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Estrutura Conceitual
• A primeira Estrutura Conceitual foi emitida em 1989 pelo órgão predecessor do Iasb.
• Em 2004, o Iasb e o Financial Accounting Standards Board (órgão regulador contábil dos
EUA) iniciaram um projeto conjunto para revisar suas Estruturas Conceituais.
• A primeira fase do projeto foi desenvolver capítulos sobre o objetivo do relatório financeiro
para fins gerais e as características qualitativas da informação financeira útil. Esses capítulos
entraram em vigor assim que foram emitidos. O texto restante da Estrutura Conceitual de
1989 foi transferido sem alteração para a de 2010.
• Em 2011, o Iasb realizou uma consulta pública sobre sua agenda. A maioria dos
entrevistados nessa consulta identificou a Estrutura Conceitual como um projeto prioritário.
Consequentemente, em 2012 o Comitê reiniciou seu projeto de Estrutura Conceitual.
Estrutura Conceitual
• A Estrutura Conceitual não é uma norma. Nada nela substitui qualquer norma ou qualquer
exigência em uma norma.
• O Iasb pode em algumas situações especificar requisitos que se afastem dos aspectos da Estrutura
Conceitual, desde que seja para atingir os objetivos das DCs para fins gerais. Essa necessidade
pode surgir se o pensamento conceitual ou o ambiente econômico mudar, e novas normas ou
revisões de normas existentes precisam refletir essas transformações.
• Emendas da Estrutura Conceitual não levam automaticamente a mudanças nas normas. Qualquer
decisão de alterar uma norma exigiria que o Iasb passasse pelo devido processo para adicionar um
projeto à sua agenda e desenvolver uma melhoria para essa norma.
• A Estrutura Conceitual contribui para a missão do Iasb de desenvolver normas que tragam
transparência, prestação de contas e eficiência para os mercados financeiros em todo o mundo.
Usuários da Contabilidade
• Os acionistas aplicaram os seus recursos na entidade, na forma de aquisições de ações do capital social.
• Eles estão interessados na valorização de suas ações em bolsa de valores e na remuneração de dividendos. A
valorização das ações vai depender principalmente do sucesso da administração da entidade na condução dos seus
negócios. A remuneração dos dividendos está atrelada ao lucro apurado. Quanto maior o lucro, maior serão os
dividendos.
• Bons indicadores econômicos e financeiros, usualmente medidos através do balanço patrimonial e da
demonstração do resultado do exercício, geralmente sinalizam positivo para os acionistas.
• Os investidores em potencial precisam de índices econômicos e financeiros, calculados frequentemente com base
no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício, para tomarem decisões de comprar ou não
ações da entidade. Alguns indicadores seriam relevantes nessa decisão, como, por exemplo, retorno de vendas,
retorno dos investimentos, retorno de recursos próprios e retorno do Ebitda.
• Os financiadores estão mais interessados em tomar conhecimento sobre a capacidade da entidade de liquidar as
suas dívidas de empréstimos. É relevante ter acesso principalmente aos índices de liquidez, de endividamento e de
rentabilidade, também medidos comumente com base no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do
exercício.
Normas de Contabilidade e
ambiente brasileiro
• A seguir, são apresentados os conceitos e os principais desdobramentos da adequação da contabilidade
brasileira às normas internacionais.
• Normas de contabilidade:
• •A metodologia aplicada pela contabilidade é baseada no conceito de partidas dobradas e nas normas de
contabilidade.
• •As normas de contabilidade especificam os critérios
de reconhecimento, avaliação e desreconhecimento de bens, direitos a receber, dívidas, receitas e despesas.
• •As normas de contabilidade são emitidas pelo Iasb em nível internacional e pelo CPC no Brasil.
• •As normas de contabilidade emitidas pelo CPC são as mesmas normas contábeis emitidas pelo Iasb,
denominadas IFRS, traduzidas para o português.
• As normas contábeis emitidas pelo CPC são referendadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e
pelos órgãos reguladores (por exemplo, Comissão de Valores Mobiliários), que tornam essas normas
contábeis praticamente obrigatórias para todas as entidades no Brasil.
Processo IASB
• O Iasb decide emitir uma nova norma contábil, por exemplo, Reconhecimento de
Receita.
• •O Iasb prepara uma minuta da norma contábil.
• • A minuta da norma contábil é submetida a audiência pública.
• •O Iasb recebe da audiência pública críticas, sugestões, comentários etc.
• •O Iasb faz reuniões para discussão da minuta da norma contábil com usuários e com
preparadores das DCs.
• •O Iasb avalia as informações recebidas da audiência pública e das reuniões.
• •O Iasb altera a minuta da norma e emite a norma contábil de forma definitiva (IFRS).
Conteúdo IFRS
• Estabelecimento dos padrões de contabilidade.
• •Guia de aplicação da norma (interpretação de parágrafos da norma).
• •Exemplos ilustrativos.
• •Definição dos termos técnicos utilizados na norma.
• •Base de conclusão (comentários que fundamentam as regras utilizadas na emissão da nova
norma).
As demonstrações contábeis
destinadas aos usuários externos
precisam ter credibilidade.
Credibilidade
–
Necessidade
de Se uma empresa começa a apresentar
resultados ruins, que deterioram a sua
estruturação situação patrimonial e financeira, o
que a impede de “melhorar” os
números das demonstrações?
Informações Contábeis
• As informações são fornecidas:
• (a) no balanço patrimonial, ao reconhecer ativos, passivos e patrimônio líquido;
• (b) na demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente, ao reconhecer
receitas e despesas; e
• (c) em outras demonstrações e notas explicativas, ao apresentar e divulgar informações sobre:
• (i) ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas reconhecidos, incluindo informações
sobre sua natureza e sobre os riscos resultantes desses ativos e passivos reconhecidos;
• (ii) ativos e passivos que não foram reconhecidos incluindo informações sobre sua natureza e
sobre os riscos resultantes deles;
• (iii) fluxos de caixa;
• (iv) contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio e distribuições a eles; e
• (v) os métodos, premissas e julgamentos utilizados na estimativa dos valores apresentados ou
divulgados, e mudanças nesses métodos, premissas e julgamentos.
Usuários da Contabilidade
• A administração da entidade que reporta a informação está
também interessada em informação contábil-financeira sobre a
entidade. Contudo, a administração não precisa apoiar-se em
relatórios contábil-financeiros de propósito geral uma vez que é capaz
de obter a informação contábil-financeira de que precisa
internamente.
• Outras partes interessadas, como, por exemplo, órgãos
reguladores e membros do público, podem do mesmo modo achar
úteis relatórios contábil-financeiros de propósito geral. Contudo,
esses relatórios não são direcionados primariamente a esses outros
grupos.
• O objetivo das demonstrações contábeis
(DCs) para fins gerais (geralmente
Características divulgadas para o público externo a uma
entidade) é fornecer informações contábeis
úteis para investidores, financiadores e
Qualitativas outros credores, existentes e potenciais, na
tomada de decisões sobre o fornecimento de
recursos à entidade.
Características
Fundamentais
Representação
Relevância Materialidade Fidedigna
Valor preditivo
Valor Confirmatório
Informação Relevante
Capaz de Fazer diferença
EXEMPLO
• O montante da receita do ano atual, apresentado na demonstração do resultado do
exercício, que pode ser usado como base para prever receitas em anos futuros (valor
preditivo), também pode ser comparado com a previsão de receitas para o ano atual que foi
feita nos anos anteriores (valor confirmatório).
• Essas previsões, no nosso exemplo de receitas, não devem ser efetuadas unicamente com
base em informações históricas da entidade, mas também devem considerar aspectos
econômicos locais e mundiais, situação política, expectativa de crescimento da economia,
perspectiva de desenvolvimento do mercado em que a entidade atua etc.
EXEMPLO
• Os bancos geralmente estão preocupados com a habilidade da entidade de pagar as
suas dívidas de empréstimos. Essa habilidade está frequentemente relacionada com a
capacidade de suas operações de gerar fluxos de caixa positivos.
• Os bancos projetam os fluxos de caixa operacionais principalmente com base na
demonstração dos fluxos de caixa da entidade pela metodologia direta (veja CPC 03).
Essa metodologia informa os recebimentos (por exemplo, de clientes) e os pagamentos
(por exemplo, a fornecedores) operacionais e históricos. Os bancos posteriormente
confrontam os fluxos de caixa projetados com os reais, confirmando as projeções, ou
realizando ajustes em suas projeções.
EXEMPLO
• Os investidores em ações focam na valorização desse ativo na bolsa de valores e no recebimento de
dividendos da entidade. De acordo com a legislação societária brasileira, os dividendos são calculados
frequentemente com base no lucro apurado. Quanto mais elevado o lucro, maior serão os dividendos.
• Portanto, esses investidores, ou as consultoras especializadas no assessoramento desses investidores,
projetam as receitas, as despesas e o resultado com base em informações históricas publicadas pela
entidade.
• Note que as companhias abertas no Brasil são obrigadas a fornecer informações contábeis ao mercado
em base trimestral.
• Essas projeções são aprimoradas com base em dados do mercado, tais como: expectativas de taxas de
juros, de taxas de câmbio, de aumentos de preço dos produtos acabados e de crescimento da
economia.
• Essas projeções são ajustadas sempre que surgem fatos novos que possam afetar as estimativas
efetuadas anteriormente, e são comparadas pelo menos trimestralmente com os dados contábeis
históricos, certificando as projeções ou realizando acertos em suas estimativas.
• Esse trabalho está relacionado com a decisão do investidor de comprar, vender ou continuar detendo
a ação da entidade.
Materialidade
• Materialidade é um aspecto de destaque, porque informações imateriais não afetam a decisão do usuário
com base nas DCs. Além disso, um órgão normatizador não considera a materialidade ao desenvolver
normas contábeis, porque é uma apreciação específica no âmbito da entidade. Uma transação pode ser
material para uma entidade e imaterial para outra.
• A seguir, são apresentados os conceitos gerais de materialidade:
• •A informação é material se quando omitida ou declarada incorretamente pode influenciar decisões
tomadas pelos principais usuários das DCs.
• •Informação imaterial não afeta a decisão dos usuários das DCs.
• •Materialidade é um aspecto de importância específico da entidade.
• •Materialidade é questão de julgamento.
• Estimativas de materialidade podem ser exigidas na determinação de valores, descrição e classificação
de itens a serem incluídos nas DCs e em outras informações a serem reveladas como parte dessas DCs.
• Estimativas de materialidade são julgamentos
profissionais complexos e devem ser feitas com base
nos diversos fatores que podem afetar cada caso em
particular. Diretrizes quantitativas em geral
representam o ponto inicial útil para se fazer essas
estimativas.
Materialidade
componentes críticos identificados nas DCs. Esses
componentes críticos são os itens que podem influir
no julgamento de uma pessoa razoável que esteja
confiando nas DCs. Num sentido mais amplo, se
relacionam geralmente com o resultado das
operações e com a situação patrimonial da entidade.