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MARCUS VINICIUS SILVA VIEIRA

ROSIANE MARINS DA SILVA

SANEAMENTO BÁSICO: COLETA, TRATAMENTO DE ESGOTO E


DESCARTE FINAL

Universidade Salgado de Oliveira


Curso de Bacharelado em Engenharia Civil

São Gonçalo,de Novembro de 2020


MARCUS VINICIUS SILVA VIEIRA
ROSIANE MARINS DA SILVA

SANEAMENTO BÁSICO: COLETA, TRATAMENTO DE ESGOTO E


DESCARTE FINAL

Projeto de pesquisa e elaboração de


trabalho de conclusão de curso apresentado
como exigência para obtenção do grau de
Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Dr. Felipe A. de Souza

Universidade Salgado de Oliveira


Curso de Bacharelado em Engenharia Civil
RESUMO

Os sistemas de rede de esgoto é uma estrutura da Engenharia Civil que tem


como objetivo levar toda a carga de efluentes até uma estação de tratamento, elevatória
ou emissário. Na primeira fase são construído uma sucessão de redes de tubos de PVC
conectados a uma caixa onde leva o esgoto até uma estação Elevatória que bombeia o
esgoto até a estação de Tratamento de esgoto, nesse local, o esgoto passa por três fases
de tratamento onde é devolvido ao meio ambiente com níveis de poluição aceitáveis
pelas Normas brasileiras. Em casos muito raros, se faz o tratamento e a reciclagem de
resíduos oriundos do tratamentos de esgoto, as LETES. O Brasil ainda sofre bastante
com a falta do serviço mais primário que são os coletores, grande parte das cidades
ainda possuem na maioria de seus domicílios, fossas sépticas ou até mesmo o
lançamento em valas negras, o mais comum é o lançamento misto de esgoto na rede de
águas fluviais sem nenhum tratamento. Nesse trabalho foi pesquisa baseado em artigos
e monografias, ou seja, uma revisão literária onde foi abordado toda a estrutura de um
sistema de rede de esgoto, do gerador até o tratamento final onde se chegou a uma
conclusão do grande caminho que o Brasil tem a percorrer pra chegar ao nível de uma
país desenvolvido.

PALAVRA-CHAVE: EFLUENTES, ELEVATÓRIA, TRATAMENTO, FOSSAS


SÉPTICAS.
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO..............................................................................................................6

1.1.OBJETIVO.................................................................................................................10

1.2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................11

1.3. METODOLOGIA.......................................................................................................13

1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO.............................................................................15


2.DESENVOLVIMENTO.............................................................................................16
2.1. Saneamento como política publica...........................................................................16
2.2. Os serviços de saneamento no Brasil: desigualdades no atendimento à
população.........................................................................................................................20
3. MATERIAL E METODO...........................................................................................21
3.1. Conceito de Esgoto..................................................................................................21

3.2.Despejos industriais..................................................................................................23

3.3.Águas de Infiltração.................................................................................................24

3.4. Águas Pluviais..........................................................................................................24

3.5.Destinação Final........................................................................................................26
3.6. Tijolos produzidos com material oriundo do esgoto ...............................................27
3.7. Geração de Energia...................................................................................................27
3.8. Fertilizante e substrato para o solo utilizado na plantação......................................29
3.9. O CLE (cinzas de lodos de esgoto) para fabricação de cimento e concreto.............30
4.REVISÃO LITERÁRIA..............................................................................................32
4.1. Aproveitamento de lodo de esgoto para fertilizante agrícola...................................32
4.2.Aproveitamento de lodo de esgoto para produção de tijolo......................................34
4.3.Universalização do serviço de esgoto na cidade de Franca.......................................36
5. CONCLUSÃO.............................................................................................................39

6.BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................40
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Tijolo fabricado com lodo de esgoto..............................................................27

Figura 2 – Sludge 2 Energy capaz de produzir energia Térmica e elétrica.............28


Figura 3 – Lodo de esgoto utilizado como substrato para plantas...................................29

Figura 4 – Fertilizante organomineral peletizado com orgânica em lodo de esgoto


higienizado.......................................................................................................................30
Figura 5 – Secador Térmico de lodo...............................................................................31
Figura 6 – Lodo sendo preparado na centrifuga..............................................................32
Figura 7 – Processo de compostagem feito com a mistura de matéria orgânica e lodo de
esgoto.............................................................................................................................. 33

Figura 8 – Processo de moldagem e fabricação de tijolos de solo-cimento adicionado a


lodo de ETE.....................................................................................................................35
Figura 9 – Estação de Tratamento de Esgoto..................................................................36
Figura 10 – Carros sendo abastecidos com gás do esgoto ............................................ 37
1 - INTRODUÇÃO

Historicamente, saneamento básico pertence ao grupo de medidas que tem como


propósito a precaver ou a transformar o meio ambiente para que se realize a prevenção a
doenças e para suscitar uma saúde adequada.

Saneamento é um conjunto de medidas que objetivam preservar ou modificar o meio


ambiente para prevenir doenças e semear saúde. É importante ressaltar a melhoria na
qualidade de vida, a produtividade do cidadão e otimiza a atividade econômica.

Na antiguidade, o homem aprendeu que a água suja e o acúmulo de lixo disseminam


doenças. Cabe ressaltar a necessidade de desenvolver algumas técnicas para poder obter
uma água limpa e promover a diminuição dos resíduos.

Conforme o tratado de Hipócrates “Ares, Águas e Lugares” ensinou aos médicos a


ligação entre o meio ambiente e a saúde. No período antes de Cristo o início da
preocupação com saneamento, foram construídos diques e canalizações para irrigação.
Na Roma, as ruas encanadas serviam de fonte pública, com intuito de preservar
doenças, separavam a água para consumo da população. Porem na Grécia costumavam a
enterrar as fezes ou deslocavam para um local bem distante das residências.

Na Idade Média, no império romano o abastecimento sofreu um retrocesso no


aspecto sanitário. Uma parte fazia a captação de longas distancias e as outras partes
faziam a captação diretamente dos rios.

Na idade moderna, o modelo de abastecimento na Idade Média estava em


decadência, no período de 1453 a 1789, desenvolveu-se a medição de escoamentos e
das vazões.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1946 define que, “saneamento


é a gerência de todos os fatores ambientais que podem exercer efeitos nocivos sobre o
bem-estar, físico, mental e social dos indivíduos”.

A ausência de assepsia é capaz de fornecer incontáveis perturbações a saúde. Por


conseguinte, a reunião de causas que conectam a higienização promove um
melhoramento da existência dos residentes à proporção que refreia e acautela doenças,
eliminando diversos transmissores.

Conforme a Constituição da Organização Mundial da Saúde algumas doenças ligadas


à falta de saneamento básico são: Disenteria, giardíase, amebíase, gastroenterite,
leptospirose, peste bubônica, cólera, poliomielite, hepatite infecciosa, febre tifóide,
malária, ebola, sarampo.

Uma medida importante que vem sendo adotada por programas de reparação
ambiental é conscientizar e educar os cidadãos com intuito de alertar para a importância
de políticas públicas para conservação ambiental.

No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pelo regimento da lei n°.


11.445/2007.

É estabelecido de modo que, infraestrutura e instalações atuantes de


aprovisionamento de água, prostração salutar, limpeza urbana, escoadura urbana,
manipulações de resíduos sólidos e de águas pluviais.

Contudo, leva-se em consideração que esses serviços de salubridade já eram postos


em prática nos séculos passados.
Ao longo da Idade Média, a ausência de costumes higiênicos se intensificou com a
ampliação Industrial em fins do séc. XVIII. Os lavradores dirigiram – se em conjunto
para cidades sem suporte de uma estrutura o que originou diversas questões de saúde
pública e meio ambiente.

A Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha possuíam circunstâncias de vida precárias.


As moradas permaneciam repletas e sem os requisitos de higiene. Os resíduos, como
lixo e fezes, eram empilhados em recipientes, e costumavam - se transportado para
reservatórios públicos mensalmente e, jogados nas ruas. Como o avanço das cidades era
rápido, os serviços de saneamento básico não acompanhavam este aumento, e em
decorrência surgiram grandes epidemias, como cólera e a Febre Tifóide, propagada pela
água infectada e que atingiu milhares de vítimas assim como a Peste Negra, propagada
pela pulga do rato, animal atraído pelos excrementos.

Conforme Cavinatto em 1992, o Brasil do séc. XVI, os jesuítas veneravam o ótimo


estado de saúde dos indígenas. No entanto com o aparecimento do colonizador e dos
negros, apressadamente houve a disseminação de diversas moléstias contra as quais os
indígenas não continham resistências naturais no organismo. Doenças como varíola,
tuberculose e sarampo originaram – se em contágios que constantemente eliminavam os
índios. Com os colonizadores, suas enfermidades e modo de instrução surgiram os
cuidados sanitários com a limpeza de ruas e quintais, e com a fabricação de chafarizes
em praças públicas para a partilha de água a população, levada em recipientes pelos
escravos.

De acordo com os costumes dos europeus existentes no Brasil no séc. XIX, mesmo
as casas mais requintadas eram edificadas sem sanitários. Escravos, chamados tigres,
conduziam recipientes e barricas cheias de excrementos até os rios, em que lavavam os
potes para reutilizar. As condições de Saúde na cidade eram mais precárias que nos
campos e só pioravam. Segundo Cavinatto (1992), entre 1830 e 1840 voltaram
epidemias de Cólera e Tifo. É importante ressaltar que depois do término da escravidão
em 1888, não existia mais população para o deslocamento dos dejetos e foi necessário
encontrar outras soluções para o saneamento no Brasil.

Desde a revelação de Pasteur foi provável compreender procedimentos de


transmissão de doenças e, perante a necessidade, as regências transpassaram a acometer
em atos e buscas médicas e cientificas. Segundo Cavinatto (1992),a princípio a
Inglaterra e em seguida outros países europeus fizeram uma reforma sanitária. Para
retirar os detritos empilhados nos edifícios usaram descargas líquidas, parecidas com as
de hoje, carregando as impurezas para as tubulações de águas pluviais. Todavia esse
esgoto era atirado em grande quantidade, junto com os detritos e efluentes das indústrias
que aumentavam em abundância, que os rios ficavam cada vez mais polutos e
esparramavam mau cheiro e doenças por toda a cidade.

O Plano de Saneamento de Saturnino de Brito para Santos viabilizou a expansão da


cidade, constituindo-se em seu referencial urbano mais importante. Seu sistema de
canais consolidou excelente padrão sanitário nas novas áreas urbanizadas. Mas com a
industrialização do Brasil, Santos cresceu aceleradamente, voltando a piorar suas
condições sanitárias. Este quadro resultou em mudança da operação do sistema, nos
anos 1990, em princípio recuperando a balneabilidade das praias. Contudo, as condições
sanitárias voltaram a piorar, suscitando a rejeição aos canais, por setores da sociedade.
Assim, procura-se evidenciar a importância da preservação dos canais, possibilitando
recuperar a excelência ambiental da cidade.

Conforme o Engenheiro Saturnino de Brito, no período de 1930 as capitais já


dispunham de inúmeras obras de saneamento de Saturnino de Brito, de modo que
sistemas de distribuição de águas e coleta de esgotos. É provável salientar os canais de
drenagem de santos em 1907, com destino de esquivar - se da proliferação de insetos
nas áreas alagadas e que funcionam até o momento.

As questões de saúde pública e de poluição do meio ambiente forçam a humanidade


a achar respostas de saneamento para a coleta e o tratamento dos esgotos, para o
fornecimento de água segura para aproveitamento humano, para a coleta e o tratamento
dos resíduos sólidos e para drenagem das águas de chuva.

Com o progresso científico e tecnológico, na atualidade encontram – se muitos


métodos para decidir os impasses sanitários. Contudo avanço dos habitantes, de suas
necessidades e de consumo do indivíduo, igualmente a poluição do meio ambiente.
Tendo como exemplo, a água de excelência para o consumo humano converte - se um
artifício progressivamente exíguo, e os problemas de saneamento tornam – se cada vez
mais difíceis de serem resolvidos e com um maior custo de implantação e manutenção
da infraestrutura.
1.1 - OBJETIVOS

1.1.1 - Objetivo geral

O desenvolvimento dessa pesquisa tem como o principal objetivo analisar, entender e


salientara grande importância do saneamento básico para a sociedade, tendo como o
ponto inicial estudos e pesquisas, examinando assuntos para promover segurança,
qualidade na saúde, prevenção de danos físicos ocasionados.

 Harmonizar o desenvolvimento urbano com o uso e a ocupação do solo, suas


condições ambientais e a oferta de saneamento básico; a qualidade ambiental sendo
condição principal para a promoção e a melhoria da saúde coletiva,permitir a
recuperação e a gerência da qualidade ambiental, proporcionando acesso pleno aos
cidadãos aos serviços e sistemas de saneamento.

1.1.2 - Objetivo Específico

Este projeto de pesquisa apresenta como objetivos específicos:

 Analisar os métodos de esgotamento sanitário utilizado no Brasil.

 Identificar, relacionar os principais problemas no quesito, esgotamento sanitário


de uma população urbana e suas possíveis estratégias para soluções.

 Tornar possível a identificação de medidas e aplicar informações devidas na


importância de um esgotamento sanitário adequado.

 Promover sistemas eficientes de esgotamento sanitário com o objetivo de


promover a prevenção de doenças, hábitos de higiene saudáveis e uma limpeza
pública.

 Analisar a aplicabilidade de método(s) para melhoria do sistema de esgoto e suas


peculiaridades
1.2 - JUSTIFICATIVA

Uma das maiores catástrofes ambientais no Brasil tem sido a contaminação de


nossas águas pela emissão de esgoto in natura em rios, praias e lagoas. O Brasil
possui diversos ecossistemas totalmente degradados por causa da inercia das
autoridades em ampliar e construir a rede, principalmente nos grandes centros
urbanos. Um dos exemplos mais conhecido é o da Região Metropolitana de São
Paulo onde os dois rios que cortam a cidade, o Tietê e o Pinheiros agonizam em
meio ao esgoto e o lixo. Na Região Metropolitana do Rio onde as Baias de
Guanabara e a de Sepetiba se tornaram verdadeiras valões à céu aberto das cidade
do entorno, juntamente com todos os seus afluentes, sem falar nas praias. Mas
esses são simplesmente os mais famosos, existem outros pouco falado e totalmente
desprezado pelos noticiários como por exemplo o lago Guaíba em Porto Alegre,
as lagoas do Rio , a lagoa da Pampulha em belo Horizonte, o Rio Paraíba do Sul e
o Rio Capiberibe em Recife. O país tem perdido muito de seus principais cartões
de visita por causa desse problema. Então entende-se que a Engenharia tem um
papel fundamental para a construção de um projeto, e com a área de esgotamento
sanitário não será diferente. A sociedade brasileira nos últimos anos tem se
preocupado bastante com a situação ambiental e com as questões relacionadas a
melhoria da vida das pessoas, uma vez que é uma das maiores propagadoras de
doença nos grandes centros urbanos e do aumento da morbidade e mortalidade por
doenças de veiculação hídrica ( TERRA, 2018).

A engenharia civil tem a função de projetar, dimensionar, planejar, gerenciar e


executar obras de saneamento e também no desenvolvimento de pesquisas com o
intuito de descobrir novas formas de concepção e gerenciamento da problema.A
engenharia civil aliada a outras engenharias possui grande parte do conhecimento
para erradicar de uma vez por todas esse gravíssimo e crônico problema que nos
segue desde o início da história da humanidade.

No Brasil, os problemas sanitários começam dentro de casa, é uma questão


cultural, tubulações de banheiro, cozinha e lavanderias são pela norma, separados
por causa de suas peculiaridades, mas mesmo assim, não é muito difícil você ver
diversas residências que não obedecem normas técnicas básicas de esgotamento
sanitário como fossa e filtro anaeróbico, caixas de gordura e lançam seu esgotos in
natura na tubulação de drenagem pluvial publica urbana causando entupimento e
prejuízo para prefeituras e concessionarias prestadoras do serviço. No aspecto
politico, o setor encontra outro obstáculo que o total desinteresse da classe politica
com relação ao tema. Definitivamente, não é do interesse de grande parte da
classe politica resolver essa questão. Como diz um velha lenda que um politico ao
ser indagado sobre os problemas de esgotamento sanitário de uma região da cidade
onde ele governava, ele afirma que não tinha problema, uma vez que os tubos
ficavam debaixo da terra e portanto não davam votos. O entraves são muitos e a
engenharia é importante setor técnico para resolver a questão, mas outros também
devem fazer a lição de casa.

Outro fator muito importante é o social, onde as politicas públicas de habitação


popular têm lançado grande parte da população em ocupações irregulares em áreas
de mananciais, sem qualquer infraestrutura. O acesso ao serviços são muito
pequenos principalmente para as populações de baixa renda, o que nos insere no
grupo dos países menos desenvolvidos, a tal ponto que, quatro entre cinco casos de
doenças têm como causa a ausência de tratamento. O esgoto urbano é
expressivamente baixo, diferenciando nas diversas regiões do país, sendo mais
elevado no sudeste e no sul. Somente os 5 estados do Rio, Distrito Federal, Paraná,
São Paulo e Espírito Santo têm níveis regulares, enquanto que os demais estados
apresentam índices muito baixos, o que permite dizer que os níveis de atendimento
em serviços de esgoto no Brasil são muito precários, havendo necessidade de
conscientização por parte da sociedade e principalmente do poder público.

A importância desse trabalho será demonstrar a real necessidade de uma politica


séria de saneamento básico no Brasil utilizando as principais ferramentas da
engenharia e de outras ciências como a hidráulica, a topografia, o planejamento, a
química, o ambiental, o projeto, execução final e a manutenção pontual e periódica
que se exige a uma tubulação de esgoto, seu tratamento e destinação final.
1.3 - METODOLOGIA

Na busca de conhecimento, toda ciência utiliza-se de métodos padronizados para


coletar, tratar e interpretar dados de interesse especifica. Os métodos incluem a
observação de fenômenos físicos ou sociais e registro de observações de atividades,
visando dar consistência e credibilidade da pesquisa. A metodologia é a explicação de
todo o conjunto de métodos adotados e o caminho percorrido desde o início até a
conclusão do trabalho.

Segundo Lakatos e Marconi (2008) o método de pesquisa exploratória, descritiva e


explicativa torna útil para o estabelecimento do marco teórico para proporcionar uma
aproximação conceitual, afirmam que o problema de pesquisa compreende em um
enunciado que deve ser explicitado com clareza, sendo compreensível e operacional,
tendo solução obtida por meio de pesquisa.

Na elaboração da metodologia, procedeu-se em pesquisa que gerou ferramentas


de análise aplicadas ao setor de saneamento, sendo, portanto, de caráter exploratório e
aplicado. A pesquisa desenvolveu-se em três etapas principais por meio de uma
abordagem qualitativa descrita a seguir:

 Etapa 1 – Pesquisa bibliográfica e análise documental

Trata-se da etapa inicial do trabalho, em que se procedeu a uma revisão da


literatura existente sobre o assunto, envolvendo tópicos relacionados à avaliação de
projetos, estudos de viabilidade técnica, métodos de avaliação e aplicações no setor
de saneamento.

 Etapa 2- Definição dos aspectos relevantes ao setor de saneamento

Foram analisadas as especificidades dos projetos de saneamento no Brasil que


podem impactar. Essas especificidades abrangem tanto o aspecto legal quanto as
políticas públicas.

 Etapa 3 – Elaboração da Proposta

Foram apresentadas propostas de avaliação de projetos para a melhoria do sistema


de coleta, tratamento de esgoto e disposição e reciclagem de material produzido nesse
processo;
A abordagem quantitativa foi fundamentada na revisão bibliográfica e no
levantamento de dados na rede mundial de computadores (internet), cursos e dados.

A busca foi por assunto e as palavras chaves utilizadas na língua portuguesa que
foram: saneamento, tratamento de efluentes, coleta, tratamento de esgoto e
gerenciamento ambiental

Segundo Lakatos metodologia de pesquisa é descrita a qual será realizado um


trabalho de revisão bibliográfica em trabalhos e materiais já publicados como artigos,
normas e livros, das quais as principais referenciais teóricas para elaboração do
conteúdo foram:

 ÁGUA MÉTODOS E TECNOLOGIA DE TRATAMENTO: Editora


Manolete LTDA - Coleção Ambiental – Editora Blucher, 2009 – São
Paulo.

 SANEAMENTO, SAÚDE E AMBIENTE. –Fundamentos para um


Desenvolvimento Sustentável. Editora Manolete LTDA – Coleção
Ambiental. PHILIPPI, Arlindo Jr. Uma obra composta por 4 partes
que abordam da questão ambiental, tratando dos impactos
ambientais, aspectos científicos e tecnológicos

 CURSO DE SANEAMENTO BÁSICO – EDITORA 2B – Professor:


Rogério Borges. https://engenharias.editora2b.com.br

 GESTÃO DO SANEAMENTO BÁSICO – abastecimento de água e


esgotamento sanitário - Editora Manolete LTDA – Coleção Ambiental.
PHILIPPI, Arlindo Jr. Abordagem interativa de um conjunto de
temas, alicerçada em estudos, pesquisas.

Todas as informações e dados extraídos de fontes secundárias, são referenciadas na


bibliografia com o nome do autor, nome da obra e em caso de informações referentes a
fontes digitais, as referências de endereço de acesso e dia e hora da pesquisa.

Dedicou-se em descrever o conjunto de procedimentos e técnicas aplicadas para a


elaboração da pesquisa.
A metodologia descreve os métodos e técnicas desenvolvidas com vistas à resolução
de pesquisa de PRODANOV Freitas, 2013. Sendo assim, a metodologia consiste em um
conjunto de etapas sequenciais, seguem critérios lógicos e científicos por finalidade de
assegurar a confiabilidade do estudo.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este documento de conclusão do curso está organizado da seguinte forma:

O capítulo 1 apresenta a introdução do trabalho, elabora e justifica a realização do


trabalho. Apresenta objetivos gerais e específicos, uma importância do trabalho.

O capítulo 2 refere-se aos fundamentos teóricos de outras pesquisas semelhantes,


apresenta dentro do conceito de Saneamento básico, toda a sistemática do sistema de
esgoto, tratamento e descarte final na natureza.

O capítulo 3 descreve os métodos e os materiais utilizados para a análise do estudo de


caso deduzindo os problemas e as soluções.

O capítulo 4 trata de uma análise crítica dos resultados do estudo de caso.

O capítulo 5 apresenta as conclusões que foram usadas no trabalho e as sugestões que


pode ser aplicado em trabalhos futuros.

O capítulo 6 refere-se às consultas e referências bibliográficas feitas no trabalho.

2 DESENVOLVIMENTO
No século passado, desde a década de 1950 até o seu final, o investimento em
saneamento básico no Brasil aconteceu em períodos específicos, com ênfase nas
décadas de 1970 e 1980, quando existia um “predomínio da visão de que avanços nas
áreas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nos países em
desenvolvimento resultariam na redução das taxas de mortalidade” (Soares, Bernardes e
Cordeiro Netto, 2002:1715). Nesse período, foi consolidado o Plano Nacional de
Saneamento (Planasa), que deu destaque ao aumento dos índices de atendimento por
sistemas de abastecimento de água, mas que, em contrapartida, não contribuiu para
diminuir o déficit de coleta e tratamento de esgoto, o que é ainda verificado atualmente.
Até 2006, apenas 15% do esgoto sanitário gerado nas regiões urbanas dos municípios
do Brasil era tratado (Snis, 2007).

No momento atual, o setor tem ganhado maior atenção governamental e existe


uma quantidade significativa de recursos a serem investidos. No entanto, esses
investimentos devem, além de gerar os benefícios já esperados quanto à melhoria da
qualidade da água e dos índices de saúde pública, atender aos padrões mínimos de
qualidade, sendo definidos pela legislação específica do setor, com a finalidade de
garantir a sustentabilidade dos mesmos.

Desta forma, o presente trabalho pretendeu, por meio de uma pesquisa


descritiva, verificar como foram realizados os investimentos em saneamento básico no
Brasil, com ênfase no tratamento de esgoto, e discutir como estão sendo
disponibilizados os recursos para atender aos aspectos legais aos quais se submetem os
municípios neste início de século. Também se procurou identificar algumas novas
formas de gestão em saneamento básico, o que poderá auxiliar os gestores municipais
no cumprimento dos seus objetivos.

2.1.SANEAMENTO COMO POLÍTICA PÚBLICA

Em 1971 foi criado o Plano Nacional de Saneamento que tinha como objetivo
definir fontes de financiamento e melhorar a situação do saneamento no país
(RUBINGER, 2008; SALLES, 2009; SOARES, 2002).
Já na década de 80 por consequência de crise econômica ocorreu uma diminuição dos
investimentos no setor de saneamento. Portanto, o PLANASA não conseguiu cumprir a
meta de atendimento de 90% em abastecimento de água nem de60% de esgotamento
sanitário (FIGUEIREDO e SANTOS, 2009).
Devido a essa deficiência de investimento para o setor de saneamento, ocorreu a
extinção deste plano, somente na década de 90 criou-se o Pró-Saneamento, com o
objetivo de promover a melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da
população (OLIVEIRA, 2004; SALLES, 2009).

O Programa de Modernização do Setor de Saneamento –PMSS visa contribuir


para o reordenamento, a eficiência e a eficácia dos serviços de saneamento financiando
de investimentos em expansão e melhorias operacionais nos sistemas de águas e esgotos
(OLIVEIRA, 2004). Criou-se a Lei 11.445 de2007da Política Nacional de Saneamento
e o conceito de saneamento básico foi ampliado, passando a ter a mesma significação de
saneamento ambiental (BRASIL, 2007).
Saneamento é definido por esta Lei como o conjunto de serviços, infraestruturas e
instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário,
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas (BRASIL, 2007).

Para o Instituto Trata Brasil (2009) o termo saneamento pode ser entendido
como o conjunto de medidas que visam preservar ou modificar condições do meio
ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde. A Lei de
Saneamento tem como objetivo alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental e
como finalidade, promover e melhorar as condições de vida urbana e rural.

Batista e Silva (2006) definem salubridade ambiental como a qualidade


ambiental capaz de prevenir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente.
Para Santos, 2012 apud Batista, 2005 o conceito de salubridade ambiental, abrangendo
o saneamento ambiental em seus diversos componentes, busca a integração sob uma
visão holística, participativa e de racionalização de uso dos recursos públicos.

Desde 2003, o saneamento no Brasil vem experimentando, um novo ciclo


marcado pelo marco legal e regulatório, reestruturação institucional e retomada dos
investimentos. A reestruturação institucional, com a criação do Ministério das Cidades e
da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, inegavelmente, permitiu maior
direcionamento às ações governamentais. A criação do Conselho Nacional das Cidades
e a realização das Conferências das Cidades possibilitaram o diálogo entre os segmentos
organizados da sociedade. A Lei n. 11.445/2007 fechou um longo período de
indefinição do marco legal, inaugurando uma nova fase na gestão dos serviços públicos
de saneamento básico no País, tendo o planejamento assumido posição central na
condução e orientação da ação pública. A retomada dos investimentos no âmbito
federal, tanto com recursos não onerosos como onerosos, aponta para novas estratégias
do Estado brasileiro para o enfrentamento dos déficits dos serviços.

No entanto, essa trajetória também revela tensões e contradições inerentes a um


contexto político-ideológico que mantém vínculos profundos com a estrutura de poder e
as relações sociais próprias do modelo de produção capitalista (Borja, 2011). Se por um
lado houve a configuração de um ambiente propício para a construção de uma agenda
política mais voltada para a promoção de justiça social, por outro, a permanência da
ação hegemônica de grupos econômicos e políticos na definição da ação estatal revelou
as dificuldades de se avançar para um projeto mais democrático, universalista e
inclusivo. Diante dessa realidade, o presente artigo tem como objetivo discutir a recente
política de saneamento básico no Brasil, com foco nas relações entre Estado, políticas
públicas.

Os esforços tanto do âmbito federal como estadual estão longe de garantir o


direito ao saneamento básico no Brasil e os desafios se colocam em diversas dimensões,
principalmente a política-ideológica, como também institucional, de financiamento, de
gestão, da matriz tecnológica, da participação e controle social, dentre outras. Também
a tradição tecno-burocrática da formulação e implementação de políticas públicas no
Brasil, o patrimonialismo, as fragilidades do aparato estatal, a corrupção e o recuo dos
movimentos sociais contestatórios ocorridos na última década vêm influenciando no
avanço de um projeto político-social vinculado aos princípios da universalidade e da
igualdade.

Embora todas essas dimensões sejam relevantes, a questão central do


saneamento básico passa pelo debate sobre o próprio caráter do Estado brasileiro.
Assim, a definição da natureza das ações de saneamento básico se relaciona com a
disputa que se dá no seio da sociedade entre projetos sociais, que podem, minimamente,
ser representados por dois: um deles considera o saneamento básico como um direito
social, integrante de políticas sociais promotora de justiça socioambiental, cabendo ao
Estado a sua promoção; o outro projeto, de cunho neoliberal, o saneamento básico é
uma ação de infraestrutura ou um serviço, submetido a mecanismos de mercado, quando
não se constitui na própria mercadoria.

Alguns autores têm realizado análises dessa natureza como Barlow e Clarke
(2003), Castro (2009) e Vainer (2005). A noção do saneamento básico como mercadoria
remete à discussão marxiana sobre o valor de uso e o valor de troca. No estágio atual do
capitalismo, a água, além de se constituir como um meio de produção e um elemento
que dá suporte ao desenvolvimento das forças produtivas, protegendo a saúde do
trabalhador e permitindo a implantação da infraestrutura sanitária das cidades, passa a
ser dotada de valor de troca. Assim, a água, ou os serviços públicos de abastecimento de
água, passa a ser um bem econômico que pode ser privatizado e regulado pelo mercado.
A onda de privatização dos serviços públicos de abastecimento de água que se inicia em
Londres e se dissemina na Europa e nos países em desenvolvimento é o testemunho
desse processo. Assim, também no saneamento básico, como na cidade, no campo, na
educação, na saúde, na moradia o que está em disputa é o projeto de sociedade e,
consequentemente, o papel do Estado no campo das políticas públicas.

Dessa forma, em face das transformações da última década nas políticas de


saneamento básico no Brasil, urge empreender reflexões sobre esse período, no sentido
de identificar os avanços, os recuos e os desafios a serem enfrentados pela sociedade
brasileira para a garantia do acesso ao saneamento básico de qualidade para todos.
Nessa perspectiva, o presente artigo tem como objetivo realizar uma reflexão sobre a
recente política de saneamento básico no Brasil, por meio dos investimentos não
onerosos e onerosos, no período de 2004 a 2009.

2.2 - OS SERVIÇOS DE SANEAMNETO NO BRASIL:


DESIGUALDADES NO ATENDIMENTO À POPULAÇÃO
Apesar de ser um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei n°
11.445/2007, os dados comprovam que o país ainda tem um longo caminho para ter
uma saúde pública adequada.
A carência de abastecimento de água e tratamento e coleta de esgoto são um dos fatores
que deixam o Brasil em atraso no índice de desenvolvimento humano
As famílias de baixa renda são as mais afetadas pelo baixo acesso aos serviços de
saneamento básico, em especial ao serviço de esgotamento sanitário.
As características socioeconômicas das famílias afetam a escolha pelas
categorias de esgotamento sanitário presentes nos domicílios. A renda per capita da
família e escolaridade do Responsável Familiar se apresentaram como fatores
importantes na preferência das famílias por rede coletora de esgoto, por estarem ligados
a uma maior compreensão dos benefícios de um saneamento adequado. Um maior
número de pessoas das famílias se mostrou um empecilho ao acesso a rede coletora de
esgoto, associado a dificuldade das famílias pobres em conseguirem uma melhor
infraestrutura domiciliar para famílias maiores. Famílias urbanas apresentaram maior
probabilidade de escolha de rede coletora, esse impacto se mostrou de grande
relevância, na medida que as áreas urbanas há uma maior disponibilidade de
infraestrutura de saneamento mesmo para as famílias pobres.
Segundo Daniel Costa dos Santos (2016), a rede coletora é um conjunto de
tubulações que servem para coletar, conduzir os esgotos de residência, prédios,
estabelecimentos comerciais e industriais.

 Ramal Predial: São os ramais que transportam o esgoto gerado na cidade até a
rede publica de coleta;

 Rede coletora: recebe o esgoto de casas e estabelecimentos transportando -os


até aos coletores tronco;

 Interceptores: São colocados nos fundos de vale margeando cursos d’água ou


canais evitando que os esgotos sejam lançados nos rios, lagoas e mares;

 Emissário: serve para destinar os esgotos para uma Estação de esgoto ou um


lançamento

 Sifão Invertido: Serve para fazer a transposição de obstáculo pela tubulação


de esgoto, funcionando como pressão;

 Corpo de água receptor: corpo hídrico que será lançado os esgotos;


 Poços de Visita (PV):Permitem a inspeção e a limpeza da rede. Ficam
instalados no inicio da rede, nas mudanças de direção, declividade ou
material, nas junções e em trechos longos;

 Elevatória: Serve para bombear o esgoto para um nível mais baixo para um
nível mais elevado, a partir desse ponto o esgoto flui por gravidade.

3. MATERIAL E MÉTODO

3.1.CONCEITO DE ESGOTO
Segundo o artigo digital da UNICAMP (Universidade de Campinas). A
principal definição da palavra esgoto, são efluentes de banho, limpeza de roupas,
louças ou descarga do vaso sanitário. Podemos distinguir o esgoto residências que
formam os esgoto domésticos, os formados no processo de fabricas que é o esgoto
industrial e de chuvas que são o esgoto pluvial e esse não pode ser lançado na
tubulação de esgoto. Essa diferenciação deve ser levada em consideração, pois cada
tipo de esgoto ocorre uma formação diferente e por isso exigem cuidados diferentes.
(UNICAMP, 2019).

São 99,9% de líquido e 0,1% de matéria sólida. São eles: esgoto fresco, esgoto
velho e esgoto séptico
. No Brasil tem dois tipos esgoto. São eles:
1) Sem transporte hídrico:

a) fossas secas, com altura aproximada de 1,5 m que pode chegar até a 3m do
lenço freático;

b) negra; fica próximo ao lençol freático( crime ambiental desde 1996)

2) Com transporte hídrico:

a) Fossas Sépticas: Possui transporte hídrico adotada para um pequeno numero


de casas.

b) Sistema Unitário, combinado ou Romano: sistema construído para receber a


coleta e condução de água pluvial, esgoto doméstico e despejos industriais.
Suas principal desvantagem éo tamanho da rede que exige um alto custo com
um volume maior de obras e sua subutilização na maior parte do ano com a
estiagem. Existem outros sistemas :

 Tout al’ egout: Construído em Paris que mistura rejeitos

 Sistema Inglês: Sistema combinado de solução é composta. Atualmente


esta em desuso pela sua dificuldade de manutenção. Consiste em uma
tubulação com duas seções transversais diferentes ( uma para grandes
vazões de aguas de chuva e outa menor , para esgoto) unidas entre si.

c) Sistema separador parcial ou misto: rede projetada de coleta e transporte de


esgoto doméstico, industrial e parcela de águas pluviais(telhados, pátios e
sacadas). Só não será coleta da a água pluvial de quintais, vias publicar e
jardins que não sejam pavimentadas. A vantagem desse sistema é
possibilidade de ser instalado com dimensões menores que o primeiro, mas
ainda deve ser observado há grande variação sazonal de vazões.

d) Sistema separador absoluto: São construídas e projetadas para transportar


somente esgoto industrial e doméstico sendo assim, as águas de chuva são
coletadas e levadas por outro tubo independente. A principal vantagem é a
poder utilizar pré-moldados de baixo custo facilitando a implantação e
ampliação e facilita também a separação dos tubos e a principal desvantagem
é a impossibilidade de tratamento das águas pluviais que acaba poluindo o
curso d’ agua.

e) As características físicas apresentadas pelo esgoto pode ser cor, turbidez, odor
e de uma série de sólidos, podem ser totais, voláteis, fixos ( esses dois últimos
podem estar dissolvidos e suspensos). (UNICAMP,2019).
f) As características químicas podem ser apresentadas por acidez livre (Ph
neutro), alcalinidade(em esgoto doméstico entorno de 100 mg/l de CaCO³ ),
cloretos (em torno de 75 mg/l), OD (oxigênio dissolvido , muito das vezes
inexistente), DBO ( 300 mg/l) e DQO ( de 2 a 25 vezes maior que a DBO).
g) As características biológicas se definem pelo numero de bactérias
presentes nos esgotos transmissoras de doenças. A norma prevê a contagem
de bactérias grupo coliformes apenas. As bactérias que vivem no esgoto são
enterro bactérias(habitam o intestino de seres homeotérmicos) e sua contagem
permite fornecer o grau de contagem permite e gera uma presunção de existir
ali outras bactérias de maior risco de doença. As bactérias do grupo coliforme
apresentam-se da mesma maneira em relação ao tratamento. A eliminação é
na ordem de 1m/ml.
h) As ações da bactéria através do metabolismo gera produtos que causam
danos ao material utilizado na rede e as demais peça utilizada no sistema de
esgotamento sanitário. A formação de sulfeto reagindo com o hidrogênio de
água que provoca danos e ruptura na armadura das tubulações.
i) A melhor forma de evitar esse tipo de problema é a utilização de
tubulação de PVC (pequenos diâmetro), polyarm (poliéster armado com fibra
de vidro e manilhas cerâmica vitrificadas com diâmetro de até 0,30 m). Outra
solução é utilizar o concreto dolomítico de resina epóxi e asfáltica e fazer a
aeração do esgoto e adicionar bactericida e substância que permitam a
precipitação dos ácidos corrosivos. A solução mais adotada é a lavagem da
tubulação de esgoto. A presença de declividade maior e a que tem maior
velocidade é o que minimiza a corrosão em tubulação de esgoto.

3.2. DESPEJOS INDUSTRIAS

São efluentes produzidos em indústria , se diferencia de tipo de atividade e é


sempre lançado na rede publica. Mas alguns fatores devem ser evitados:

 Lançamento de efluentes ácidos que podem provocar danos a tubulação de


esgoto;

 Lançamento de efluentes tóxicos ou explosivos voláteis que pode causar


acidentes aos operários da manutenção da estação de esgoto;

 Lançamentos de substância ricas em gordura e de maior temperatura;

Devem ser observado o que esta previsto na NBR 9800 - Critérios para
lançamento de efluentes e líquidos industriais no sistema de coleta publica para despejo
de esgoto industrial na rede publica.(UNICAMP,2019).

3.3. ÁGUAS DE INFILTRAÇÃO


São águas que infiltram na rede pela junta das tubulações no caso de rede
assentada no nível do lençol freático e nas juntas dos tampões dos poços de visita. A
NBR 9468/1987estabelece que a taxa de infiltração deve variar entre 0,05 a 1,01/s *
Km devidamente justificado. Mas fatores como chuva, tipo de solo, taxa de
impermeabilização, entre outras devem ser observados.(UNICAMP,2019).

3.4. ÁGUAS PLUVIAIS


Um dos maiores problemas existentes no sistema de esgotamento sanitário no
Brasil, o lançamento clandestino de águas de chuva na rede de esgoto e vice-versa.
Esse fato deve ser identificado e eliminado, pois podem provocar uma sobre carga e
antecipar a depreciação das tubulações.

Os sistema tem por função a retirada de matéria orgânica, agentes biológicos e


químicos com o intuito de promover a proteção ambiental e a promoção da saúde. O
tratamento pode ser feito de natureza física, química e biológica.

As estações de Esgoto recebem as águas totalmente poluídas e devolvem o


efluente totalmente tratado ao corpo receptor final. A s principais etapas do processo
são:

 Gradeamento: É a etapa inicial onde os resíduos sólidos maiores e os


resíduos sólidos menores ficam retidos fisicamente por meio de uma
barreira;

 Desarenação: Nessa etapa a areia em suspensão vai para o fundo,


enquanto os materiais orgânicos ficam em camadas superiores;

 Decantador primário: 1º etapa da decantação, onde material solido é


sedimentado no fundo virando lodo;

 Peneira Rotativa: Depois de transformar material sólido em lodo, por uma


peneira que o separa,da parte liquida, podendo assim armazenar em
tanques;

 Digestão anaeróbica: Estabiliza a mistura por meio de processos químicos


neutralizando bactérias e gases nocivos;
 Tanque de aeração: Através um processo químico, a parte orgânica vira gás
carbônico e a matéria vira alimentos para os microorganismos;

 Decantador secundário: 2º fase da decantação, onde a amtéria sólida no lodo é


reduzida;

 Adensamento do lodo:Filtragem do material e a retirada de mais matéria sólida


da mistura;

 Condicionamento químico do lodo: o material é coagulado e desidratado ficando


a parte solida para trás;

 Filtro prensa de placas: O liquido restante é extraído através de um processo de


compressão mecânica sobre o lodo;

 Secador Térmico: Na ultima fase, o material é posto em altas temperaturas até


evaporar todo o restante de água no lodo.

Segundo o artigo publicado pelo site da Teraambiental (2016). O despejo de esgoto nos
rios, lagos e córregos provocam sérios desequilíbrios ao ecossistema aquático consumindo o
oxigênio no processo de decomposição causando a morte de peixes e plantas. A presença de
fósforo e nitrogênio em altas concentração causando a proliferação excessiva de algas que
provoca desequilíbrio do ecossistema local.

As águas utilizadas em sistema de refrigeração que provocam a poluição térmica,


quando despejadas nos rios causa aumento da temperatura e diminui a concentração de
oxigênio e impede o meio aquático.(TERAAMBIENTAL .2016).

Resíduo contaminante oriundo de esgoto humano podem causar a cólera, disenteria,


meningite, amebíase e hepatites A e B e outros ainda mais graves por metais pesados
provocam tumores hepáticos e de tireóide, renite alérgica, dermatoses e alterações
neurológicas.(TERAAMBIENTAL.2016)

3.5. DESTINAÇÃO FINAL

Segundo Cristiane Rubim(2013). O manejo desse material é realizado em diversas


etapas e o processo depende de tecnologia, da disposição final e de espaço físico. O
material é sedimento composto por uma mistura de substâncias que possuem minerais,
colóides e matéria orgânica decomposta na água. O lodo retirado das Estação de esgoto
é uma mistura sólida e semi-sólida de substâncias orgânicas e inorgânicas, com aspecto
desagradável e com mau-cheiro, elevada quantidade de água (95%) e é um sub-
produto desse processo. Dentro dos piores problemas do setor, a destinação a ser dada a
esse resíduo é o principal desafio.

De acordo com o Programa de pesquisa em Saneamento básico(PROSAB) o


gerenciamento do lodo gera um custo operacional de 20 % à 40% para uma estação de
esgoto. O programa, também apontou que a coleta atende 40,12% da população urbana
e que apenas 40% desse total recebe o tratamentos adequado. No fim grande parte é
lançado é lançado nos recursos hídricos.

William SeitiOkada é analista de processos na empresa Humber Tecnologia empresa


que atua no tratamento e reuso do material diz que a maior preocupação é a composição
química que pode afetar a saúde humana e a natureza, por isso procura armazenar o
lodo da maneira mais reduzida possível, uma serie de procedimentos procura separar a
parte liquida da parte sólida.

Atualmente, as lei ambientais exigem uma destinação apropriada ao lodo, mas ele acaba
indo parar em aterro sanitário, o que acaba contaminando o solo e o lençol freático. A
melhor forma de resolver o problema e ainda conquistar quem sabe, mais dinheiro para
a ampliação da rede de esgoto no Brasil seria muito importante que as concessionárias e
prestadoras do serviço de Esgotamento Sanitário buscar alternativas de reciclar o esgoto
e repassando ele para indústria para a produção de diversos produtos.

3.6.TIJOLOS PRODUZIDOS COM MATERIAL ORIUNDO DO ESGOTO

O tijolos cerâmicos produzidos com esse material são denominados tijolos


ecológicos. A intenção é aumentar o tempo útil das área de extração útil e diminuir
os impactos ambientais dessa atividade e também prolongar a vida útil dos aterros
sanitários não enviando o lodo mais para lá. Os tijolos são utilizados na construção
civil.
Figura 1: Tijolos fabricados com lodo de esgoto
(Fonte: revistaintellectus.com.br)

3.7.GERAÇÃO DE ENERGIA

Segundo William SeitiOkada, M.Sc. e analista de processos da empresa Huber


Technology, nos dias atuais, existe uma grande demanda por alternativas sustentáveis e
com fontes menos exauríveis e com mais disponibilidade, o material retirado do esgoto
não é diferente pode ser reciclado (OKADA, 2013).

Existem tecnologias disponíveis no mercado


capazes de reduzir o volume do lodo, bem como
aproveitá-lo como fonte de combustível para
geração de energia térmica e elétrica

A maquina chamada Sludge2Energy que serve para incinerar lodo pode ser também
uma termelétrica (OKADA, 2013).

Neste processo, o lodo tem redução de cerca de


72% em peso, 42% em volume e aumento de 300%
em poder calorífico, apresentando potencial de
geração de energia similar à linhita (carvão)
A vantagem do material é que nada dele precisa ser descartado pois as cinzas ,pode
ser matéria prima para produção de fertilizante devido a alta quantidade de
fósforo(OKADA, 2013).

Este processo, desenvolvido em parceira


entre a Huber e a Universidade de
Munique, não somente elimina o uso de
aterros sanitários, como também contribui
para a geração de energia eficiente e
preservação do meio ambiente

Figura 2: Sludge2Energy capaz de produzir energia térmica e elétrica

(Fonte: www.revistatae.com.br

3.8 FERTILIZANTE E SUBSTRATO PARA O SOLO UTILIZADO EM


PLANTAÇÕES
Figura 3: Lodo de esgoto utilizado com substrato para plantas
(Fonte: www.embrapa.br )

Segundo pesquisas desenvolvidas pela EMBRAPA ( Empresa brasileira de Pesquisa


Agropecuárias), o lodo que sobra do tratamento é utilizado como substrato para plantas
e de um condicionantes de solo. Em um teste realizado, o lodo de esgoto foi utilizado
como substrato para mudas apresentou resultados de produtividade de fitomassa entre
10% e 20% superior a substratos tradicionais vendidos em comércio.

Também conhecido como LETES ( Lodos de estação de tratamento de esgoto) são


biomassas microbiana que decanta, juntamente com microorganismos decompositores e
a matéria orgânica digerido vão para o fundo.

As LETES são ricas em nitrogênio, fósforo, cálcio e magnésio e vários nutrientes,


mas oferece risco à saúde humana se não for desinfetado. Além dos processos
normatizados pela nossa legislação para higienização das LETES, a pesquisa está
avaliando a carbonização como melhor procedimento agrícola.

Segundo o pesquisador da Embrapa Adilson Luís Bamberg, após essa etapa, estão
sendo conduzidas avaliações e identificações dos melhores processos de correção desses
resíduos para seu uso seguro e eficiente na agricultura(BAMBERG,2018).

Não é possível a utilização do material dos


LETES direto ao solo de uma lavoura, é
preciso fazer a higienização - por
compostagem ou por carbonização

Os LETES devem passar pela etapa de higienização. O processo final se pela técnica
de peletização ou granulação para facilitar a distribuição e aplicação do produto.

Figura 4: Fertilizante organomineralpeletizado com base orgânica em lodo de esgoto


higienizado

(fonte: comunica.ufu.br)

3.9. O CLE ( cinzas de lodos de esgoto) PARA FABRICAÇÃO DE CIMENTO E


CONCRETO

Vladmir Antônio Pailon( professor docente da UNICAMP e professor colaborados do


programa Strict Sensu de Engenharia Civil escreveu um artigo na pagina eletrônica da
Agência de inovação da UNICAMP ) onde segundo ele a utilização de resíduos na
produção de concreto apresenta melhor desempenho em vedação, estanqueidade,
resistência e durabilidade e preveni a contaminação do solo.
A LETE ( Lodo de estação de tratamento de esgoto) é úmida mas depois de
dessecada pode ser calcinada através de queima direta virando cinza, essa cinza além de
substituir agregados leves do cimento e concreto(como areia e pedra pequenas, etc). Ao
adicionar a cinza do lodo ao processo de produção reduz o custode produção, podendo
substituir 35% do consumo de cimento Portland por lodo calcinado entre temperaturas
de 700°C a 800°C.
A operação ainda aproveita energia produzida pela queima e a o mesmo tempo,
produz um material com propriedade pozôlamico, cuja a adição à confecção de artefatos
de concreto é capaz de produzir materiais de construção com melhores desempenho a
vedação, estanqueidade, resistência e durabilidade.

As principais vantagens estão a redução ou retirada de material contaminado de


Estação de esgoto lançado em aterros sanitários contaminam o solo e lençóis freáticos;
redução no custo de produção de artefatos de concreto mediante o aproveitamento do
material; Redução na utilização de argila e calcário, britas pequenas.

Figura 5: secador térmico de lodos


(Fonte:http:// fec.unicamp.br)

4. Revisão literária

4.1. Aproveitamento de lodo de esgoto para fertilizante agrícola em Jundiaí


Com a preocupação com a Gerencia de Resíduos Sólidos no Brasil e a inevitável
saturação dos aterros sanitários, dessa formaprojetos viáveis de Gestão do lodo de
esgoto na cidade de Jundiaí em São Paulo contribuem para que a situação ambiental
não piore ainda mais , além de se tornar um exemplo para outras cidades brasileiras.
EmJundiaí, o lodo de esgoto é tratado e transformado em produtos para agricultura,
que por meio de um protocolo rigoroso de testes, atendimento a legislações,
rastreamento e acompanhamento, o resultado de todos esses anos de experiência com o
lodo de esgoto e dos investimentos que o Ministério da Agricultura, pecuária e
abastecimento sob o numero SP-8061010000 – 7, reconheceu a qualidade do fertilizante
e confiança ao mesmo. O registro de Produto fertilizante orgânico composto classe
Dconsiderado seguro para agricultura. Um registro exclusivo do fertilizante classe D
produzido em Jundiaí.
Esse processo deaproveitamento do lodo do esgoto é muito importante para o ciclo pois
faz retornar ao solo substância orgânicas e reduz a pressão sobre as fontes naturais de
nutrientes utilizado na produção de fertilizantes químicos. A utilização de fertilizantes
biossolidos produzidos reduziria cerca de 40% do consumo de fertilizantes químico
fosfatado e reduziria a quantidade de resíduos enviados ao aterro sanitário.

Figura 6: Lodo sendo preparado na centrifuga


(Fonte: Jundiai.sp.gov.br
Segundo a empresa TeraAmbiental foram tratados no período de Outubro de 2016 à
Abril de 2017, 18.697 tonelada de esgoto ( 20% de sólidos) provenientes de ETES, que
após a compostagem Termofilíca resultaram em aproximadamente 13.000 toneladas de
fertilizantes Orgânico composto classe D, com 60 % de sólido). Além do mais, a
empresa e contratada para realizar a adequação e tratamento do lodo do esgoto, tendo
como principal objetivo distribuir o fertilizante para osagricultores para utilização em
culturas agrícolas e florestais.
O fertilizante é produzido por um sistemade compostagem Termofílica do lodo de
esgoto, processo pelo qual é misturado as podas urbanas de galhos geradas no
município, bagaço de cana de açúcar, cascas de eucalipto, entre outros resíduos resíduos
orgânicos, submetidos ao revolvimento mecânico e oxidação promovidas pela
ocorrência de temperaturas acima de 55º por mais de 30 dias, todo material é
higienizado, eliminando organismos causadores de doença aos homens e animais, dando
origem ao composto orgânico.
Um monitoramentopara se certificar que o material está com baixos teores de metais
pesados permitindo o uso seguro. O material ainda é aditivado de calcário, com o
objetivo de diminuir as perdas de amônia no processo, ajudando a evitar odores e
proliferação de vetores, além de enriquecer o material com cálcio e enxofre, dois
nutrientes indispensáveis as plantas e ao solo.
O material é encaminhado á agricultura e ao paisagismosendo 60 % para área
cultivadas com cana de açúcar e 40 % para culturas de frutíferas com clima temperado,
café, parques, gramados e jardins. A cidade que consegue dar conta dacoleta e o
tratamento tendo já alcançado a marca de 100% de tratamento do esgoto coletado,
conta com três estações de Tratamento de esgoto; a estação de tratamento de esgoto de
Jundiaí, a São José e a Fernandes.

Figura 7: Processo de compostagem feito com a mistura de materiais


orgânicos e lodo de esgoto
(Fonte: Jundiai.sp.gov.br)

4.2. Aproveitamento de lodos de esgoto para produção de tijolo

Com o grande passivo ambiental gerado pelo lançamento indiscriminado de resíduos em


aterros e lixões. A Companhia de Saneamento de Alagoas – CASAL,resolveu implantar
na cidade de Santana de Ipanema – AL, como o objetivo de avaliar a influência da
adição do lodo de esgoto sobre as propriedades tecnológicas do tijolo ecológico de solo-
cimento.
O método a principio de caráter experimental, feito a partir de ensaios e
caracterização e qualificação de tijolos ecológicos de solo-cimento regimentado pela
ABNT e pela ABCP. Os resultados apontaram que a incorporaçãodo lodo de ETE
influência diretamente nas propriedades tecnológicas do tijolo ecológico e demonstram
que o lodo pode ser incorporado em formulações de solo-cimento numa proporção
aproximada de 5% em relação á massa de solo, sem que haja grandes avarias nas
propriedades mecânicas da matéria desenvolvida.
Dentro dessa ótica, podemos perceber que os tijolos ecológicos de solo-cimento deve
se constituir uma alternativa a destinação de resíduos oriundos das ETES em
substituição parcialde seus componentes básicos: solo, cimento e água. Já é notada que
a produção de tijolos com resíduos sólidos da grandes vantagens aos tijolos ecológicos
como por exemplo; maior resistência mecânica, possuir maior isolamento acústico e
térmico, combater a umidade e desenvolver menor peso.
O tijolo formulado com 10 % de cimento Portland e 5 % de lodo de esgoto conforme
ensaios de avaliação qualitativo, demonstrando ser viável a produção segundo as
normas da ABNT, o que não pode ser descartado no futuro testes mais aprofundados
com solos mais plásticos e dosagem ainda mais ousados afim de se obter dados mais
precisos acerca da tecnologia produzida.
Dessa forma , ao produção de tijolos ecológicos com utilização de lodo de esgoto é
pautada nas seguintes normas:
 NBR 7181 (abnt,1984);
 Granulometria, densidade real ME 093/ DNER, 1994);
 Resolução do Conama 375/2006
 Plasticidade, NBR6459 (abnt, 1984) e NBR 7180 (abnt 1984)
 Compactação NBR 7182

2. Dosagem e Formulação

 ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland – estudo Técnico, 1986

3. Moldagem
4. Curso

5. Qualificação
 Absorção de água NBR 8492 ( abnt, 2012), PERDA DE MASSA POR
IMERSÃO (dner 256/94

 Resistência Mecânica (NBR 8492)

Figura 8: Processo de moldagem e fabricação do tijolo de solo-cimento adicionado a


lodo de ETE
(Fonte: WWW.casal.al.gov.br)

4.3. A universalização do serviço de esgoto na cidade de Franca - SP

A cidade de Franca em São Paulo de 350 mil habitantes. Desde 1977, tem a Sabesp
como administradora do serviço de águas e esgoto. O município é abastecido pela
Estação de Tratamento de Água Norte com capacidade de 1030 litros por segundo. A
cidade obteve a média 9,82 nos últimos anos, se destacando em 100% no atendimento
urbano de água e esgoto; 98,04% de esgoto tratado por água consumida e investimento
de 50,34% do valor arrecadado, além do mais é levado em consideração novas ligações
percentual de perdas de água na distribuição, perdas no faturamento e tarifa média
também integram o estudo que tem como base os dados do SNIS (Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento) – ano base 2017.

Foto 9: Estação de tratamento de esgoto de Franca

(Fonte: www. tratabrasil.org.br

O esgoto é processado em nove sistemas - Franca, Luiza, Paulistano I, Paulistano II,


City Petrópolis, Aeroporto, Palestina, São Francisco e Morada do Verde - com
capacidade total de 547 litros por segundo.
O sistema de esgotamento sanitário permite preservar o meio ambiente como os
Córregos dos Bagres, Capão do Embira, Palestina, Pouso Alto, Olhos D´Água e os
Ribeirões dos Macacos e das Macaúbas.

Dados Operacionais do Sistema de esgoto de Franca

 Ligação de esgoto: 131.466


 Economias de esgoto: 144.133
 Extensão de rede de esgoto coletoras: 1.175,6 quilômetros
 Estação de tratamento de esgoto: 9
 Capacidade das estações de tratamento: 862,8

Além de todos os benefícios de se ter uma cidade que universalizou o sistema de


esgoto e tratamento, a Sabesp em pareceria com o Instituto Fraunhofer da Alemanha, foi
criado um sistema de retirada do biometano que será usado com combustível na cidade.
Mesmo assim, a SABESP enfrentou os entraves burocráticos para trazer o equipamentos
que tiveram que ser importados e a dificuldade para montagem e interligação necessária
no caminho do gás até a bomba.

Figura 10: carros sendo abastecidos com gás do esgoto


(Fonte: cetesb.sp.gov.br)

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Franca foi equipada com um biodigestor


que capta diariamente 2.500 m³ de biogás, capaz de produzir biometano suficiente para
substituir 1.500 litros de gasolina. Mas estudos apontam que a produção em Franca será
capaz de abastecer 200 veículos leves. Na Sabesp, 19 carros já estão adaptados e
rodando com o gás do esgoto. O novo combustível será monitorado por órgãos
reguladores como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), que já vinha discutindo regras para o gás produzido em estações de esgoto e
aterros sanitários.
5 CONCLUSÃO

De acordo com o trabalho apresentado, pode-se concluir que o Brasil é um país


que ainda engatinha quando o assunto de Saneamento, principalmente no quesito
esgoto. O país possui mais de 45% da população sem qualquer assistência no setor. O
trabalho demonstrou todos os problemas que pode sem causados pela falta de esgoto
como doenças e problemas ambientais. Foi feito toda uma abordagem teórica do
assunto, infelizmente sem um estudo de caso para uma comprovação mais embasada,
mas tudo que foi colocado foi retirado de artigos e monografias.

Foi explicado absolutamente tudo a respeito de esgoto desde a geração e a coleta


na casa do gerador ou industria, o caminho , numa sucesssão de tubos, elevatórias,
bombas e estações até seu descarte final em rios e mananciais. O trabalho foi mais além
e falou sobre o reaproveitamento do lodo gerado nas ETES, muito pouco aproveitado no
nosso país, mas com um grande potencial benéfico ao meio ambiente.

O trabalho foi utilizado como forma de estudo a revisão literária e utilizamos como
exigido 3 casos práticos que estão sendo feitos no Brasil, que demonstram que apesar
de poucos mas que existe bons exemplos práticos no país como é o caso de uma
pequena cidade de Alagoas, Santana do Ipanema onde um trabalho piloto tenta
modificar o problema do gerenciamento de resíduos gerados em uma ETE, a cidade de
Jundiaí tem se destacado no cenário nacional com a transformação de loto de esgoto em
fertilizante e adubo orgânico para o solo e finalmente a cidade de Franca, Atualmete a
melhor no setor de esgoto no Brasil há alguns anos. Com esses exemplos esperamos que
outras cidades no Brasil sigam o exemplo e tentem modificar os rumos desse setor no
Brasil.
6 BIBLIOGRAFIA

RICHTER, Carlos A. ÁGUA MÉTODO DE TRATAMENTO E TECNOLOGIA DE


TRATAMENTO. Editora Blucher, 2009 – São Paulo.

JUNIOR. Arlindo Philippi. SANEAMENTO SAÚDE E AMBIENTE. Fundamentos


para um Desenvolvimento Sustentável. Editora Manoela Ltda – Coleção Ambiental.

Editora 2B- CURSO DE SANEAMENTO BASICO. Prof. BORGES, Rogério


https://engenhariaseditora2b.com.br
JARDIM, Arnaldo; YOSHIDA, Consuelo e FILHO, José Valverde Machado.
POLÍTICA NACIONAL E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. Editora
ManoeleLtda – Coleção Ambiental.

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