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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FUNDAÇÃO DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

RELATÓRIO DE VISTORIA DE OAE

PONTE SOBRE O RIO SOBERBO

PARADA MODELO – GUAPIMIRIM - RJ

Rodovia: RJ-122

Trecho: Entr. BR-116 - Parada Modelo

km: 0,00

VISTORIA TÉCNICA

JULHO/2022
Emissão Inicial

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SUMÁRIO
1. ÍNDICE DE FIGURAS.......................................................................................................
2. OBJETIVO........................................................................................................................
3. IDENTIFICAÇÃO GERAL DA RODOVIA........................................................................
4. METODOLOGIA...............................................................................................................
5. CONDIÇÕES GERAIS.....................................................................................................
6. DESCRIÇÃO GERAL.......................................................................................................
7. FICHA CADASTRAL........................................................................................................
8. CROQUIS.......................................................................................................................11
9. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO.......................................................................................12
10. VISTORIA.......................................................................................................................29
11. CONCLUSÕES...............................................................................................................29
12. ANEXOS.........................................................................................................................33
13. TERMO DE ENCERRAMENTO.....................................................................................36

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1. ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Imagem de satélite da localização - Fonte: Google Earth....................................6


Figura 2 - Imagem de satélite onde se observa o estrangulamento na região da ponte.....7
Figura 3 – Planta.................................................................................................................11
Figura 4 – Seção longitudinal..............................................................................................11
Figura 5 – Seção transversal - Vão.....................................................................................11
Figura 6 – Seção transversal - Apoio..................................................................................12
Figura 7 – Vista aérea geral................................................................................................12
Figura 8 – Visão superior sentido BR-116 onde vemos a região de afundamento do.......13
Figura 9 – Visão geral sentido Dorândia onde observamos a curva com raio acentuado. 13
Figura 10 – Visão geral do tabuleiro sentido RJ-116..........................................................14
Figura 11 – Visão geral do tabuleiro sentido BR-116.........................................................14
Figura 12 – Visão da região de afundamento do solo mencionada nas fotos 7 a 9...........15
Figura 13 – Pontos de afundamento do solo na margem oposta a figura 12.....................15
Figura 14 – Passeio a montante onde vemos o guarda corpo danificado provavelmente
por choque de veículo..................................................................................................16
Figura 15 – Passeio a jusante apresentando deformações no guarda corpo com............16
Figura 16 – Trinca no pavimento na região da junta na cabeceira sentido BR-116 onde
vemos sinais de manutenção recente no pavimento face ao afundamento do solo...17
Figura 17 - Cabeceira sentido RJ-116 com sinais de manutenção recente no pavimento
face ao afundamento do solo.......................................................................................17
Figura 18 - Vista frontal da estrutura de contenção junto a área de afundamento do solo
mencionada nas figuras 7, 9 e 12 onde observamos estruturas de naturezas
diferentes......................................................................................................................18
Figura 19 - Vista frontal da estrutura de contenção lado oposto da figura 18 onde
observamos estruturas de naturezas diferentes, uma superior em concreto armado e
outra inferior em pedra argamassada..........................................................................18
Figura 20 - Vista geral do apoio extremo sentido BR-116..................................................19
Figura 21 – Visão geral do apoio central onde vemos a estrutura de reforço de fundação
com uso de tubulões e duas estacas originais remanescentes (setas azuis).............19
Figura 22 - Vista geral do apoio extremo sentido RJ-116...................................................20
Figura 23 – Detalhe ampliado do ponto de ruptura (seta amarela) da parede da estrutura
......................................................................................................................................20
Figura 24 – Região de solapamento com exposição das estacas do apoio extremo sentido
BR-116.........................................................................................................................21
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Figura 25 – Apoio da estrutura do passeio a jusante sentido BR-116 onde temos


armadura......................................................................................................................21
Figura 26 - Apoio da estrutura do passeio a montante sentido BR-116 onde temos
armadura......................................................................................................................22
Figura 27 - Vista inferior do balanço sentido BR-116.........................................................22
Figura 28 – Mancha devido a percolação de água face ao curto comprimento do dreno
levando ao surgimento de manifestação patológica no fundo da viga........................23
Figura 29 – Armadura exposta e corroída no fundo da viga mencionado na figura anterior.
......................................................................................................................................23
Figura 30 – Detalhe do apoio da estrutura sobre o pilar realizado através de articulação
freyssinet onde observa-se as pontas das barras de aço do reforço dos pilares por
encamisamento............................................................................................................24
Figura 31 – Painel frontal da cortina 1 junto ao apoio extremo sentido BR-116 que sofreu
colapso deslocando-se verticalmente e horizontalmente (retângulo vermelho) em
direção a calha do rio...................................................................................................24
Figura 32 – Junta entre o painel frontal e ala a jusante da cortina 1 junto ao apoio extremo
sentido BR-116 onde vemos o desnível vertical sofrido pelo painel central...............25
Figura 33 – Abertura com 30cm aproximadamente do topo do painel central da cortina 1
......................................................................................................................................25
Figura 34 – Cabeça de proteção de ancoragem da linha superior solta devido a perda de
função do tirante face ao processo erosivo do leito do rio – Cortina 1........................26
Figura 35 – Cabeça de proteção de ancoragem da linha inferior solta devido a perda de
função do tirante face ao processo erosivo do leito do rio – Cortina 1........................26
Figura 36 - Junta entre o painel frontal e ala a montante da cortina 1 junto ao apoio
extremo sentido BR-116 onde vemos a abertura na base sofrido pela ala................27
Figura 37 – Visão inferior do tabuleiro próximo a linha central de apoio sentido RJ-116.. 27
Figura 38 – Visão lateral onde visualizamos a deformação do vão 2 (seta amarela)
imposta a estrutura pelo recalque sofrido pelo apoio extremo sentido RJ-116..........28
Figura 39 – Observa-se o grande fluxo de veículos de carga............................................28
Figura 40 – Contenção a montante.....................................................................................30
Figura 41 – Contenção a montante.....................................................................................30
Figura 42 – Leito do rio a montante....................................................................................31
Figura 43 – Leito do rio a jusante........................................................................................31

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2. OBJETIVO

O presente documento apresenta um relatório de vistoria técnica realizada em


uma Obra de Arte Especial no trecho da rodovia estadual RJ-122 localizada próximo ao
entroncamento com a BR-116 nas proximidades do km 0,00, no município de
Guapimirim, com o objetivo de avaliar as condições estruturais e funcionais da mesma
em atendimento ao ofício nº 0070/2022 da defesa civil, bem como o processo SEI nº
330027/000890/2022.

3. IDENTIFICAÇÃO GERAL DA RODOVIA

RODOVIA: RJ-122

TRECHO OU QUILOMETRAGEM Entr. BR-116 (Parada Modelo) – km 0,00

EXTENSÃO 35,0 km

JURISDIÇÃO 20ª ROC

23K
COORDENADAS UTM Início E= 609786.06 S= 7511087.07
APROXIMADAS
Final E= 608625.92 S= 7513990.19

SOLICITADO POR Diretoria de Projetos de Engenharia

PERÍODO 21/07/2022

Eng.º Pedro Terra


EQUIPE TÉCNICA
Eng.º José António
Tabela 1 – Identificação da rodovia.

4. METODOLOGIA

A metodologia utilizada na vistoria da OAE foi de caráter visual, onde foram


obtidas fotografias e aferição de medidas gerais básicas da estrutura pela equipe
técnica para a devida caracterização da obra.

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5. CONDIÇÕES GERAIS

A OAE apresenta fuga de material do retroaterro com origem na erosão do leito e


margens do Rio Soberbo levando a constantes serviços de manutenção no pavimento
por ocasião do afundamento deste e das regiões junto as estruturas de contenção
existentes.
Junto aos apoios extremos foram executadas contenções em cortina atirantada
para fazer a contenção do talude, para que este não invadisse a calha do rio e sofresse
processo erosivo desconfinando a fundação, no entanto ambas sofreram colapso,
portanto, perdendo sua função, o que acabou por permitir o desconfinando da fundação
e consequente recalque das fundações na cabeceira sentido RJ-116, levando a
necessidade de reforço das fundações. O recalque causou uma deformação no vão 2,
deformação esta que gerou esforços de compressão nos perfis metálicos do banzo
inferior da estrutura dos passeios em ambos os lados, formados por cantoneiras de
abas iguais ocorrendo a flambagem dos mesmos.
Serão apresentadas as características da OAE vistoriada e cadastrada em item
específico do presente documento de acordo com a norma de inspeção de pontes e
viadutos NBR 9452.
Abaixo é apresentada a imagem de satélite da localização da obra.

F
i
g
u r
a
-

Imagem de satélite da localização - Fonte: Google Earth

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6. DESCRIÇÃO GERAL

A obra está inserida em trecho tangente e plano apresentando pequena


esconsidade, onde se observou um estrangulamento da rodovia na projeção da
obra, já que a rodovia se apresenta duplicada e a obra não, além do alto fluxo de
veículos de carga pesada sobre a ponte.

Figura 2 - Imagem de satélite onde se observa o estrangulamento na região da ponte


Fonte: Google Earth

A obra tem coordenada aproximada E= 707420.00 e S= 7505065.00, onde a


infraestrutura originalmente era composta por estacas pré-fabricadas de concreto e
para o reforço de fundação utilizou-se tubulões com blocos de coroamento. Já a
mesoestrutura possui três linhas de apoio formada por pares de pilares retangulares
encamisados com seção de 70cm x 100cm e os encontros são em balanço com
superestrutura composta por duas vigas longarinas de altura constante de 130cm e
larguras de 30cm e 60cm, no vão e no apoio respectivamente e duas transversinas
em cada um dos dois vãos e uma em cada linha de apoio, todas ligadas a laje. A
superestrutura possui dois vãos de 15,25m e balanços com 3,50m de extensão,
perfazendo um comprimento total de 37,50m de forma contínua.
O material utilizado para execução de toda a obra foi o concreto armado moldado
no local, inclusive as contenções.
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7. FICHA CADASTRAL

Ficha de inspeção cadastral


Inspeção Cadastral(ano): 2022 OAE Código:
Jurisdição (DNIT, Concessão ou outro): DER-RJ Data da inspeção: 21/07/2022
Parte I - Cadastro
A - Identificação e localização
Via ou município: RJ-122 Sentido:
Obra: Ponte sobre o Rio Soberbo Localização (km ou endereço): km 0
Ano da construção: Década de 60 Projetista:
Trem-tipo: TB-36 (provável) Construtor:
B - Características da estrutura
Comprimento e largura
Comprimento total (m): 37,50m Largura total (m): 8,30m
Largura útil (m): 7,30m
Tipologia estrutural
Sistema construtivo (ver Tabela A.3): 1
Natureza da transposição (ver Tabela A.4): 1 Material (ver Tabela A.5): 1
Seção tipo:
Longitudinal (superestrutura) (ver Tabela A.2): 2 Mesoestrutura (ver Tabela A.2): 1
Transversal (superestrutura) (ver Tabela A.2): 1 Infraestrutura (ver Tabela A.2): 2
Características particulares
Número de vãos (m): 2 vãos + 2 balanços Comprimento do vão típico (m): 15,25m
Comprimento do maior vão (m): 15,25m
Altura dos pilares (m): 1,80m
Aparelhos de apoio: Articulação freyssinet Juntas de dilatação: 2
Encontros: Balanços com 3,50m de extensão cada.
Outras peculiaridades: O apoio central e extremo junto a indústria Guapi papés já sofreram
reforço de fundação com execução de dois tubulões e aumento dos blocos de coroamento.
Todos os três pares de pilares que fazem o apoio da superestrutura também sofreram acréscimo
de seção através de encamisamento.
C - Características funcionais
Características plani-altimétricas
A obra está implantada em região plana com traçado em tangente e apresenta esconsidade em
relação ao corpo hídrico (Rio Soberbo).

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Características da pista
Número de faixas: 2 Largura da faixa (m): 3,65m
Acostamento: Inexistente Largura do acostamento (m):
Refúgios: Inexistente Largura do refúgio (m):
Passeio: Ambos os lados Largura do passeio (m): 1,20m
Barreira rígida: Inexistente Guarda-corpo: Padrão DNIT
Pavimento (asfáltico, concreto): Asfáltico Drenos: Sim
Pingadeiras: Inexistente
Gabaritos
Gabarito vertical do viaduto (m): N/A Gabarito navegável da ponte (m): N/A
Tráfego
Frequência de passagem de carga especial: Não observado
Parte II - Registro de manisfestações patológicas
A - Elementos estruturais
Superestrutura: Eflorescência no fundo da laje do tabuleiro com manchas de escorrimento
nos balanços por falta de pingedeira e consequente corrosão das armaduras. Observou-se
um ponto de armadura exposta e corroída no fundo da longarina a jusante do vão 1.
Mesoestrutura:
Infraestrutura: Os tubulões do apoio central apresentam lixiviação do concreto.
Aparelhos de apoio: N/A
Juntas de dilatação: Ausência de cobre junta
Encontros: N/A
Outros elementos:
B - Elementos da pista ou funcionais
Pavimento:
Acostamento e refúgio: N/A
Drenagem: Drenos curtos e obstruídos
Guarda - corpos: Danificado
Barreira rígida /Defensa metálica: N/A
C - Outros elementos
Taludes: Erosão acentuada em ambas as cabeceiras ocasionando afundamento do
pavimento
Iluminação:
Sinalização: Deficiente

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Gabaritos: N/A
Proteção de pilares: N/A
D - Informações complementares

Parte III - Classificação da OAE (Ver Seção 5)


Estrutural: 2 Funcional: 4
Durabilidade: 1
Justificativas: A durabilidade encontra-se comprometida devido a acentuada erosão dos
taludes nas cabeceiras, sendo este um problema antigo provavelmente face a deformação
existente do vão 2 gerada provavelmente por recalque levando a necessidade de reforço
das fundações do apoio central e extremo junto a indústria Guapi Papéis.
Croquis
Planta do Tabuleiro

VER ITEM 8

Corte Longitudinal

VER ITEM 8

Corte Transversal

VER ITEM 8

Detalhes Adicionais

VER ITEM 8

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8. CROQUIS

Figura 3 – Planta.

Figura 4 – Seção longitudinal.

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Figura 5 – Seção transversal - Vão.

Figura 6 – Seção transversal - Apoio.

9. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

Figura 7 – Vista aérea geral

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Figura 8 – Visão superior sentido BR-116 onde vemos a região de afundamento do


solo sinalizado pela seta azul.

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Figura 9 – Visão geral sentido Dorândia onde observamos a curva com raio acentuado.

Figura 10 – Visão geral do tabuleiro sentido RJ-116.

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Figura 11 – Visão geral do tabuleiro sentido BR-116.

Figura 12 – Visão da região de afundamento do solo mencionada nas fotos 7 a 9.

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Figura 13 – Pontos de afundamento do solo na margem oposta a figura 12.

Figura 14 – Passeio a montante onde vemos o guarda corpo danificado provavelmente por choque
de veículo.

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Figura 15 – Passeio a jusante apresentando deformações no guarda corpo com


afundamento do solo em seu acesso.

Figura 16 – Trinca no pavimento na região da junta na cabeceira sentido BR-116 onde vemos sinais
de manutenção recente no pavimento face ao afundamento do solo.

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Figura 17 - Cabeceira sentido RJ-116 com sinais de manutenção recente no pavimento face ao
afundamento do solo.

Figura 18 - Vista frontal da estrutura de contenção junto a área de afundamento do solo mencionada
nas figuras 7, 9 e 12 onde observamos estruturas de naturezas diferentes.

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Figura 19 - Vista frontal da estrutura de contenção lado oposto da figura 18 onde observamos
estruturas de naturezas diferentes, uma superior em concreto armado e outra inferior em pedra
argamassada.

Figura 20 - Vista geral do apoio extremo sentido BR-116.

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Figura 21 – Visão geral do apoio central onde vemos a estrutura de reforço de fundação com uso de
tubulões e duas estacas originais remanescentes (setas azuis).

Figura 22 - Vista geral do apoio extremo sentido RJ-116.

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Figura 23 – Detalhe ampliado do ponto de ruptura (seta amarela) da parede da estrutura


de contenção ilustrado na figura 18.

Figura 24 – Região de solapamento com exposição das estacas do apoio extremo sentido BR-116.

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Figura 25 – Apoio da estrutura do passeio a jusante sentido BR-116 onde temos armadura
exposta e corroída na base da cortina e laje do balanço.

Figura 26 - Apoio da estrutura do passeio a montante sentido BR-116 onde temos armadura
exposta e corroída na laje do balanço e observa-se elementos de concreto pré-moldado usados para
minimizar o processo erosivo.

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Figura 27 - Vista inferior do balanço sentido BR-116.

Figura 28 – Mancha devido a percolação de água face ao curto comprimento do dreno levando ao
surgimento de manifestação patológica no fundo da viga.

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Figura 29 – Armadura exposta e corroída no fundo da viga mencionado na figura anterior.

Figura 30 – Detalhe do apoio da estrutura sobre o pilar realizado através de articulação freyssinet
onde observa-se as pontas das barras de aço do reforço dos pilares por encamisamento.

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Figura 31 – Painel frontal da cortina 1 junto ao apoio extremo sentido BR-116 que sofreu colapso
deslocando-se verticalmente e horizontalmente (retângulo vermelho) em direção a calha do rio.

Figura 32 – Junta entre o painel frontal e ala a jusante da cortina 1 junto ao apoio extremo sentido
BR-116 onde vemos o desnível vertical sofrido pelo painel central.

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Figura 33 – Abertura com 30cm aproximadamente do topo do painel central da cortina 1


em relação a ala a jusante.

Figura 34 – Cabeça de proteção de ancoragem da linha superior solta devido a perda de função do
tirante face ao processo erosivo do leito do rio – Cortina 1.

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Figura 35 – Cabeça de proteção de ancoragem da linha inferior solta devido a perda de função do
tirante face ao processo erosivo do leito do rio – Cortina 1.

Figura 36 - Junta entre o painel frontal e ala a montante da cortina 1 junto ao apoio extremo sentido
BR-116 onde vemos a abertura na base sofrido pela ala.

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Figura 37 – Visão inferior do tabuleiro próximo a linha central de apoio sentido RJ-116.

Figura 38 – Visão lateral onde visualizamos a deformação do vão 2 (seta amarela) imposta a
estrutura pelo recalque sofrido pelo apoio extremo sentido RJ-116.

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Figura 39 – Observa-se o grande fluxo de veículos de carga.

10. VISTORIA

A vistoria ao local foi realizada no dia 21 de julho de 2022, em função de


solicitação da DEP.

11. CONCLUSÕES

A OAE foi inspecionada sob a luz da norma NBR 9452:2019, que versa sobre a
matéria de inspeções de OAE, onde estas são classificadas segundo os parâmetros
estrutural, funcional e de durabilidade associando-se notas a cada um destes. Neste
sentido, conforme ficha cadastral apresentada no item 7 deste documento, foram
atribuídas notas 2, 4 e 1 para os parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade
respectivamente, conforme a gravidade dos problemas observados de acordo com a
tabela apresentada no item 12. A nota 1, que caracteriza condição crítica para o
parâmetro durabilidade, se justifica devido a acentuada erodibilidade do leito do rio, que
no passado levou ao colapso das estruturas de contenção, cortinas 1 e 2, fuga de
material com consequente desconfinamento das estacas das fundações dos apoios
central e extremo sentido RJ-116 (ver relatório fotográfico) causando recalque no apoio
extremo citado, impondo uma deformação no vão 2, levando a necessidade de reforço
nas fundações. Este reforço nas fundações foi executado através da implantação de
dois tubulões e um bloco de coroamento incorporando o existente, transferindo a carga
para as novas fundações (tubulões).

A erosão do leito do rio se mostra de grande monta, da ordem de 4m ao longo dos


anos desde a construção da OAE, conforme pode ser observado nas figuras 20 a 22,
onde além de desconfinar as fundações da OAE, também expos as fundações das
estruturas de contenção adjacentes a cabeceira sentido RJ-116, possibilitando a fuga
de material, onde pôde-se observar a implantação de estruturas de contenção
complementares em gabião caixa de um lado e pedra argamassada de outro com o
intuito de impedir a fuga de material (figuras 40 e 41).

Embora se tenha realizado reforço nas fundações, nada foi feito em relação aos
taludes e estruturas de contenção, nem tão pouco para mitigar o processo erosivo do
leito do rio, que se mostra bastante torrencial em períodos de grandes índices
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pluviométricos face a grande quantidade de blocos de rochas presentes no leito tanto a


montante quanto a jusante (figuras 42 e 43).

Figura 40 – Contenção a montante.

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Figura 41 – Contenção a montante.

Figura 42 – Leito do rio a montante.

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Figura 43 – Leito do rio a jusante.

Devido a continuidade do processo erosivo temos como consequência o


afundamento da rodovia junto as cabeceiras, sendo mais crítico na cabeceira sentido
RJ-116, onde, além da faixa de rolamento as áreas adjacentes também apresentam
afundamento. A situação relatada gera a necessidade de constante manutenção da
faixa de rolamento para minimizar o desnível causado pela fuga de material devido a
erosão.

Cabe informar que não foi possível visualizar a existência de tubulão no lado a
montante da cabeceira sentido RJ-116, oriundo da época da execução do reforço das
fundações, por questões de acesso ao local e embora a estrutura não apresente sinal
que indique a ocorrência de recalque, deverá ser realizado um monitoramento da
estrutura para a confirmação da estabilidade da estrutura. Caso observe-se
evolução da deformação, medidas imediatas deverão ser tomadas, como por
exemplo, escoramento provisório ou outras que se fazem necessárias até que se
façam as obras de caráter definitivo. O monitoramento poderá ser dispensado
caso seja confirmada a existência do tubulão a montante, pois caso não exista, a
estrutura estará apoiada sobre o tubulão a jusante e o bloco original que
apresenta desconfinamento acentuado de suas estacas, diminuindo sua
capacidade carga, o que poderá levar a um novo recalque ou mesmo colapso da
estrutura.

Diante de tudo que foi exposto e ilustrado no presente documento, se fazem


necessárias intervenções a curto prazo no tocante as contenções adjacentes a
cabeceira junto a indústria Guapi Papeis e na projeção da OAE, em ambas as
cabeceiras, de modo a não permitir fuga de material sob os balanços e da erosão do
leito do rio na base das estruturas de contenção. Neste sentido será necessário a
realização de sondagens e levantamento topográfico para que se possa desenvolver os
projetos para novas estruturas de contenção.

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12. ANEXOS

Abaixo a tabela com os códigos utilizados para classificação das OAE nas fichas cadastrais.

Tabela 1 - classificação da condição de OAE (NBR 9452)


Nota de
Condição Caracterização Estrutural Caracterização Funcional Caracterização Durabilidade
Classificação
A estrutura apresenta-se em condições
A OAE apresenta segurança A OAE apresenta-se em perfeitas condições,
5 Excelente satisfatórias, apresentando defeitos
e conforto aos usuários. devendo ser prevista manutenção de rotina.
irrelevantes e isolados.
A OAE apresenta pequenos
A estrutura apresenta danos pequenos e em A OAE apresenta pequenas e poucas anomalias,
danos que não chegam a
4 Boa áreas, sem comprometer a segurança que comprometem sua vida útil, em região de
causar desconforto ou
estrutural. baixa agressividade ambiental.
insegurança ao usuário.

Há danos que podem vir a gerar alguma A OAE apresenta pequenas e poucas anomalias,
deficiência estrutural, mas não há sinais de A OAE apresenta que comprometem sua vida útil, em região de
comprometimento da estabilidade da obra. desconforto ao usuário, com moderada a alta agressividade ambiental ou a
3 Regular
Recomenda-se acompanhamento dos defeitos que requerem ações OAE apresenta moderadas a muitas anomalias,
problemas. Intervenções podem ser de médio prazo. que comprometem sua vida útil, em região de
necessárias a médio prazo. baixa agressividade ambiental.

Há danos que comprometem a segurança OAE com funcionalidade


estrutural da OAE, sem risco iminente. Sua visivelmente comprometida, A OAE apresenta anomalias moderadas a
2 Ruim evolução pode levar ao colapso estrutural. A com riscos de segurança ao abundantes, que comprometem sua vida útil, em
OAE necessita de intervenções significativa a usuário, querendo região de alta agressividade ambiental.
curto prazo intervenções de curto prazo.

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Há danos que geram grave insuficiência


estrutural na OAE. Há elementos estruturais
em estado crítico, com risco tangível de
A OAE não apresenta A OAE encontra-se em elevado grau de
colapso estrutural. A OAE necessita de
1 Crítico condições funcionais de deterioração, apontando problema já de risco
intervenção imediata, podendo ser necessária
utilização estrutural e/ou funcional.
restrição de carga, interdição total ou parcial
ao tráfego, escoramento provisório e
associada instrumentação, ou não.

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Abaixo as tabelas com os códigos utilizados para preenchimento das fichas


cadastrais.
Tabela A.2―Tipologia da estrutura

Tipologia Longitudinal (Superestrutura) Código


Bi-apoiada ou isostática 1
Contínua 2
Gerber 3
Arco superior 4
Arco intermediário 5
Arco inferior 6
Pórtico 7
Outras 8
Tipologia Transversal (Superestrutura) Código
Duas vigas 1
Laje 2
Grelha 3
Seção celular 4
Outras 5
Tipologia da Mesoestrutura Código
Pilares Isolados 1 
Pilares com Travessa 2
Pilares Contraventados 3
Pilares Parede 4
Pilones  5
Outros  6
Tipologia da Infraestrutura Código
Direta 1
Bloco sobre estacas 2
Bloco sobre tubulões 3
Tubulões 4
Estaca escavada 5
Estaca pré-moldada 6
Perfil Metálico 7
Estaca de madeira 8
Não identificado 9
Outros 10

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Tabela A.3―Sistemas construtivos

Código
Moldado no local 1
Pré-moldado 2
Balanço sucessivo 3
Aduelas Pré-moldadas 4
Empurrada 5
Estaiada 6
Pênsil 7
Não identificado 8
Outros 9

Tabela A.4―Natureza da transposição

Código
Superfície aquífera 1
Rodovia 2
Ferrovia 3
Vale 4
Grota 5
Contorno de encosta 6
Outros 7

Tabela A.5―Materiais

Código
Concreto Armado (CA) 1
Concreto Protendido (CP) 2
Aço (A) 3
Madeira (MD) 4
Pedra Argamassada (PA) 5
Mista 6
Não identificado 7
Outros 8

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13. TERMO DE ENCERRAMENTO

Este conteúdo constitui o Relatório de Vistoria, referente ao levantamento das


condições gerais da obra de arte especial em tela situada na rodovia RJ-122.
Este relatório possui 36 páginas, inclusive esta, numeradas de forma contínua e
sequencial.

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2022.

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Rodrigo Martins De Franco


Dynatest Engenharia Ltda
CREA/RJ 2010144514

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