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Questão 1 de direito do Consumidor

Consumidora adquiriu fogão da marca Z na loja X. Tal fogão foi montado com materiais da
fábrica N (lâminas de alumínio) e fábrica P (vidros) dentre outras. O fogão foi entregue por
uma transportadora e a consumidora passou a usá-lo. Uma boca não acende. Responda de
forma fundamentada:

1-De quem a consumidora pode reclamar, qual o prazo da solução e qual seu direito?

Resposta – De acordo com os ditames do art. 18 do Código de Defesa do Consumidor, a


responsabilidade pelos vícios de qualidade ou quantidade que tornem o produto impróprio,
inadequado ao consumo ou, porventura, lhe diminuam o valor, tal qual se noticia no presente
caso, é solidária. Em recente decisão, proferida em sede de Recurso Especial, o Colendo
Superior Tribunal de Justiça decidiu que há responsabilidade solidária de todos os integrantes
da cadeia de fornecimento por vício no produto adquirido pelo consumidor. (STJ. 3° Turma.
REsp 1684132/CE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 02/10/2018), (STJ. 4° Turma. AgInt no
AREsp 1183072/SP, Rel. Min. Maria Isabel Galloti, julgado em 02/10/2018). Desse modo, a
consumidora pode reclamar tanto perante a marca Z, quanto em face da loja X, bem como,
com esteio na novel decisão do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, ante todos os integrantes
da cadeia de fornecimento. O prazo para que a parte reclamada sane o vício, via de regra,
consoante consta no § 1°, do art.18 do CDC, será de 30 dias, podendo o consumidor exigir a
substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; a
restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos e o abatimento proporcional do preço, nos casos em que o consumidor
escolher por manter o bem viciado. Ademais, é de grande importância a previsão constante do
§ 2°, do art.18, segundo o qual poderão as partes convencionar a redução ou ampliação deste
prazo, casos em que este não poderá ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias,
bem como os ditames do § 3°, art.18 que imprimem a possibilidade do consumidor fazer uso
imediato das alternativas do § 1°, quando se tratar de produto essencial. Nessa vereda,
considerando que a doutrina majoritária entende o fogão como produto essencial, seria
possível que o consumidor exigisse, no caso em testilha, o uso imediato dos seus direitos
previstos no § 1° do art. 18 do CDC.

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