6 Resumo
8 com vários músculos da região úmero-radio-carpal e até digital de equídeos. Desta forma, ele
9 tem grande importância para manutenção na função locomotora dos membros anteriores do
10 animal. A falha nessa comunicação pode está diretamente relacionada com a paralisia do nervo
11 radial, podendo ser ocasionado por compressão durante o decúbito lateral, processos
14 movimento de avanço do membro afetado. Os sinais clínicos desta afecção irão depender do
16 associado a claudicação. Devido ao estresse físico associado à paralisia do nervo radial, ainda
20 nervo radial pode ser realizado através da administração de fármacos, manutenção vitamínica
22 relacionado com a gravidade do quadro clínico apresentado, sendo em sua maioria favorável
23 para paralisia parcial e de reservado a mau na maioria dos casos de paralisia completa.
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25 Abstract
26 The radial nerve is responsible for the nervous communication of the peripheral nervous
27 system with several muscles of the humerus-radio-carpal region and even digital of equines.
28 Thus, it has great importance for maintaining the locomotor function of the animal's forelimbs.
29 The failure in this communication can be directly related to the paralysis of the radial nerve,
30 which can be caused by compression during the lateral decubitus, inflammatory processes,
31 direct trauma or in adjacent structures. The radial nerve is essential for the extensor muscles of
32 the limb and in cases of paralysis there will be impairment in the forward movement of the
33 affected limb. The clinical signs of this condition will depend on the location of the damage,
34 and may be manifested partially or completely, being frequently associated with lameness. Due
35 to the physical stress associated with radial nerve palsy, excessive sweating, tachypnea and
36 tachycardia can still be identified in some cases. Its diagnosis is based directly on the symptoms
37 presented, and differential tests can be performed to confirm the pathology. The treatment for
38 radial nerve palsy can be carried out through the administration of drugs, vitamin maintenance
39 and even through alternative therapies and its prognosis is variable, and is also related to the
40 severity of the clinical condition presented, being mostly favorable for partial paralysis and
43 Introdução
44 O nervo radial faz parte do Sistema nervoso periférico de via eferente ou motor, sua
46 auxiliando o organismo com sua interação com o meio exterior. O nervo radial se origina dos
47 dois últimos nervos cervicais e dois primeiros torácicos, respectivamente as vértebras C7 e T1.
48 O nervo Radial, segue distalmente pelo membro torácico, caudal a artéria braquial, antes de se
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49 dividir entre as cabeças longa e média do tríceps braquial, seguindo o sulco espiral do úmero,
50 que leva a face crânio lateral do braço, (DYCE, 2010). Ele surge da T1, inervando um flexor
51 do ombro e os extensores das articulações do cotovelo, carpal e digital. Esta região pode ser
52 passível de trauma, onde a raiz nervosa pode ser dilacerada por fraturas das vértebras C7 ou T1
55 função de alguns músculos da região do membro anterior do animal. Pode ser ocasionada por
56 compressão durante o decúbito, processo inflamatório circunvizinho, como abscesso, ou, ainda,
57 devido a traumas diretos se tratando em fraturas de úmero, desta forma, os fragmentos ósseos
58 podem lesar o nervo, ou ainda, por derrame sanguíneo, que produz compressão e inflamação
60 exclusividade do nervo radial, desta forma, qualquer tipo de lesão pode ocasionar a perda da
61 função motora deste grupo muscular, com gravidade variável, dependendo diretamente de sua
62 etiologia. Quando a lesão é proximal à origem dos ramos tricipitais, o animal é incapaz de
64 maneira anormal, já se o local do dano for distal, o ombro e o cotovelo estarão normais (DYCE,
65 2010).
66 Os sinais clínicos dependem do local do dano, onde a paralisia do nervo radial é uma
67 causa frequente de claudicação. A paralisia completa deste nervo é mais comum, acarretando
70 total ou parcial e dependem exclusivamente da gravidade da lesão do nervo. Por ser um tronco
72 pela extensão dos membros, o cavalo afetado apresentará incapacidade de realizar o avanço do
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74 tensionados, enquanto os extensores estarão relaxados. (THOMASSIAN, 2005). Como a
76 cavalo com miopatia por tríceps ou um olecrano fraturado, devemos ter cuidado ao realizar o
77 exame físico e talvez fazer uso de radiografias como diferencial para identificar corretamente
79 Embora o nervo radial tenha numerosos ramos sensoriais cutâneos, a lesão desse nervo
80 não resulta em nenhuma área consistente de anestesia cutânea, (MACKAY, 2010). A paralisia
81 radial alta pode ser resultante de lesão ou doença do úmero, ou de dano do próprio plexo
82 braquial, já a paralisia radial baixa pode ser simulada por isquemia, que tem relação em alguns
83 casos com posição em que o animal permaneça, como em decúbito lateral prolongado, (DYCE,
84 2010). Cavalos com paralisia radial completa ficam com o ombro estendido, o cotovelo
85 "abaixado" e o dorso do casco apoiado no chão. Quando induzido a andar, o animal pode
87 casco arrasta e o cavalo cai no membro durante a fase de sustentação do passo, (MACKAY,
88 2010).
89 O decúbito lateral prolongado pode manifestar o quadro de paralisia do nervo radial sob
90 anestesia geral sendo em mesa cirúrgica, no chão ou superfície dura em que ocorra a
93 chão, passando a impressão que o membro é mais comprido do que o normal. (THOMASSIAN,
94 2005). Quando o cotovelo é abaixado o cavalo tende a ficar com o membro lesionado para a
96 o carpo e o cadeado semiflexo, (DYSON, 2011). Muitos equinos com o tempo aprendem a
97 compensar esta deficiência baixando o casco antes de perder o impulso, obtido quando o
98 membro é deslocado à frente durante um passo, (DYCE, 2010). Devido ao estresse físico
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99 associado à paralisia do nervo radial, sudorese excessiva, taquipnéia e taquicardia podem ser
102 realização de diagnóstico diferencial para confirmação precisa ou até em possíveis descartes de
103 outras afecções, como em casos de fratura do úmero, que sob certas condições pode ser
104 confundida com a paralisia do nervo radial. Para tanto, tente fazer o animal recuar, se ele
105 conseguir normalmente apoiar o casco no solo, trata-se de paralisia do nervo radial, caso
106 contrário, poderá ser uma fratura do úmero, que deverá ser confirmada radiograficamente.
108 envolvimento de outras estruturas além do o nervo radial. A mielite protozoária equina deve
109 ser considerada em cavalos mais velhos, especialmente se houver evidência de outras condições
110 patológicas dos neurônios motores inferiores, (DYSON, 2011). Exame neurológico completo
111 deve ser realizado em cavalos apresentados para paralisia do nervo radial. (LOPEZ et al, 1997)
114 ajudar a reduzir o inchaço dos nervos e acelerar a recuperação. (HUBBELL, 1999). Muitos
115 cavalos fazem uma lenta recuperação progressiva e a estimulação elétrica dos músculos
116 afetados pode ajudar a manter a massa muscular. Podem surgir problemas em cavalos jovens
117 com sobrecarga do membro contralateral, sendo necessário uma rápida intervenção para evitar
118 maiores complicações, (DYSON, 2011). A radiação infravermelha é muito eficaz como
119 tratamento, gera calor terapêutico que causa vasodilatação, isto ocasionará o aumento de fluxo
121 extensibilidade do tecido, assim promovendo diminuição da rigidez articular. (DYSON, 2011).
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123 (THOMASSIAN, 2005). Em alguns casos o cavalo pode precisar de uma tipoia para diminuir
125 O prognóstico de cura é bom nos casos de paralisia parcial, injetando-se: anti-
127 (THOMASSIAN, 2005). Na maioria dos casos de paralisia do nervo radial, o prognóstico é
128 reservado a mau, no entanto, em lesões por compressão e aprisionamento geralmente levam à
129 recuperação parcial ou completa. (SINGH et al, 2017). A recuperação do animal é mais
130 favorável se uma única perna estiver envolvida. A resposta terapêutica normalmente ocorre
131 dentro de 24 a 48 horas, com melhora contínua durante um período de 7 a 10 dias. (HUBBELL,
132 1999). Pode-se considerar uma melhora dentro de 2 a 4 semanas como um prognóstico otimista,
133 já a persistência dos sinais clínicos por mais de 6 meses podemos categorizar como prognostico
134 mau, onde novos exames devem ser realizados para confirmação da evolução do tratamento,
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137 Conclusão
138 A paralisia do nervo radial é uma afecção que atinge os membros anteriores de equinos
139 de maneira uni ou bilateral, possuindo diferentes formas etiológicas de manifestação, seja por:
140 compressão do nervo radial, processos inflamatórios circunvizinhos ou por trauma de úmero,
141 sendo estas as causas mais frequentes. O diagnóstico é feito e baseado diretamente nos sinais
142 clínicos apresentado pelo animal, de modo que, irá depender da gravidade da lesão, local onde
143 ocorre a lesão e ainda a forma que ocorreu a lesão, se parcial ou completa. É importante
144 considerar que o tratamento é essencialmente sintomático, podendo se fazer uso de fármacos
145 ou terapias auxiliares. Tendo um prognóstico que irá variar entre bom, mau ou reservado, de
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147 Referências
150 2. Hubbell, J. A. E. (1999). Recovery from anaesthesia in horses. Equine Veterinary Education,
152 3. Dyce KM, Sack WO, Wensing CJ. Textbook of Veterinary Anatomy. 4th ed. Philadelphia,
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157 6. Dyson SJ: The Elbow, Brachium, and Shoulder, in Ross MW, Dyson SJ (eds): Diagnosis and
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159 7. Rijkenhuizen A, Keg P, Dik K. (1994). True or false radial nerve paralysis in the horse.
161 8. Lopez MJ, Nordberg C, Trostle S. (1997). Fracture of the 7th cervical and 1st thoracic
162 vertebrae presenting as radial nerve paralysis in a horse. Can Vet J, 38:112.
163 9. Ajit Kumar Singh, A.K. Gangwar, Kh. Sangeeta Devi, B. Om Preethi, Rajesh Kumar, D C
164 Bhasker and H. N. Singh. Physiotherapeutic Treatment Of Radial Nerve Paralysis By Infrared
165 Radiation In A Stallion .Bull. Env. Pharmacol. Life Sci., Vol 6 Special issue 1, 2017: 475-478