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Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE

DISCIPLINA

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

Maria IZOLDA CELA de Arruda Coelho


GOVERNADORA DO ESTADO DO CEARÁ

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL - SSPDS

SANDRO Luciano CARON de Moraes - DPF


SECRETÁRIO DA SSPDS

ACADEMIA ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DO CEARÁ – AESP|CE

Antônio CLAIRTON Alves de Abreu – CEL PM


DIRETOR-GERAL DA AESP|CE

NARTAN da Costa Andrade - DPC


DIRETOR DE PLANEJAMENTO E GESTÃO INTERNA DA AESP|CE

HUMBERTO Rodrigues Dias – CEL BM


COORDENADOR DE ENSINO E INSTRUÇÃO DA AESP|CE

José ROBERTO de Moura Correia – TC PM


COORDENADOR ACADÊMICO PEDAGÓGICO DA AESP|CE

Francisca ADEIRLA Freitas da Silva – CAP PM


SECRETÁRIA ACADÊMICA DA AESP|CE

ALANA Dutra do Carmo


ORIENTADORA DA CÉLULA DE ENSINO A DISTÂNCIA DA AESP|CE

CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS POLICIAIS MILITARES - CFSD PM

DISCIPLINA
Atendimento Pré-Hospitalar

CONTEUDISTAS
Francisco Albert Einstein Lima Arruda
Marcio Lemos dos Santos

FORMATAÇÃO
JOELSON Pimentel da Silva – 1º SGT PM

• 2022 •

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SUMÁRIO

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR ............................................................................................................................................ 5


CAPÍTULO I – SINALIZAÇÃO NA VIA PÚBLICA E ISOLAMENTO NOS LOCAIS DAS OCORRÊNCIAS.................................................. 5
1. CONCEITO DE SINALIZAÇÃO ................................................................................................................................................ 5
1.1 Atendimento Pré-Hospitalar no PHTLS e a relação com a sinalização do local. ................................................................ 5
1.2 Protocolo Especial 07 do Ministério da Saúde e a relação com a sinalização. .................................................................. 5
1.3 Código de Trânsito Brasileiro – CTB e a relação com a sinalização do local. ..................................................................... 5
1.4 Regulamentação legal sobre sinalização estabelecida pelo CTB. ..................................................................................... 5
CAPÍTULO II – EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI................................................................................ 5
2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI................................................................................................................ 5
2.1 Principais tipos de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs. .................................................................................... 5
CAPÍTULO III – AVALIAÇÃO GERAL E ATENDIMENTO À VÍTIMA PELO PROTOCOLO X ABCDE....................................................... 6
3. ATENDIMENTO A VÍTIMA DE TRAUMA................................................................................................................................. 6
3.1 Princípio e prioridades no APH. ..................................................................................................................................... 6
3.2 Avaliação inicial da cena no sinistro. ............................................................................................................................. 6
3.3 Os cuidados com a vítima e atuação policial na prestação do socorro ............................................................................ 6
3.4 Abordagem à vítima de trauma. .................................................................................................................................... 6
3.5 Avaliação primária no trauma pelo protocolo X ABCDE. ................................................................................................. 6
CAPÍTULO IV – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS EM PARADA CARDÍACA .............................................................................................. 8
4. DIRETRIZES DA AMERICAN HEART ASSOCIATION EM RCP ..................................................................................................... 8
4.1 Responsividade na vítima clínica. .................................................................................................................................. 8
4.2 Suporte básico de vida no atendimento de vítima clínica. .............................................................................................. 8
4.3 Cadeia da Sobrevivência Extra-Hospitalar ...................................................................................................................... 8
4.4 LETRA – C: Reanimação cardiopulmonar precoce. ......................................................................................................... 9
4.5 Frequência das compressões torácicas. ......................................................................................................................... 9
4.6 Identificação e posicionamento correto das mãos na RCP. ............................................................................................. 9
4.7 Posicionamento das mãos. ............................................................................................................................................ 9
4.8 Esperar o retorno natural do tórax. ............................................................................................................................. 10
4.9 RCP de alta qualidade. ................................................................................................................................................ 10
4.10 LETRA – D: Uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA) ....................................................................................... 10
4.11 Indicações de um Desfibrilador Externo Automático. ................................................................................................. 10
4.12 Sequência no uso do Desfibrilador Externo Automático. ............................................................................................ 10
4.13 Desfibrilação em situações especiais ......................................................................................................................... 11
CAPÍTULO V – OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS – OVACE E VENTILAÇÃO .................................................................................... 11
5. OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO ARTIFICAL .................................................................................................... 11
5.1 LETRA – A: Inclinação da cabeça com elevação do queixo. ........................................................................................... 11
5.2 Manobras de desobstrução de vias aéreas................................................................................................................... 12
5.3 Manobras de desobstrução em pessoa adulta ou criança maior de um ano. ................................................................ 12
5.4 Detalhes na realização da manobra Heimlich. .............................................................................................................. 12
5.5 Vítima inconsciente de OVACE adulta e criança. .......................................................................................................... 12
5.6 Vítima lactente em OVACE. ......................................................................................................................................... 13
5.7 LETRA – B: Boa respiração e ventilação........................................................................................................................ 13
5.8 Frequência respiratória e ventilação para cada faixa etária de idade. ........................................................................... 14
CAPÍTULO VI – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS EM CONVULSÕES E DESMAIO .................................................................................. 14
6. ATENDIMENTO BÁSICO À VÍTIMA DE CONVULSÃO E DESMAIO .......................................................................................... 14
6.1 Crises Convulsivas ....................................................................................................................................................... 14
6.2 Atendimento Pré-Hospitalar nas Convulsões ............................................................................................................... 14
6.3 Síncope ou Desmaio.................................................................................................................................................... 14
6.4 Atendimento à vítima de desmaio: .............................................................................................................................. 15
CAPÍTULO VII – ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR NAS FRATURAS .......................................................................................... 15
7. FRATURAS E OS TIPOS DE IMOBILIZAÇÕES REALIZADAS NO APH ........................................................................................ 15
7.1 Fraturas de membros .................................................................................................................................................. 15
7.2 Cortar ou remover as roupas da vítima........................................................................................................................ 15
7.3 Classificação das Fraturas ............................................................................................................................................ 16
7.4 Fratura fechada........................................................................................................................................................... 16
7.5 Fratura exposta ........................................................................................................................................................... 16
7.6 Luxações ..................................................................................................................................................................... 17

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7.7 Procedimentos realizados nas luxações ....................................................................................................................... 17


7.8 Entorses...................................................................................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................................................ 17

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ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 1.3 Código de Trânsito Brasileiro – CTB e a relação


com a sinalização do local.
CAPÍTULO I – SINALIZAÇÃO NA VIA PÚBLICA E ISOLAMENTO
NOS LOCAIS DAS OCORRÊNCIAS O CTB define no art. 46 de forma enfática, o que de
fato seja legalmente definido como sinalização em situação
OBJETIVOS: de emergência, de modo que o condutor possa providenciar
a imediata sinalização, sendo essa ratificada pela Resolução
Ao final desta lição, os alunos serão capazes de: 36 do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, ao dispor
que: “O uso do triângulo de sinalização ou similar à distância
 Explicar e demonstrar o conceito de sinalização mínima de 30 metros da parte traseira do veículo”.
em via pública em local de ocorrência.
 Citar a fundamentação legal prevista no CTB na 1.4 Regulamentação legal sobre sinalização
sinalização em vias de trânsito. estabelecida pelo CTB.
 Dispor sobre o conceito de sinalização de distância
mínima prevista no CTB. No que concerne à distância mínima da sinalização
para todas as vias, com base no que é estabelecido pelo CTB,
1. CONCEITO DE SINALIZAÇÃO é a distância mínima de 30 passos ou 30 metros antes e
depois do acidente, muito embora, seja estabelecido pelo
O posicionamento do veículo de emergência durante Protocolo Especial nº7 do SAMU, que a sinalização do local
as ocorrências é descrito em várias literaturas, das quais, seja a partir do veículo de emergência e de acordo com a
seguindo o que está no protocolo de trauma internacional velocidade da via, o que de fato configura uma segurança
chamado de PHTLS, bem como, o protocolo do SAMU a nível ainda maior para a equipe de socorro.
nacional, bem como, a norma específica, Lei 9.503 de 23
setembro de 1997, que estabeleceu o Código de Trânsito CAPÍTULO II – EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO
Brasileiro, ou seja, é com base nesses preceitos o que passa a INDIVIDUAL – EPI
detalhar.
OBJETIVOS:
1.1 Atendimento Pré-Hospitalar no PHTLS e a relação
com a sinalização do local. Ao final desta lição, os alunos serão capazes de:

O que rege o atendimento internacional, o qual é tido  Demonstrar como se utiliza os principais EPIs.
como base do conhecimento estabelecida no mundo como  Citar a finalidade de cada equipamento.
protocolo, desde 1983, ao definir que o primeiro veículo de  Conceituar de forma sucinta a importância do EPI
emergência ao chegar no local, deverá ser posicionado de para segurança do socorrista.
forma segura na faixa do acidente, para tanto, não menciona
distância. 2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

1.2 Protocolo Especial 07 do Ministério da Saúde e a Os Equipamentos de Proteção Individuais – EPIs são
relação com a sinalização. instrumentos destinados à proteção do socorrista, como o
nome dispõe, ou seja, destinados a proteger a integridade
Já o Protocolo Especial do SAMU a nível nacional, física do profissional durante a realização das atividades em
descreve que a sinalização deverá ser colocada a partir do que possam existir os riscos potenciais de contaminação por
veículo de emergência, tendo como parâmetro a velocidade fluídos à sua pessoa, e até mesmo para equipe de
da via, ou seja, se a velocidade da via é de 60 Km/h, a profissionais.
sinalização deverá ser de 60 passos ou metros, a partir do
veículo de emergência que está no atendimento da 2.1 Principais tipos de Equipamentos de Proteção
ocorrência. Individual – EPIs.
É salutar salientar uma observação que o Protocolo
07 do SAMU Nacional enfatiza que é a recomendação da Observa-se ser considerados como EPIs básicos;
leitura do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, Lei 9.503 de 23 capacete de proteção, óculos que cubra todos os olhos,
de setembro de 1997, por entender que a norma específica máscara facial, gandola para militares, macacão ou colete
possa dispor ainda mais com preceitos legais sobre refletivo para demais, luvas descartáveis de procedimentos
sinalização de locais de ocorrência, compreendo para todos ou cirúrgicas, além de coturnos ou botas.
efeitos os veículos assegurados com prerrogativas de
passagem, quando do atendimento das urgências, mas para
isso, estando eles devidamente sinalizados.

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CAPÍTULO III – AVALIAÇÃO GERAL E ATENDIMENTO À que concerne a obedecer uma sequência de procedimentos
VÍTIMA PELO PROTOCOLO X ABCDE que permita determinar qual o principal problema associado
com a lesão ou doença e quais serão as medidas a serem
OBJETIVOS: tomadas, das quais:

Ao final desta lição, os alunos serão capazes de: 1º. Manter a calma;
2º. Garantir a segurança;
 Citar a sequência da avaliação primária realizada 3º. Verificar a situação da vítima;
no trauma; 4º. Acionar o socorro;
 Reconhecer uma vítima crítica de uma vítima não 5º. Realizar ações com a vítima.
crítica;
 Diferenciar qualificação de sinais vitais de 3.4 Abordagem à vítima de trauma.
quantificação;
 Dispor a sequência X ABCDE em vítima de trauma. Na abordagem, inicia-se observando a presença de
sangramento importante, o que representa a letra “X”, ao
3. ATENDIMENTO A VÍTIMA DE TRAUMA mesmo tempo em que se testa o nível de consciência da
vítima, ao abordá-la com uma das mãos tocando o ombro e
É válido atentar, o que se faz de importante quanto a outra mão na região frontal da cabeça da vítima, de modo
aos procedimentos de primeiros socorros aplicados em uma que posteriormente possa ser solicitada a ajuda aos colegas
vítima de acidente ou uma eventualidade clínica, com socorristas, para só então prosseguir com o atendimento,
objetivo de manter os sinais vitais e reduzir o agravamento que irá avaliar todos possíveis parâmetros, no intuito de que
do seu estado até que receba assistência especializada, seja identificada a natureza da lesão.
quando conduzida ao hospital e entregue aos cuidados
médicos.

3.1 Princípio e prioridades no APH.

A literatura do PHTLS foca o atendimento em


princípios e não tão somente em preferências, ou seja, ao
focar nos princípios de bom atendimento ao traumatizado, o
PHTLS promove o pensamento crítico. O comitê PHTLS
acredita que os profissionais de Serviços de Emergências
Médicas (SME) tomam as melhores decisões em nome de
seus doentes, quando eles têm uma formação sólida nos
princípios, que é chave do conhecimento baseado em
evidências, de modo que o princípio da habilidade é
ensinado, desta feita, surge um método aceitável de realizar
tal habilidade que possa satisfazer o princípio apresentado.

3.2 Avaliação inicial da cena no sinistro.


3.5 Avaliação primária no trauma pelo protocolo X
O agente de segurança pública ao chegar no local do ABCDE.
acidente, deve realizar observações das situações que
possam pôr em risco a integridade física e segurança do Em situações de trauma, caso seja evidenciada uma
socorrista, bem como da vítima, ao observar; presença de hemorragia externa, deverá ser contida o mais rápido
perigo iminente, número de vítimas, natureza da ocorrência, possível, para só então iniciar a avaliação primária, o que
bem como, a evolução da situação e que tipo de apoio será deverá ser continuada em uma sequência lógica que consiste
necessário para o atendimento a ocorrência. em analisar todas as condições traumáticas e até mesmo
clínica, que impliquem em risco iminente de morte, ou seja,
3.3 Os cuidados com a vítima e atuação policial na o que configura uma situação de emergência, sendo também
prestação do socorro definida como vítima crítica. São situações que configuram
uma emergência; deficiência na respiração, deficiência
Na condição de um acidente, a vítima deverá ser cardíaca, hipovolemia e inconsciência, caso não seja
tratada como estivesse com lesões em várias partes do observada tais situações, o paciente é compreendido como
corpo, cabendo ao policial tomar todos os cuidados devidos, não crítico, o que configurará uma urgência. Segue a baixo o
ao sempre suspeita de doença infectocontagiosa, para que descritivo de cada letra após o “X”, representando o que se
na sequência seja imprescindível o uso de Equipamento de pretende encontrar e o tratamento aplicado.
Proteção Individual (EPI), para isso é que se faz necessário
tomar atitudes antes de qualquer atendimento às vítimas, o

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A – Estabilização da coluna cervical com abertura das LETRA C: Circulação e controle de hemorragias.
vias aéreas;
B – Boa ventilação na regra PFEB; Na avaliação primária da vítima traumatizada, a
C – Circulação e controle das hemorragias, na regra hemorragia externa deve ser identificada e controlada
H3P. imediatamente na letra “X”, o que configura exsanguinação,
D – Disfunção Neurológica (Escala de Coma de já sem em se tratando de suspeita de hemorragia interna, a
Glasgow ou AVDI). técnica aplicada de avaliação é conhecida como H3P, o que
E – Exposição da vítima para evidenciar as lesões. significa dizer:

LETRA A: Abertura das Vias Aéreas e Controle H – Hemorragias (identificação e controle).


Cervical. P – Pulso radial bilateral (se estão presentes, caso
estejam ausentes, indica hemorragia nas grandes cavidades).
Trata-se de uma rápida avaliação da via aérea da P – Pele (observar a cor, a temperatura e a umidade).
vítima para garantir que esteja permeável (aberta e limpa) e P – Perfusão (verificar enchimento capilar em até 2
que não tenha problema de obstrução, sendo realizada a segundos).
manobra “Jaw Trust”. Existe a suspeita de que a vítima
traumatizada possa ter um mecanismo de lesão contundente
significativa, podendo apresentar lesão medular até que esta
seja definitivamente descartada.

Manobra Jaw Trust (Vítima de Trauma)

LETRA B: Boa respiração e ventilação.

O primeiro passo é fornecer eficazmente o oxigênio


para os pulmões da vítima para ajudar a manter o processo
metabólico aeróbico. A hipóxia é resultante da ventilação
LETRA D: Déficit Neurológico.
inadequada dos pulmões e pode conduzir à ausência de
oxigênio tecidual do doente. Uma das técnicas para observar
Tem como objetivo determinar o nível de consciência
anormalidade no tórax, é a regra PFEB, em que consiste:
do paciente e verificar o potencial para hipóxia, através da
Escala de Coma de Glasgow, em que avalia reposta ocular,
P – Profundidade torácica;
verbal e motora.
F – Frequência da respiração;
E – Esforço na respiração;
ESCALA DE COMA DE GLASGOW PONTOS
B – Bilateralidade torácica.
ABERTURA DOS OLHOS 04 a 01
De forma espontânea 04
Ao falar com a vítima ela abre os olhos 03
Ao realizar um estimulo doloroso ela abre os 02
olhos
Nenhuma abertura dos olhos 01
RESPOSTA VERBAL 05 a 01
Fala de forma apropriada e orientada 05
A resposta é confusa e demorada (não sei, onde 04
estou? o que foi?)
Resposta inapropriada (qual seu nome? Resposta: 03
hoje é sexta)
Só faz barulhos ininteligíveis (murmúrios, ruído e 02
som confuso)

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Nenhuma resposta verbal 01 4.1 Responsividade na vítima clínica.


RESPOSTA MOTORA 06 a 01
Obedece a comandos (lenta o braço: levantou) 06 Antes de executar qualquer manobra com a vítima, o
Localiza a dor (o socorrista toca o local e a vítima 05 socorrista precisa posicionar-se na altura dos ombros da
puxa a mão do local onde o socorrista está vítima com 03 ou 04 pontos de apoio para realizar a
pegando) abordagem, entendendo que essa manobra não tem uma
Reflexo à dor (a vítima tenta retirar o local que é 04 preocupação extrema com a coluna cervical, de modo que os
tocado) passos seguidos são:
Flexão anormal a estímulos de dor (decorticado) 03
Extensão anormal a estímulos de dor 02 1º. O socorrista deve tocar nos ombros da vítima com
(descerebração) as duas mãos com vigor necessário nas batidas para testar o
Nenhuma resposta motora 01 nível de consciência.
PONTUAÇÃO FINAL DA MAIOR PARA O MENOR a 03 2º. O socorrista não procura somente uma resposta,
mas qualquer tipo de reação (contrações das pálpebras,
movimento muscular, virar-se para o som e outros).
LETRA E: Exposição da vítima e controle da
hipotermia 3º. Vítima inconsciente é um sinal de instabilidade,
devendo ser acionado de imediato o Serviço Médico de
Emergência – SME.
Etapa em que será removida as roupas da vítima, para
identificar todas as possíveis lesões que passaram
despercebidas no primeiro momento. Embora seja 4.2 Suporte básico de vida no atendimento de vítima
importante expor o corpo da vítima para completar a clínica.
avaliação com eficácia, a hipotermia é um problema grave
É válido salientar que até o ano de 2010, aplicava-se o
que deverá ser prevenida no paciente de trauma
protocolo de vítima de trauma para também vítima clínica,
independentemente do clima ou região, por ser algo
porém, os estudos realizados pela American Heart
inerente a situação apresentada pela vítima, por esse motivo
Association demonstraram a eficiência no que passou a ser
é de suma importância a utilização da manta térmica para
manter a temperatura do paciente. conhecido como CAB, ou seja, ao se fazer as alterações no
atendimento à vítima clínica pelo novo método, a efetividade
em reverter uma parada cardiorrespiratória ficou de fato
CAPÍTULO IV – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS EM PARADA
CARDÍACA comprovada.

C – CIRCULAÇÃO
OBJETIVOS:
A – VIA AÉREA
Ao final desta lição, os alunos serão capazes de: B – BOA VENTILAÇÃO

 Saber reconhecer uma parada cardíaca;


 Descrever a sequência CAB para vítima clínica;
 Conhecer a função de um Desfibrilador Externo
Automático – DEA;
 Realizar a desfibrilação externa com o DEA.

4. DIRETRIZES DA AMERICAN HEART ASSOCIATION EM RCP

A reanimação cardiopulmonar – RCP, é apenas uma 4.3 Cadeia da Sobrevivência Extra-Hospitalar


parte do suporte básico – SBV, termo usado para descrever
os procedimentos de primeiros socorros que se fazem Tem como preceito nas diretrizes da American Heart
necessários para preservar a vida do indivíduo em uma Association trabalhar uma sequência no atendimento de
situação de emergência. Os principais passos na sequência vítima clínica, o que é chamado de os elos da corrente de
do suporte básico de vida preconizada pela American Heart sobrevivência, o que seria uma corrente com elos que não
Association são: poderão ser quebrados, tendo à vítima um atendimento
padrão diante do que seja uma resposta efetiva e rápida no
1º. Determinar a responsividade; atendimento com uso do desfibrilador, até a chegada do
2º. Ativar o serviço de resgate; suporte básico e avançado de vida.
3º. Fazer compressões torácicas efetivas.

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4.4 LETRA – C: Reanimação cardiopulmonar precoce.

O socorrista depois de verificada a ausência de pulso 4.7 Posicionamento das mãos.


carotídeo, ou seja, no pescoço, deverá iniciar imediatamente
as compressões cardíacas, visto que na Parada Quanto aos detalhes das mãos do socorrista, em se
Cardiorrespiratória – PCR, ainda existe sangue oxigenado no tratando de bebê até 1 ano como preceito do atendimento
sistema circulatório, principalmente quando se trata de uma pré-hospitalar, usa-se dois dedos entre os mamilos, já
parada cardíaca presenciada, em que as possibilidades da criança de 1 ano a 8 anos ou início da puberdade, usa-se
vítima retornar são ainda maiores, bem como, quando se uma mão, mas quando se tratar de vítima adulta serão
trata de um profissional ou socorrista treinado com um usadas as duas mãos com os dedos entrelaçados, no que
Desfibrilador Externo Automático – DEA. Outro fato dispõe a sequência:
interessante é a PCR em crianças ou lactentes, conhecida
como colapso presenciado ou não presenciado, em que se 1º. Manter as mãos no local do tórax da vítima, mas
apresenta com 85% das mortes ou sequelas causadas por somente a região hipotênar e observar o retorno natural do
hipóxia. tórax.
2º. Posicioná-las na metade inferior do esterno do
4.5 Frequência das compressões torácicas. paciente;
3º. Manter os braços estendidos e a vítima em
A velocidade das compressões teve um aumento no superfície rígida.
número no ano de 2015, passando para uma frequência de
100 a 120 compressões por minuto tendo uma relação
intrínseca com a profundidade que é de 2 polegadas (5cm),
pois na medida em que ultrapassa o número máximo de
compressões, acaba por diminuir a profundidade,
contribuindo assim para uma perda significativa na
execução.

4.6 Identificação e posicionamento correto das mãos


na RCP.

No início se falava de alguns detalhes a serem


observados quanto à posição da mão sobre o tórax do
paciente, dos quais, o espaço intercostal, bem como, as
linhas dos mamilos como apoio na execução das
compressões, porém, muitos adotam como referência a
parte medial inferior do externo, tendo como resultante de
força a ser aplicada, ou seja, devendo-se usar a região
hipotênar da mão, a qual comprimirá até a metade do tórax
(5 cm).

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4.8 Esperar o retorno natural do tórax.

Observar em cada compressão o total retorno do


tórax, evitando apoiar as mãos sobre o mesmo, após cada
compressão, desta forma haverá uma relação efetiva na RCP
e profundidade.

4.11 Indicações de um Desfibrilador Externo


Automático.
4.9 RCP de alta qualidade.
O DEA é um equipamento programado para
O que fica definido como uma boa reanimação reconhecer na parada cardiorrespiratória, aquelas que
cardiopulmonar de qualidade para o socorrista, quando possam ocorrer por fibrilação ventricular ou taquicardia
desprovido de um recurso para ventilação artificial, em se ventricular, de modo que nos demais tipos de parada, a
tratando da bolsa-válvula-máscara (BVM), é a realização de exemplo de assistolia ou atividade elétrica sem pulso – AESP,
no mínimo 100 e no máximo 120 compressões na frequência o equipamento não reconhecerá, tendo o socorrista de
de um minuto. Porém, se o socorrista estiver com continuar com a RCP. São situações recomendadas par o uso
equipamento de ventilação, será realizado um ciclo de RCP do DEA:
de 30 compressões para duas ventilações, no entanto,
havendo uma diferença quando se tratar de criança ou bebê, 1º. Ausência de resposta.
ao entender que desta feita ficará um ciclo de 10 vezes, 2º. Ausência de respiração efetiva.
sendo 15 compressões para 02 ventilações, de modo que 3º. Ausência de sinais de circulação.
diante das pausas, essas não poderão superar mais que 10
segundos. 4.12 Sequência no uso do Desfibrilador Externo
Automático.
4.10 LETRA – D: Uso do Desfibrilador Externo
Automático (DEA) 1º. PASSO: Ligue o DEA para ativar as mensagens
automaticamente na sequência adequada.
A fibrilação ventricular é a principal causa de morte 2º. PASSO: Coloque as pás autoadesivas, (parte
nos distúrbios cardíacos fatais, em geral relacionados ao superior do bordo do esterno direito e parte lateral do
infarto agudo do miocárdio, de modo que a cada minuto, a mamilo esquerdo um pouco abaixo da axila).
probabilidade de sobrevivência de vítima em Fibrilação 3º. PASSO: Afastar-se da vítima e assegure que
Ventricular – FV, diminui em até 10% e aproximando-se a 0 ninguém toque na mesma, enquanto o DEA analisa o ritmo
(zero) após 10 (dez) minutos. O DEA é um equipamento que cardíaco.
pode ser usado até mesmo por pessoas leigas quando 4º. PASSO: Afastar-se da vítima e pressionar o botão
treinadas. CHOQUE, quando indicado.

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CAPÍTULO V – OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS – OVACE E


VENTILAÇÃO

OBJETIVOS:

 Ao final desta lição, os alunos serão capazes de:


 Saber reconhecer as obstruções de vias aéreas –
OVACE;Demonstrar as técnicas de desobstrução
em vítima de OVACE;
 Realizar as ventilações artificiais em vítima clínica.

5. OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS E VENTILAÇÃO ARTIFICAL

Segundo estudos de 2016 realizados pela Organização


Mundial de Saúde – OMS, o Brasil registra anualmente um
número bem expressivo de vítimas que morrem por
problemas relacionados à obstrução de vias aéreas, de modo
que os dados são efetivos em demonstrar que são causas
que poderiam ser revertidas, bastando para tanto, uma
pessoa capacitada com treinamento mínimo na execução das
manobras de desobstrução de vias aéreas e com
equipamento mínimo necessário para realizar as ventilações
artificiais.

5.1 LETRA – A: Inclinação da cabeça com elevação do


queixo.
4.13 Desfibrilação em situações especiais
A manutenção das vias aéreas na vítima clínica
São situações em que os cuidados deverão ser
inconsciente tem como objetivo liberar a passagem de ar
tomados com a vítima, ou seja, quando tiver menos de 08
que possa estar obstruindo a passagem de ar, para tanto,
(oito) anos ou pesar menos de 25 (vinte e cinco) quilos
sendo dada ênfase nas compressões cardíacas como já fora
aproximadamente, as pás autoadesivas serão pediátricas,
observado anteriormente.
caso não tenha, usa-se as pás para adulto, sendo uma na
A manutenção das vias aéreas basicamente se resume
região anteroposterior do tórax e a outra na região posterior.
com a inclinação da cabeça e elevação do queixo ao manter
Se à vítima estiver na água ou próxima, deverá ser retirada e
uma via aérea pérvia para uma boa passagem de ar.
mantida seca para que se possa fazer uso das pás e
finalmente, se à vítima é portadora de marca-passo
implantado, deverá ser feita a inversão das pás.

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5.2 Manobras de desobstrução de vias aéreas.

A letra A, é observada tanto na vítima de trauma


como na vítima clínica no que tange as obstruções que
porventura possam ocorrer com o indivíduo, para tanto,
ainda no paciente clínico, tal situação poderá ser observada
quando se trata de Obstrução de Vias Aéreas por Corpo
Estranho – OVACE, de modo que o tratamento ocorre ainda
com a vítima consciente e poderá evoluir com o indivíduo já
inconsciente.
Passa, a saber, então quais os tratamentos para as
referidas situações em vítima consciente por OVACE no
adulto, o que geralmente ocorre durante a ingestão de
alimentos, já na criança é muito comum durante
alimentação ou recreação.
Heimlich (Adulto)

Heimlich (Criança)
5.3 Manobras de desobstrução em pessoa adulta ou
criança maior de um ano. 5.5 Vítima inconsciente de OVACE adulta e criança.

Inicialmente se o socorrista se deparar com uma Feitas as manobras de compressão abdominal


vítima de engasgo, o profissional deverá induzir o paciente à (Heimlich) e não obtendo êxito, o socorrista ao estar com a
tosse, visto que poderá estar diante de uma obstrução vítima já inconsciente solicitará ajuda e/ou recursos
parcial e somente a ação de tossir poderá fazer com que o adicionais e de pronto deverá realizar as compressões
objeto seja expelido. torácicas, com base no que dispõe a letra C do CAB.
Caso não sem obtenha êxito, caberá ao profissional
entrar com as manobras efetivas de desobstrução,
conhecidas como compressões abdominais ou tecnicamente
de Heimlich.

1º. Obstrução Parcial: Induzir a tosse da vítima.


2º. Obstrução Total: Realizar as manobras de
Heimlich.

5.4 Detalhes na realização da manobra Heimlich.

O socorrista deverá se posicionar por trás da vítima


com as duas mãos sobrepostas (acima do umbigo e abaixo
do apêndice xifoide), de modo a realizar manobras de baixo
para cima em forma em forma da letra J. Os procedimentos
de desobstrução de vias aéreas serão realizados até o objeto
ser expelido ou a vítima ficar inconsciente, passando para as
compressões torácicas.

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5.6 Vítima lactente em OVACE. 5.7 LETRA – B: Boa respiração e ventilação.

A criança e o lactente têm uma especificidade na sua O processo da ventilação artificial com bolsa-válvula-
fisiologia, ao entender que esses têm parada da respiração máscara será realizado de forma isolada quando da
por hipóxia, bem como, quanto ao que é executado abordagem a vítima for detectada à presença de pulso
especificamente no lactente, ainda que esse esteja carotídeo, mas que não esteja respirando ou quando
consciente, daí o entendimento quando a pequena vítima havendo um déficit na ventilação do paciente no que seria
passa para um nível de inconsciência, ao ser observado as uma quantidade abaixo de 10 repetições por minuto ou
demais mediadas cabíveis naquilo que seja o suporte básico acima de 30 RPM, sendo nesses casos realizado os seguintes
de vida realizado pelo socorrista, até a chegada do suporte procedimentos:
avançado.
Destacam-se aqui os seguintes procedimentos básicos 1º. Intervalo de uma ventilação para outra de 05 a 06
cabíveis realizados pelo socorrista quando diante de uma segundo.
vítima lactente, o que popularmente recebe o nome de 2º. Duração na execução da ventilação de 01
“Manobra sanduíche”, sendo apresentado: segundo.
3º. Volume corrente aplicado sendo suficiente para
1º. Realizar 05 tapotagens nas costas do lactente. uma visível elevação do tórax.
2º. Depois realizar mais 05 compressões na região
anteroposterior do lactente.
3º. Verificar a boca do lactente e se visualizar o corpo
estranho realizar a varredura digital, caso não veja
visualizado objeto, voltar para as manobras iniciais.
4º. Se a vítima ficar inconsciente, iniciar as manobras
de compressões torácicas.

Máscara Facial Descartável

Máscara de Bolso

Bolsa-Válvula-Máscara

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5.8 Frequência respiratória e ventilação para cada 1º. O cérebro deixa de funcionar normalmente e
faixa etária de idade. passa a enviar estímulos desordenados ao resto do corpo;
2º. As crises de forma intercaladas demoram em
LETRA B RESPIRAÇÃO VENTILAÇÃO ARTIFICIAL média 3 a 5 minutos quando em crise;
POR MINUTO 3º. Há um período de inconsciência e relaxamento
ADULTO 12 a 20 01 Ventilação a cada 05 Seg. generalizado;
CRIANÇA 20 a 30 01 Ventilação a cada 03 Seg. 4º. A consciência é recuperada aos poucos, podendo
LACTENTE 30 a 60 01 Ventilação a cada 02 Seg. apresentar cefaleia, vômitos e confusão mental;
5º. Caracteriza-se como sendo uma emergência
CAPÍTULO VI – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS EM CONVULSÕES E clínica e dependendo do caso poderá haver risco de morte
DESMAIO por conta dos traumas e obstruções que a vítima possa
apresentar e que esta não seja devidamente socorrida.
OBJETIVOS:

Ao final desta lição, os alunos serão capazes de:

 Saber reconhecer as crises convulsivas;


 Abordar vítima de desmaio;
 Realizar o tratamento adequado para cada
situação específica.

6. ATENDIMENTO BÁSICO À VÍTIMA DE CONVULSÃO E


DESMAIO

Quando não se trata de trauma e sim as situações


clínicas, muita das vezes poderá ser difícil para o socorrista
identificar a causa exata do problema ocorrido com o 6.2 Atendimento Pré-Hospitalar nas Convulsões
indivíduo. São ocorrências denominadas de mal súbito que o
socorrista deverá tomar as providencias imediatas como Segurar a cabeça da vítima para evitar possíveis
conduta mais acertada, além de poder obter de familiares traumas com o solo;
informações sobre antecedentes médicos do paciente, bem Evitar as possíveis obstruções de vias aéreas com
como, de observar o ambiente ao redor, no que tange a saliva ou até mesmo queda da língua;
exemplo de medicamentos quando utilizados pelo paciente, Afastar objetos próximos da vítima para evitar
o que são indícios para definir a causa ou suspeita do que contusões;
possa ter ocorrido, desta forma a regra no atendimento Imediatamente após a crise convulsiva, deverá ser a
imediato é: cabeça da vítima lateralizada para evitar obstruções;
Na medida do possível e após a crise convulsiva,
1º. Manter a abertura das vias aéreas da vítima; deverá ser a vítima colocada na posição lateral de segurança
2º. Administrar oxigênio suplementar obedecendo à para maior conforto e proteção.
concentração indicada, quando detentor das prerrogativas
para esse tipo de tratamento; 6.3 Síncope ou Desmaio
3º. O profissional é sabedor que oxigênio em alta
concentração poderá ser prejudicial em qualquer vítima, Caracteriza-se por qualquer tipo de perda da
principalmente em Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – consciência, sendo geralmente de curta duração não
DPOC; necessitando de manobras específicas para a recuperação da
4º. Transportar rápido o paciente para o pronto vítima, no entanto, deve-se ter cuidado com possíveis
socorro em posição confortável e preferencialmente com a obstruções de vias aéreas, sendo observadas as seguintes
cabeceira da maca elevada a um anglo de 45º. causas:

6.1 Crises Convulsivas 1º. Diminuição da atividade cerebral;


2º. Queda da pressão arterial;
A convulsão ou crise convulsiva é também conhecida 3º. Causa emocional;
por ataque ou epilepsia, por ser uma desordem cerebral que 4º. Dor súbita;
poderá acometer qualquer pessoa independentemente da 5º. Calor excessivo;
idade, bem como, podendo ser provocada por causas ainda 6º. Hipoglicemia;
não determinadas na maioria das patologias médicas, de 7º. Intoxicações exógenas;
modo a entender que: 8º. Agressões.

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CAPÍTULO VII – ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR NAS


FRATURAS

OBJETIVOS:

 Ao final desta lição, os alunos serão capazes de:


 Saber reconhecer os tipos de fraturas;
 Abordar a vítima com os cuidados devidos;
 Saber realizar o tratamento adequado para cada
situação.

7. FRATURAS E OS TIPOS DE IMOBILIZAÇÕES REALIZADAS


NO APH

A fratura na realidade trata-se de uma


descontinuidade óssea que poderá ocorrer por vários
6.4 Atendimento à vítima de desmaio: fatores, dos quais, os traumas nas suas mais variadas
modalidades. Entendendo que o trauma já possa ter sido
Manter a vítima deitada até que possa se recuperar; visto em capítulos anteriores, o que será tratado neste
Cabeça deverá se posicionada abaixo do corpo; capítulo serão as lesões traumáticas que poderão ocorrer a
Membros inferiores a uma altura de 30 centímetros nível das extremidades, das quais sendo destacadas:
elevados do solo;
Manter o local ventilado para que facilite a respiração 1º. Fratura Fechada;
da vítima; 2º. Fratura Aberta;
Afrouxar as vestimentas para que à vítima possa 3º. Fratura Exposta;
respirar melhor. 4º. Luxação e/ou Entorse.

7.1 Fraturas de membros

Em se tratando das lesões nos membros superiores


(MMSS) ou nos membros inferiores (MMII), o tratamento de
emergência mais apropriado é a imobilização, o que
proporcionará uma estabilidade e conforto de modo a não
agravar as lesões preexistentes. O socorrista ao realizar a
imobilização deverá:

7.2 Cortar ou remover as roupas da vítima

Alinhar os membros atingidos de forma anatômica;


Se houver resistência no alinhamento, não deverá ser
forçado o membro para a posição anatômica, tendo de ser
conduzida na posição mais confortável;
A imobilização adequada é aquela em que o
imobilizador passa de uma articulação acima, bem como,
uma articulação abaixo do local lesionado;
Evitar remover à vítima sem que a lesão esteja
imobilizada, salvo em casos de riscos iminentes.

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7.4 Fratura fechada

São aquelas em que não se pode ver o osso fraturado,


porém, suspeita-se que tenha ocorrido por conta da
deformidade ou suposta descontinuidade óssea que o
membro apresenta, além da dor e edema no local da lesão.

7.5 Fratura exposta

Diferentemente da fratura fechada, esta é


evidenciado ao ser observado o osso em contato com o meio
externo e além do sangramento observa-se também a
presença de substâncias que saem do interior do osso.
O socorrista deverá imobilizar e conter a hemorragia,
alinhando o membro sem tentar empurrar o osso para parte
7.3 Classificação das Fraturas interna, no entanto, se houver resistência no alinhamento
durante a realização do procedimento, a vítima deverá ser
Geralmente as fraturas por serem lesões de origem conduzida ao pronto socorro na posição de melhor conforto
traumática produzida de forma direta ou indireta, por alto ou para ela e sem riscos de agravamento da lesão por conta do
baixo impacto, poderão ter várias classificações, das quais as transporte.
principais são as fechadas e as expostas, para tanto havendo
certa especificidade, das quais:

1º. Oblíqua;
2º. Impactada;
3º. Cominativa;
4º. Exposta.

1º. 2º. 3º . 4º.

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7.6 Luxações

É na realidade uma das lesões mais dolorosas para a


vítima, muita das vezes a dor é até maior do que uma fratura
óssea, de modo que esse trauma se configura quando o osso
sai de uma cavidade que se encontra na extremidade
articular, ou seja, havendo um rompimento total de uma
articulação (perda da forma original do local lesionado).

REFERÊNCIAS

Advanced Trauma Life suporte, Student Course Manual – 8ª


edição BLEULER, E, Psiquiatria. 15.e.d. Rio de Janeiro, Editora
Guanabara Koogan S.A., 1985.
AMERICAN HEART ASSOCIATION, Guidelines CPR ECC,
Destaque das Diretrizes da American Heart Association 2015
7.7 Procedimentos realizados nas luxações para RCP e ACE. 2015.
CURSO DE ASSISTÊNCIA ADVANCED FIRST AID, PROGRAMA
A manipulação das luxações cabe exclusivamente ao DE FORMAÇÃO
médico especialista; OFDA-LAC/USAID. Manual do Participante, 6.ed. 2010
No atendimento pré-hospitalar cabe imobilizar na KAPLAN, H.I, SADOCK, B.J & Colaboradores. Medicina
posição da deformidade. Psiquiátrica de Emergência. Porto Alegre, Artmed,1995.
KAPLAN, H.I, SADOCK, B.J & Colaboradores. Compêndio de
7.8 Entorses Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica.
9.ed., Porto Alegre, Artmed , 2007.
No que se assemelha a luxação, a entorse é um MANUAL TÉCNICO DE BOMBEIRO 12 – RESGATE E
traumatismo que ocorre em uma determinada articulação, EMERGÊNCIA MÉDICAS,
porém, de forma parcial, mas distendida ao extremo, o que Cap PM Walmir Correa Leite. Et al. São Paulo: Polícia Militar
acarreta quando forçada, um possível resultado ou não em do Estado de São Paulo – Corpo de Bombeiros, 1ª edição,
ruptura articular. 2006.
MANUAL DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR – SIATE/CBPR -
CAPÍTULO 20M 326 MANUAL DE ATENDIMENTO PRÉ -
HOSPITALAR / Rasia, Carlos Alberto (Major QOBM/Cmb).
Barros, Cláudio Caetano (1º Sgt BM). Marcelino, Sílvio
Cláudio (1º Sgt BM). Et al. – Brasília: Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal, 2007. OLIVEIRA, Beatriz Ferreira
Monteiro; PAROLIN, Mônica Koncke Fiuza; TEIXEIRA JR,
MANUAL DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (CBMPE) 360
Edison Vale, Trauma: Atendimento Pré-Hospitalar. 2.ed. São
Paulo, Ateneu, 2007.
PHTLS – Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado Básico
e Avançado- 6. ed. Elsevier Editora. 2007.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO DO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DE PERNAMBUCO, Recife, 2004.

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