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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho

Os riscos mais graves do individualismo para o colectivo.

Nome da Estudante: Orlanda Álvaro Código: 70 81 80 436

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Ética Profissional

Ano: 4º Ano Turma: C Grupo: 1

Docente: …………………………………..

Nampula, Maio de 2021


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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Pontuação Nota do
Subtotal
máxima Tutor
• Índice 0.5
• Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais • Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5

• Contextualização
2.0
(Indicação clara do
problema)
Introdução
• Descrição dos
1.0
objectivos
• Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
• Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão • Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
• Exploração dos dados 2.5
• Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos

• Paginação, tipo e
Aspectos
Formatação tamanho de letra, 1.0
gerais
paragrafo, espaçamento
entre linhas

Normas APA 6ª
• Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice:

Critérios de avaliação (disciplinas teóricas) ...................................................................................... 1

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor .............................................. 2

Introdução: ......................................................................................................................................... 4

1. Os riscos mais graves do individualismo para o colectivo profissional ........................................ 5

1.1. O Eu e o Nós na cultura moderna ............................................................................................... 5

2. As virtudes profissionais vivenciadas no quotidiano .................................................................... 6

2.1. Zelo ............................................................................................................................................. 7

2.2. Honestidade ................................................................................................................................ 8

2.3. Sigilo......................................................................................................................................... 10

2.4. Competência ............................................................................................................................. 10

Referências bibliográficas ............................................................................................................... 13

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Introdução:

O presente trabalho da disciplina de Ética Profissional, é subordinado na abordagem sobre os riscos


mais graves do individualismo para o colectivo. Entretanto, nesta pesquisa, pretende-se descrever
as virtudes profissionais vivenciadas no quotidiano.

Todavia, o trabalho encontra-se organizado em elementos pré-textuais, nomeadamente: capa e folha


de feedback do tutor e índice, elementos textuais, a saber: introdução, análise e discussão e
elementos pós – textuais nomeadamente as referências bibliográficas.

Contudo, a paginação do trabalho está localizada na margem inferior do lado direito segundo com
o Manual de Investigação da Universidade Católica de Moçambique (2012).

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1. Os riscos mais graves do individualismo para o colectivo profissional

A vida nada mais é do que um suceder de escolhas racionais, em que pensamos em nós, em nossas
famílias, e não somente em entes concretos, mas também em conceitos abstratos, como a
“comunidade”; e vamos, assim, construindo, virtude a virtude, erro a erro, acerto a acerto, escolha a
escolha, vício a vício, nossa própria história. (Dumont, 1985).

Não somos abelhas nem cupins; somos homens revestidos de dignidade, e isso não significa que
somos inexoravelmente egoístas (como muitos gostam de enfatizar), mas simplesmente
individualistas. Reconhecer isso significa que o que separa o individualismo do egoísmo são apenas
prescrições de natureza ética e moral. (Fusari, 1988).

Certamente, vivenciamos um paradoxo entre o desejo de ser diferente e particularizado e a


massificação da moda do “igual”. Vivemos num mundo de influência existencialista e capitalista,
onde a maioria dos programas de televisão defende a afirmação do indivíduo contra a força do grupo.
Nessa estrutura econômica de consumo, que fortalece no indivíduo a ânsia por produtos
personalizados, o homem é cada vez mais visto como indivíduo isolado. Essa ênfase na liberdade
individual corrobora a construção do “Eu me amo e vivo meu eu”. Portanto, o sujeito perde a visão
de interdependência social e crê-se inatingível. O perigo do individualismo está nessa construção da
ilusão de independência, gerando o egoísmo e a insensibilidade. (Simmel, 1998).

1.1. O Eu e o Nós na cultura moderna

Para Stolcke (2001), o individualismo assumiu um papel de fundamental importância no


desenvolvimento da cultura ocidental. O processo de individualização ganha forças com o
Renascimento através do Humanismo, e o homem configura-se como lugar central de suas ações.
Portanto, essa mudança afetou não somente o homem, mas a própria cultura.

Temos, na verdade, diversas reflexões acerca dessa mudança, o próprio discurso da globalização
tem influência direta nos processos culturais, favorecendo o aumento dos choques interétnicos, das
ressignificações e até das autoafirmações culturais. (Dumont, 1985).

Dumont enfatiza que “Com o predomínio do individualismo contra o holismo, o social, nesse
sentido, foi substituído pelo jurídico, pelo político e, mais tarde, pelo econômico”. (Dumont, 1985).

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A questão do valor econômico, papel decisivo no sistema capitalista, nos remete às mudanças que o
indivíduo sofre nos grupos sociais, nos quais o objeto de poder é “quanto eu ganho”. E, quando o
indivíduo não consegue adaptar-se às mudanças decorrentes desse processo de individualização, as
consequências de uma “derrota” ou “vitória”, nos padrões individualistas, são bem complexas.

Stolcke (2001), enfatiza o valor do dinheiro na sociedade, que se apresenta redesenhada por relações
de autonomia e independência pessoal. O dinheiro protagoniza-se como mediador das relações. Ou
seja, ele seria um meio de relacionamento universal, dando ao homem a mesma liberdade e
personalidade em todos os lugares do mundo.

O dinheiro abriu, para o homem singular, a chance à satisfação plena dos seus desejos, numa
distância muito mais próxima e mais cheia de tentações. Existe a possibilidade de ganhar, quase com
um golpe só, tudo que é desejável (Fusari, 1988).

Para Stolcke (2001), hoje, a não inclusão dos padrões impostos pelo individualismo contribui para
a aquisição de doenças que se tornam individuais, doenças que surgem do olhar individual, as
doenças psíquicas. As crises de identidade, os transtornos obsessivos compulsivos, a síndrome do
pânico, a ansiedade, a depressão, etc., certamente são sintomas desse processo de individualização.
O indivíduo, quando não consegue atingir padrões que o próprio individualismo impõe, passa a
entrar em choque com o próprio individualismo contido em si.

Sabemos que o próprio homem não aceita o afastamento do seu eu-coletivo, pois, sozinho, não
conseguiria sobreviver; entretanto, é necessário se interligar de tal modo que não perca a sua
característica própria. Portanto, o equilíbrio dessa dicotomia é importante para uma caminhada
individualizada com base coletivista.

2. As virtudes profissionais vivenciadas no quotidiano

Todos devemos ser éticos tanto na vida profissional como familiar, entre outras relações em
sociedade, que nada mais é do que ser honesto, responsável pela nossa conduta. Daí que ser ético é
viver sempre com a consciência tranquila, estes actos éticos, norteiam as virtudes profissionais.

Actuar eticamente vai muito além de não roubar ou não defraudar a empresa, pois, qualquer decisão
ética tem por trás um conjunto de valores fundamentais a ter em conta. De acordo com Velasquez
(1998, p.53), a ética envolve as seguintes virtudes profissionais:
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• Zelo;
• Honestidade;
• Sigilo;
• Competência;
• Coragem, Humildade e Integridade;
• tolerância e flexibilidade;
• legalidade e veracidade;
• interesses e satisfação;
• imparcialidade e dignidade;
• privacidade e perseverança;
• prudência, sinceridade;
• responsabilidade e obrigações.
Entretanto, nesta pesquisa, vamos analisar as primeiras quatro virtudes citadas por Velasquez.
Portanto, virtudes essas que constituem como básicas de qualquer profissão, nomeadamente: o zelo,
a honestidade, o sigilo e a competência, para este caso, uma abordagem específica, aos profissionais
da Educação.

2.1. Zelo

De acordo com Amaral (2000), o profissional é representado pelos resultados do seu trabalho, por
isso, ele deve cuidar de fazer sua tarefa com a maior perfeição possível, para construir positivamente
sua própria imagem. O trabalho que o profissional apresenta é a sua marca. (p.23).

Portanto o zelo inicia, com uma responsabilidade individual, fundamentada na relação entre o
profissional e a actividade que exerce. Neste contexto, a qualidade do seu serviço depende da
exigência consigo mesmo. O trabalho executado expõe o profissional, mesmo durante a sua
ausência. Para Amaral (2000) "o zelo consiste na máxima atenção em tudo que o profissional se
dispõe fazer". A virtude do zelo abrange o trabalho desde a aceitação até a finalização em alguns
casos, mesmo depois de concluído, é necessário a prestação de assistência, a responsabilidade não
cessa perante aquele que depositou confiança no profissional, para a execução de um serviço, a
satisfação do usuário depende do cuidado e do respeito empenhado pelo profissional. (p.42).

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Por isso que no exercício das suas funções os profissionais de educação em particular o Professor,
deve haver um acordo, implícito ou declarado, entre as partes, detalhando a natureza e as tarefas a
serem executadas, com as devidas retribuições.

Num contexto generalizado, o profissional de qualquer área de actividade profissional, pode variar
o tipo de trabalho e o grau de complexidade, mas sempre haverá obrigatoriedade quanto aos aspectos
éticos deontológicos. Nestes termos, o profissional da Administração Pública é chamado a sua
consciência e reputação profissional para ter zelo na sua nobre missão educadora para a sociedade.

Duma forma particular no sector da educação, os profissionais manifestam o zelo tendo consigo a
competência no exercício das suas funções, a título de exemplo os professores que demostram o zelo
são aqueles que sabem distinguir o ideal e o real no processo de ensino e aprendizagem e reconhecem
que a sua tarefa é nobre. Contudo, sabem quais são as suas tarefas, nisso toda a actividade começa
na planificação das suas aulas e vai prosseguindo com a produção de material didáctico e vai se
incutindo em termos da sua reputação da personalidade como pessoa e um ser social e
profissionalmente aceite, sendo exemplar na pontualidade e assiduidade no local de trabalho e a
coerência com o que é real e ideal para consigo próprio, com a profissão e com os seus utentes de
forma particular, e para com os pais e/ou encarregado de educação em geral.

2.2. Honestidade

Segundo Nardi & Silva (2005), a Honestidade é a conduta que obriga ao respeito e à lealdade para
com o bem de terceiros. Um profissional comprometido com a ética não se deixa corromper em
nenhum ambiente, ainda que seja obrigado a viver e conviver com ele. (p.43).

Para Almeida (1998), a honestidade deve ser praticada também na competição, isto é, todas as
promoções de vendas devem seguir os princípios de honestidade na competição, baseando-se pelo
respeito aos concorrentes, consoante naturalmente em respeito à Lei (p.268). Na mesma senda, Del
Nero (1997), refere que a Honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com
a responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos. (p.84).

Entretanto, é muito fácil cair na falta de honestidade quando existe a fascinação pelos lucros rápidos,
privilégios e benefícios fáceis, ou pelo enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade.

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Portanto, a honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio que não admite
relatividade, tolerância.

A par disso, esta o exemplo de enriquecimento ilícito, onde alguns profissionais da Administração
Pública se envolvem com actos de suborno, como é o caso das cobranças ilícitas nas Escolas,
principalmente no Ensino Primário, onde há gratuitidade do ensino, alteração de notas do(a)
aluno(a) por troca de favores, sejam monetários e/ou sexuais, entre outros, aspectos punidos no
nosso Código Penal Moçambicano com crimes de corrupção activa ou corrupção passiva.

Doravante, Souza (2004), reafirma que, a Honestidade está relacionada com

a confiança que nos é depositada, com a responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus
direitos. É muito fácil encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos lucros, privilégios e
benefícios fáceis, pelo enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a confiança coletiva
de uma colectividade.

Já Aristóteles (1992) em sua "Ética a Nicômanos" analisava a questão da honestidade.

Outras pessoas se excedem no sentido de obter qualquer coisa e de qualquer fonte - por exemplo os que fazem
negócios sórdidos, os proxenetas e demais pessoas desse tipo, bem como os usurários, que emprestam pequenas
importâncias a juros altos. Todas as pessoas deste tipo obtêm mais do que merecem e de fontes erradas. O que
há de comum entre elas é obviamente uma ganância sórdida, e todas carregam um aviltante por causa do ganho
- de um pequeno ganho, aliás. Com efeito, aquelas pessoas que ganham muito em fontes erradas, e cujos ganhos
não são justos - por exemplo, os tiranos quando saqueiam cidades e roubam templos, não são chamados de
avarentos, mas de maus, ímpios e injustos. (p.75).

No nosso entender, são inúmeros os exemplos de falta de honestidade no exercício de uma profissão:

• Um(a) psicanalista(a), abusando de sua profissão ao induzir um paciente a cometer


adultério, está sendo desonesto;

• Um(a) contabilista que, para conseguir aumentos de honorários, retém os livros de um


comerciante, está sendo desonesto;

• Um(a) professor(a) que oferece valores monetários com vista a sua progressão profissional,
ou mesmo uma profissional da Administração Pública que usa seu corpo, como meio de
troca de favores, com vista a ascender um cargo de Direcção, Chefia e Confiança.
Contudo, reafirmamos que a honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio
que não admite relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais. Nela não há margem de

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favorecimento ilícito. Portanto, todos os profissionais, incluindo os da Administração Pública são
chamados a ter um espirito de cortesia, respeito a si e a outrem.

2.3. Sigilo

O Sigilo é a completa reserva quanto a tudo o que se sabe e que lhe é revelado ou o que veio a
saber por força da execução do trabalho. Romaro (2006).

Neste contexto, entendemos que o respeito pela vida das pessoas, dos negócios ou das empresas
deve ser desenvolvido na formação dos profissionais, pois trata-se de algo muito importante, visto
que, uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.

Nestes termos, segundo Costa (1994), revelar detalhes ou mesmo frívolas ocorrências dos locais de
trabalhos, em geral, nada interessa a terceiros. Por um outro lado, existe o agravante de que planos
e projectos de uma empresa ainda não colocados em prática possam ser copiados e colocados no
mercado pela concorrência, antes que a empresa tenha tido oportunidade de lançá-los. Por outro
lado, documentos, registos contáveis, planos de marketing, pesquisas científicas, hábitos pessoais,
entre outros, devem ser mantidos em sigilo e a sua revelação pode representar sérios problemas para
a empresa ou para os clientes do profissional.

2.4. Competência

Para segundo Costa (1994) cit. por Ronald (1999), a Competência, sob o ponto de vista funcional, é
o exercício do conhecimento de forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos
buscá-la sempre. "A função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem."
(Aristóteles, p.24).

Outrora Kant (1988), já referenciava que é de extrema importância a busca da competência


profissional em qualquer área de actuação. Noutra vertente, Arruda (2007), realçou que os Recursos
humanos devem ser incentivados a buscar sua competência e maestria através do aprimoramento
contínuo de suas habilidades e conhecimentos. (p.74). Em fim, já é o momento de rever como são
nomeados os gestores das instituições. Entretanto, dando uma olhadela naquilo que seria o ideal em
relação ao real, para a nomeação dos dirigentes das Instituições Publicas e Privadas, deveria se olhar
pela competência e não pela confiança visto que, o regimento faz referencia que os gestores da coisa
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publica são nomeados em comissão de serviço, para ocupar Cargos de Chefia e Confiança, pois no
nosso entender nalgum momento, há indicações de individualidades que ocupam esses cargos sem
competência.

Para Rodrigues (2003), o conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas


profissionais é pré-requisito para a prestação de serviços de boa qualidade, e Rodrigues (2003),
conclui que nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por determinada tarefa,
mas é necessário que se tenha a postura ética de recusar serviços quando não se tem a devida
capacitação para executá-lo (p.79). Constituem exemplos concretos disso nas diversas áreas de
actividades:

• Pacientes que morrem ou ficam aleijados por incompetência médica durante uma operação
mal executada;

• Causas que são perdidas pelos réus na deliberação de um veredito penal por incompetência
de advogados;

• Prédios que desabam por erros de cálculo em engenharia, estes são alguns exemplos de quanto
se deve investir na busca da competência aos profissionais das diversas áreas de actividade
(medicina, justiça, engenharia …).

Assim, olhando no campo educacional, podemos apresentar, os casos de alunos que passam de classe
sem atingirem as competências exigidas, nalgumas vezes, se não muitas delas, resultantes da
incompetência do professor que não desempenhou a sua nobre missão com zelo, honestidade, sigilo
e sobretudo competência.

Por vezes, não porque não quer, mas não pode por favor falta da tal competência exigida, como Kant
(1988) sustentava que, o profissional competente forma personalidades competentes para o amanhã,
mas para lograr este êxito, deve possuir o CHA (Conhecimento, Habilidades e Atitudes) versus
competência. Nesta ordem de ideias, o professor é chamado a saber que para o seu aluno aprender
(o mundo) deve primeiro aprender a ler, para depois ler para aprender, isto é, desenvolver
competências do saber, saber ser, saber estar e saber fazer.

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Conclusão:

A escola vivencia hoje o desafio de desenvolver nos educandos a sociabilidade e a cidadania. O


trabalho em grupo é uma técnica didática que exige respeitar e preservar a individualidade e as
produções do outro, com suas características e singularidades e como ser pensante importante para
o grupo; compartilhar ideias, informações, reflexões e ações, de forma a compreender que quanto
mais divergentes e desafiadoras, mais contribuem para o crescimento do grupo; acolher o outro de
modo que ele sinta o sentimento de pertencimento ao grupo; ter autonomia e iniciativa, para que, de
modo construtivo, possa emitir opiniões e críticas; estar comprometido, de forma que a participação
tem que estar voltada para o coletivo; e avaliar atitudes e ações, com ética e respeito, com diálogo
franco e aberto, para crescimento de todos do grupo.

Entretanto, quando falamos em virtudes profissionais, mencionarmos a existência dos códigos de


ética profissional, onde as relações de valor que existem entre o ideal moral traçado e os diversos
campos da conduta humana podem ser reunidos em um instrumento regulador, sendo considerada
como sendo uma espécie de contrato de classe e os órgãos de fiscalização do exercício da profissão
passam a controlar a execução de tal peça magna, ou seja tudo deriva, pois, de critérios de condutas
de um indivíduo perante seu grupo e o todo social.

Portanto, as virtudes que devem ser exigíveis e respeitadas no exercício da profissão, abrangendo o
relacionamento com usuários, colegas de profissão, classe e sociedade, interessam no cumprimento
do aludido código passa, entretanto, a ser de todos. O exercício de uma virtude obrigatória torna-se
exigível de cada profissional, como se uma lei fosse, mas com proveito geral, onde cria-se a
necessidade de uma mentalidade ética e de uma educação pertinente que conduza à vontade de agir,
de acordo com o estabelecido.

Contudo, as virtudes básicas surgem com intuito de regrar as normas de convivência num meio
social. Assim, elas na vertente profissional, visam proporcionar directrizes que delimitam o saber,
saber ser e saber estar numa instituição atendendo as formas de agir humano como profissional
indicado e responsabilizado para cumprir uma missão que beneficie o seu eu e o seu próximo,
consequentemente os o bem comum..

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Referências bibliográficas

Almeida, J. R. (1998). Os Valores ético-políticos, Porto: Edições Salesianas, s/d

Arruda, M ta al. (2007). Fundamentos de Ética Empresarial e Económica. 3ªed São Paulo: Editora
Atlas.

Costa, J. F. (1994). A Ética e o espelho da cultura. Rio de Janeiro, Rocco.

Del Nero, C. (1997). Problemas de ética profissional do psicólogo. Vetor Editora Psicopedagógica.

Dumont, L. (1985). Do Indivíduo-fora-do-mundo ao Indivíduo-no-Mundo. In: O Individualismo:


uma Perspectiva Antropológica da Ideologia Moderna. Rio de Janeiro: Rocco. Cap. 1.

Fusari, J.C. (1988). O Papel do Planejamento na Formação do Educador. São Paulo, SE/CENP.

Kant, E. (1988). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Lisboa: edições 70.

Nardi, H. C. & Silva, R. N. (2005). Ética e subjetivação: as técnicas de si e os jogos de verdade


contemporâneos. IN: Guareschi, N. e Hünning, S. (orgs). Foucault e a Psicologia. Porto Alegre,
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Rodrigues. L. (2003) Filosofia. 10º Ano. Lisboa: Plátano Editora.

Romaro, R. (2006). Ética na psicologia. Petrópolis, Vozes.

Simmel, G. (1998). O Indivíduo e a Liberdade”. Modernidade. Brasília: UnB.

Souza, R. T. (2004). Ética como fundamento: uma introdução à Ética contemporânea. São
Leopoldo, Nova Harmonia.

Stolcke, V. (2001). Gloria o Maldición del Individualismo Moderno Según Louis Dumont. Revista
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