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DE VOLUNTÁRIOS
GREAT DIFFICULTY OF NON-GOVERNMENTAL ORGANIZATIONS: LACK OF
VOLUNTEERS
Resumo
2. Fundamentação Teórica
Quando se fala em gestão social têm-se como referência à gestão das ações sociais
públicas. A gestão social é, na realidade, a gestão das demandas e necessidades dos
cidadãos. A política social, os programas sociais, os projetos não são apenas canais dessas
necessidades e demandas, mas também respostas a elas.
Foi neste século, propriamente, que as necessidades e demandas dos cidadãos
foram reconhecidas como legítimas, constituindo-se em direitos. Foi também neste século
que os direitos dos cidadãos se apresentaram como fundamento da política pública. No
entanto, a cidadania de todos, como conquista da civilização, mantém-se na pauta das lutas
políticas; é que as desigualdades sociais não desapareceram e continuam a ser a
expressão mais concreta da permanente tensão e presença dos destituídos de direitos.
As prioridades contempladas pelas políticas públicas são formuladas pelo Estado,
mas nascem na sociedade civil. Por isso mesmo, estão em permanente disputa. Demandas
e necessidades tornam-se prioridade efetiva quando ingressam na agenda estatal,
tornando-se interesse do Estado e não mais apenas dos grupos organizados da sociedade.
Médicos, sociólogos, mecânicos, engenheiros, garçons, não importa a profissão, oito
em cada dez trabalhadores se tornaram ou irão se tornar membros de uma organização. A
sociedade contemporânea é uma sociedade de organizações, pois é nelas que
basicamente se encontram as oportunidades de realização profissional e de sobrevivência,
aplicando-se o que se sabe e ainda agregando outros saberes, assim como trocando
trabalho por dinheiro. Como bem lembra Peter Drucker, só se pode oferecer possibilidade
de emprego e carreira a milhões de pessoas em todo o mundo porque, ao longo dos últimos
cem anos, conseguiu-se construir e estruturar organizações.
Entre todas as disciplinas, a gestão, sendo a ciência do trabalho pretendido e
organizado, talvez seja a de mais generalizado interesse na sociedade, já que ao
compreendê-la pode-se utilizar a organização à qual pertencemos como um elemento
facilitador para o alcance dos objetivos pessoais.
Dito isto, este texto busca dar uma visão geral das principais dimensões da gestão,
sem perder o foco central, o da gestão de projetos nas organizações não-governamentais.
Em termos estruturais, partimos de uma abordagem macro e universal, compatível com o
caráter panorâmico do texto, mais informativo que formativo, cujo objetivo é ressaltar a
importância das ações das ONGs para a sociedade.
O perfil gerencial de uma organização determina o padrão de sua atuação.
Gerentes, através da combinação dos talentos e competências das pessoas, tomam
decisões e assim definem os rumos e o tom da ação organizacional. O lidar com pessoas é
o grande eixo em torno do qual acontece o desempenho da função gerencial,
independentemente de área e posicionamento hierárquico. Gerenciar pessoas é um ato de
equilíbrio fino, intimamente ligado à capacidade de exercer liderança e inspirar motivação.
2.2.1. Liderança
Liderança é um processo interpessoal através do qual um indivíduo dotado de
autoridade influencia e orienta o comportamento de outro(s). É através da liderança que a
gerência se realiza. O líder conduz, inspira, orienta e anima os indivíduos na direção de um
dado objetivo. A força de uma equipe está em relação direta com a força de seu líder.
As discussões sobre liderança concentram-se fortemente na questão do estilo, ou
seja, a forma preferencial com que os líderes exercem sua influência sobre as pessoas.
Com finalidade puramente didática, distinguem-se quatro estilos básicos:
● Autocrática
O foco dessa liderança é no próprio líder. Na liderança autocrática, o líder
centraliza totalmente a autoridade e as decisões, e os subordinados não têm
nenhuma liberdade de escolha. A figura do “chefe” se sobressai e as pessoas
recebem ordens, com pouco espaço para questionamentos ou sugestões.
● Liberal
Ao contrário da autocrática, este estilo de liderança tem ênfase no liderado. O
líder permite total liberdade para a tomada de decisões individuais ou em grupo
participando delas apenas quando solicitado. A liderança liberal enfatiza
somente o grupo. Dessa forma, as pessoas tendem a exercer atividades mais
intensas pela liberdade observada.
O líder só ajuda quando solicitado, confiando plenamente no trabalho do
liderado. Ele parte do pressuposto de que os colaboradores são maduros o
suficiente e estão aptos a desempenhar as suas tarefas, sem a necessidade de
um acompanhamento constante. Por isso, com o passar do tempo, e sem a
necessidade de prestar contas, o grupo tende a oferecer baixa produtividade e
um certo individualismo no seu desempenho.
● Democrática
Esse é um estilo de liderança interessante na gestão de qualquer negócio.
Neste modelo, o líder se torna um facilitador do processo, ajudando os
colaboradores a executarem bem as suas tarefas e priorizando um clima
agradável de trabalho. Ele se preocupa com a execução do trabalho em si, mas
também com a qualidade de vida e satisfação da sua equipe de trabalho.
● Coaching
Este é um estilo de liderança bastante atual, onde a performance dos liderados
está em foco. O líder exibe um verdadeiro interesse pelo aumento da
performance dos seus subordinados, acompanhando a evolução de cada um,
incentivando-os e dando feedback constantes para manter as pessoas
motivadas e alinhadas em suas atividades.
2.2.2. Motivação
De um ponto de vista psicológico, motivação é a chama interna que energiza, dirige
e sustenta a ação dos indivíduos. No plano administrativo, motivação humana para o
trabalho é a força interna que leva um indivíduo a se associar a uma organização e fixar-se
nela, dando o melhor de si.
Nessa perspectiva, surgem os vários modelos e teorias acerca da motivação
humana, entre os quais podemos destacar a hierarquia de necessidades de Maslow, talvez
o mais popular na área da motivação, esse modelo se vale da forma da pirâmide para
estabelecer uma escala de necessidades, as quais, à medida que são atendidas, vão sendo
substituídas por outras imediatamente superiores.
Sua grande contribuição é ter chamado a atenção para a importância da
autorrealização e do crescimento pessoal. A partir da obra de Maslow surgiu toda a
moderna concepção de tratar pessoas não como um elemento de custo a ser controlado e
sim como um potencial a ser desenvolvido.
Para entender o mecanismo de uma ONG, foi realizada uma entrevista com o
Senhor Edson Eduardo Souza (cofundador e atual presidente da ONG G3 Resgate) e com
a Senhora Elizabeth Antonia Santos (também cofundadora da ONG G3 Resgate), com
perguntas abertas elaboradas para indicar aspectos internos da organização e visão da
ONG. Além dessas entrevistas, foi realizada junto aos responsáveis da ONG G3 Resgate
uma pesquisa para ilustrar a opinião dos mesmos.
Em seguida foi realizado o tratamento dos dados, onde foram analisadas as
principais características que representam os serviços prestados por essa organização e
quais dificuldades estes tiveram e têm desde a fundação da instituição.
Assim, após realizada uma análise SWOT, foi possível identificar os pontos fortes e
fracos da ONG G3 Resgate e então criado um diagrama de causa e efeito, possibilitando a
filtragem dos dados obtidos e evidenciando dois gargalos da instituição, que são a curta
disponibilidade de verbas, pois a ONG depende exclusivamente de doações, e também a
carência de ajuda voluntária, sendo esta a maior dificuldade, pois isto acaba limitando os
trabalhos de resgate.
Com o diagrama em mãos, foi desenvolvido um plano de ação estilo 5W2H - uma
ferramenta administrativa que pode ser utilizada em qualquer empresa a fim de registrar de
maneira organizada e planejada como serão efetuadas as ações, assim como por quem,
quando, onde, por que, como e quanto irá custar para a empresa - para enfatizar os
principais problemas enfrentados no ambiente interno da ONG. A partir disso, foi definido
ações, metas, responsáveis e prazos para alcançá-las com o objetivo de amenizar os
problemas encontrados.
Percebe-se assim que aponta na prática a discussão que é estabelecida ao longo
desse texto de que a oferta do Estado é insuficiente em várias áreas e locais.
Em sua totalidade os responsáveis consideram que a Instituição trouxe benefícios ao
oferecer suporte ao sistema público de saúde. Destacam que os resultados ultrapassam os
muros da instituição, uma vez que influenciam também a comunidade.
Como o resultado da pesquisa foi possível apontar a capacidade de outras
instituições além do Estado em realizar políticas que tragam melhorias para a qualidade de
vida da sociedade.
Através dos dados da pesquisa, foi possível perceber que a população no geral, na
falta de serviços de resgate oferecidos pelo município, é beneficiada pelos serviços
importantíssimos prestados pela ONG G3 Resgate.
5. Conclusão
A partir do que foi exposto neste trabalho foi possível compreender através de
diferentes perspectivas e aspectos que existe a necessidade de realizar políticas públicas
para que se consiga assim alcançar diversos serviços e esferas da sociedade. Percebe-se
também o Estado como sendo o principal responsável por essas políticas e encontrou o
auxílio das Organizações Não Governamentais para a realização das mesmas. Uma vez
que está mais perto das necessidades decorrentes da população, trazendo assim
oportunidades e benefícios a toda sociedade. Como foi citado acima o caso da ONG G3
Resgate que foi criada da necessidade de oferecer para a população um serviço de resgate.
Através do contato maior com este tema houve uma mudança em nossa concepção
sobre a atuação das Organizações Não Governamentais. As mesmas ampliaram suas
intervenções, podendo citar como suas áreas: educação, saúde, alimentação, trabalho,
moradia, transporte, lazer, esporte, segurança, proteção à maternidade e à infância e
assistência social. Tais áreas anteriormente eram exclusivas do Estado.
As ONG’s dessa forma oferecem serviços que em sua grande maioria geram
qualidade de vida para os seus participantes e assim permitem que mais pessoas tenham
acessos aos mesmos. Uma vez que em se tratando de diversidades e oportunidade as
ONG’s em auxílio ao Estado conseguem oferecer os serviços de forma satisfatória.
É importante mencionar que as informações apresentadas na pesquisa não esgotam
o tema, tornando o estudo mais interessante. Inúmeras questões ainda precisam ser
respondidas entre as quais estão: como se organizará as instituições no decorrer dos anos,
para atender as demandas sociais? Como essas parcerias, Estado/ONG’s, podem ser
fortalecidas para gerar mais oportunidades de bens e serviços para a sociedade? Espera-se
que as instituições continuem criando mecanismos eficientes nas resoluções das demandas
sociais.
6. Referências bibliográficas
SANTOS, M. P. G. dos. Políticas públicas e sociedade / Maria Paula Gomes dos Santos.
– 2. ed. reimp – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2012.
98p.
TENÓRIO, F.G. Gestão de ONGs: principais funções gerenciais. 11 ed- Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2009. Coleção FGV Prática.
PIRES, R. Um guia completo sobre liderança e como ser um bom líder! Disponível em:
https://rockcontent.com/br/blog/lideranca/ Acesso em: 12 de novembro de 2020