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Aula 35

Conhecimentos Específicos p/ EBSERH (Fisioterapia) Com Videoaulas


- Pós-Edital
Mara Claudia Ribeiro, Gislaine dos Santos Holler

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AULA 35 –RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS


RESPIRATÓRIA

Sumário

1. RECURSOS EM FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ........................................................................... 6

ASPIRAÇÃO .................................................................................................................................. 6

BAG SQUEEZING .......................................................................................................................... 8


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TOSSE............................................................................................................................................ 9

RESPIRAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA INTERMITENTE (RPPI, REANIMADOR DE MILLER®) 9

Pressão Expiratória Positiva .......................................................................................................... 9

OSCILAÇÃO ORAL DE ALTA FREQUÊNCIA (FLUTTER®, SHAKER®)....................................... 10

PEAK-FLOW ................................................................................................................................ 11

COUGH ASSIST® ........................................................................................................................ 12

THRESHOLD® ............................................................................................................................. 13

INSUFLAÇÃO DE GÁS TRAQUEAL ............................................................................................ 13

POSICIONAMENTO DO PACIENTE ........................................................................................... 14

2. OXIGÊNIOTERAPIA .................................................................................................................... 14

INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 14

CORREÇÃO DA HIPOXEMIA ...................................................................................................... 15

Hipoventilação ............................................................................................................................. 16

Alteração da ventilação/perfusão ............................................................................................... 16

Alteração no transporte da hemoglobina ................................................................................... 17

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Alteração da difusão ................................................................................................................... 17

Hipoxemia ................................................................................................................................... 17

EFEITOS COLATERAIS DO OXIGÊNIO ...................................................................................... 19

FIO2 IDEAL .................................................................................................................................. 20

SISTEMAS DE LIBERAÇÃO DE OXIGÊNIO ................................................................................ 21

Sistemas de fluxo baixo ............................................................................................................... 21

SISTEMAS DE FLUXO ALTO ....................................................................................................... 30

Máscara de Venturi...................................................................................................................... 31

OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA ............................................................................................. 35

OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR DE USO PROLONGADO ...................................................... 35

FONTES DE OXIGÊNIO .............................................................................................................. 39

Cilindro Fonte estacionária, com oxigênio armazenado em forma de gás comprimido. ........... 39

Concentrador .............................................................................................................................. 40

Oxigênio líquido .......................................................................................................................... 41

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 42

3. TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS ................................................................. 42

INDICAÇÕES DE TREINAMENTO DA MUSCULATURA INSPIRATÓRIA ................................... 44

MODOS DE TREINAMENTO DA MUSCULATURA INSPIRATÓRIA ........................................... 46

RISCOS ASSOCIADOS AO TREINAMENTO MUSCULAR .......................................................... 48

Questões Comentadas ................................................................................................................... 50

Lista de Questões ........................................................................................................................... 72

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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Prezado (a) concursando(a), parabéns pela iniciativa de adquirir o curso, trata-se de um passo
importante para a sua aprovação !!!

É com imensa satisfação que iniciaremos os estudos do Curso Preparatório para o Concurso da
EBSERH – Nacional – 2019 / 2020. Este material será desenvolvido com muita dedicação e
responsabilidade. Esforçando-nos ao máximo para oferecer o melhor e mais completo conteúdo
possível para concursos que pode ser encontrado no mercado.

Em todas as aulas serão apresentadas diversas questões de diferentes bancas que desenvolvem
provas para concurso em todo o Brasil, procurando sempre dar ênfase nas bancas que mais
frequentemente preparam concursos para Prefeitura, com ênfase na Banca IBFC.

Teremos também o Curso de Reta Final com aulas intensivas e específicas para este concurso.
Ele ocorrerá nos dias 16, 17, 18, 19 e 23 de dezembro de 2019 pela manhã no Canal do Youtube
do Estratégia Concursos. Este Curso ficará disponível na área dos alunos que adquirirem o
Pacote Completo / Assinatura.

Assim como, para os alunos que adquirirem o curso completo, ficará disponível o PLANO DE
ESTUDOS !!!

A fim de discutirmos e ampliar os nossos conhecimentos as questões serão TODAS


COMENTADAS. E para que você possa praticar bastante, teremos, no final do material
questões sem comentários, com gabarito.

Em todos os cursos temos a aula 00, trata-se de uma aula gratuita e que apresenta o curso,
delimita os assuntos que serão abordados. Nesta aula 00 também pode ser apresentado
assuntos iniciais do curso.

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APRESENTAÇÃO PESSOAL
Sou a professora MARA RIBEIRO, formada em fisioterapia e pós-graduada em Fisioterapia
Neurofuncional pela Universidade Estadual de Londrina, Mestre em Gerontologia pela
Universidade Católica de Brasília e Doutora em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília.
Leciono no ensino superior há 15 anos, em cursos de graduação e pós-graduação, em diversas
disciplinas ligadas ao Sistema Locomotor. E sou Fisioterapeuta do Hospital das Forças Armadas -
Brasília.

Completando a equipe, temos a Professora GISLAINE HOLLER que também está


envolvida na elaboração do Curso. Ela possui graduação em Fisioterapia (2013) e pós-graduada
em Fisioterapia Traumato-ortopédica e Desportiva e Dermatofuncional. Iniciou sua vida de
concurseira em 2014, com êxitos nos concursos voltados à fisioterapia, sendo aprovada na
Secretaria de Saúde do Distrito Federal (2014), Prefeitura Municipal de Bela Vista do Toldo – SC
(2015) e Prefeitura Municipal de Canoinhas – SC (2015).

Utilizaremos uma linguagem informal, com ênfase nos temas que realmente são cobrados
pela banca organizadora, ou seja, para que otimize ao máximo a sua preparação e te habilite
para a resolução de questões na área de fisioterapia, objetivando sua aprovação.

Para isso, os alunos matriculados no curso terão acesso ao seguinte conteúdo:

A) Material em pdf com as TEORIA + QUESTÕES COMENTADAS de todos os assuntos


mais cobrados na área de fisioterapia.

B) Figuras e Mapas Mentais para facilitar a memorização dos principais tópicos da disciplina.

C) Videoaulas em aproximadamente 90% do curso, que complementarão o PDF.

D) Acesso ao Fórum de dúvidas, onde você poderá tirar todas as dúvidas diretamente
conosco.

E) Resumo dos principais assuntos abordados nos diferentes livros, textos;

F) Slides das vídeo aulas.

G) Plano de Estudo personalizado.

H) Curso RETA FINAL com aulas de revisão do conteúdo.

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Este material é de extrema importância para que você obtenha êxito em ser aprovado em um
concurso na área de Fisioterapia.

Estamos sempre à disposição para tirar dúvidas e fazer esclarecimentos, via fórum
de dúvidas ...

E-mail: mara.ribeiro01@gmail.com

Instagram: @profa.mara / @prof.gislaineholler / @fisio_estrategiaconcursos

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1. RECURSOS EM FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

ASPIRAÇÃO

É muito comum, em diferentes quadros clínicos respiratórios, que o pacicente apresente

perda ou diminuição da funcionalidade do mecanismo de tosse. Neste contexto, a aspiração é

um procedimento utilizado para pacientes com alteração do mecanismo de tosse e, portanto,

com ineficiência na eliminação de secreções, estando ou não em ventilação mecânica.

Tipos de sistema de Aspiração

Existem dois sistemas de aspiração – aberto e fechado.

• sistema aberto: procedimento estéril em que uma sonda conectada em um vácuo é

introduzida na via aérea do paciente de forma delicada, para evitar traumas e sangramentos. O

tempo de aspiração deve ser o menor possível, cerca de 15 segundos (Figura 2);

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Fonte:

• sistema fechado: procedimento para pacientes com via aérea artificial. É um dispositivo

que utiliza uma sonda protegida por um envelope plástico adaptado ao circuito do respirador.

Pode ser usado para várias aspirações, sem necessidade de despressurização do sistema (Figura

3). Tem como vantagem a diminuição das alterações hemodinâmicas e hipoxêmicas.

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BAG SQUEEZING

Recurso terapêutico utilizado para pacientes hipersecretivos que necessitam de ventilação

mecânica.

O procedimento é realizado por meio da bolsa ressuscitadora (Ambu®) e associação da

técnica de compressão torácica. Realiza-se hiperinsuflação manual, promovendo aumento do

volume pulmonar. No momento seguinte, o Ambu® retorna à posição original, administrando-se

compressão torácica, promovendo aceleração do fluxo expiratório e facilitando o deslocamento

da secreção.

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TOSSE

A tosse é um reflexo fisiológico de eliminação de secreção, sendo o principal mecanismo

de proteção das vias aéreas. Pode ser produzida de várias maneiras:

• tosse assistida: tosse voluntária seguida de compressão abdominal e/ou torácica;

• tosse provocada: estimulação da traqueia com pressão de fúrcula;

• huffing: tosse associada à expiração forçada e à boca aberta.

RESPIRAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA INTERMITENTE (RPPI, REANIMADOR DE


MILLER®)

Aparelho que gera pressão positiva intermitente inspiratória normalmente associada às

outras técnicas fisioterapêuticas. Tem como objetivo melhorar os volumes pulmonares e a troca

gasosa, além de permitir tosse mais efetiva, auxiliando a remoção da secreção.

Pressão Expiratória Positiva

A máscara de pressão expiratória positiva (PEP) foi descrita inicialmente por Falk et al.,

(1984), que demonstraram um aumento na quantidade de secreção (melhor higiene brônquica) e

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melhora na oxigenação em comparação a técnicas de higiene brônquica, como drenagem

postural, percussão e exercícios respiratórios, utilizadas na prática usual.

Sugere-se que o aumento de quantidade de secreção expectorada se deve

provavelmente ao efeito da PEP nas vias aéreas periféricas e canais colaterais. A máscara de PEP

consiste em uma máscara facial com uma válvula unidirecional, na qual se pode acoplar uma

válvula com resistência expiratória variável.

A resistência da válvula deve variar entre 10 e 20 cmH2O. O paciente senta-se, inclinado

levemente para a frente, apoiado em uma mesa e segurando a máscara firmemente sobre o nariz

e a boca, inspira o volume corrente e realiza uma expiração ativa por 6 a 10 respirações,

evitando a completa expiração. Essa série de respirações pode ser seguida de expirações

forçadas, sem a máscara de PEP, para auxiliar a mobilização de secreções pulmonares.

OSCILAÇÃO ORAL DE ALTA FREQUÊNCIA (FLUTTER®, SHAKER®)

Dispositivo que provoca oscilação oral de alta frequência por toda a caixa torácica. O

fluxo de ar expirado eleva uma esfera metálica que provoca as oscilações no interior do

aparelho.
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Essas oscilações de fluxo são transmitidas para as vias aéreas e promovem vibração das

paredes brônquicas, auxiliando na remoção de secreção e facilitando a expectoração. É muito

recomendado por ser fácil de usar.

PEAK-FLOW

Dispositivo pequeno, portátil e econômico usado para medir o pico de fluxo expiratório,

muito importante para os asmáticos. O fluxo de ar expirado considerado normal varia de acordo

com idade, sexo e altura.

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COUGH ASSIST®

Aparelho não invasivo que auxilia os pacientes na remoção de secreções pulmonares. É

indicado nas lesões da medula espinal ou em caso de doenças neuromusculares. Provoca uma

mudança rápida de pressão positiva para negativa, simulando a tosse. É um modo seguro de

reduzir as complicações respiratórias.

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THRESHOLD®

Instrumento que permite o treinamento da musculatura respiratória por meio de uma

carga linear pressórica predeterminada, podendo ser utilizado à beira do leito. O treinamento

está indicado para pacientes que necessitem melhorar força e/ou endurance da musculatura

respiratória.

INSUFLAÇÃO DE GÁS TRAQUEAL

A insuflação de gás traqueal (TGI) consiste em injetar um fluxo de gás na extremidade

distal da traqueia (geralmente oxigenio) de forma contínua durante todo o ciclo respiratório ou

somente em uma das fases. Tem como objetivo melhorar a troca gasosa, facilitar a eliminação de

dióxido de carbono (CO2) e reduzir o espaço morto funcional. São indicações para TGI:

• hipercapnia (pH < 7,20 ou PaCO2 > 80 mmHg), podendo estar associada ou não à

síndrome do desconforto respiratório agudo (SARA);

• doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);

• doença neuromuscular;

• trauma cranioencefálico.

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POSICIONAMENTO DO PACIENTE

A manutenção de decúbito elevado a 30° nos pacientes em ventilação mecânica previne

pneumonia nosocomial, por diminuir a aspiração do conteúdo da orofaringe e o refluxo

gastroesofágico.

As mudanças periódicas de decúbito melhoram a relação ventilação-perfusão dos

pacientes e também previnem as lesões de pele.

2. OXIGÊNIOTERAPIA

INTRODUÇÃO

Uma das principais indicações de oxigenioterapia são os casos de Hipoximia.

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A hipoxemia pode ser causada por:

• hipoventilação;

• shunt;

• alteração da difusão;

• alteração da ventilação/perfusão;

• alteração no transporte da hemoglobina.

CORREÇÃO DA HIPOXEMIA

A hipoxemia ocorre quando há redução da pressão alveolar de oxigenio, que pode ser

corrigida pelo aumento da fração de oxigênio inspirada. Tendo estabelecido claros objetivos

clínicos, as adequadas avaliação e eficácia da oxigenoterapia são matéria de exame clínico e

medida de gases sanguíneos, visto que a administração do oxigênio é constante e previsível e

necessita de conhecimento do mecanismo de oxigenação, técnica e fração de oxigênio

inspirado.

O oxigênio é prescrito para paciente hipoxêmico para aumentar a tensão do oxigenio

alveolar e diminuir o esforço respiratório. Embora tenha a função de salvar vidas, em certas

circunstâncias, pode ser letal, se prescrito e/ou administrado incorretamente.

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Hipoventilação

Como citado anteriormente, a hipoventilação é uma das causas de hipoxemia aguda em

um pulmão normal.

Esta, por definição, acontece quando se constata um aumento da pCO2 (pressão de gás

carbônico) no sangue arterial.

Podem-se citar como causas: depressão do centro respiratório por drogas (p.ex., morfina

ou anestesia), doenças que acometem o bulbo (encefalites, traumatismos, hemorragias ou

neoplasias), luxação cervical alta, doenças como poliomielite, Guillain-Barré, doenças da junção

mioneural (miastenia grave), doenças dos músculos respiratórios (distrofia muscular progressiva),

anormalidades da caixa torácica (como no esmagamento de tórax), obstrução das vias aéreas

superiores (compressão traqueal por um timoma), síndrome de Pickwick (pacientes

extremamente obesos e sonolentos com policitemia).

Alteração da ventilação/perfusão

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Acarretada por hipoventilação, hipersecreção e diagnósticos que com- prometem a

circulação, como estagnação capilar, fluxo lento, débito cardíaco baixo, insuficiência capilar ou

incapacidade dos capilares de manter um fluxo de sangue para os tecidos (shunt arteriovenoso),

é comum em casos de sepse.

Alteração no transporte da hemoglobina

Ocorre nos casos de anemia grave e no aumento da afinidade da hemoglobina pelo

oxigênio.

Alteração da difusão

Ocorre nos casos de espessamento da parede alveolar e aumento da barreira sangue/gás,

como em fibroses pulmonares e edema alveolar.

Hipoxemia

É observada em doençças nas quais há uma desigualdade com áreas mais perfundidas e

outras mais ventiladas, como doença pulmonar obstrutiva croônica (DPOC), enfisema e

bronquite.

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Outras causas de hipoxemia são a obstrução da luz brônquica intrínseca ou extrínseca,

traqueomalacia, derrame pleural, pneumotórax, deformidades torácicas e neoplasias.

A oxigenoterapia pode auxiliar também no tratamento dos sintomas crônicos, como na

DPOC e em algumas formas de doença pulmonar intersticial, podendo melhorar a função

vascular pulmonar, a função mental, a irritabilidade, as dores de cabeça, a sonolência e a função

cognitiva.

O sistema cardiopulmonar minimiza a hipoxemia, aumentando a vetilação e o débito

cardíaco. Nos casos de hipoxemia aguda, o suplemento de oxigênio diminui a demanda do

coração e dos pulmões. O aumento da demanda ventilatória aumenta o trabalho respiratório e

também o bombeamento cardíaco para suprir os tecidos periféricos. Com a adição de oxigênio,

diminui-se o trabalho cardíaco e respiratório. A hipoxemia também causa vasoconstrição e

hipertensão pulmonar e estas aumentam a carga de trabalho do coração direito.

Nos pacientes com hipoxemia crônica, esse aumento da carga de trabalho pode levar à

insuficiência ventricular direita (cor pulmonale). A oxigenoterapia em uso contínuo pode reverter

essa vasoconstrição pulmonar, com o aumento da circulação.

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EFEITOS COLATERAIS DO OXIGÊNIO

Estresse oxidativo

Todos os órgãos corpóreos mostram-se comprometidos quando expostos a altos níveis

de oxigênio. O pulmão é o órgão mais afetado. As lesões pulmonares ocorrem principalmente

por causa do estresse oxidativo, definido como o excesso de radicais livres no organismo. As

espécies reativas de oxigêrnio (ERO) são subprodutos do metabolismo celular e se constituem

de átomos ou moléculas que contêm oxigênio e apresentam um elétron não pareado na sua

órbita externa. Eles são capazes de reagir com outras moléculas contra as quais colidem,

retirando elétrons dessas substâncias e modificando suas estruturas moleculares.

As ERO podem promover a peroxidação lipídica da membrana celular e,

consequentemente, induzir a formação de moléculas vasoativas e pró-inflamatórias, o que altera

a barreira lipídica e aumenta a permeabilidade da membrana.

Assim, o evento inicial da toxicidade por hiperóxia nos pulmões é a formação excessiva de

ERO, sendo os radicais hidroxila e superóxido os mais frequentemente relacionados à lesão

pulmonar.

Podem ocorrer ativação e recrutamento tanto de neutrófilos, quanto de macrófagos

alveolares, com consequente formação de membrana hialina, edema, hiperplasia e proliferação

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de células epiteliais alveolares tipo II, destruição das células epiteliais tipo I, fibrose intersticial e

remodelamento vascular pulmonar.

Atelectasia de absorção

A utilização de altas concentrações de oxigênio promove depleção rápida dos níveis de

nitrogênio do organismo, havendo uma redução de nitrogênio no gás alveolar. Esse fenômeno

pode causar colapso pulmonar, pois o oxigênio difunde-se rapidamente para o sangue e o

alvéolo perde sua fonte de estabilização. Assim, a pressão gasosa no interior do alvéolo cai

progressivamente até que haja colapso. Esse fenômeno é chamado de atelectasia de absorção.

FIO2 IDEAL

Atualmente, vários estudos vêm demonstrando que o uso aproximado de 100% de FiO2

traz efeitos deletérios, como traqueite, hiperemia de mucosa, edema e diminuição dos

movimentos ciliares brônquicos, demonstrado em broncoscopia.

Alterações espirométricas são vistas após 24 horas e diminuição da complacência estática

após 48 horas de exposição a 100% de FiO2. É observado um aumento do estresse oxidativo em

pacientes saudáveis submetidos a uma FiO2 a 28% por apenas 30 min.

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Assim, vários são os meios que podem ser utilizados com o intuito de reduzir a

necessidade de altas FiO2, como níveis ótimos de pressão positiva expiratória final (PEEP –

positive end-expiratory pressure), recrutamento alveolar, posição prona e otimização do débito

cardíaco.

SISTEMAS DE LIBERAÇÃO DE OXIGÊNIO

Existem três modelos básicos de liberação de oxigênio:

• sistemas de fluxo baixo,

• sistema com reservatório e

• sistema de fluxo alto.

Os sistemas cercados, comumente identificados como uma quarta categoria, na realidade,

são reservatórios que envolvem a cabeça ou o corpo. Cada modelo compartilha características,

capacidades e limitações comuns.

Sistemas de fluxo baixo

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Os sistemas de fluxo baixo dependem da existência de um reservatório anatômico

(cavidade nasal e oral) ou artificial de oxigênio, do fluxo de gás fornecido, da frequência

respiratória, do volume corrente e do volume-minuto do paciente. Depende essencialmente do

padrão ventilatório do paciente, isto é, de seu volume-minuto.

Cânula nasal

A cânula nasal é um dispositivo plástico descartável composto por duas pontas, ou

dentes, com aproximadamente 1 cm de comprimento, conectadas a um tubo longo de pequeno

calibre para o suprimento de oxigênio.

Insere-se as pontas diretamente nos vestíbulos do nariz, enquanto se fixa o tubo de

suprimento diretamente a um fluxômetro ou a um umidificador.

Os fluxos superiores a 6 a 8 L/min podem causar desconforto ao paciente, incluindo

ressecamento e sangramento. Nos neonatos e lactentes, pode-se limitar o fluxo ao máximo de 2

L/min, que é c fortável e permite que o paciente fale, tussa e se alimente durante o uso,

podendo atingir FiO2 que varia de 24 a 44%, com fluxos de 1 a 6 L/min.


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Fonte:http://www.ebserh.gov.br/documents/147715/0/POP+19+Oxigenoterapia+hospitalar+apr

ovado.pdf/ccd04e6e-2aa9-4f59-a8a3-ac7b3eb14f30

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Fonte: https://pt.slideshare.net/rodrigo_c_abreu/aula-09-oxignioterapia

Máscaras faciais com reservatório

Existem três tipos de máscaras faciais: máscara simples, máscara de rei- nalação parcial e

máscara de não reinalação.

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Máscara simples

Aumenta o reservatório artificial de oxigênio, permitindo maior inalação do gás na

inspiração. Envolve a boca e o nariz e há orifícios pelos quais o paciente expira. Caso haja uma

cessação do fluxo de oxigênio, pode-se inalar o ar ambiente por esses orifícios. A variação de

fluxo de entrada pode variar entre 5 e 12 L/min. Se houver necessidade de fluxo acima de 12

L/min, a máscara deve ser substituída por uma que propicie maior FiO2.

Fonte: https://www.marbelsono.com.br/mascara-de-oxigenio-adulto

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FiO2 na Máscara Simples:

Máscaras com reservatório

Existem as máscaras de reinalação parcial e de não reinalação; ambas possuem uma bolsa

de reservatório flexível de 1 L fixada à entrada de oxigênio, possibilitando maior oferta de FiO2

através de seu enchimento.

A máscara de reinalação parcial permite uma oferta de FiO2 de 60 a 80%, com fluxo de 7

a 10 L/min. O fluxo deve ser adequado para garantir que a bolsa seja esvaziada em somente 1/3

do seu conteúdo durante a inspiração, para prevenir acúmulo de CO2 no sistema.

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As máscaras de não reinalação utilizam válvula unidirecional e devem receber fluxo

suficiente para evitar o esvaziamento da bolsa durante a expiração. A máscara de não reinalação

atinge FiO2 de 60 a 100%. A principal desvantagem dessa máscara é o vazamento de ar ao

redor do corpo da máscara e através da porta de expiração.

Fonte: https://picolofanelli.wordpress.com/tag/sistemas-de-baixo-e-alto-fluxo-para-

oxigenoterapia/

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Fonte: http://fisiobrasaogouveia.blogspot.com/2012/12/insuficiencia-respiratoria-aguda.html

Tenda facial

É conhecida como máscara de macronebulização. Permite uma FiO2 entre 21 e 40%, com

fluxos de 6 a 15 L/min (dependendo do tipo de nebulizador). Assim como na máscara facial

simples, fluxos abaixo de 5 L/min aumentam o risco de reinalação de CO2. É indicada nos casos

de trauma facial ou de não adesão à máscara facial simples.

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Fonte:https://www.portalped.com.br/especialidades-da-pediatria/pediatria-geral/quais-sao-os-

dispositivos-para-oferta-de-oxigenio/attachment/tenda-facial-2/

Colar de traqueostomia

Também chamado de máscara de traqueostomia, permite alcançar uma FiO2 entre 35 e

60%, com fluxos entre 6 e 15 L/min (dependendo do nebulizador). É indicado para os pacientes

traqueostomizados.

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Fonte: https://www.fibracirurgica.com.br/mascara-de-oxigenio-adulto-traqueostomia-md/p

SISTEMAS DE FLUXO ALTO

São definidos como aqueles em que o fluxo de gás do aparelho é suficiente para

satisfazer todas as necessidades inspiratórias. O fluxo liberado pelo sistema é igual ou maior que

o fluxo do paciente.

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Para qualificar um dispositivo de fluxo alto, o sistema deve fornecer um fluxo total de, no

mínimo, 60 L/min. Esse critério de fluxo é baseado no fluxo inspiratório máximo do adulto

médio, durante a ventilação corrente, que é de aproximadamente 3 vezes o volume-minuto.

Como 20 L/min está próximo do limite superior dos volumes-minuto sustentáveis pelas pessoas

doentes, um fluxo de 3 × 20 ou 60 L/min deve ser suficiente na maioria das situações. Em raras

acasiões, as necessidades de fluxo serão iguais ou superiores a 100 L/min2.

Máscara de Venturi

Este tipo de máscara utiliza um alto fluxo de oxigênio, atingindo um pico de fluxo

inspiratório maior que o do paciente. O ar ambiente é arrastado em volta do jato de oxigenio

por orifícios laterais. A FiO2 pode variar de 24 a 50%, com fluxo de 6 a 15 L/min.

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==147c0c==

Fonte: https://www.centermedical.com.br/mascara-de-oxigenio-venture-md/p

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Fonte:https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/12222/mod_resource/content/3/un01/top0

9p01.html

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Fonte: https://pt.slideshare.net/rodrigo_c_abreu/aula-09-oxignioterapia

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OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA

A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é uma modalidade terapêutica que oferta 100% de

oxigênio puro em um ambiente pressurizado a um nível acima da pressão atmosférica, entre 2 e

4 atmosferas. É aplicada em uma câmara para um ou diversos pacientes.

OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR DE USO PROLONGADO

O oxigênio foi descoberto por Joseph Priestley, em 1o de agosto de 1774, quando, ao

aquecer o óxido de mercúrio vermelho, obteve um gás incolor. Ao inalar o gás, Priestley

descreveu uma sensação de respirar mais fácil e suavemente.

Nos últimos 50 anos, a administração de oxigenoterapia de uso prolongado tem evoluído

graças a inúmeros estudos realizados inicialmente por Alvin Barach, nos Estados Unidos, e J. E.

Cotes, na Grã Bretanha, na década de 1970. Os estudos mostravam que poderia haver melhora

na capacidade funcional e na qualidade de vida dos pacientes com hipoxemia crônica que se

submetiam a oxigenoterapia domiciliar de uso prolongado (ODP).

A melhora da qualidade de vida em pacientes com DPOC também foi estudada quanto

ao aumento na tolerância ao exercício. Lilker et al. foram os primeiros a conduzir um estudo

controlado com DPOC usando oxigênio portátil comparado com ar comprimido. Três dos 9

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pacientes com oxigênio obtiveram uma distância maior caminhada em comparação com os que

usaram ar.

Observou-se que o esforço para carregar o oxigênio portátil anulou o aumento na

tolerância ao exercício, então foi proposto que colocassem os cilindros de oxigênio em carrinhos

com rodas.

Vergeret et al., em estudo multicêntrico na França com 159 pacientes, observaram um

aumento na distância caminhada quando estes usavam oxigênio. Em 2002, a American Thoracic

Society publicou o consenso sobre teste de caminhada de 6 minutos, em que comenta que, se

for necessário o suplemento de oxigênio durante o teste, recomenda-se que seja feito com o

mesmo fluxo até o final. Se for necessário o aumento de fluxo, é obrigatório anotar na planilha

de teste.

O tipo de sistema de liberação de oxigênio usado também é muito importante (p.ex., o

paciente pode carregar um cilindro de oxigênio líquido, puxar ou empurrar o tanque). A

liberação pode ser contínua ou pulsada ou um técnico pode ir caminhando atrás com o tanque,

embora isso não seja recomendado. Recomenda-se também que as medidas do pulso e SpO2

sejam realizadas após, no mínimo, 10 min de qualquer alteração no fluxo de O2.

Para pacientes com DPOC ou doença intersticial, a suplementação de oxigênio melhora o

TC6.20 Se ele carregar um cilindro de O2, reduz a média em 14%. Em um estudo de pacientes

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com doença pulmonar grave, porém usando oxigênio suplementar durante o exercício, a média

foi melhor em 20 a 35%.

O efeito da hipoxemia crônica é provavelmente o fator de maior importância no

agravamento da doença pulmonar, pois consiste na mudança estrutural das pequenas veias

pulmonares. Essa remodelação da árvore vascular pulmonar induzida pela hipóxia é

caracterizada por uma diminuição da área seccional das artérias pulmonares.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) definiu diretrizes

para o seu uso. A gasometria arterial em ar ambiente é imprescindível para a indicação e

prescrição de ODP e deve ser realizada sempre durante doença estável.

As indicações clássicas de ODP são:

• PaO2 ≤ 55 mmHg ou saturação ≤ 88% em repouso;

• PaO2 entre 56 e 59 mmHg, com evidências clínicas de cor pulmonale

ou policitemia (hematócrito ≥ 55%).

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A prescrição do fluxo ideal de oxigênio deve ser realizada por titulação individual, usando-

se o oxímetro de pulso no dedo ou lóbulo da orelha e adequando-se o fluxo de oxigênio até a

obtenção de uma saturação de pulso da oxi-hemoglobina (SpO2) maior ou igual a 90% (ideal de

90 a 92%). Recomenda-se que, à prescrição de oxigênio durante o dia em repouso, se adicione 1

L a mais para uso noturno e, quando possível, que a dose ideal para os esforços seja titulada

individualmente por simulação das atividades de vida diária ou pelo teste de esforço (teste de

caminhada de 6 minutos ou teste do degrau de 5 min).

Após a alta hospitalar por exacerbação de pneumopatia, antes de matricular o paciente

no programa de ODP, deve-se sempre realizar nova gasometria arterial após 90 dias da alta para

confirmar se a hipoxemia ainda está presente (ou seja, durante doença estável), pois a hipoxemia

pode ser transitória nessas situações. Já foi documentado que a hipoxemia transitória pode ser

revertida em aproximadamente 25 a 50% dos casos após a estabilização da doença pulmonar.

Critérios para prescrição de ODP e para seleção de pacientes:

• Doença estável e com terapêutica farmacológica otimizada (broncodilatadores,

antibióticos, corticosteroides);

• No mínimo duas gasometrias coletadas durante pelo menos 20 min respirando ar

ambiente;

• PaO2 ≤ 55 mmHg em ar ambiente ou PaO2 = 55 a 59 mmHg, com si- nais clínicos de cor

pulmonale ou hematócrito ≤ 55%.20,21

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FONTES DE OXIGÊNIO

Cilindro Fonte estacionária, com oxigênio armazenado em forma de gás


comprimido.

Pode ter diferentes tamanhos e capacidades de armazenamento.

Seu fluxo pode chegar a 15 L/min, podendo ser administrada ao paciente uma FiO2 de

até 100%, no caso de uso máscaras de reinalação. Contudo, quando usado em alto fluxo, sua

recarga ou substituição deve ser constante, o que também gera ao paciente e à família

insegurança e transtorno, tornando-se inviável e de alto custo.

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Concentrador

Fonte estacionária/móvel, relativamente pequeno (aproximadamente 60 cm), com rodas,

o que facilita transportar em pequenas distâncias, mas inviável em escadas. Funciona ligado à

rede elétrica, com considerável aumento no consumo de energia doméstico.

Seu fluxo limita-se a 5 ou 6 L/min. O sistema consiste na sucção do ar ambiente, passando

por um filtro que segura as moléculas maiores, no caso de nitrogênio, deixando apenas o

oxig6enio, que passa por uma segunda filtragem para purificação. Pode-se usar uma extensão

no cateter para maior conforto e liberdade de deambulação, de até 30 m.

Tem como inconveniente um ruído constante, que, às vezes, gera algum transtorno ao

usuário e/ou seus familiares, principalmente durante o sono.

Já existem alguns concentradores portáteis, leves e pequenos, com alças para serem

carregados nos ombros, que funcionam com bateria e têm o fluxo limitado a 3 L/min, tornando-

se inviáveis a alguns pacientes com hipoxemia mais acentuada.

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Oxigênio líquido

É fonte estacionária e móvel. Armazenado na forma líquida a temperaturas abaixo de 0°, é

composto por duas partes. A primeira é um contêiner com capacidade de armazenamento de 44

a 46 L e contém uma serpentina que, por meio de uma válvula de pressão, transforma o líquido

em gás, possibilitando o uso doméstico. Seu fluxo é limitado a 6 L/min, e possui um marcador

que possibilita acompanhar a quantidade de oxigênio restante no contêiner para programação

de recarga, feita pelas empresas responsáveis. Também contém rodas, o que possibilita a

locomoção em pequenas distâncias, podendo também ser utilizada uma extensão no cateter,

possibilitando maior autonomia para deambulação do paciente, que deve ser limitada a 30 m.

A outra parte é uma bolsa que pode ser usada para o paciente utilizar fora de seu

domicílio. A bolsa é conectada ao contêiner, mais precisamente a uma válvula de pressão, que

transporta oxigênio na forma de gás para a bolsa. Esta tem o fluxo limitado a 6 L/min, tem alças

para ser levada nos ombros, com um peso de aproximadamente 3 kg, quando cheia. A

autonomia da bolsa depende da quantidade de fluxo liberada.

Existe outra variável, a bolsa com um cateter com sistema de liberação pulsado, através

de um cateter nasal com válvula unidirecional, que pos- sibilita a saída do gás somente na

inspiração, conseguindo, assim, economizar gás. Contudo, muitos pacientes relatam desconforto

e sensação de dispneia com esse dispositivo.

Ambas contêm um dispositivo em que é possível visualizar a indicação da quantidade de

gás existente na bolsa e têm o inconveniente de, quando cheias, se o gás não for utilizado,

evaporar, não podendo ser armaze- nado de um dia para o outro.


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prescrição do oxigênio deve ser realizada por titulação individual e monitorada por um

oxímetro de pulso para analisar a performance do paciente. A observação da oxigenação é uma

prática direcionada à equipe de saúde e compartilhada com o médico, fundamental para

proporcionar ao paciente uma oxigenação adequada.

3. TREINAMENTO DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS


Os músculos da respiração são esqueléticos semelhantes aos periféricos, portanto,

podem ser treinados. Nos músculos respiratórios, também há fibras dos tipos I (muito

resistentes à fadiga), IIa (com resistência intermediária à fadiga), IIb (pouco resistentes à

fadiga) e IIc (híbridas).

O diafragma de um adulto é composto de 55% ± 5% de fibras I, 20% ± 6% de fibras

IIa e 25% ± 3% de fibras IIb. Dada essa composição, o diafragma é um músculo resistente à

fadiga, já que um adulto treinado pode manter uma ventilação de 80 a 100 L/min durante 8 a

10 horas. No entanto, assim como os músculos respiratórios podem ser treinados, eles sofrem

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os mesmos problemas de qualquer músculo periférico, como o descondicionamento, com

perda da resistência.

Antes de se abordar o treinamento, é preciso definir corretamente fraqueza e fadiga.

Fraqueza é a incapacidade de gerar a força esperada, e fadiga, a incapacidade de

gerar a força esperada durante um determinado intervalo de tempo. O treinamento muscular

pode ser orientado para obtenção de força, resistência ou velocidade, e os conceitos de

treinamento dos músculos respiratórios são os mesmos dos demais músculos.

1. Sobrecarga: um músculo deve receber uma carga superior à habitual para haver

treinamento. Para treinamento de força, a carga dever ser alta, com repetições rápidas e

breves. Para treinamento de resistência, a carga deve ser menor, com maior número de

repetições.

2. Especificidade: o treinamento deve ser idêntico ou similar à atividade daquele músculo.

A atividade deve envolver diretamente os músculos que se quer treinar. Para o treinamento

da mus-culatura respiratória, podem ser feitos exercícios específicos de inspiração, mas

também treinamento global (p. ex., andar de bicicleta, correr, remar etc.), já que, nessa

modalidade de treinamento, há aumento da ventilação e uso da musculatura respiratória.

Os melhores resultados são obtidos com treinamento específico.

3. Reversibilidade: se o treinamento for interrompido, seu efeito irá desaparecer, e o

músculo voltará a sua função basal. O tempo até a volta à função basal é uma função da

intensidade e do tempo de treinamento.

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Embora seja possível orientar o treinamento especificamente para obtenção de força,

resistência ou velocidade, sempre há uma mistura de efeitos, por exemplo: em treinamento

para resistência, é possível aumentar a força, o que é importante, visto que força e resistência

andam estão associadas.

O treinamento de força resulta em aumento do tamanho e do número de miofibrilas

das fibras brancas (IIa e b), o que gera hipertrofia. O treinamento de resistência resulta em

aumento das mitocôndrias intramusculares, enzimas para extração de energia e transporte de

elétrons.

Quando um paciente tem indicação de treinamento da musculatura inspiratória, o que

se objetiva é o treinamento da resistência dos músculos.

INDICAÇÕES DE TREINAMENTO DA MUSCULATURA INSPIRATÓRIA

Quando se cogita indicar treinamento da musculatura inspiratória, deve-se,

inicialmente, considerar a seguinte questão: esse músculo deve ser treinado ou repousado?

A resposta a esta pergunta geralmente é difícil. Um músculo com baixo desempenho

pode estar fadigado e precisar de repouso para retomar sua capacidade ou estar

descondicionado e precisar de um programa de treinamento.

É preciso, ainda, responder a uma outra questão: os músculos respiratórios

apresentam fraqueza, baixa resistência ou ambas?

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Avaliar a força muscular não é difícil (usando a medida de pressão inspiratória máxima

ou da pressão transdiafragmática, com ou sem estímulo frênico), mas avaliar a resistência

muscular, principalmente em unidade de terapia intensiva (UTI), é mais complicado. Enquanto

os exames complementares não estão disponíveis, a avaliação de resistência é feita com a

observação clínica.

Os sinais de sobrecarga muscular são: uso de musculatura acessória, respirações

paradoxais, taquicardia, hipertensão/hipo-tensão, sudorese abundante e agitação

psicomotora.

As situações clínicas de indicação de treinamento são:

1. Desmame difícil: em pacientes que não conse-guem se livrar da ventilação mecânica por

fraqueza muscular, os protocolos de treinamento se mostraram eficientes e, na maioria dos

casos, liberaram os pacientes da ventilação. No entanto, a indicação não é para qualquer

paciente. Os indivíduos estáveis clinicamente (sem anemia, infecção, estáveis

hemodinamicamente e com balanço nitrogenado positivo) podem ser treinados. Já os

considerados instáveis clinicamen-te estão, de modo geral, em estado catabólico (balanço

nitrogenado negativo), e o treinamento será ineficaz ou até danoso ao paciente.

2. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e fibrose cística: em vários estudos,

pacientes com DPOC e fibrose cística realizaram treinamento global ou específico. Em

todos os estudos, foi possível aumentar a força e a resistência dos músculos inspiratórios,

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diminuindo a dispneia e melhorando a qualidade de vida e o desempenho para exercícios e

atividades rotineiros.

3. Asma: pacientes com asma leve persistente ou moderada foram treinados com

programas específicos e apresentaram melhora da dispneia após o programa de

treinamento.

4. Doença neuromuscular: doenças neuromusculares herdadas (distrofia de Duchenne,

esclerose lateral amiotrófica etc.) ou adquiridas (trauma cervical, polirradiculoneurite,

neuromiopatia de pacientes graves etc.) podem ser alvos do treinamento muscular e já

foram testadas para treina-mento da musculatura inspiratória. Os pacientes com doença

neuromuscular beneficiam-se de treinamento e têm aumento da força e da resistência dos

músculos inspiratórios.

MODOS DE TREINAMENTO DA MUSCULATURA INSPIRATÓRIA

Como em qualquer programa de treinamento muscular, o treinamento dos músculos

inspiratórios deve ser individualizado. Um dos problemas para a individualização de

treinamentos é que os métodos de avaliação da força e resistência, pré e pós-treinamento,

são falhos.

Além desse problema, não há métodos estabelecidos para treinamento. Um programa

de treinamento deve ter bem estabelecido o tipo de exercício, sua intensidade, o número ou

tempo de repetições (geralmente de 5 a 60 minutos para músculos inspiratórios) e a duração

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total do programa de treinamento (de algumas semanas a poucos meses). Infelizmente, não

há estudos que estabeleçam essas variáveis.

Teoricamente, a melhor maneira de treinar a resistência (e esse é o objetivo quando

se treinam os músculos inspiratórios) é determinar a carga que leva à fadiga em

aproximadamente 2 horas e manter o treinamento com uma carga pouco menor que a

necessária para tal. Para determinar com precisão a fadiga, pode-se usar a eletromiografia ou

a taxa de relaxamento máximo. Como essa tarefa consome muito tempo e exige tecnologia

sofisticada, ela não é usada.

Alguns métodos testados até agora são descritos a seguir:

1. Uso de cargas que representam uma porcentagem da pressão inspiratória, nasal ou

transdiafragmática máxima. O programa se inicia colocando uma carga que corresponde a

uma porcentagem da pressão máxima medida. Geralmente, inicia-se com 20 a 30% da

carga, mas esse valor é aleatório. É importante lembrar que voluntários saudáveis

conseguem respirar por 15 minutos com 50% da pressão inspiratória máxima, antes de

entrar em fadiga. Respirando com 80 a 90% da pressão inspiratória máxima, a fadiga

acontece em 2 a 3 minutos. O tempo habitual é de 5 a 30 minutos, com sessões uma ou

duas vezes por dia, 5 a 7 vezes por semana. A carga pode ser aplicada com aparelhos de

threshold, aparelhos especialmente construídos, ou por meio do uso da sensibilidade do

aparelho (possível em alguns aparelhos).

2. Treinamento com resistências lineares ou não lineares. Coloca-se uma resistência que

não varia com o fluxo (linear) ou que varia (não linear) e exe-cuta-se o treinamento da

mesma maneira que com o uso de porcentagem de alguma pressão máxima. O valor inicial

geralmente é de 8 cmH2O/L/s.

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3. Treinamento com hiperventilação normocápnica. Este método é referência para

treinamento de resistência. Baseia-se em sessões de hiperventilação voluntária do paciente.

É feito com uma medida inicial da ventilação voluntária máxima em 15 segundos, depois

coloca-se 50% desse valor com meta para hiperventilação. Esse método deve ser feito com

aparelho específico, que possua um alvo visual para o paciente manter a ventilação

desejada e o CO2 inalterado, mesmo com a hiper-ventilação decorrente do aumento da

fração inspirada de CO2. Por precisar de aparelhos específicos e da colaboração do

paciente, é pouco utilizado, principalmente em UTI.

4. Testes de respiração espontânea. Pacientes em ventilação mecânica, cuja equipe opta

por realizar tentativas diárias de respiração espontânea, estão fazendo treinamento

muscular durante cada tentativa.

5. Treinamento global. Treinamentos de vários grupos musculares, por meio de corrida,

ciclismo ou remo, também trabalham a força e a resistência dos músculos inspiratórios. No

entanto, esses programas são menos eficientes que os específicos e, obviamente, não

podem ser realizados em pacientes em UTI.

RISCOS ASSOCIADOS AO TREINAMENTO MUSCULAR

Como qualquer tratamento, o treinamento muscular apresenta complicações. Em

estudos recentes, essas complicações têm aparecido frequentemente e são preocupantes e

sérias. As complicações são:

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1. Fadiga: uma sessão de treinamento pode pro-vocar fadiga de alta frequência (que se

reverte rapidamente), mas um programa de treinamento mal elaborado é capaz de

produzir fadiga de baixa frequência, que só tem reversão após um período superior a 2

dias.

2. Excesso de treinamento (overtraining): esta situação patológica é bem reconhecida em

atletas de elite e acontece quando o programa de treina-mento é excessivo. Na situação de

overtraining, há piora do desempenho muscular, maior suscetibilidade para lesões ósseas e

ligamentares, depressão, imunossupressão, amenorreia e diminuição da capacidade

antioxidante.

3. Lesão estrutural do músculo: cargas elevadas de treinamento, especialmente em

pacientes críticos (com infecção grave ou DPOC), provocam lesão física das fibras

musculares, com dano permanente ou temporário. Algumas vezes, a lesão é tão intensa

que se tem a sensação de que o músculo está atrofiado, situação denominada “atrofia por

uso”.

Estas complicações podem se sobrepor em diferentes intensidades.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (IBFC 2017)

Leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. As crises de

hipertensão pulmonar (HP) são complicações clínicas e do pós-operatório

com potencial fatal nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e

pediátrica.

I. Estímulos simpáticos como a dor, o choro e estímulos traqueais

desencadeiam crise de HP.

II. O O2 é um potente causador da HP.

III. A hipercapnia é permitida na HP por ser um potente vasodilatador

pulmonar.

IV. Problemas durante a gestação, presença de hérnia diafragmática

congênita, quadro grave de displasia pulmonar pode levar a HP.

Estão corretas as afirmativas:

A) I apenas

B) I e II apenas

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C) IV apenas

D) III apenas

E) III e IV apenas

COMENTÁRIO: Vamos analisar as afirmativas:

I. Estímulos simpáticos como a dor, o choro e estímulos traqueais

desencadeiam crise de HP.

ERRADA.

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II. O O2 é um potente causador da HP.

ERRADA.

III. A hipercapnia é permitida na HP por ser um potente vasodilatador

pulmonar.

ERRADA. A prática tradicional de manter uma PaO2 elevada (> 100 mmHg) e uma

PaCO2 baixa, de modo a provocar vasodilatação pulmonar não tem demonstrado

benefício e pode ser potencialmente lesiva para a perfusão pulmonar e cerebral.

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IV. Problemas durante a gestação, presença de hérnia diafragmática

congênita, quadro grave de displasia pulmonar pode levar a HP.

CORRETA.

SAIBA MAIS:

A HP ocorre quando a resistência vascular pulmonar não diminui


imediatamente após o nascimento. Esta situação leva à persistência de
um shunt direito-esquerdo extra-pulmonar, através do foramen oval e do
canal arterial patente, impossibilitando a normal circulação pulmonar e
enriquecimento do sangue em oxigênio, causando hipóxia arterial.

Gabarito: C

2. (IBFC 2017)

Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e

assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo,

nas afirmações sobre oxigenoterapia e seus efeitos no organismo.

( ) É um recurso utilizado para evitar os efeitos deletérios da hipóxia no

organismo.

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( ) O estresse oxidativo é um efeito colateral que é definido como excesso

de radicais livres no organismo.

( ) O pulmão é o órgão mais afetado quando exposto a altos níveis de

oxigênio.

( ) Os fatores que são passíveis de lesões tóxicas causadas pelo oxigênio são

idade avançada, aumento do metabolismo, desnutrição proteica.

( ) Oxigênio quando administrado em altas doses ou por período prolongado

de tempo causa lesão pulmonar e sistêmica irreversível.

A sequência correta é:

A) V-V-F-F-F

B) F-F-V-V-V

C) V-F-V-F-F

D) V-V-V-V-F

E) F-V-V-F-V

COMENTÁRIO: Vamos analisar as afirmativas:

( ) É um recurso utilizado para evitar os efeitos deletérios da hipóxia no

organismo.

VERDADEIRA.
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( ) O estresse oxidativo é um efeito colateral que é definido como excesso

de radicais livres no organismo.

VERDADEIRA.

( ) O pulmão é o órgão mais afetado quando exposto a altos níveis de

oxigênio.

VERDADEIRA.

( ) Os fatores que são passíveis de lesões tóxicas causadas pelo oxigênio são

idade avançada, aumento do metabolismo, desnutrição proteica.

VERDADEIRA.

( ) Oxigênio quando administrado em altas doses ou por período prolongado

de tempo causa lesão pulmonar e sistêmica irreversível.

FALSA. Há risco de danos por excesso de oxigênio (altas doses), mas se

aplicado na dose certa, pode ser utilizado por período prolongado.

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Gabarito: D

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3. (IBFC 2017)

Correlacione corretamente os tipos de oxigenoterapia e seus meios de

aplicação.

(1) Sistema de baixo fluxo.

(2) Sistema de alto fluxo.

(3) Sistema de umidificação.

(4) Sistema de nebulização.

(A) Máscara de Venturi.

(B) Umidificadores de ambiente.

(C) Nebulizador pneumático, ultrasônico, micro-nebulizador.

(D) Catéter nasal e nasofaríngeo, máscara para nebulização.

A correlação correta se estabelece em:

A) 1D, 2A, 3B, 4C

B) 1C, 2B, 3A, 4D

C) 1A, 2B, 3C, 4D

D) 1A, 2D, 3B, 4C

E) 1A, 2D, 3C, 4B

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COMENTÁRIO: A correlação correta é:

(1) Sistema de baixo fluxo - Catéter nasal e nasofaríngeo, máscara para

nebulização.

(2) Sistema de alto fluxo - Máscara de Venturi.

(3) Sistema de umidificação - Umidificadores de ambiente.

(4) Sistema de nebulização - Sistema de nebulização.

Gabarito: A

4. (IBFC 2017)

Assinale a alternativa incorreta. Entre as limitações do uso da ventilação não

invasiva RPPI estão:

A) fluxo inspiratório pré-determinado e limitado

B) reinalação de gás carbônico (CO2)

C) aumento do trabalho respiratório pelo assincronismo paciente-ventilador

D) umidificação externa inadequada predispondo à impactação de secreções

E) aumento da possibilidade de hiperóxia pois o oxigênio é a fonte de gás

COMENTÁRIO: A incorreta é a letra B = reinalação de CO2.

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Gabarito: B

5. (IBFC 2017)

Assinale a alternativa incorreta. O oxigênio pode ser ofertado para

enriquecer a concentração do ar inspirado por meio do sistema de baixo

fluxo, considerando que:

A) a FiO2 liberada depende essencialmente do padrão ventilatório do

paciente

B) não há necessidade de umidificação suplementar quando o fluxo de O2 é

ajustado em valores baixos até 3 a 4 l/min

C) a utilização de fluxo altos no sistema não é indicada devido ao risco de

irritação local e dermatites

D) cânulas nasais são confortáveis e permitem que o paciente possa falar,

tossir e se alimentar

E) a FiO2 liberada por um sistema de baixo fluxo é bastante precisa e

previsível devido ao reservatório anatômico onde o oxigênio se aloja

(cavidade nasal e oral)

COMENTÁRIO: Está errada: a FiO2 liberada por um sistema de baixo fluxo é

bastante precisa e previsível devido ao reservatório anatômico onde o oxigênio se

aloja (cavidade nasal e oral)


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Não é precisa e previsível.

Gabarito: E

6. (IBFC 2017)

Assinale a alternativa correta. Os principais fatores que provocam a

retinopatia da prematuridade são:

A) vascularização incompleta da retina e o aumento da PaO2

B) estresse oxidativo, atelectasia da prematuridade

C) hiperóxia, atelectasia de absorção

D) estresse oxidativo e hipercapnia

E) vascularização incompleta da retina e angiogênese desorganizada

COMENTÁRIO: vascularização incompleta da retina e o aumento da PaO2.

SAIBA MAIS:

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Descrita pela primeira vez em 1942 por Terry, a retinopatia da

prematuridade (ROP), até então chamada de fibroplastia retrolental, já

era uma patologia importante relacionada a cegueira bilateral em

prematuros. Apenas em 1951, Health denominou esta entidade como

retinopatia da prematuridade e na mesma época Campbell associou sua

ocorrência ao uso de oxigênio em recém-nascidos.

A ROP tem sido considerada uma das maiores causas de cegueira infantil

em todo mundo. O aumento da sua incidência se deve a melhoria na

qualidade assistencial de prematuros extremos e com muito baixo peso

ao nascimento, levando ao aumento considerável da sobrevivência de

tais pacientes. No Brasil, estima-se que a cegueira causada por esta

doença atinja entre 500 a 1.500 pacientes por ano, sendo assim a maior

causa de cegueira bilateral infantil na atualidade.

A patogênese da ROP ainda não está totalmente esclarecida, durante

muitos anos acreditou-se que apenas os elevados níveis de

oxigênioterapia estariam relacionados à patologia, porém atualmente

confirmou-se que apesar do controle rigoroso dos níveis de oxigênio

oferecidos aos prematuros, estes pacientes desenvolviam a doença.

Logo, estes fatos demonstraram que a ROP é uma doença de

causa multifatorial.

No processo de formação embrionária, a vascularização da retina nasal

se completa ao redor da 32ª semana de gestação, enquanto na retina

temporal a vascularização apenas se completa ao redor de 40 semanas

ou logo após o nascimento a termo. Após o nascimento, o oxigênio

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suplementar que é oferecido ao RN leva a hiperóxia, que por sua vez

desencadeia vasoconstrição, isquemia periférica e interrupção da

formação de vasos na retina. Se for mantida por um período maior de

tempo, a hiperóxia estimula a produção do fator de crescimento do

endotélio vascular, que gera neovascularização indesejada da retina.

Gabarito: A

7. (VUNESP - 2015 - HCFMUSP – Fisioterapia Cardiorrespiratória)

A respeito da técnica de aspiração nasotraqueal, é correto afirmar que

(A) não deve ser um procedimento totalmente estéril.


(B) está indicada quando o paciente não apresenta tosse eficaz.
(C) pode durar ininterruptamente até 2 minutos, sem causar instabilidades ao
paciente.
(D) não tem relação com aumento da pressão intracraniana.
(E) está indicado em casos de broncoespasmo grave.

Gabarito: B

(CESPE - Fisioterapeuta - STJ – 2018)

Em relação à fisiologia do sistema respiratório, julgue os itens que se


seguem.

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8. Os quimiorreceptores centrais encontram-se banhados em liquido

extracelular cerebral (LEC, pelo qual o CO 2 e o oxigênio (O 2 ) se difundem

com facilidade a partir dos vasos sanguíneos para o liquido

cefalorraquidiano (LCR). o que aumenta o pH do LCR e gera aumento da

ventilação.

COMENTÁRIOS: Vejamos que John B West disse, o que difunde e o C02... Os

quimiorreceptores centrais se encontram perto da superfície ventral do bulbo e

respondem às alterações de pH do LCR, as quais são causadas, por sua vez, pela

difusão do C02 proveniente dos capilares cerebrais. As alterações nas

concentrações de bicarbonato do LCR modulam o pH e, com isso, a resposta do

quimiorreceptor.

GABARITO: ERRADO

9. A capacidade residual funcional corresponde à soma do volume residual

com o volume de reserva expiratório.

COMENTÁRIOS: CFR= VR+VRE vejam:

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GABARITO: CORRETA

10. O reflexo de vasoconstricção pulmonar hipóxica consiste no processo de

contração da musculatura lisa das paredes dos brônquios na região hipóxica, o

que reduz o fluxo de ar nas áreas pouco ventiladas do pulmão.

COMENTÁRIOS: O que ocorre é a redução e redistribuição do fluxo sanguíneo...

a hipóxia alveolar é um potente estímulo para a vasoconstrição pulmonar. A

redução na tensão alveolar de oxigênio, a menos do que 50 a 60 mmHg, promove

vasoconstrição das arteríolas pré-capilares pulmonares no decorrer de 3 a 10

minutos, permitindo redistribuição do FSP adiante das áreas hipóxicas. Em

tensões alveolares de oxigênio muito baixas, o fluxo sanguíneo pulmonar local

pode estar virtualmente ausente. Uma acidose grave também determina

vasoconstrição pulmonar, e a interação entre a hipóxia e a acidose parece ser de


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considerável importância em áreas de hipoventilação alveolar, a ponto de

promover o desvio do fluxo sanguíneo para regiões melhor ventiladas dos

pulmões. Estabelece-se, assim, um mecanismo automático de distribuição do

fluxo sanguíneo para as diferentes áreas pulmonares em proporção ao seu grau

de ventilação.

GABARITO: ERRADO

11. A hipoxemia apresenta como principais causas a hipoventilação, a redução

da difusão, o desequilíbrio entre a ventilação-perfusão e o shunt (processo de

entrada do sangue no sistema arterial sem passar pelas áreas ventiladas do

pulmão).

COMENTÁRIOS: Define-se hipoxemia como a saturação arterial da oxi-

hemoglobina (SaO 2 ) inferior a 90%, que corresponde a uma PaO 2

aproximadamente igual a 60 mmHg. Esta saturação encontra-se na porção

inclinada da curva de dissociação da hemoglobina, implicando em que pequenas

variações de SaO 2 resultem em reduções acentuadas da PaO 2 13. Entretanto, a

SpO 2 superestima a SaO 2 em 2 a 5%, justificando os limites inferiores de

SpO 2 ,entre 92 e 96%,utilizados em diversos estudos.

GABARITO: CERTO

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12. O desvio da curva de dissociação do oxigénio (O 2 ) para a direita significa

mais liberação de oxigénio (O 2 ) a determinada pressão parcial de oxigénio (PO 2 )

em um capilar tecidual.

COMENTÁRIOS: A posição da curva depende de vários moduladores. Entre os

mais importantes estão: pH sanguíneo, temperatura corpórea, concentração de

certos fosfatos orgânicos nos eritrócitos (2,3 Difosfoglicerato) e a combinação

química da hemoglobina com o monóxido de carbono. Então neste contexto os

efeitos do pH sanguíneo e da temperatura sobre a posição da curva Hb-O 2 .

Quando o pH sanguíneo cai, a curva da HbO 2 é desviada para a direita, a

saturação de Hb para uma determinada PaO 2 fica reduzida (diminuição da

afinidade da Hb pelo oxigênio).

Ao contrário, quando o pH sanguíneo aumenta a curva desloca-se para a

esquerda, a saturação da Hb para uma determinada PaO 2 aumenta (aumento da

afinidade da Hb pelo oxigênio). Assim podemos afirmar que quando o sangue nos

capilares dos tecidos sistêmicos recolhe CO 2 , seu pH cai de 7,40 para cerca de

7,37 causando um desvio da curva da HbO 2 para a direita, diminuindo a afinidade

da Hb pelo oxigênio, dessa forma ajudando a sua descarga para os tecidos.

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GABARITO: CERTO.

13. (FCC - 2007 - TRT - 23ª Região)

Oxigenoterapia está indicada nos casos de hipoxemia, no entanto, pode ter

efeitos indesejáveis, tais como :

(A) lesão pulmonar aguda, atelectasias de absorção e pneumonia atípica.

(B) sintomas de traqueobronquite, do tórax subesternal e rinorragia.

(C) lesão pulmonar aguda, rinorragia e infiltrado pulmonar difuso.

(D) atelectasia de absorção, lesão pulmonar irreversível e vasoconstricção

pulmonar.

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(E) irritabilidade, aumento da secreção pulmonar e dor torácica.

COMENTÁRIO: São efeitos adversos da oxigenioterapia: sintomas de

traqueobronquite, do tórax subesternal e rinorragia.

Também podemos acrescentar:

! O oxigênio é um constrictor do vaso sanguíneo ou vasoconstrictor.


Enquanto os vasos sanguíneos são constringidos, a circulação nos
vasos sanguíneos periféricos está reduzida significativamente, um
efeito que seja pensado previamente para aumentar o risco de
curso. Contudo, de acordo com de “a lei Henry,” o oxigênio
adicional é dissolvido no plasma de sangue, que permite uma
mudança de compensação de ocorrer onde o oxigênio apoia os
neurônios que podem ser esfomeados do oxigênio, assim como
reduzir o edema da inflamação e do cargo-curso no cérebro.

! Nos infantes, a administração dos níveis elevados de oxigênio pode


induzir o overgrowth dos vasos sanguíneos no olho e conduzi-lo à
cegueira. Esta circunstância é referida como o retinopathy da
prematuridade (ROP).

! Os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica estão em um


risco particular de acumular o dióxido de carbono se são oxigênio
suplementar administrado e estes pacientes precisam de ser
monitorados com cuidado para impedir o oxigênio suplementar que
se torna perigoso um pouco do que benéficos.

Gabarito: B

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14. (AOCP - SES/PE – 2018)

Paciente do sexo masculino, 84 anos, com diagnóstico de mal de Alzheimer há 10 anos, no momento,
encontra-se no domicílio, em oxigenoterapia domiciliar contínua via cânula nasal (2 l/min). Não atende a
comandos verbais, tem edema em mãos bilateralmente, e está acamado há 3 anos, com hipotrofia
generalizada. Spo2 de 92%, frequência cardíaca de 63 bpm, pressão arterial de 130/90 mmHg, ausculta
pulmonar: murmúrio vesicular diminuído globalmente, com roncos em ápices. Paciente apresenta as
seguintes doenças associadas: hipertensão arterial sistêmica, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e
diabetes mellitus tipo 2. A esposa procura atendimento fisioterapêutico, pois o paciente apresentou 8
internações no último ano devido a pneumonias recorrentes. Sobre o caso clínico apresentado, assinale a
alternativa correta.

A) É indicada a realização de padrões respiratórios como a inspiração fracionada.

B) O fisioterapeuta deve aumentar o fluxo de oxigênio, a fim de evitar pneumonias recorrentes.

C) É indicada a utilização do incentivador respiratório flutter para desobstrução brônquica.

D) A mobilização passiva global, assim como o posicionamento funcional, ajudará o paciente a


evitar contraturas e deformidades, assim como reduzir o edema nas mãos.

E) A fio2 ofertada para esse paciente é de 36%.

COMENTÁRIO: Vamos analisar as afirmativas:

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A) É indicada a realização de padrões respiratórios como a inspiração fracionada.


ERRADA. O paciente não obedece comandos, de forma que não será possível realizar os
exercícios respiratórios.

B) O fisioterapeuta deve aumentar o fluxo de oxigênio, a fim de evitar pneumonias recorrentes.


ERRADA. O aumento do fluxo de O2 não interfere na ocorrência de pneumonias.

C) É indicada a utilização do incentivador respiratório flutter para desobstrução brônquica.


ERRADA. O paciente não obedece comandos, de forma que não será possível realizar os
exercícios respiratórios.

D) A mobilização passiva global, assim como o posicionamento funcional, ajudará o paciente a


evitar contraturas e deformidades, assim como reduzir o edema nas mãos.
CORRETA.

E) A fio2 ofertada para esse paciente é de 36%.


ERRADA. Com 2 litros de O2 a FiO2 é de 28%

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Gabarito: D

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LISTA DE QUESTÕES

1. (IBFC 2017)

Leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. As crises de

hipertensão pulmonar (HP) são complicações clínicas e do pós-operatório

com potencial fatal nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e

pediátrica.

I. Estímulos simpáticos como a dor, o choro e estímulos traqueais

desencadeiam crise de HP.

II. O O2 é um potente causador da HP.

III. A hipercapnia é permitida na HP por ser um potente vasodilatador

pulmonar.

IV. Problemas durante a gestação, presença de hérnia diafragmática

congênita, quadro grave de displasia pulmonar pode levar a HP.

Estão corretas as afirmativas:

A. I apenas

B. I e II apenas

C. IV apenas

D. III apenas

E. III e IV apenas

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2. (IBFC 2017)

Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e

assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo,

nas afirmações sobre oxigenoterapia e seus efeitos no organismo.

( ) É um recurso utilizado para evitar os efeitos deletérios da hipóxia no

organismo.

( ) O estresse oxidativo é um efeito colateral que é definido como excesso

de radicais livres no organismo.

( ) O pulmão é o órgão mais afetado quando exposto a altos níveis de

oxigênio.

( ) Os fatores que são passíveis de lesões tóxicas causadas pelo oxigênio são

idade avançada, aumento do metabolismo, desnutrição proteica.

( ) Oxigênio quando administrado em altas doses ou por período prolongado

de tempo causa lesão pulmonar e sistêmica irreversível.

A sequência correta é:

A. V-V-F-F-F

B. F-F-V-V-V

C. V-F-V-F-F

D. V-V-V-V-F

E. F-V-V-F-V

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3. (IBFC 2017)

Correlacione corretamente os tipos de oxigenoterapia e seus meios de

aplicação.

(1) Sistema de baixo fluxo.

(2) Sistema de alto fluxo.

(3) Sistema de umidificação.

(4) Sistema de nebulização.

(A) Máscara de Venturi.

(B) Umidificadores de ambiente.

(C) Nebulizador pneumático, ultrasônico, micro-nebulizador.

(D) Catéter nasal e nasofaríngeo, máscara para nebulização.

A correlação correta se estabelece em:

A. 1D, 2A, 3B, 4C

B. 1C, 2B, 3A, 4D

C. 1A, 2B, 3C, 4D

D. 1A, 2D, 3B, 4C

E. 1A, 2D, 3C, 4B


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4. (IBFC 2017)

Assinale a alternativa incorreta. Entre as limitações do uso da ventilação não

invasiva RPPI estão:

A. fluxo inspiratório pré-determinado e limitado

B. reinalação de gás carbônico (CO2)

C. aumento do trabalho respiratório pelo assincronismo paciente-ventilador

D. umidificação externa inadequada predispondo à impactação de secreções

E. aumento da possibilidade de hiperóxia pois o oxigênio é a fonte de gás

5. (IBFC 2017)

Assinale a alternativa incorreta. O oxigênio pode ser ofertado para

enriquecer a concentração do ar inspirado por meio do sistema de baixo

fluxo, considerando que:

B) a FiO2 liberada depende essencialmente do padrão ventilatório do

paciente

B) não há necessidade de umidificação suplementar quando o fluxo de O2 é

ajustado em valores baixos até 3 a 4 l/min

C) a utilização de fluxo altos no sistema não é indicada devido ao risco de

irritação local e dermatites


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D) cânulas nasais são confortáveis e permitem que o paciente possa falar,

tossir e se alimentar

E) a FiO2 liberada por um sistema de baixo fluxo é bastante precisa e

previsível devido ao reservatório anatômico onde o oxigênio se aloja

(cavidade nasal e oral)

6. (IBFC 2017)

Assinale a alternativa correta. Os principais fatores que provocam a

retinopatia da prematuridade são:

A. vascularização incompleta da retina e o aumento da PaO2

B. estresse oxidativo, atelectasia da prematuridade

C. hiperóxia, atelectasia de absorção

D. estresse oxidativo e hipercapnia

E. vascularização incompleta da retina e angiogênese desorganizada

7. (VUNESP - 2015 - HCFMUSP – Fisioterapia Cardiorrespiratória)

A respeito da técnica de aspiração nasotraqueal, é correto afirmar que

(A) não deve ser um procedimento totalmente estéril.


(B) está indicada quando o paciente não apresenta tosse eficaz.
(C) pode durar ininterruptamente até 2 minutos, sem causar instabilidades ao
paciente.
(D) não tem relação com aumento da pressão intracraniana.

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(E) está indicado em casos de broncoespasmo grave.

(CESPE - Fisioterapeuta - STJ – 2018)

Em relação à fisiologia do sistema respiratório, julgue os itens que se


seguem.

8. Os quimiorreceptores centrais encontram-se banhados em liquido

extracelular cerebral (LEC, pelo qual o CO 2 e o oxigênio (O 2 ) se difundem

com facilidade a partir dos vasos sanguíneos para o liquido

cefalorraquidiano (LCR). o que aumenta o pH do LCR e gera aumento da

ventilação.

9. A capacidade residual funcional corresponde à soma do volume residual

com o volume de reserva expiratório.

10. O reflexo de vasoconstricção pulmonar hipóxica consiste no processo de

contração da musculatura lisa das paredes dos brônquios na região hipóxica, o

que reduz o fluxo de ar nas áreas pouco ventiladas do pulmão.

11. A hipoxemia apresenta como principais causas a hipoventilação, a redução

da difusão, o desequilíbrio entre a ventilação-perfusão e o shunt (processo de

entrada do sangue no sistema arterial sem passar pelas áreas ventiladas do

pulmão).

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12. O desvio da curva de dissociação do oxigénio (O 2 ) para a direita significa

mais liberação de oxigénio (O 2 ) a determinada pressão parcial de oxigénio (PO 2 )

em um capilar tecidual.

13. (FCC - 2007 - TRT - 23ª Região)

Oxigenoterapia está indicada nos casos de hipoxemia, no entanto, pode ter

efeitos indesejáveis, tais como :

(A) lesão pulmonar aguda, atelectasias de absorção e pneumonia atípica.

(B) sintomas de traqueobronquite, do tórax subesternal e rinorragia.

(C) lesão pulmonar aguda, rinorragia e infiltrado pulmonar difuso.

(D) atelectasia de absorção, lesão pulmonar irreversível e vasoconstricção

pulmonar.

(E) irritabilidade, aumento da secreção pulmonar e dor torácica.

14. (AOCP - SES/PE – 2018)

Paciente do sexo masculino, 84 anos, com diagnóstico de mal de Alzheimer há 10 anos, no momento,
encontra-se no domicílio, em oxigenoterapia domiciliar contínua via cânula nasal (2 l/min). Não atende a
comandos verbais, tem edema em mãos bilateralmente, e está acamado há 3 anos, com hipotrofia
generalizada. Spo2 de 92%, frequência cardíaca de 63 bpm, pressão arterial de 130/90 mmHg, ausculta
pulmonar: murmúrio vesicular diminuído globalmente, com roncos em ápices. Paciente apresenta as

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seguintes doenças associadas: hipertensão arterial sistêmica, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e
diabetes mellitus tipo 2. A esposa procura atendimento fisioterapêutico, pois o paciente apresentou 8
internações no último ano devido a pneumonias recorrentes. Sobre o caso clínico apresentado, assinale a
alternativa correta.

A) É indicada a realização de padrões respiratórios como a inspiração fracionada.

B) O fisioterapeuta deve aumentar o fluxo de oxigênio, a fim de evitar pneumonias recorrentes.

C) É indicada a utilização do incentivador respiratório flutter para desobstrução brônquica.

D) A mobilização passiva global, assim como o posicionamento funcional, ajudará o paciente a


evitar contraturas e deformidades, assim como reduzir o edema nas mãos.

E) A fio2 ofertada para esse paciente é de 36%.

GABARITO

1. C 6. A 11. CORRETA
2. D 7. B 12. CORRETA
3. A 8. ERRADA 13. B
4. B 9. CORRETA 14. D
5. E 10. ERRADA


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