compreendido pelo esquema de
entrada, processamento e saída, envolto pelo mercado e tecnologia. A gestão desse sistema,
denominado de GDP, refere-se ao conjunto de processos, tarefas e atividades de planejamento,
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organização, decisão e ação envolvidos para que o sistema considerado alcance os resultados
de sucesso esperado. Obter sucesso significa saber integrar os diversos agentes, tanto externos
como parcerias, fornecedor e cliente, e internos como áreas funcionais de marketing, vendas,
engenharia, P&D, produção, de forma a trabalharem cooperativamente, envidando ao sistema
os esforços e competências grupais e individuais em conceitos, métodos e técnicas qualitativas
e quantitativas (CHENG & FILHO, 2007).
Nesse sentido, as várias decisões do projeto para realizar esta transformação englobam
tanto áreas técnicas como econômicas de mercado. A combinação de decisões das fases de
desenvolvimento, descritas abaixo, em uma progressão no tempo diminui a incerteza,
caracterizando assim o processo de desenvolvimento de produto análogo a um “funil”
(TAKAHASHI & TAKAHASHI, 2007).
Estas fases, de acordo com os autores, são as seguintes:
Fase 0 – Avaliação de conceito: tem o objetivo de avaliar as oportunidades de produto e
iniciar o processo de desenvolvimento do produto.
Fase 1 – Planejamento e especificação: tem o objetivo de definir claramente o produto,
identificar vantagens competitivas, esclarecer funcionalidade e determinar a viabilidade do
desenvolvimento em um grau mais detalhado do que a fase 0.
Fase 2 – Desenvolvimento: objetiva desenvolver o produto propriamente dito, baseando-
se nas decisões tomadas e aprovadas da “revisão da fase 1”. Os detalhes do projeto e atividades
de desenvolvimento acontecem nessa fase.
Fase 3 – Teste e avaliação: o objetivo dessa fase é realizar um teste final e preparar a
produção e o lançamento do produto.
Fase 4 – Liberação do produto: tem o objetivo de verificar se a produção, o marketing de
lançamento de produto, o sistema de distribuição e o suporte ao produto serão preparados para
iniciar as atividades.
No estágio inicial do planejamento é feita uma pesquisa de mercado para saber as
tendências, a partir daí várias idéias são lançadas e vão sendo afuniladas conforme são feitas
as primeiras especificações. Os estágios iniciais são os mais importantes no processo de
desenvolvimento de novos produtos. Nesses estágios os gastos com o desenvolvimento ainda
são relativamente pequenos, a pesquisa só ocorreu no papel e os trabalhos de projeto consistem
de desenhos e modelos baratos. Os produtos que começam com uma boa especificação,
discutida e acordada entre todas as pessoas que tomam decisões na empresa, e cujos estágios
iniciais de desenvolvimento sejam bem acompanhados, têm três vezes mais chances de
sucesso, do que aqueles com especificações vagas ou acompanhamentos iniciais mal feitos.
Assim, é muito importante começar certo no processo de desenvolvimento (BAKSTER,
2003).
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Segundo Rozenfeld et al. (2006), muitos autores expandem ainda mais o escopo do PDP,
incluindo atividades de planejamento estratégico no início do processo e atividades de
acompanhamento da produção e de retirada do produto do mercado no outro extremo. Para o
autor, a principal divisão das atividades do PDP é classificada em três etapas que
compreendem o pré-desenvolvimento, o desenvolvimento e o pós-desenvolvimento,
conforme apresentado na Figura 1 e exposto abaixo:
Pré-desenvolvimento: nessa fase, também conhecida como planejamento do produto, é
definido o produto a ser desenvolvido, isto é, o escopo do projeto de desenvolvimento,
avaliação econômica do projeto, avaliações de capacidade de risco do projeto, definição de
indicadores para monitoramento do projeto e definição de planos de negócio. Apesar disso,
antes dessa fase existe o planejamento estratégico do produto, onde será analisado o
planejamento estratégico da empresa e definidos os produtos que podem alcançar os objetivos
da empresa.
Desenvolvimento: essa fase comporta um número maior de atividades relacionadas com
o projeto de um produto, podendo ser dividida em quatro etapas. No Projeto Informacional é
feita a aquisição de informações junto ao cliente (necessidades e desejos) sobre o projeto em
questão e sua posterior interpretação. Na fase de Projeto Conceitual com base nas informações
obtidas na fase anterior, é proposto o conceito a ser adotado pelo produto. É realizada, uma
síntese da estrutura de funções a ser desempenhada pelo produto, a fim de atender às
necessidades do consumidor. Na fase de Projeto Preliminar, conhecendo-se o conceito e a
estrutura funcional do produto pode-se dimensioná-lo, selecionando-se materiais, formas,
componentes, processos de fabricação e montagem, etc. Ao final desta fase, os produtos estão
totalmente estruturados. No Projeto Detalhado, fase final de projeto, a disposição, a forma, as
dimensões e as tolerâncias dos componentes são finalmente fixadas. Com todos os recursos
em mãos, realiza-se então o lançamento oficial do produto.
Pós-desenvolvimento: nessa fase ocorre inicialmente um planejamento de como o
produto será acompanhado e retirado do mercado. Definem-se as equipes e os recursos
necessários para as alterações de engenharia, visando correções de potenciais falhas e/ou
adição de melhorias requisitadas pelos clientes. Definem-se também metas de quando o
produto deverá ser retirado do mercado. Deve-se fazer o acompanhamento do produto, a fim
de realizar melhorias contínuas até que sejam atingidas as metas estabelecidas durante o PDP
e o produto seja descontinuado. Inicia-se então a retirada do produto do mercado e todas as
providências em relação ao descarte do material para o meio ambiente devem ser tomadas.

14
Figura 1 – Etapas do processo de desenvolvimento de produtos (ROZENFELD et. al., 2006)

De acordo com Cooper (apud CHENG & FILHO, 2007), é possível elencar oito fatores
críticos de sucesso para a gestão do desenvolvimento de produtos: (1) trabalho sólido na
definição do produto e na justificativa do projeto; (2) dedicação profunda na captação dos
dados do mercado e da voz do cliente ao longo do projeto; (3) produto com valor superior
para o cliente por intermédio da diferenciação e benefícios especiais; (4) definição clara
precisa e antecipada do produto, antes do início do desenvolvimento; (5) lançamento do
produto no mercado bem planejado, com recursos adequados e competentemente executados;
(6) pontos rigorosos de decisão sobre continuar ou abortar o projeto em desenvolvimento;
(7) grupos interfuncionais responsáveis, dedicados, apoiados, e com líderes fortes; e (8)
orientação interfuncional em termos de grupos de trabalho, pesquisas de mercado e produtos
globais.
3.1 Desenvolvimento do projeto do produto como experiência didática
Este trabalho tem como objetivo apresentar o processo de desenvolvimento de um
produto de baixa complexidade, como uma experiência didática por um grupo de alunos da
disciplina Projeto de Produto do curso de engenharia de produção. Na elaboração do modelo
utilizado considerou-se as várias metodologias descritas na literatura, os conhecimentos já
adquiridos ao longo do curso, as dificuldades de criação do protótipo e a interdisciplinaridade
com outras áreas de conhecimento da engenharia. O modelo para o desenvolvimento do
produto utilizado neste trabalho consiste no levantamento de informações e execução das
seguintes etapas (FARIA, 2007):

15
1ª Etapa – Geração do conceito:
(1.1) Geração de idéias;
(1.2) Especificação de oportunidades.
2ª Etapa – Projeto preliminar.
3ª Etapa – Projeto detalhado e protótipo.
4ª Etapa - Definição do custo e processo de produção:
(4.1) Composição do custo do produto/serviço;
(4.2) Descrição do processo de produção (layout);
(4.3) Fluxo do processo/equipamento/mão-de-obra.
5ª Etapa – Transformando Idéias em negócios:
(5.1) Exploração da oportunidade;
(5.2) Lógica do negócio.
Geração de idéias: Foi proposto desenvolver a idéia de um produto que explorasse algum
problema ou oportunidade. Dessa forma, deveria se idealizar um produto inovador, útil,
técnico-economicamente viável e de baixa complexidade (possibilidade de confecção de
protótipo simples) para a solução do problema idealizado ou a exploração da oportunidade.
Através da técnica de brain storm, foi idealizado pés articulados para máquinas, que
funcionariam oara ajuste da altura de máquinas e equipamentos em ambiente industrial. A
experiência na industria mostra que as linhas deprodução, por vezes, sacrificam a saúde de
seus trabalhadores quando obrigam os mesmos a adotar uma determinada postura para
produção de resultados, durante as atividades de trabalho solicitadas. Isto porque na maioria
das vezes, os equipamentos e máquinas não tem configuração adequada para aquela população
de trabalhadores, são, na maioria das vezes, estações de trabalho ‘baixas’ quando comporadas
a estatura média dos que as operam. Estes pés seriam úteis aos trabalhadores e as empresas
que contratam, sim pois, além de trazer conforto, a ideia é que eles sejam automatizados por
um sistema de programação para ajustar conforme a leitura de média antropométrica dos
operadores que atuam naquela determinada estação de trabalho.
O desenvolvimento deste projeto teve início com a ideia de facilitar o trabalho com
propostas de melhoria e criação de produtos com colaboração de maneira multidisciplinar
aproveitando de cada área da ciência potencial para concepção de m produto de baixo custo,
prático, eficiente, seguro e confortável em fim que estabelecesse interface com usuário
caracterizando usabilidade dentro do que se propõe a ergonomia. Seguindo os parâmetros
recomendados em norma regulamentadora de Ergonomia a NR17 item 17.3 – Mobiliário dos
postos de trabalho.
Para média antropométrica dos segmentos corporais utilizamos o software Ergolândia 5.0
(figura 1) desenvolvido pela FBF Sistemas este programa contém um banco de dados de
16
estaturas com as quais é possível concluir a medida exata do segmento corporal desejado. Para
este projeto estabelecemos altura média dos indivíduos 1700 mm baseado base em dados do
IBGE através da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009 apontando esta a
estatura média dos brasileiros do gênero masculino com idade entre 19 e 54 anos. (POF, 2009)
Figura 2: Software ‘Ergolândia 5.0’ Cálculo Antropométrico com base de altura indivíduo
1,70 m

A medida dos segmentos corporais com respectivas alturas em relação ao solo nos
permitiu o calculo dimensional da altura final das máquinas e consequente calculo de altura
dos pés articulados (curso de graduação de altura final).
Segundo Paschoarelli (2009) ainda não há definição que apresente um consenso no meio
acadêmico para usabilidade, ergonomia e design. Contudo os estudiosos atestam em suas
teorias que o design é uma área de conhecimento correlato ao desenvolvimento do projeto do
produto, cujos princípios apoiam-se no atendimento às exigências e às expectativas do homem
(produtor, consumidor, usuário e expectador), em sua concepção produtiva. E complementa
quando afirma que a ergonomia apresenta como objetivo a adequação de processos e produtos
tecnológicos aos limites, à capacidade e aos anseios humanos.
Para avaliar, inicialmente, a viabilidade da idéia, o grupo respondeu aos questionamentos
apresentados no Quadro 3.

17
Quadro 3– Questões analisadas na geração de idéias para os “Pés Articulados Autmáticos”.
Mercado para a produção Nacional
Clientes Empresas e indústrias de todos os seguimentos

Potenciais concorrentes Não existe esta tecnologia no mercado nacional


Caráter inovação Melhria produtividade, acessibilidade a tecnologia a uma maior gama de
segmentos, promoção de saúde ocupacional ( diminuição de indicadores
de lesões causadas por danos posturais)
Características Este produto possibilitará maneira razoável e simplificada a adequação de
postos de trabalho, evitando investimento extraordinários e contratação de
epecialistas para estas demandas, tornando assim o processo de melhoria e
mudanças rápido. Evitando maiores danos por protelar ações devido a falta
de recursos, esta sendo uma realidade constatnte nas empresas (indútrias).
Processo produtivo Processo de fabricação discreto, com baixa complexidade.
Fornecedores Fornecedores de materiais (aço), fornecedores de plataforma eletrônica de
código aberto baseada em hardware e software faceis de usar ( ex.
Arduino)
Mercado Nacional e Internacional
Perfil técnico da equipe Pessoas com habilidades para projeto e em segundo momento pessos com
especilidade para fabricação.

Nessa etapa foi realizada pesquisa junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial
(INPI) para verificar se havia algum registro de propriedade industrial como patente ou
modelo de utilidade. Como palavras-chave da pesquisa foram utilizadas: “Pés articulados
automáticos”, o resultado da pesquisa acusou nenhum produto desta natureza ou pedido de
reconhecimento de patente.
Especificação de oportunidades: Foram avaliadas as características do mercado, a fim
de tentar identificar os possíveis clientes. O público alvo do novo produto denominado “Pés
articulados automáticos”, poderá ser composto por empresas com sistemas de produção com
conjunto de máquinas e equipamentos de qualquer segmento. O sucesso do produto está
condicionado à solução que este acessório pode proporcionar de forma simples e segura, e
principalmente com preço que os clientes estejam dispostos a pagar.
Para avaliar a viabilidade da idéia, foi realizada uma comparação de produto concorrente
ou semelhante, disponível no mercado, conforme Quadro 4.

Quadro 4 – Avaliação de produtos similares e potenciais concorrentes


Concorrente Descrição Desvantagem Preço
Não possui design e sistema
Pé para máquina- favorável inviabilizando Não
1 ferramenta aplicação a determinado informado
modelos de máquinas.

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2ª Etapa - Projeto preliminar
Essa etapa demanda muita cautela, pois segundo Rozenfeld et al. (2006), tomadas de
decisões inadequadas no início do desenvolvimento podem ser caras e difíceis de serem
revertidas em fases posteriores. No projeto preliminar, estabeleceu-se que os “Pés articulados
automáticos” teriam os seguintes componentes: base de aço ø 100 com aço articulado - cargas
pesadas. A partir de medidas padrões foram feitos os desenhos preliminares do conjunto e dos
componentes, conforme apresentado na Figura 2.

Figura 3 - Projeto preliminar do produto “Pés articulados automáticos” – vista frontal

3ª Etapa - Projeto detalhado e protótipo


No projeto detalhado, analisou-se a forma geométrica do produto, fez-se a seleção dos
materiais e execução do desenho de conjunto. Nessa etapa é necessário executar alterações no
desenho de conjunto, fazer a reavaliação ergonômica, detalhar o produto e planejar os
processos de fabricação e montagem.
Para construção do protótipo, foram utilizados: 1- recipiente plástico, utilizado como
aplicador de sensor FreesStyle Libre da Abboot, com rosqueamento graduado e limitado (pés);
2 - uma tampa em formato quadricular, fina espessura de papelão. As partes foram coladas.
Para o sistema de programação dos pés articulados foi escolhido o Arduino. Por ser uma
plataforma eletrônica de código aberto baseada em hardware e software fáceis de usar, neste
projeto ele será composto por: uma válvula, um manômetro, uma bomba de pressão e dois
suportes articulados.

19
Figura 4 – Protótipo físico (esboço e dinâmica) projeto, com sistema para simulação de
ajuste de altura.

4° Etapa - Definição do custo e processo de produção


No projeto de um produto devem ser considerados aspectos relacionados com a estratégia
da empresa, o mercado, o marketing, a tecnologia envolvida, as inovações desejadas e o
processo de produção. Os custos dos recursos empregados em cada atividade de
desenvolvimento e produção servem para compor uma estimativa de custo do produto final.
Para avaliar a viabilidade técnica e econômica de um novo produto é necessário projetar o seu
processo de produção. Somente com o layout do processo produtivo é possível estimar
corretamente o custo final do produto. A estimativa dos custos com materiais para a produção
de uma unidade “Pés articulados automáticos”, a partir do projeto detalhado. Para avaliar o
custo do produto, também é necessário avaliar os custos de produção, considerando mão-de-
obra, energia e outros insumos. O que não foi possível realizar, de forma detalhada,
considerando o contexto acadêmico deste projeto, no âmbito da disciplina Máquinas Especiais.
A composição de custos dos materiais é importante para verificar quais matérias-primas e
componentes são críticos em termos de valor para o preço do produto, podendo apontar para
alternativas de materiais.

20
A Figura 5 ilustra uma proposta do processo de produção e layout para os“Pés articulados
automáticos”.
Figura 5 - Descrição do processo de produção (layout) dos“Pés articulados automáticos”
Item Processo Descrição
Local onde fica armazenada a matéria-prima, principalmente, chapas de
1 Estoque
aço, equipamentos eletrônicos.

O material (aço) será temperado, estampado, preparado para modelagem e


2 Metalurgia
design

3 Montagem Montagem da base

4 Programação Cálculos e alimentação do sistema de progamação para regulagem (placa)

5 Conferência Verificação e teste do sistema

6 Embalagem Embalagem e expedição do produto para o cliente.

Quadro 5 - Fluxo do processo/equipamento das etapas de produção da dos“Pés articulados automáticos”

❹ ❸ ❷

CLIENTE

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5ª Etapa - Transformando idéias em negócios
Esta etapa não faz parte do PDP, mas foi realizada nessa experiência didática com a
finalidade de despertar os alunos para a possibilidade de criação de novos negócios através da
idéia e projeto de produtos diferenciados, bem como de promover o espírito empreendedor. O
grupo respondeu uma série de questões necessárias para a elaboração de um plano de negócios
e relacionadas com a exploração da oportunidade (Quadro 6) e lógica do negócio (Quadro 7).
Quadro 6 - Exploração da oportunidade.

Que “nicho” de mercado pretende explorar? O nicho de mercado será composto por empresas de
Quem comprará os produtos / serviços? Por segmentos variados.
quê?
Onde estão localizados os potenciais clientes? Qualquer lugar (região) onde se localizam o cliente
em potencial (empresas)

Qual o volume e freqüência de compras dos Um produto por máquina ou equipamento


clientes?
Como influenciar na decisão de compra dos Mostrar a utilidade e o diferencial do novo produto
clientes? com as vantagens de custo e benefício
Podem existir novos concorrentes no mercado Sim, devido a crescente demanda no mercado por
que está explorando? soluções nesta área.
Como fazer com que os clientes passem a Investir no marketing do produto
comprar os produtos?

Quadro 7 - Lógica do negócio.

Qual será ponto ideal para a instalação do Região Sudeste devido a concentração de indústrias e
negócio? respectiva fiscalização das condiçoes de trabalho nestas
empresas, obrigando o investimento em melhorias

Existem aspectos legais que influenciaram a Sim. Fiscalização mais efetiva nesta região
localização?
Qual a previsão de investimento inicial 10 mil a 15 mil reais.
(modelo protótipo)?
Qual o perfil e o papel dos sócios a O sócio deverá possuir capital para o investimento
serem escolhidos? inicial além de possuir visão empreendedora e crítica do
negócio.
O que diz a legislação sanitária e/ou Utilização de material não poluente, legislação urbana
ambiental inerente ao negócio? sobre o uso do solo, tratamento de efluentes e destinação
de resíduos.
Quais são os impostos / tributos / taxas No caso de pequena e média empresa, tributação Super
para pagar? Simples, que inclui os tributos: IPI, IRPJ, CSLL, COFINS,
PIS/ Pasep, ICMS e ISS. Esse plano não exclui a incidência
de outros impostos, como IOF e obrigações trabalhistas,
como FGTS e INSS.
Devo registrar a “minha marca”? Sim. Será associada a marca, pelo consumidor, a qualidade
e as vantagens do produto.

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Continuação .... Quadro 7 - Lógica do negócio.

Devo patentear o “meu Sim, pois fazendo a patente do produto ele será protegidopor
produto”? lei e todos os benefícios gerados pelo mesmo serão pertencentes à
empresa que o lançou durante um período detempo.

A informatização é Sim, para todas as transações financeiras, compras, estoque,


fundamental para iniciar o distribuição e vendas.
negócio?
Qual será a melhor forma e Divulgação direta ao consumidor a partir de abordagens no local,
meio dedivulgação da empresa congressos, e, feiras comerciais do ramo industrial
e do produto?
Que preço deverá ser Na faixa de R$ 1000,00 (2 pés com sitema de programação
praticado para sercompetitivo digital, com treinamento e teste in loco)
e gerar lucro?
Como “trabalhar” o cadastro de Todos os clientes devem ser cadastrados e posteriormente realizar
clientes? o acompanhamento de resultados, objetivando obter um feedback
do produto.
Como deverei medir o nível de Através do cadastro dos clientes e pesquisas diretamente aos
satisfação dos clientes? consumidores.

4. CONCLUSÃO

A metodologia para o desenvolvimento de produtos utilizada na disciplina mostrou-se


adequada como experiência didática. Apesar da simplicidade do produto proposto e das
limitações de informações e de recursos para o desenvolvimento do protótipo, foi possível
compreender a importância das várias etapas propostas no PDP, como a geração da idéia a partir
de uma necessidade ou oportunidade, a pesquisa de mercado, os projetos preliminares e
detalhados e a definição do processo de produção. O trabalho, também, permitiu verificar as
competências e habilidades necessárias de um gerente de desenvolvimento de produtos.
O produto desenvolvido apresentou-se viável, mas para transformar a idéia em um negócio
seria necessário um estudo de viabilidade técnica e econômica mais apurado. Poderia, também,
entrar com o registro de propriedade industrial do produto. As analises das demais questões
envolvidas na produção e comercialização como: fabricação, publico alvo, custos, demanda de
mercado, novidade, sinalizam que o desenvolvimento do produto “Pés articulados
automáticos” pode ser uma oportunidade de negocio real.

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