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Avaliação
Professora Ma. Claudiana Maria Siste Charal
Professora Ma. Greice Westphal
2021 by Editora Edufatecie
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
UNIFATECIE Unidade 1
Reitor Rua Getúlio Vargas, 333
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira Centro, Paranavaí, PR
Diretor de Ensino (44) 3045-9898
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz UNIFATECIE Unidade 2
Campano Santini
Rua Cândido Bertier
Diretor Administrativo Fortes, 2178, Centro,
Prof. Ms. Renato Valença Correia Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Revisão Textual
Kauê Berto
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação
em Educação Física
UNIDADE II.................................................................................................... 29
Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliações
UNIDADE III................................................................................................... 59
Baterias de Testes
Plano de Estudo:
● Conceitos de biometria, medidas e avaliação;
● Definição e classificação da aptidão física;
● Definições e diferenciação de testes, medidas e avaliações;
● Etapas básicas de avaliação;
● Modalidades de biometria, medidas e avaliação;
● Áreas de Avaliação em Educação Física.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar biometria, medidas e avaliação;
● Definir e classificar aptidão física;
● Definir e diferenciar testes, medidas e avaliações;
● Classificar as etapas básicas de avaliação;
● Apresentar as modalidades de biometria, medidas e avaliação;
● Identificar as áreas de Avaliação em Educação Física.
3
INTRODUÇÃO
Olá alunos(as), sejam bem vindos a primeira unidade da disciplina Medidas e Ava-
liação, espero que esta unidade te auxilie no aprendizado que teremos mais a frente em
nossa disciplina.
Nesta unidade, iremos entender o significado de biometria, medida, avaliação, aptidão
física e teste, dessa forma você conseguirá ter um norte sobre o conteúdo que virá adiante.
A fim de esclarecer o conteúdo a vocês, iremos diferenciar os conceitos de testes,
medidas e avaliações, pois muitas vezes erroneamente, diversas pessoas acreditam ter
significados semelhantes ou até mesmo iguais. Partindo desse assunto iremos apresentar
as modalidades existentes em biometria, medidas e avaliação, assim como as áreas de
avaliação em que a Educação Física é atuante.
Dessa forma, considerando a importância desses conteúdos como base para a
disciplina, os mesmos são a base para que você possa se aprofundar nos conteúdos espe-
cíficos da disciplina Biometria, Medidas e Avaliação.
Agora que você já sabe o que Modalidades de biometria, medidas e avaliação vai
aprender nesta unidade, quero convidá - lo(a) para vir conosco nesse mundo específico da
nossa profissão.Vamos lá?!
Conceito de Biometria
3.1.1 Testar
Está relacionado ao desempenho do indivíduo diante a situações previamente
organizadas e padronizadas. Um teste é uma situação na qual se solicita a alguém que
demonstre certo aspecto de seus conhecimentos ou de sua capacidade. Para isso, normal-
mente, são utilizados instrumentos, procedimentos ou técnicas específicas para a obtenção
da informação de interesse.
Através dos testes é possível determinar os valores numéricos das medidas, o
mesmo pode ser realizado através de uma prova escrita, um teste físico, ou da observa-
ção da performance de um indivíduo. Exemplo: teste de Cooper - 12 minutos (resistência
cardiorrespiratória), testes de sentar e alcançar (flexibilidade), entre outros (GUEDES, D.;
GUEDES, J., 2006).
Existem duas áreas predominantes para a aplicação de testes: aquela que inclui os
testes de campo e os testes desenvolvidos em ambientes laboratoriais, cada um com suas
características como apresenta a figura abaixo (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006):
3.1.3 Avaliar
Tem a função de interpretar os dados (quantitativos e qualitativos) objetivando
fornecer um “parecer ou julgamento” de valores de acordo com os referenciais pré-esta-
belecidos. Ela agrega um componente qualitativo do que se mediu. Com isso, possibilita a
identificação de um grau de importância que pode estar contido naquele dado objetivo, a
É importante considerar que para cada modalidade existe alguma particularidade rela-
cionada aos critérios de avaliação, como por exemplo, a qualidade do teste (refere à va-
lidade, reprodutibilidade e objetividade), aspectos práticos (referente à viabilidade - equi-
pamentos, as instalações, a equipe técnica, o tempo disponível, o número de avaliados
e a economia do teste, que se relaciona aos recursos financeiros disponíveis), aspectos
pedagógicos (relaciona-se à facilidade de entendimento e à motivação) e a utilização dos
resultados (compreende a especificidade e a prescrição), aspectos práticos (evidencia a
viabilidade, ou seja, está relacionada a parte de equipamentos, instalações, equipe técni-
ca, tempo de disponibilidade, número de avaliados (ROJAS E BARROS, 2003).
Geralmente um “bom” teste possui três aspectos fundamentais referente a qualidade do
mesmo, ou seja, para selecionar um teste mais eficaz você deve considerar a validade
(validade face e/ou de lógica, de conteúdo, de construção, concorrente e preditiva), a re-
produtividade, que se divide em fidedignidade e objetividade, sendo a primeira sinônimo
de erro intra-avaliador, ou seja a influência do avaliador sobre o fenômeno em avaliação,
enquanto que a segunda, a objetividade, é sinônimo de erro inter-avaliadores, indicando
o quanto de variação dos escores (resultados da medida) pode ser atribuído à influência
de diferentes avaliadores
REFLITA
SAIBA MAIS
Até mais!
LIVRO
Título: Fisiologia do exercício: Energia, nutrição e desempenho
humano
Autor: Frank I. Katch, Victor L. Katch, William D. Mcardle
Editora: Guanabara Koogan
Sinopse: Como na publicação da primeira edição de Fisiologia do
Exercício | Nutrição, Energia e Desempenho Humano, em 1981,
esta oitava edição reflete a continuação do compromisso dos
autores de integrar os conceitos e a ciência das diferentes disci-
plinas que contribuem para uma compreensão mais abrangente e
a valorização da fisiologia do exercício na atualidade. Estruturada
em duas partes, oito seções e 33 capítulos, esta obra foi revisada
e atualizada para oferecer, de modo didático e objetivo, o melhor
conteúdo sobre nutrição, transferência de energia e treinamento
físico, e sua relação com o desempenho humano. Características
especiais: Maior ênfase na correlação entre os conceitos teóricos
e a prática Projeto gráfico elaborado especialmente para integrar
texto e figuras de modo adequado para o estudo Mais de 500 fi-
guras que proporcionam melhor compreensão dos assuntos Foco
nas contribuições de pesquisadores para o conhecimento sobre
fisiologia do exercício, por meio de entrevistas com proeminentes
estudiosos deste campo Recursos pedagógicos, incluindo Objeti-
vos do capítulo e Questões discursivas, que propõem perguntas
para reflexão sobre conceitos complexos, e boxes PSC (Para seu
conhecimento), que apresentam informações científicas atualiza-
das Atualizações que refletem os mais recentes achados da área,
além de novas informações sobre nutrição esportiva, aptidão e
treinamento, composição corporal e controle de peso, Exercício
em diferentes ambientes, atividade física e saúde, e biologia mole-
cular Material suplementar online, incluindo questões de avaliação,
referências bibliográficas e apêndices com informações adicionais.
FILME/VÍDEO
Título: I am Bolt
Ano: 2016
Sinopse: Durante um ano, Usain Bolt foi acompanhado pela equi-
pe dos documentaristas Benjamin Turner e Gabe Turner, inclusive
na Rio 2016, o que resultou em um filme de 1h47. O objetivo do
ícone do atletismo com “I Am Bolt” é mostrar para os fãs que não
é nada fácil chegar ao topo e ainda mais difícil se manter no local
mais alto do pódio por tanto tempo.
Plano de Estudo:
● Tipos de testes;
● Critérios para seleção e validação de testes de aptidão física;
● Construção de testes;
● Antropometria Aplicada;
● Objetivos e procedimentos para avaliação da aptidão física;
● Métodos para avaliação dos níveis de atividade física;
● Instrumentação para medidas e avaliação.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os tipos de testes;
● Conceituar e contextualizar os critérios para seleção e validação de testes;
● Conhecer a construção dos testes
● Estabelecer a importância da antropometria aplicada para a saúde;
● Estudar os objetivos e procedimentos para avaliação da aptidão física;
● Compreender os métodos para avaliação dos níveis de atividade física;
● Conhecer os instrumentos para medidas e avaliação.
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INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja bem-vindo(a) à segunda unidade da nossa apostila de Medidas
e Avaliação, “Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação”.
Você deve estar se perguntando, o que são essas técnicas e instrumentos para
medidas e avaliação? Calma, nós vamos aprender juntos! Nesta unidade, iremos apresen-
tar como funcionam esses conceitos na prática e como devem ser aplicados nos diferentes
públicos-alvo (criança, adolescente, adulto e idoso).
Vamos estudar a diferenciação dos tipos de testes com exemplos, os critérios
utilizados para seleção e validação de testes de aptidão física, como é feito a construção
dos testes, o que é, e para que serve a antropometria aplicada, quais são objetivos e
procedimentos para a avaliação da aptidão física, os métodos para avaliação dos níveis de
atividade física e para fechar essa unidade quais são os principais instrumentos utilizado na
rotina dos profissionais no campo de medidas e avaliação em Educação Física.
Vamos aprender juntos sobre essas técnicas e instrumentos da área de Biometria,
Medidas e Avaliação. Vamos lá?!
O teste, como dito anteriormente, na unidade I, é um método utilizado para veri-
ficar a qualidade, desempenho ou o comportamento do aluno/indivíduo, mediante a um
procedimento padronizado para se obter uma informação ou resultado. Além disso, é um
instrumento utilizado para avaliar as habilidades nos domínios cognitivo, psicomotor e afe-
tivo (FREITAS, 2004; GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006).
Os testes são, normalmente, classificados de acordo com o ambiente onde eles
são aplicados, como de campo ou de laboratório, conforme está apresentado na figura 1,
a seguir.
Teste de campo
Ex: Teste de corrida de Testes de laboratório.
12 min; Teste de Sentar Ex: Teste ergométrico
e Levantar.
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 30
Os testes de campo têm como característica a fácil aplicação, equipamentos não
tão sofisticados, de baixo custo. Por essas características, não necessitam, em muitos
casos, que os avaliadores tenham um elevado grau de especialização. Além disso, eles
geralmente são aplicados em grupos de pessoas/avaliados em um tempo de coleta de
dados relativamente curto (FREITAS, 2004; HEYWARD, 2013).
Os testes de laboratório utilizam equipamentos elaborados/especializados, que
normalmente apresentam custos elevados, necessitando um ambiente adequado, com cli-
matização, iluminação, segurança dos equipamentos e dos avaliados, e avaliadores espe-
cializados para manusear os aparelhos, que muitas vezes requerem um tempo de aplicação
maior. Por essas razões, os testes de laboratório, na maioria das vezes, são utilizados na
realização de pesquisas e estudos de pós-graduação (FREITAS, 2004; HEYWARD, 2013).
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 31
2. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO E VALIDAÇÃO DE TESTES DE APTIDÃO FÍSICA
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 32
Fidedignidade ou Confiabilidade: refere-se a medida da reprodutibilidade do
teste, quando é aplicado repetidamente, nas mesmas pessoas, na mesma avaliação,
fornecendo dados similares ou iguais, indica o grau de precisão com que determinada
característica é analisada.
Objetividade: refere-se ao grau de concordância com o valor verdadeiro de um
teste, quando mensurados por dois ou mais avaliadores, comparando os resultados obtidos
com intervalo de tempo reduzido, ou no mesmo momento. Portanto, o teste deve apresentar
resultados idênticos ou muito próximos para uma pessoa avaliada e reavaliada em seguida.
Padronização: O teste deve seguir os mesmos procedimentos, com instruções
claras, para que qualquer avaliador possa compreendê-lo e aplicar corretamente, por meio
de uma normatização.
Viabilidade: Refere-se a condições necessárias para a aplicação do teste como os
custos, tempo despendido, riscos e benefícios da aplicação.
É importante destacar que os critérios tradicionais utilizados para seleção e va-
lidação de testes de aptidão física são: Validade, Fidedignidade e Objetividade (ROJAS;
BARROS, 2003).
VALIDADE CONFIABILIDADE
Medir corretamente, com o Reproduzir dados consis-
mínimo de erro possível tentes e estáveis
OBJETIVIDADE
Confiabilidade entre
avaliadores durante a
administração de um
mesmo instrumento de
medida. Utiliza-se o
coeficiente de
correlação de Pearson (r).
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 33
TABELA 1. NÍVEIS DE VALIDADE, REPRODUTIBILIDADE E OBJETIVIDADE
UNIDADE
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Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 34
3. CONSTRUÇÃO DE TESTES
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 35
ou comportamento, é necessário determinar até que ponto esses escores podem trazer
informações sobre o que pretende avaliar (GUEDES, D.; GUEDES,J., 2006). Exemplo:
Questionário de Qualidade de Vida.
Validade de Conteúdo: Refere-se ao grau em que o conteúdo de um instrumento
reflete adequadamente o constructo que está sendo medido (KIMBERLIN; WINTERSTEIN,
2008). Enfatizando, se o conteúdo está presente nas duas versões do teste, necessaria-
mente as medidas obtidas na versão curta deverão correlacionar-se com as da versão
longa (ROJAS; BARROS, 2003). Exemplo: questionário de atividade física habitual (IPAQ).
Validade de Constructo: É a extensão em que um conjunto de variáveis representa
realmente o construto a ser medido (HAIR JR, J.F.; BLACK, W.C.; BABIN, B.J; ANDERSON,
2006; MARTINS, 2006). Comparação de escores obtidos entre dois grupos diferentes em
relação ao atributo que se pretende avaliar (ROJAS; BARROS, 2003).
Validade Concorrente: Relação estatística entre os escores produzidos pelo ins-
trumento de medida e indicadores de mesma natureza. Investiga a concordância entre o
desempenho de um teste e a condição corrente do que se pretende avaliar (GUEDES, D.;
GUEDES, J., 2006). Pode ser verificada aplicando-se ambos, o teste-alvo e o ‘padrão-ouro’,
ao mesmo tempo (SOUZA; ALEXANDRE; GUIRARDELLO, 2017).
Validade Preditiva: O teste pretende predizer, por meio de uma equação matemá-
tica, a condição futura do examinado quanto a algum critério específico. Neste caso, um
teste tem validade preditiva se as medidas que ele permite obter são significativamente
correlacionados com uma característica, comportamento ou desempenho apresentados no
futuro (ROJAS; BARROS, 2003).
Portanto, alguns tipos de validade requerem a aplicação de testes estatísticos.
Assim, primeiro analisam o coeficiente de correlação entre os escores obtidos pelos instru-
mentos de medida. Em seguida, verificam em uma tabela de referência, como a apresentada
por Tritschler (2000), com os resultados do coeficiente de correlação para a interpretação
da validação de instrumentos ou testes na área da Educação Física.
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 36
4. ANTROPOMETRIA APLICADA
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 37
condições nutricionais de diferentes grupos populacionais e os fatores que as influenciam.
Para a classificação do estado nutricional são utilizados índices antropométricos. O índice é
a combinação entre duas medidas antropométricas (ex. peso e altura) ou entre uma medida
antropométrica e uma demográfica (ex. peso por idade, altura por idade). Para explorar este
tópico, de forma mais concreta, vamos apresentar os índices preconizados pela Vigilância
Nutricional e SISVAN para cada fase do curso da vida. (SISVAN, 2004)
O índice usado para medir a relação entre o peso e a idade das crianças é chama-
do de: Criança Peso/Idade (P/I). Este índice é classificado em percentis para avaliação do
estado nutricional de crianças.
Conceito: O peso por idade expressa a relação entre a massa corporal e a idade
cronológica da criança. É o índice utilizado para a avaliação do estado nutricional, prin-
cipalmente para caracterização de baixo peso. Essa avaliação é muito adequada para o
acompanhamento do crescimento infantil e reflete a situação global do indivíduo, porém,
não diferencia o comprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos crônicos.
Método de cálculo: O peso da criança é aferido, de acordo com métodos preconi-
zados e é registrado em quilos. A idade da criança é calculada em meses. Os valores são
identificados no gráfico de crescimento infantil, segundo o sexo. Este gráfico corresponde a
curvas que refletem o crescimento de uma população de referência e constam os percentis
de peso por idade, e devem ser observados os pontos de corte para interpretação.
Interpretação: São definidos quatro pontos de corte para o indicador de Peso
por Idade (P/I) (percentis 0,1,3,10 e 97), permitindo a seguinte classificação o estado
nutricional infantil:
● P/I abaixo do percentil 0,1: criança com peso muito baixo para a idade.
● P/I maior ou igual ao percentil 0,1 e menor que o percentil 3: criança com
peso baixo para a idade.
● P/I maior ou igual ao percentil 3 e menor que o percentil 10: criança em risco
nutricional.
● P/I maior ou igual ao percentil 10 e menor que o percentil 97: criança com
peso adequado para a idade (eutrófica).
● P/I maior ou igual ao percentil 97: criança com risco de sobrepeso.
Usos: Permite avaliação do estado nutricional de crianças e o acompanhamento
do crescimento infantil.
Limitações: A partir do indicador de peso por idade, não é possível diferenciar se
o comprometimento nutricional é atual/agudo ou pregresso/crônico.
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 38
De forma semelhante é avaliado o índice peso/altura (P/A). Este índice dispensa a
informação da idade; expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e altura.
É utilizado tanto para identificar o emagrecimento da criança, como para o excesso de peso.
Método de cálculo: A altura da criança, quer seja o comprimento no caso de crian-
ças menores de 2 anos de idade (medida aferida com o indivíduo deitado) ou a estatura
para crianças de 2 anos ou mais (medida aferida com o indivíduo em pé) é registrada em
centímetros. O peso da criança é registrado em quilos. Tanto as medidas de altura como de
peso são avaliadas segundo métodos preconizados e em seguida tais valores são identifi-
cados em gráficos de peso por altura, segundo o sexo. Este gráfico corresponde a curvas
que refletem a distribuição desse índice em uma população de referência, isto é, aquela
que inclui dados referentes a indivíduos sadios, vivendo em condições socioeconômicas,
culturais e ambientais satisfatórias. Nesse gráfico, são apresentados os percentis do índice
de peso por altura e a intersecção da medida de peso da criança com sua altura possibilitará
a identificação da faixa de percentil que se encontra o indivíduo, devendo ser observados os
pontos de corte para sua interpretação. O percentil de peso por altura em que se encontra
a criança também pode ser identificado por meio de tabelas que apresentam diferentes
valores de peso em função da altura e do sexo do indivíduo.
Interpretação: São definidos três pontos de corte para o indicador de Peso por
Altura (P/A) (percentis 3, 10 e 97), permitindo a seguinte classificação:
● P/A abaixo do percentil 3: criança com baixo peso para sua altura.
● P/A maior ou igual ao percentil 3 e menor que o percentil 10: criança com
risco de baixo peso para sua altura.
● P/A maior ou igual ao percentil 10 e menor que o percentil 97: criança com
peso adequado para sua altura.
● P/A maior ou igual ao percentil 97: criança com risco de sobrepeso para sua
estatura.
Quanto ao índice P/A, existe a possibilidade de não ser identificado um parâmetro
segundo a referência adotada. Isso ocorre quando há um peso muito baixo ou muito alto
em relação a determinada altura, ou uma altura muito baixa ou muito alta em relação a
determinado peso.
Limitações: Não oferece um diagnóstico preciso de sobrepeso e obesidade,
apenas de excesso de peso de uma forma geral. A informação sobre a idade da criança
não é considerada na avaliação desse índice. Dessa forma, existe a possibilidade de uma
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 39
criança apresentar P/A adequado, mas não ter as medidas isoladas de peso e de estatura
adequadas para sua idade.
Seguindo os mesmos procedimentos descritos em relação às medidas P/I e P/A,
obtém-se também as medidas de Altura/Idade (A/I).
O indicador de Altura por idade (A/I) expressa o crescimento linear de crianças e
corresponde ao dado que melhor representa o efeito cumulativo de situações adversas
sobre o crescimento da criança. É considerado como o índice mais sensível para aferir a
qualidade de vida da população infantil. Trata-se de um índice incluído, recentemente, na
Caderneta de Saúde da Criança.
Os métodos de cálculo e Interpretação são idênticos aos do índice P/A, sendo
utilizados também os mesmos pontos de corte para o índice de Altura por idade (percentis
3, 10 e 97), permitindo a seguinte classificação do crescimento infantil:
● A/I abaixo do percentil 3: criança com altura baixa para a idade.
● A/I maior ou igual ao percentil 3 e menor que o percentil 10: criança com
risco para altura baixa para a idade.
● A/I maior ou igual ao percentil 10 e menor que o percentil 97: criança com
altura adequada para sua idade.
● A/I maior ou igual ao percentil 97: criança com altura elevada para sua idade.
Usos: Permite avaliar o crescimento linear de crianças. Permite a identificação de
efeitos adversos acumulados sobre o crescimento da criança.
Limitações: Não é possível determinar o estado nutricional global da criança a
partir desse índice.
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 40
Para adolescentes, isto é, indivíduos com idade maior ou igual a 10 anos e menor
de 20 anos, a classificação do estado nutricional é realizada a partir da identificação do
percentil de IMC por idade e sexo. O valor obtido de IMC e a idade do adolescente devem
ser identificados no gráfico de IMC por idade, segundo o sexo do indivíduo. Este gráfico
corresponde a curvas que refletem a distribuição desse indicador em uma população de
referência, isto é, aquela que inclui dados referentes a indivíduos sadios, vivendo em con-
dições socioeconômicas, culturais e ambientais satisfatórias. No gráfico, são apresentados
os percentis do indicador de IMC por idade. A intersecção da medida de IMC do adolescen-
te com sua idade possibilitará a identificação do percentil de IMC por idade do indivíduo,
devendo ser observados os pontos de corte para sua interpretação. O percentil de IMC por
idade em que se encontra o adolescente também pode ser identificado por meio de tabelas
que apresentam diferentes valores de IMC em função da idade e do sexo do indivíduo.
Interpretação: São definidos dois pontos de corte para o indicador de IMC por
idade para adolescentes (percentis 5 e 85), permitindo a seguinte classificação:
● Percentil de IMC por idade abaixo de 5: adolescente com baixo peso.
● Percentil de IMC por idade maior ou igual a 5 e menor que 85: adolescente
com peso adequado (eutrófico).
● Percentil de IMC por idade maior ou igual a 85: adolescente com sobrepeso.
Limitações: Não permite a avaliação da composição corporal do indivíduo. Por
exemplo, caso seja identificado um alto valor de IMC, não é possível afirmar, com exatidão,
que o indivíduo apresenta excesso de gordura corporal, tendo em vista que há casos em
que tal valor pode ser atribuído ao excesso de massa muscular, como no caso de atletas e
de pessoas que realizam o treino com pesos habitualmente.
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 41
● Valores de IMC abaixo de 18,5: adulto com baixo peso.
● Valores de IMC maior ou igual a 18,5 e menor que 25,0: adulto com peso
adequado (eutrófico).
● Valores de IMC maior ou igual a 25,0 e menor que 30,0: adulto com sobrepeso.
● Valores de IMC maior ou igual a 30,0: adulto com obesidade.
As limitações do IMC para adultos são as mesmas descritas na classificação dos
adolescentes. Além disso, o IMC também é utilizado na avaliação do estado nutricional
de idosos (indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos). A classificação do estado
nutricional de idosos, assim como a de adultos, é realizada a partir do valor bruto de IMC.
Porém, para esse estágio de vida são definidos dois pontos de corte distintos daqueles de
adultos para o indicador de IMC (valores de IMC de 22,0 e 27,0), permitindo a seguinte
classificação:
● Valores de IMC menor ou igual a 22,0: idoso com baixo peso.
● Valores de IMC maior que 22,0 e menor que 27,0: idoso com peso adequado
(eutrófico).
● Valores de IMC maior ou igual a 27,0: idoso com sobrepeso.
REFLITA
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 42
5. OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 43
tivo foram a agilidade, o equilíbrio, a coordenação, a velocidade, a potência e o tempo de
reação. Deste modo, torna-se claro que os objetivos relacionados a avaliação da aptidão
física dividem-se nestes dois ramos: a avaliação de componentes relacionados a saúde e,
por outro lado dos componentes relacionados ao desempenho esportivo (CASPERSEN,
POWELL e CHRISTENSON, 1985).
Com base no descrito acima, dependendo do público a ser avaliado e dos objetivos do
programa a que estarão vinculados definir-se-á a bateria ou conjunto de testes mais apropriado.
Sabemos que uma das funções da Educação Física na escola é auxiliar na pro-
moção de hábitos saudáveis de vida. Assim, a oferta de esportes como estratégia para
auxiliar na melhora dos componentes da aptidão física de crianças e adolescentes é um
procedimento comum. Apesar disso, não estão claros quais os tipos de modalidades es-
portivas podem oferecer benefícios de maior magnitude. Neste tipo de contexto, portanto, a
avaliação dos componentes da aptidão física por meio de uma bateria de testes, como a do
PROESP – 2007 é de grande utilidade (SCHUBERT et al., 2016). Estes autores,
realizaram um estudo transversal (com coleta única de dados e sem acompanhamento
ao longo do tempo) e verificaram que praticantes de modalidades esportivas individuais
tinham mais chance de atingirem os valores esperados de aptidão física para o índice
de massa cor-poral e flexibilidade, enquanto os praticantes de modalidades coletivas
apresentaram mais chances de atingirem os critérios de saúde da capacidade física
para força de membros superiores. Apesar de não ser um estudo longitudinal, que
acompanha os participantes ao longo de um período de alguns anos, o que dá mais
segurança na avaliação da associação observada, os autores concluíram que os diversos
componentes da aptidão física voltada para a saúde estão associados às modalidades
esportivas em crianças e adolescentes (SCHUBERT et al., 2016).
Por outro lado, quando o objetivo dos testes e medidas de aptidão física é a iden-
tificação de talentos para os esportes, outros procedimentos e medidas são necessários.
Nesse sentido, torna-se relevante definir o que é e para o que serve a detecção de talen-
tos. De acordo com Matsudo et al. (2007), a detecção de talentos possibilita efetuar um
prognóstico, de longo prazo, sobre uma pessoa (geralmente criança ou adolescente) que
evidencia atributos e capacidades necessárias para integrar uma população de atletas de
excelência desportiva (MATSUDO; ARAJO; OLIVEIRA, 2007).
E, nesse contexto, a seleção de talentos refere-se ao conjunto de ações que per-
mitem efetuar um prognóstico, a curto prazo, para um indivíduo situado em um grupo de
atletas. Esse prognóstico baseia-se no postulado de que o indivíduo em questão possui
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
Conceitos e Princípios BásicosdedeBiometria, MedidaseeAvaliação
Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 44
atributos, nível de aprendizagem, treinabilidade e maturidade necessários para apresentar
um desempenho superior aos outros membros do mesmo grupo. De forma complemen-
tar os referidos autores adicionam: “Quem quiser descobrir o fora de série precisa estar
muito bem treinado em reconhecer o que é normal”. Por este motivo, o Celafiscs (Centro
de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul) buscou, por muitos
anos, valores normativos de diferentes variáveis de aptidão física da população brasileira,
identificando também a sua variabilidade (MATSUDO; ARAUJO; OLIVEIRA, 2007). Cumpre
destacar que o campo de aplicação de testes e medidas, tanto as relacionadas à saúde,
como as ligadas ao desempenho esportivo tem um amplo campo de aplicação e, conse-
quentemente, objetivos e procedimentos específicos, de acordo com o público e o contexto
de avaliação. Assim, o tópico atual será retomado, em outras unidades, para aprofundar
essas questões.
SAIBA MAIS
Equação:
Idade óssea = -11,620 + 7,004 (estatura) + 1,226.Dsexo + 0,749 (idade) – 0,068 (Tr) +
0,214 (Pcb) – 0,588 (Du) + 0,388 (Df )
Onde: Para o sexo masculino: Dsexo = 0, para o sexo feminino: Dsexo= 1, Estatura (m),
Idade (anos), Tr = dobra cutânea tricipital (mm), Pcb = perímetro corrigido de braço (cm),
Du = diâmetro de úmero (cm), Df= diâmetro de fêmur (cm) (CABRAL et al., 2013).
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
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Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 45
6. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA
UNIDADE
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Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 46
Torna-se necessário, portanto, reforçar que qualquer movimento corporal realizado
pela musculatura esquelética que resulte em um gasto energético é considerado atividade
física AF (CASPERSEN; POWELL; CHRISTENSON, 1985). Partindo dessa definição des-
taca-se a dificuldade em medir a AF, que pode ocorrer em diversos contextos no cotidiano
de um indivíduo e de diferentes populações. Considera-se o somatório das AF diárias como
“AF habitual”, podendo esta ocorrer nas atividades de lazer, ocupacionais ou nos desloca-
mentos (WHO, 2018).
Devido ao aumento contínuo de sua prevalência, torna-se necessário igualmente
definir o que vem a ser o comportamento sedentário. Segundo a OMS, o comportamento
sedentário é definido como qualquer comportamento de vigília caracterizado por um gasto
energético menor que 1,5 equivalentes metabólicos (METs), como estar sentado, reclinado
ou deitado. Evidências recentes indicam que altos níveis de comportamento sedentário
contínuo (como permanecer sentado por longos períodos de tempo) estão associados com
alterações no metabolismo da glicose e desordens cardiometabólicas, bem como aumento
da mortalidade geral (WHO, 2018).
Há uma grande diversidade de métodos e técnicas para mensurar a atividade física,
sendo eles classificados como objetivos ou subjetivos. Entre os métodos objetivos destacam-
-se os sensores de movimento, monitores de frequência cardíaca, água duplamente marcada
(DLW) e a observação direta do comportamento. Embora estes apresentem níveis considera-
dos satisfatórios de reprodutibilidade e validade, possuem limitações em termos de logística
e custo, podem ser reativos e mensuram apenas atividades físicas “atuais” ou “recentes”.
Por essas razões, a prática de AF vem sendo avaliada mais comumente por quatro
métodos: acelerômetros; pedômetros; diários; e questionários.
Os acelerômetros são sensores que captam movimentos em três planos e indicam
a intensidade dos movimentos que os indivíduos realizam.
Os pedômetros são semelhantes aos acelerômetros no que se refere a sua uti-
lização, contudo indicam apenas o número de passos que os indivíduos realizam e não
computam a intensidade dos movimentos.
Os diários, instrumentos nos quais os indivíduos anotam suas atividades em perío-
dos padronizados de tempo, por exemplo a cada período de 15 minutos do dia, durante três
ou sete dias, requerem adesão e cooperação do avaliado, o que pode ser problemático em
pesquisas populacionais com grandes amostras.
UNIDADE
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Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 47
Os questionários, finalmente, são os instrumentos mais utilizados para avaliação
dos níveis de atividade física em pesquisas epidemiológicas porque têm baixo custo, são
de fácil aplicação e proporcionam rapidez na obtenção dos dados (MILITÃO et al., 2013).
Os instrumentos mais diretos, como por exemplo, a água duplamente marcada, a
calorimetria direta e outros, são mais precisos e acurados. No entanto, além de possuírem
um custo elevado tanto para coleta, como para a análise dos dados, não são práticos,
por não permitirem avaliações em larga escala e demandarem grande quantidade de
tempo para aplicação, bem como profissionais altamente especializados. Por outro lado,
os questionários são bastante úteis quando o objetivo é avaliar um grande número de
indivíduos, com praticidade, rapidez e baixo custo, como por exemplo, em estudos de base
populacional (BANDA et al., 2010).
Dentre os diferentes instrumentos para medida da AF, o uso de questionários,
pedômetros e acelerômetros na população idosa é algo bastante frequente, muito, pela
possibilidade de avaliar um número elevado de participantes (UENO et al., 2013). No
entanto, no Brasil, ainda são escassos os instrumentos para a avaliação da AF com boa
validade, aplicados à epidemiologia (FLORINDO et al., 2006).
Cabe observar que não há um instrumento que seja adequado a todos os estudos
que envolvem a medida da AF. Escolher o instrumento mais apropriado não depende so-
mente dos níveis de reprodutibilidade e validade, mas também de outros fatores como as
características da amostra, os objetivos do estudo, recursos disponíveis, os domínios e as
dimensões da atividade física que serão mensurados e o período de referência da medida.
UNIDADE
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7. INSTRUMENTAÇÃO PARA MEDIDAS E AVALIAÇÃO
UNIDADE
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Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 49
Frankfurt, o olhar fixo para o horizonte, os braços estendidos ao longo do corpo, os pés
unidos formando um ângulo reto com as pernas (CHRISTINELLI et al., 2021;
LOHMAN; ROACHE; MARTORELL, 1992; WESTPHAL et al.,2021).
UNIDADE
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Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 50
Balança Digital: A massa corporal é uma medida antropométrica mensurada por
meio de uma balança digital. O avaliado permanece em posição direta, em pé, cabeça no
plano horizontal de Frankfurt, com os braços estendidos ao longo do corpo, e com os pés
levemente afastados (CHRISTINELLI et al., 2021; WESTPHAL et al., 2021).
UNIDADE
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FIGURA 6. EXEMPLO DE AVALIAÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIA
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Compasso de Dobras Cutâneas: O compasso de dobras cutâneas, também re-
conhecido como adipômetro, espessímetro ou plicômetro, é utilizado para aferir as dobras
cutâneas ou pregas de gordura subcutânea e, a partir dessas medidas estimar a adiposida-
de corporal (BENITO et al., 2019).
UNIDADE
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FIGURA 10. EXEMPLO DE BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA
SAIBA MAIS
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Até mais!
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LEITURA COMPLEMENTAR
Você já ouviu falar em Taxa Metabólica Basal (TMB)? Você sabia que a TMB tem
relação direta com a antropometria aplicada, o estado nutricional e a avaliação física? É
um nome muito interessante, não é mesmo?! Vamos apresentar um estudo que uma das
autoras desta apostila, Greice Westphal, publicou em 2021, sobre a taxa metabólica basal
em adolescentes com sobrepeso ou obesidade.
A TMB, é definida como a quantidade de energia necessária para manter as fun-
ções vitais do organismo em repouso, como os batimentos cardíacos, a pressão arterial,
a respiração, entre outros. Alguns fatores são importantes para expressar a TMB, como: a
composição corporal (massa livre de gordura e massa gorda), sexo, idade, nível de ativida-
de física e estado nutricional.
Sendo assim, para a avaliação da TMB é necessário que o indivíduo esteja em
jejum, descansado e em um ambiente tranquilo. Para a aferição, pode ser realizada a partir
da quantidade de calor produzida pelo organismo, chamado de calorimetria direta, ou pela
calorimetria indireta, por exemplo, equipamentos como analisador de gases ou equações
preditivas. Geralmente esses testes são realizados em um laboratório específico de avalia-
ção cardiorrespiratória.
Diante disso, o objetivo do estudo foi apresentar informações sobre a TMB de ado-
lescentes com idade entre 10 e 18 anos, de ambos os sexos, com IMC entre 25,3 a 52,5 kg/
m2. Foram avaliados, mediante o método da calorimetria indireta (CI) (analisador de gases)
91 adolescentes, sendo 37 meninos e 54 meninas. Avaliação da Taxa Metabólica Basal
(TMB) foi obtida por calorimetria indireta (CI) mensurada pelo analisador metabólico de
gases VO2000 (MEDGRAPH, USA), que foi calibrado com gás de composição conhecida
(16% O2 e 5%CO2) antes de cada medida. A TMB foi calculada com base na média do
consumo de O2 e liberação de CO2.
Também foram realizadas avaliações antropométricas e de composição corporal. A
massa corporal, a composição corporal e a TMB foram obtidas por meio de uma bioimpe-
dância bioelétrica multifrequencial com eletrodo tátil de 8 pontos (InBody).
Neste contexto, a prevalência de sobrepeso foi de 23,0%, obesidade 36,3% e
obesidade severa (40,6%). A mediana da TMB foi de 2.150,9 e 1.548,4 para meninos
e meninas, respectivamente (p<0,05). Apesar disso, não houve diferença significativa na
UNIDADE
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Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 56
TMB por unidade de massa (TMB/Kg) e nem por unidade de massa magra (TMB/MM).
Comparando os dois métodos de medida através de uma correlação, foi verificada corre-
lação significativa (p<0,000) entre a TMB medida pela CI e a estimada pela bioimpedância
elétrica multifrequencial.
Com isso, o elevado custo de equipamentos necessário para essa medida, o nível
de complexidade de seus procedimentos e a necessidade de pessoal especializado, limi-
tam a utilização em situações práticas e em ambientes clínicos. E os métodos de avaliação
que estimam a TMB passam a ser recursos de interesse. Deve-se destacar que programas
de intervenções para controle de peso corporal são necessários para auxiliar no equilíbrio
energético através dos valores da TMB.
UNIDADE
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Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 57
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Antropometria Aplicada À Saúde E Ao Desempenho Espor-
tivo: Uma Abordagem A Partir Da Metodologia Isak
Autores: André Luiz Lopes; Gustavo Dos Santos Ribeiro
Editora: Rubio
Sinopse: As civilizações antigas já demonstravam interesse por
investigar de que maneira as medidas do homem poderiam influen-
ciar outros aspectos da sociedade. Desde então, foram conduzidos
inúmeros estudos para analisar a proporção, a composição e as
peculiaridades de cada indivíduo e povoado. Caracterizada por
utilizar medidas corporais para predizer variáveis de desempenho
ou função, a Antropometria tem sido aplicada ao longo dos séculos
em áreas correlatas, como Ergonomia e Antropologia. Com uma
abordagem moderna e objetiva, Antropometria Aplicada à Saúde
e ao Desempenho Esportivo: uma Abordagem a Partir da Metodo-
logia ISAK explora os conceitos sobre Antropometria, fazendo um
passeio pela história e evolução das medidas no corpo humano,
desde os seus primórdios até os dias atuais; analisa a importância
da identificação e mensuração do ser humano para a área de
saúde; contextualiza a obesidade e o tecido adiposo; exemplifica
e aplica os índices corporais; descreve em detalhes os métodos,
as fórmulas, as medidas e as ferramentas de avaliação antropo-
métrica. Com objetivo de atender a estudantes e profissionais de
Educação Física e Nutrição, o livro é um instrumento extremamen-
te necessário para atuação em hospitais, clínicas, consultórios e
academias, a fim de se estabelecerem os melhores diagnósticos.
LIVRO 02
Título: Obesidade: Guia Prático do Diagnóstico a Prescrição de
Exercício Físico
Autores: Bárbara de Moura Antunes, Fabrício Eduardo Rossi e
Fábio Santos de Lira
Editora: Clube de Autores
Sinopse: Este livro atual aborda todos os aspectos importantes
da Obesidade, uma doença prevalente no mundo moderno con-
siderada pela OMS como uma pandemia que acarreta problemas
de saúde pública no Brasil e em todos os países distribuídos em
todos os continentes.Sendo assim, trata-se de uma excelente
fonte de informações para profissionais da saúde, especialmente
educadores físicos, nutricionistas, médicos, fisioterapuetas e ou-
tros, que desejam se aprofundar nesse tema e que buscam mais
conhecimento para lidar com pessoas obesas, já que dezenas de
outras enfermidades são agravadas pela obesidade. (SISVAN,
2004)
UNIDADE
UNIDADE I II Técnicas Instrumentos
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Biometria, Medidas Avaliaçãoem Educação Física 58
UNIDADE III
Baterias de Testes
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Mestre Greice Westphal
Plano de Estudo:
● Avaliação sobre a aptidão física;
● Avaliação da composição corporal;
● Antropometria;
● Protocolos de testes;
● Procedimentos estatísticos: análises e interpretação dos resultados;
● Procedimentos estatísticos: programas e tendências.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os tipos de Avaliação sobre a aptidão física;
● Compreender os tipos de Avaliação da composição corporal;
● Descrever os tipos de métodos de Avaliação da Antropometria;
● Caracterizar os Protocolos de testes;
● Demonstrar os Procedimentos estatísticos: análises e interpretação dos resultados;
● Apresentar os Procedimentos estatísticos: programas e tendências.
59
INTRODUÇÃO
Vamos lá?
1.1.2 Flexibilidade
A flexibilidade é outro componente da aptidão física, este é definido pela ACSM
(2000) como a amplitude de movimentos das articulações, podendo ser simples ou múlti-
plas, e também como habilidade para desempenhar tarefas específicas.
Corroborando com a ACSM (2000), alguns estudos conceituam a flexibilidade como
a capacidade de realizar movimentos em algumas articulações com amplitude de movi-
mento adequada. Desse modo, a flexibilidade está relacionada à qualidade do corpo, no
qual mantém a capacidade funcional das articulações, permitindo assim que seja possível
realizar movimentos das diferentes partes do corpo através de uma grande amplitude de
movimentos (OLIVEIRA E SANTOS, 2012).
Vale ressaltar que a flexibilidade é mensurada através do alcance do movimento
das articulações, e é dependente das estruturas dos ossos e tecidos conectivos, dessa
maneira a flexibilidade é importante pois auxilia na postura adequada, reduzindo os riscos
de lesões (ACHOUR JUNIOR 2006).
Além do alongamento, existem três maneiras para se melhorar a flexibilidade: i) trei-
namento balístico ou ativo - utiliza-se movimentos forçados e repetidos, neste treinamento
é possível ganhar energia cinética durante o movimento; ii) Estática ou passiva - ocorre
através de movimentos lentos e progressivos até a posição de sobrecarga, permanecendo
neste limite por alguns segundos; iii) Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva - este está
relacionado ao movimento de máxima amplitude e contração estática à musculatura alon-
gada (MONTEIRO E FERNANDES FILHO, 2002).
1.1.3 Resistência
Está relacionada à capacidade que um grupo muscular possui em realizar con-
trações repetidas sem fadiga excessiva. Para a avaliação da resistência pode-se utilizar
testes de campo como os testes de sentar e levantar de 60 segundos e o teste de flexão
abdominal (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006).
1.1.5 Equilíbrio
O equilíbrio é definido como a capacidade da manutenção da posição corporal,
podendo ser estático ou dinâmico e possui como órgãos responsáveis os olhos, o sistema
vestibular, os proprioceptores (articulações e músculos). Normalmente se utilizam os testes
do avião, do quatro e do flamingo, para poder avaliar ou mensurar o equilíbrio. Já os testes
de passeio na trave e a amarelinha, são muito utilizados para avaliar o equilíbrio dinâmico
(BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
1.1.7 Potência
A potência também é definida como força explosiva. É a capacidade do indivíduo
em realizar um esforço máximo em um curto espaço de tempo e representa a relação
entre força muscular apresentada pelo avaliado e a velocidade com que este realiza os
movimentos, ou seja, trata-se de um componente da aptidão física no qual se relacionam
diretamente a força e a velocidade. Pode ser expressa através da fórmula: (P = F x V),
onde P = potência; F = Força e V = Velocidade. Os testes mais utilizados na avaliação
da potência do indivíduo são: salto horizontal (sem corrida de impulsão), salto vertical ou
testes de arremesso (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
1.1.8 Coordenação
É conceituada como a aquisição, consolidação e o aperfeiçoamento de um movi-
mento, ou seja, está relacionada com a realização de movimento específico com facilidade
e de maneira controlada (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006).
1.1.9 Velocidade
Velocidade é considerada como o tempo que se gasta para percorrer um determi-
nado espaço. A velocidade pode ser influenciada, de modo considerável, devido ao tempo
de reação e o tempo de movimento. Nos testes de velocidade é comum a utilização de três
tentativas, de forma a desconsiderar eventuais erros na sua execução. Além disso, sugere-
-se a utilização do melhor resultado dentre as três tentativas, uma vez que a utilização da
média pode considerar os erros ocorridos na execução (CADERNO DE REFERÊNCIA DO
ESPORTE, 2013).
Massa Corporal: Para realizar a medida da massa corporal total, chamada popu-
larmente como “peso do indivíduo”, utiliza-se uma balança (digital ou mecânica).
Para a realização dessa medida o avaliado(a) deverá se posicionar em pé, descal-
ço, e com o mínimo de roupa. Ao subir na balança é necessário que o mesmo permaneça
estático, com os braços estendidos e relaxados ao lado do corpo e com as costas viradas
para o medidor (ALVAREZ; PAVAN, 2009).
Ou seja, IMC é igual ao peso (kg) do indivíduo dividido pelo pela altura (m) 2 .
Doenças relacionadas ao excesso de peso podem ser evitadas com métodos que ava-
liam a relação entre o peso e altura, como o IMC. Mas esse método é insuficiente por
não ser preciso em muitos casos, por exemplo, pessoas musculosas podem ter um IMC
alto e não ter problemas de saúde relacionados ao peso. Por essa razão, recomenda-
-se que outro método seja adotado como indicação de riscos à saúde, a RCQ, relação
quadril-cintura.
O RCQ é excelente para identificar doenças cardiovasculares e hipertensão arterial,
pois leva em consideração a localização da gordura no corpo. As gorduras localizadas
principalmente na região abdominal ao redor da cintura fazem com que a pessoa seja
mais propensa a desenvolver problemas de saúde do que se a maior parte da gordura
estivesse localizada nas coxas e quadris.
Para calcular a RCQ, com a ajuda de uma fita métrica, é preciso aferir a circunferência
da cintura e a do quadril e dividir os valores obtidos. (RCQ= circunferência da cintura /
circunferência do quadril). O resultado apresentado, para estar dentro dos padrões con-
siderados saudáveis, deve ser menor que 0,85 para mulheres e 0,90 para homens. Veja
a seguir a tabela com os valores da razão de cintura-quadril.
Lembrando caros(as) alunos(as), que a cada medida tem seus lugares (pontos
anatômicos) e maneiras específicas, portanto o ideal é sempre ter em mãos um manual.
REFLITA
● Flexibilidade
Teste de sentar e alcançar os pés: O objetivo deste teste é avaliar a flexibilidade
do indivíduo, assim para que se possa iniciar o teste o avaliado deve sentar-se na borda do
assento de um cadeira, mantendo a articulação das pernas flexionadas horizontalmente,
o avaliador irá selecionar uma das pernas a ser avaliada (direita e/ou esquerda), a perna
que será avaliada ficará estendida na frente do quadril, com o calcanhar apoiado no chão
e o tornozelo flexionado a 90° enquanto a outra perna permanece flexionada com o pé
completamente apoiado ao solo (CARMO; SILVA; FERREIRA, 2017).
● Equilíbrio
Testes do flamingo: Este teste tem como objetivo avaliar o componente motor as-
sociado ao equilíbrio desta forma para a realização do teste o avaliado deve se manter em
um único pé sobre uma trave com as seguintes dimensões: 50cm de comprimento, 3cm de
largura e 4cm de altura, com suportes laterais de 15cm de comprimento (CANESIN, 2016).
Para a realização do teste o indivíduo que será avaliado deve se posicionar sobre
um dos pés no eixo longitudinal da trave, com o joelho da perna “livre” (perna em suspen-
são) flexionada mantendo o pé à altura dos glúteos com o auxílio da mão do mesmo lado
(imitando a posição do flamingo). Nesta posição, o avaliado deve permanecer por um
minuto sem cometer nenhuma penalidade, caso ocorra 15 penalidades nos primeiros 30
segundos teste deve ser encerrado (o avaliado não possui condições em realizar o
mesmo).
● Potência
Testes de salto horizontal (sem corrida de impulsão): Para a realização deste
teste é necessário a demarcação no solo de medidas perpendicularmente à linha de partida,
a fim de medir a distância do salto do avaliado. O avaliado se posiciona atrás da linha de
partida (ao ponto zero da marcação “trena”), com os pés paralelos, ligeiramente afastados,
joelhos semi flexionados, tronco ligeiramente projetado à frente. Quando for dado o sinal o
avaliado deve saltar a maior distância possível aterrissando com os dois pés em simultâneo
(PROESP-BR, 2015).
● Velocidade
Velocidade de Reação - capacidade em responder um estímulo (visual, auditivo
ou tátil) - teste da régua (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
5.1 Variáveis
As variáveis são o foco principal da pesquisa ou resposta do seu objetivo, ou seja,
os resultados do seu teste/variável. Uma variável é simplesmente algo que pode variar,
pode assumir valores ou categorias diferentes. Por exemplo: gênero (sexo), idade, frequên-
cia cardíaca. pressão arterial, resultados bioquímicos (LDL, HDL, Triglicerídeos); resultado
do teste de flexibilidade (banco de Wells) (DANCEY; REIDY, 2006).
1 - Categóricas (qualitativas):
● Nominal (classificação sem ordem definida);
● Ordinal (classificação com ordem definida).
Observações:
● Unidade de medida mostra a diferença entre as numéricas discreta e contínua;
● Escore não é contagem (não confundir variáveis categóricas nominais expres-
sas por números com variáveis discretas);
● Pode-se transformar uma variável numérica em categórica (lembrar que há
perda de informações);
● Para variáveis categóricas a análise estatística é limitada. Se as variáveis de-
pendentes e independentes forem todas categóricas, só será possível utilizar
testes não paramétricos (independentes), que apresentam menor poder.
Dessa forma iremos apresentar para vocês queridos (as) alunos(as) alguns progra-
Para realizar a análise estatística de uma pesquisa, pode-se utilizar: pacote esta-
tístico SPSS for Windows (O SPSS é um pacote de software analítico oferecido pela IBM
utilizado por pesquisadores a fim de analisar dados complexos de pesquisa (ANDY FIELD,
2009); Medcalc for Windows (trata-se de um programa de estatística completo para o Win-
um conjunto de dados pode ser aproximada pela distribuição normal. Os principais testes
utilizados são: Teste de Shapiro-Wilk, quando uma amostra apresenta um número menor
que 50 e Kolmogorov-Smirnov é utilizado quando a amostra apresentada for maior que 50.
tivos para calcular a média, desvio padrão, percentil e quartil de todas as variáveis, após
Média: A média é facilmente calculada por meio da soma de todos os valores da amos-
tra e, então pela divisão pelo número total de valores. Ex: A média da amostra (5,6,9,2) será:
Mediana: Oficialmente definida como o valor que está no meio da amostra, que
representa o mesmo número de valores acima e abaixo dela. A mediana é calculada com
a ordenação de todos os valores e com a tomada do valor que está no meio. Utilizando os
dados 2, 20, 20, 12, 12, 19, 19, 25, 20 (valores anteriores) para ilustrar o cálculo da media-
na, organizamos os dados em ordem crescente e atribuímos um posto a cada um, assim:
Você pode ver que os valores foram ordenados (linha acima) e a cada um foi atri-
buído um (rank). Dessa forma, o valor mais baixo tem posto um, o próximo posto dois e
assim por diante.
LIVRO
Título: Testes, Medidas e Avaliação em Educação e Esportes
Autor: Francisco José Gondim Pitanga
Editora: Phorte
Edição: 6ª
Ano: 2010
Sinopse: Antes do início efetivo de um programa de exercícios
físicos, é de fundamental importância a avaliação dos parâmetros
de aptidão física do cliente, aluno ou atleta, para que os exercícios
sejam prescritos de forma individualizada e segura. Com vistas
ao atendimento dessa necessidade, este livro oferece um enfo-
que técnico-científico de alta relevância, com toda a orientação
teórico-prática que os profissionais de educação física e de áreas
afins necessitam não apenas para montar programas de avaliação
no âmbito da educação física e dos esportes, mas também para
maximizar aproveitamento dos testes e das medidas que integram
o processo de avaliação da aptidão física.
FILME/VÍDEO
Título: PARATODOS
Ano: 2016
Sinopse: O documentário mostra a trajetória, a vida e os desafios
de atletas paralímpicos, que fazem parte das delegações brasileiras
de natação, atletismo, canoagem e futebol, em fase de preparação
para os Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Plano de Estudo:
● Avaliação em educação física escolar;
● Desenvolvimento de propostas para avaliação em Educação Física escolar
nos diferentes níveis de ensino;
● Avaliação nas diversas modalidades desportivas;
● Organização de ações mediante resultados das avaliações em diferentes contextos.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender a avaliação em educação física escolar;
● Conceituar e contextualizar desenvolvimento de propostas para a avaliação em
Educação Física nos diferentes níveis de ensino;
● Conhecer a avaliação nas diversas modalidades desportivas;
● Estudar a organização de ações mediante resultados
das avaliações em diferentes contextos.
102
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja bem-vindo(a) à quarta unidade da nossa apostila de Biometria,
Medidas e Avaliação, “Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos”.
Vamos aprender juntos sobre a avaliação em educação física escolar e compreen-
der como é realizado neste ambiente. Também, na sequência, vamos estudar o desenvolvi-
mento de propostas para avaliação em educação física escolar e conceituar nos diferentes
níveis de ensino. Vamos conhecer sobre a avaliação nas diversas modalidades desportivas.
E Para finalizar essa unidade vamos estudar a organização de ações mediante
resultados das avaliações em diferentes contextos.
Vamos começar a estudar juntos sobre essas técnicas de Biometria, Medidas e
Avaliação nos diferentes contextos.
Vamos lá?!
SAIBA MAIS
REFLITA
Caro aluno, nesta unidade vamos aprender sobre a avaliação nas diversas moda-
lidades desportivas, para isso o monitoramento regular dos componentes da aptidão física
relacionados ao desempenho esportivo, específicos de alguns esportes, é fundamental
para aumentar a probabilidade de sucesso nas competições.
Assim, estudos com o objetivo de avaliar estes componentes em atletas de elite
têm sido realizados em esportes de combate olímpico como boxe amador, esgrima, judô,
karatê, taekwondo e luta livre. Uma revisão sistemática da literatura publicada recentemen-
te aponta falhas metodológicas importantes na maior parte dos estudos avaliados e reforça
que estudos adicionais, com maior rigor metodológico, são necessários para superar essas
dificuldades e fornecer dados que possam auxiliar na preparação física desses atletas.
Apesar disso, o estudo também demonstra um aumento no número de publicações sobre
essa temática nos últimos anos (CHAABENE et al., 2018).
A avaliação da aptidão física relacionada ao desempenho esportivo tem como um
de seus propósitos identificar o talento esportivo. Destacando que talento é uma vocação,
marcada em uma direção que ultrapassa a média, não estando ainda completamente
desenvolvida. Esta denominação é utilizada para conceituar pessoas com atributos ou
características admiradas e valorizadas pela cultura e pelo momento histórico (SANTOS
et al., 2009).
Na área do esporte de rendimento, utiliza-se o termo “talento esportivo” para designar
aquelas pessoas que possuam um potencial, uma aptidão especial, ou uma grande aptidão
para o desempenho esportivo. Em termos teóricos são encontradas diferentes conceituações
referentes a talento esportivo na literatura da área (BÕHME, 2007; KISS et al., 2004).
SAIBA MAIS
os desafios representados pelo estilo de vida moderno têm sido destacados, ao longo deste
texto, o estilo de vida sedentário e a alimentação não saudável. Este quadro mostra-se mui-
to frequente na maioria dos países. Assim, para que ações efetivas sejam implementadas
torna-se necessário o monitoramento regular destes comportamentos e fatores de risco
fatores de risco acima mencionados não são exclusivos do público em idade escolar. Longe
disso, eles afetam pessoas de todas as faixas etárias e níveis socioeconômicos (BIANCHINI
et al., 2016; MIRANDA; MIRANDA; LAVORATO, 2020). Desta maneira, a busca por
referência) que representam risco aumentado para certas doenças tornam-se elementos
Fonte: PEDRETTI, A. et al. Health- and skill-related physical fitness profile of Bra-
zilian children and adolescents: a systematic review. Revista Brasileira de Atividade Física
& Saúde, v. 25, p. 1 – 10, 2020.
LIVRO
Título: Educação Física Escolar: a educação para a saúde pela
perspectiva da resolução de problemas
Autores: Ademir Testa Junior
Editora: Phorte
Sinopse: Este livro é o resultado de um trabalho que, em 2009,
foi escolhido pela Fundação Victor Civita como o melhor projeto de
Educação Física, em nível nacional, entre os inscritos no Prêmio
Educador Nota 10. Diante do crescente sedentarismo que se ob-
serva na população em geral e entre os estudantes em particular,
a presente obra visa demonstrar que é possível fazer das aulas
de Educação Física um instrumento de aprendizado que vá além
da prática de atividades esportivas e/ou recreativas, inserindo
efetivamente a disciplina no contexto da educação para a saúde.
Busca-se mostrar como se pode utilizar a estratégia da resolução
de problemas para que os estudantes desenvolvam a capacida-
de de tomar decisões conscientes em relação às suas práticas
corporais, ou seja, como levá-los a aprenderem sobre atividades
físicas, saúde e qualidade de vida, de modo a serem capazes de
transformar o conhecimento em conduta ativa e saudável por toda
a vida.
LIVRO 2
Título: Educando crianças para a aptidão física: Uma abordagem
multidisciplinar
Autores: Sephen J. Virgilio
Editora: Manole
Sinopse: O livro fornece ferramentas essenciais não só para
professores de educação física, mas para todos os professores
de educação infantil. Com uma abordagem multidisciplinar, que
promove a colaboração com o professor de sala de aula e o en-
volvimento dos pais e da comunidade, o livro oferece, além de
estratégias motivacionais e de ensino, testes de aptidão física,
exemplos de planos de aula, exercícios de desenvolvimento, jo-
gos ativos e propostas para o ensino dos principais conceitos de
educação física.
FILME/VÍDEO
Título: Muito Além do Peso (Documentário)
Ano: 2012
Sinopse: No documentário, a cineasta Estela Renner analisa a
qualidade da alimentação infantil e os efeitos da publicidade de
alimentos.
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131
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
Chegamos ao fim de mais uma jornada, no qual teve como objetivo principal possi-
bilitar a aquisição de conhecimentos relacionados a Medidas e Avaliação a fim de contribuir
com a atuação acadêmica e profissional.
Portanto, neste material, buscamos trazer reflexões no âmbito do ensino de
Medidas e Avaliação, sob as quais a sua prática docente pode estar embasada.
Para tanto, partimos do tema sobre os Conceitos e Princípios Básicos de Biome-
tria, Medidas e Avaliação Em Educação Física, no qual discorremos além dos conceitos
de biometria, medidas e avaliação, as definições e classificações da aptidão física testes,
medidas e avaliação e sobre as etapas básicas de avaliação.
Bem como nos voltamos a entender sobre Técnicas E Instrumentos De Biometria,
Medidas E Avaliação, decorrido sobre os tipos de teste, critérios para seleção e validação
e construção, bem como comentamos a respeito da antropometria Aplicada e pautamos
propostas metodológicas sob os objetivos e procedimentos para avaliação da aptidão físi-
ca, métodos para avaliação dos níveis de atividade física e instrumentação para medidas
e avaliação.
Partindo do pressuposto que todo o conhecimento produzido nestes campos foram
absorvidos, exprimimos a respeito das Baterias de Testes, onde constou conteúdos relacio-
nados as avaliações sobre a aptidão física, da composição corporal e antropometria, assim
como os protocolos de testes e procedimentos estatísticos nas perspectivas analíticas,
interpretativas, programáticas e diante suas tendências.
Por fim, discorremos a respeito dos diferentes contexto em que a Biometria, medi-
das e avaliações podem ser trabalhadas, suas propostas, objetivos e organizações, no qual
para você caro(a) acadêmico(a) é de grande importância, pois independente onde será
necessário atuar, você estará preparado e dotado de conhecimentos.
Esperamos que assim como nós, você tenha aproveitado ao máximo os conteúdos
abordados nesta apostila e ressaltamos que este é apenas o início do caminho a ser trilhado
por você futuro profissional de Educação Física.
132
+55 (44) 3045 9898
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