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FACULDADES KENNEDY 31 de março de 2020 Estruturas Metálicas

CAPITULO IV – COMPRESSÃO DE BARRAS

1 – Generalidades
- estudo somente de barras axialmente comprimidas (vigas, pilares treliçados);
- estudo da flambagem da barra como um todo (flambagem global) ou dos seus
elementos comprimidos (flambagem local de placas).
- tópicos importantes no estudo:
• Condições de contorno (apoios e extremidades);
• Curvatura inicial da barra;
• Tensões residuais existentes no perfil;
• Flambagem em regime elástico ou inelástico;
• Flambagem local do elementos componentes da seção transversal da
barra (flambagem da alma ou da mesa do perfil tipo “I”).

2 – Flambagem por Flexão de Barras Retas

2.1 – Barras Birrotuladas


Condições para a análise:
- eixo da barra perfeitamente reto;
- barra infinitamente elástica;
- a flambagem ocorre por flexão;
- a direção da carga de compressão permanece inalterada mesmo após a
ocorrência da flambagem;

Fig. 1 – Barra bi-rotulada comprimida

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2.2 - Determinação da Carga Crítica de Flambagem “Ne” ou Carga de Euller


A flambagem ocorre por flexão, então tomemos a equação da linha elástica para o
modelo abaixo:

=− , sendo M = P x y (o momento aparece devido à flambagem /

curvatura da barra).

=− =− =−

Tomando-se, = , temos

=− ⇒ + =0

A solução da equação diferencial é do tipo: y = A. sen(αx) + B. cos(αx).


Condições de contorno (na posição inicial e final da barra):
a- Ponto “A” da curva: x = 0 e y = 0;
b- Ponto “B” da curva: x = L e y = 0.

0= . 0 + . cos 0 ↔0= . 0 + . cos 0 .


Para a condição “1”, temos:

Como sen0 = 0, temos: 0 = . 0 + . 1 ↔ & = '.


Reescrevendo a equação (x) temos: = . .

0= . ( . Podemos ter duas soluções, a saber:


Aplicando a condição “2”, vem:

( = 0 (esta solução interessa pois é zerada apenas em pontos


- A = 0 (não interessa pois zera a equação inteira);
- ou:
específicos);

-) . * = 0 ⇒ . * = . +, - ∈ ., -/ 01, = 0, 1, 2, 3 … , ∞;
Então temos:

= , temos 6 : = =
7.8 7 .8
9 9
Como ⇒
- n = 0 ⇒ P = 0 (solução não interessa);
8
9
-n=1⇒P= ; (denominada como 1ª carga de flambagem)

;8
9
-n=2⇒P= ; (denominada como 2ª carga de flambagem)

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8
9
- PCRIT = ; (denominada como carga crítica de flambagem ou carga de Euller).

Ou ainda:
+ .
.< = =1>?1 /** >, =1>?1 @*1AB1? A *á DE=1 -/ =1>?1 =>íDE=1 *á DE=1.
(
O valor acima é válido para barras birrotuladas apenas.

2.3 - EQUIVALENCIA ENTRE OUTRAS CONDIÇÕES DE CONTORNO:

Fig. 2: Coeficiente de flambagem K


Fonte: Fakury – Dimensionamento Básico de elementos de estruturas de Aço.

- K = coeficiente de flambagem; - *GH = I * = comprimento de flambagem por flexão;

+ .
.< = =1>?1 /** >, =1>?1 @*1AB1? A *á DE=1 -/ =1>?1 =>íDE=1 *á DE=1.
I(

NOTA:

B B
R0TULA-ROTULA (K=1,0). ROTULA-ENGASTE (K=0,8)

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2.4 – FLAMBAGEM INELÁSTICA POR FLEXÃO:


-σe = Ne / Ag (σe = tensão de flambagem elástica).
.< + 1 + > +
J< = = = =+ =
K L* K L* K L* M
L. *
A1 > = M=
>

Onde: λ = índice de esbeltez da barra (λmax = 200 de acordo com a norma brasileira
NBR-8800/2008);
- r = raio de giração da barra (cm) (também designada pela letra minúscula “i”)

Porém a hipérbole de Euller só é válida no regime elástico. Então temos:


- σp = tensão limite de proporcionalidade;
- σp = fy - σR, onde σR = tensão residual = 56% da tensão de escoamento;
- σR = 0,56 x fy ⇒ σp = fy – 0,56 x fy = 0,44 x fy.

Fig. 3 – Gráfico Tensão x Deformação dos aços

+ + 2,27 +
J< = < JO = 0,44. @ ⇒ M > R =R
M 0,44. @ @

1) Se M > T
, U 8
V
⇒ a flambagem ocorre no regime ELÁSTICO;

2) Se M < T
, U 8
V
⇒ a flambagem ocorre no regime INELÁSTICO.

Então definimos que o valor de λ que limita os dois regimes deva ser chamado:
λLIM, sendo então:

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2,27 +
MH = R
@

2.5 – TENSÃO DE FLAMBAGEM EM REGIME INELÁSTICO


Tensão de flambagem em regime inelástico:
- equação parabólica (empírica);
Para λ = λLim ⇒ σe igual equação do regime ELÁSTICO;
Para λ = 0 ⇒ σe igual ao escoamento do aço (fy).
J M
JW = @ − X@ − J Y M = @ Z1 − 0,56 ] _ `
+ M9W^
Fazendo σp = 0,44 x fy.

Fig. 4 – Gráfico Tensão x Esbeltez da compressão de barras de aço

.GH
- Capacidade resistente da barra reta comprimida:
aGH =
K @

- Esbeltez reduzida:
@
Mb = Rc
K
.<

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Fig. 5 – Gráfico Carga de Flambagem x Esbeltez da compressão de barras de aço

MbH = d2,27 = 1,50.


Fig. 6 – Gráfico Capacidade Resistente χFL de Flambagem x Esbeltez Reduzida da compressão de barras
de aço

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Fig. 7 – Gráfico Capacidade Resistente χ da Flambagem x Esbeltez Reduzida da compressão de barras de


aço (Curva Única de Flambagem da NBR-8800/2008)

- χ =0,658fb = 0,658g,hb = 0,3899 = 0,39

= g,hb = 0,3898 = 0,39


b,jUU b,jUU
fk
- χ=

+ + 2,27 +
J< = < JO = 0,44. @ ⇒ M > R =R
M JO @

@
Mb = Rc
K
.<

a = 0,658fb
- Capacidade resistente à compressão por empenamento no regime inelástico:

- Capacidade resistente à compressão por empenamento no regime elástico:

0,877
a=
Mb

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Dividindo se o eixo vertical por fy e o eixo horizontal por T


8
V
, temos um gráfico
modificado em que:
- o eixo vertical muda de “eixo das tensões” (σ) para eixo da capacidade resistente
(χ) e o eixo das esbeltezes (λ) se transforma no eixo da esbeltezes reduzidas (λ0).

Como a curva de “χ” leva sempre a valores menores que a curva “χFL”, então toma-
se o valor de da primeira curva a favor da segurança.

2.6 - Valor da Força Axial de Flambagem Elástica


a) Generalidades
- depende da valor de Ne;
- depende dos possíveis modos de flambagem;
- depende do tipo de simetria da seção transversal;
- em nosso país utiliza-se seções de dupla simetria ou de uma apenas
(monossimétrico).

b) Perfis duplamente simétricos


Estes perfis podem flambar por flexão em relação aos dois eixos centrais de

+ .
inércia “XX” e “YY”:

.< =
I .(

+ .
.< =
XI . ( Y
Estes perfis podem ainda flambar por torção pura:

1 + . mn
.<l = Z + o. p`
>b Il . (l

- Il . *l = comprimento de flambagem por torção;


Onde:

- J = constante de torção;
- Cw = constante de empenamento da seção transversal;

- >b = d> + > + b + b

- r0: raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de cisalhamento;

- rx e ry: raios de giração da seção transversal em relação aos eixos principais de


inércia;

- x0 e y0: distância entre o centro geométrico e o centro de cisalhamento nas


direções xx e yy;

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- G.J: módulo de rigidez à torção; o = = = = 77.000 1


bb.bbb bb.bbb
gqr s gqb,t ,u

- G = módulo de elasticidade transversal do aço – G = 7700 kN/cm2);

- E.Cw: módulo de rigidez ao empenamento;


- G = posição do centro de gravidade.
- S = posição do centro de cisalhamento do perfil (shear).

Fig. 8 – Representação da flambagem global em perfis duplamente simétricos. (Fonte internet).

EXEMPLO 1:

Para perfil tipo “I” abaixo:

K =2 22 0,8 + 33,4 0,48 = 51,23 =A;

Bg ℎg t ℎ B t
Bt ℎt t
=v + + x+ +
12 12 12 g g t t

22 0,8t 0,48 33,4t 22 0,8t 35 − 0,8


=v + + x + 22 0,8 ] _ 2 = 11785 =A;
12 12 12 2

11785
> =R =R = 15,17=A.
K 51,23

ℎg Bg t B ℎ t
ℎt Bt t 0,8 22t 33,4 0,48t 0,8 22t
=v + + x= v + + x = 1420=A;
12 12 12 12 12 12

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1420
> =R =R = 5,26=A.
K 51,23

ℎb = 334 + 4 + 4 = 350 − 4 − 4 = 342 AA = 34,2 =A.

ℎb 34,2 1420
mn = = = 415.222 =Au
4 4

1 1
p = y BW DWt = 2 22 0,8t + 33,4 0,48t = 13,11 =A;
3 3

220

y
8

x
x
350
334

4,8
8

c) Perfis Monossimétricos

Os perfis monossimétricos sofrem além das flambagens por flexão em relação


aos eixos “XX” e “YY”, a flambagem por torção em relação ao eixo “ZZ” conhecido
como eixo longitudinal da seção transversal.
Os perfis monossimétricos mais utilizados em estruturas metálicas são os
perfis tipo U, T e L (cantoneira).

d) Estudo dos perfis tipo “U”


No perfil tipo “U”, o eixo de simetria é o eixo “x”. Então ocorre a flambagem por
flexão em torno dos eixo “xx” e “yy”, sendo o eixo “yy”” o eixo de menor inércia. Então
neste eixo ocorre apenas a flambagem por flexão. Para o eixo tipo “xx” vai ocorrer além
da flambagem por flexão a flambagem por torção, e ainda uma combinação entre estas
duas últimas a ser denominada flambagem por flexo-torção.

+ .
- flambagem por flexão em torno do eixo “xx”:

.< =
I .(

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+ .
- flambagem por flexão em torno do eixo “yy”:

.< =
XI . ( Y

- flambagem por torção:

1 + . mn
.<l = Z + o. p`
>b Il . (l

- >b = d> + > + b + b

NOTAS:
Modulo de rigidez da flexão = E x I = EI
Modulo de rigidez da força normal: E x Ag
Modulo de rigidez da torção uniforme = G x J (J = constante. Torção uniforme).
Modulo de rigidez da torção não uniforme (empenamento)= E x Cw (Cw =
constante de torção não uniforme = constante de empenamento.
Kx = 0,8 Kz = 0,7

Coeficientes de flambagem por torção: contorno nas duas extremidades da barra-


- engaste-engaste = 0,5.
- engaste-rotula = 0,7
- rotula-rotula = 1,0.
- rotula – móvel ou livre = 2,0.

- flambagem por flexo-torção: vai ocorrer entre a flambagem por flexão no eixo
de simetria e a torção

.< + .<l 4 .< .<l z1 − X b{>b Y |


.< = }1 − R1 − ~
l
2 z1 − X b{>b Y | .< + .<l

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Fig. 9 – Representação da flambagem global em perfis U (monossimétricos). (Fonte internet)

dx0

y y'

x S x S
G G

xcg y xcg

x0 x0 y'
dy0

x'
S

G
x'

xcg
x0

Fig. 10 – Representação da flambagem global em perfis U (monossimétricos). (Fonte autor)

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e) Estudo dos perfis tipo “T”


No perfil tipo “T”, o eixo de simetria é o eixo “y”. Então ocorre a flambagem por
flexão em torno dos eixo “xx” e “yy”. Então no eixo “xx” ocorre apenas a flambagem por
flexão. Para o eixo tipo “yy” vai ocorrer além da flambagem por flexão a flambagem por
torção, e ainda uma combinação entre estas duas últimas a ser denominada flambagem
por flexo-torção.

+ .
- flambagem por flexão em torno do eixo “xx”:

.< =
I .(

+ .
- flambagem por flexão em torno do eixo “yy”:

.< =
XI . ( Y

- flambagem por torção pura:

1 + . mn
.<l = Z + o. p`
>b Il . (l

- >b = d> + > + b + b

- flambagem por flexo-torção: vai ocorrer entre a flambagem por flexão no eixo
de simetria e a torção

• |…„
.< + .<l €1 − ‚1 − 4 .< .<l z1 − X {>b Y
b
.< l = € „
2 z1 − X b{>b Y | € X.< + .<l Y „
• ƒ

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dx0

y
y'

y0
S
x x
G G

y y' Ø
dy0

y
x' x'
G

y
Fig. 11 – Representação da flambagem global em perfis T (monossimétricos). (Fonte autor)

S = Shear = cisalhamento; G = center of gravity = centro de gravidade;


G = módulo de elasticidade transversal. – 0,385.E = 0,385 x 200.000 = 77.000 MPa.

f) Estudo dos perfis tipo “L (cantoneira)”


No perfil tipo “L”, o eixo de simetria é o eixo “U” da figura abaixo. No eixo “y-y”
ocorre apenas a flambagem por flexão. Então ocorre a flambagem por flexão em torno
dos eixo “x1-x1” e “y1-y1”, além de ocorrer a flambagem por torção, e ainda uma
combinação entre estas duas últimas a ser denominada flambagem por flexo-torção.
Existe neste perfil as distâncias vertical e horizontal entre os centros de gravidade (G) e o
centro de cisalhamento (S). Eles são denominados respectivamente dx0 e dy0. Mas
utilizamos na fórmula o valor que especificamente para as cantoneiras chamamos de yo,
que é a hipotenusa do triângulo formado por dxo e dy0. Os valores dx e dy são os
deslocamentos impostos pela flambagem em cada eixo.

+ . + .
- flambagem por flexão em torno do eixo “xx”:

.< = .< = =
g g
g g
I g. ( g XI g . ( g Y

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+ .
- flambagem por flexão em torno do eixo “yy”:

.< =
XI . ( Y
- flambagem por torção pura:

1 + . mn
.<l = Z + o. p`
>b Il . (l

- >b = T> + > + b + b = d> + > + b

- flambagem por flexo-torção: vai ocorrer entre a flambagem por flexão no eixo
de simetria e a torção

• 4 .< .<l z1 − X b{>b Y |…„


.< + .<l €
.< = ‚
l €1 − 1 − „
2 z1 − X {>b Y | €
b X.< + .<l Y „
• ƒ
y'
d0

G Ø
dx0

y1 S
yo

y1
y

'
y'
U

x1 G x1 G
dy0

S
ycg

y1 y1
'
y
U

xcg dx
dy

x1
'
yo

dy0

S G
dx0
x1
'
Ø

Fig. 12 – Representação da flambagem global em perfis L (monossimétricos). (Fonte autor)

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• 4 .< g .<l z1 − X b{>b Y |…


.< € + .<l „
.< = ‚
€1 − 1 −
g
gl „
2 z1 − X b{>b Y | € X.< g + .<l Y „
• ƒ
Ou,

.< + .<l 4 .< .<l z1 − X b{>b Y |


}1 − R1 −
g
.< = ~
g
gl
2 z1 − X b{>b Y | .< g + .<l

A L
A L
200
L A A L
y 306 L A
A y 220
6,3

A
y
8,0

x A
S x
287,4

8,0
300

G x x x
x
400

200
6,3

192
6,4
6,3
6,3

A
8,0

y A y
y
xg
A L
yo
L A

EXEMPLO:

Aço MR-250-fy=250MPa.

Alma: h =400 – 8 – 8 = 384mm; tw =6,3mm;

b/t = h/tw = 384/6,3 = 60,95;

b/tLIM = 1,49T = 1,49T = 42,14 ↔ >


b.bbb † †
V h ‡ ‡ˆ‰Š
;

Mesa: bf = 306/2 = 153mm, tf = 8mm;

b/t= bf / tf = 153/8 = 19,13;

b/tLIM = 0,64TXV = 0,64T = 0,64T = 12,93 ↔ ‡ > ‡


Œ• b.bbb b,hg † †
/Υ Y V h
;
ˆ‰Š

= = 0,51 ⇒(0,35 ≤ kC ≤ 0,76).


; ;

T
Ž √ub,’h
kC =
••

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2.7 ESTUDO DA FLAMBAGEM LOCAL

2.7.1 – Conceituação:

- perfis metálicos formados por elementos planos;

- elementos apoiados em uma ou duas bordas ao longo do comprimento do perfil;

- elementos AL: elementos com uma borda apoiada e uma livre;

- elementos AA: elementos com duas bordas apoiadas;

- elementos AL são também denominados não enrijecidos;

- elementos AA são também denominados enrijecidos;

A flambagem local (FL) é a perda da forma plana de um elemento componente de


um perfil quando solicitado por uma força de compressão.

Assim no estudo de compressão de barras devemos verificar dois estados limites


últimos:

-a) flambagem local: a flambagem ocorre localmente em um elemento do perfil,


porém o eixo da barra permanece reto (verificando claro a não ocorrência da flambagem
global);

-b) flambagem global ou instabilidade global: a flambagem global ocorre quando a


peça comprimida perde sua forma reta.

Considerando que em uma barra muito curta (de comprimento “L” muito pequeno, e
assim impossível de flambar globalmente), a maior tensão que o material possa resistir
seja a tensão de escoamento “fy”, então podemos dizer que quando σ = fy, a barra escoa
por compressão (ou ocorre esmagamento da barra). Isto basicamente ocorre porque
quanto maior o comprimento de uma barra, menor sua resistência e portanto a barra pode
flambar com cargas bem pequenas.

Pode-se perceber isto claramente na fórmula de resistência à compressão de barras


determinada por Euller:

+ . + .
.< = =
I. 0 (GH
- LFL = K x L = comprimento efetivo de flambagem. Portanto quanto maior o comprimento
efetivo de flambagem, menor será a resistência da barra “N”.

Voltando ao estudo da flambagem de placas ou flambagem local, temos:

- podemos representar a esbeltez de uma chapa plana pela relação entre sua largura e
espessura. Vamos denominar a largura de “b” e a espessura de “t”.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 17


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- quanto mais larga (b) ou menos espessa (t) são as dimensões de uma chapa, mais flexível
e, portanto menos resistente à flambagem. Na situação contrária, quanto mais estreita (b)
ou mais espessa (t) são as dimensões de uma chapa, mais rígida e, portanto mais resistente
à flambagem local, ou perda da sua forma plana.

Portanto no estudo da FL de placas nos interessa a relação largura/espessura (b/t).

Fazendo uma comparação então entre b/t e a resistência da barra temos:

L + D
“”• – = ] _
12 1 − — B
Neste caso FCRIT é a tensão crítica de flambagem de uma chapa comprimida no regime
elástico (pela resistência dos materiais).

L +
Se fizermos:

L” =
12 1 − —

E = tg β=200.000MPa.

D
Então no regime elástico:

“”• – = L” ] _ 1
B
Para o regime inelástico substituímos o módulo de elasticidade E por Et (módulo

D
tangente ou módulo de Engesser). Então:

“”• – = L” ] _ 2

B
Como uma barra comprimida escoa, ou melhor, “esmaga” quando atinge a tensão
limite de escoamento fy, a tensão FCR só ocorrerá até este valor, portanto: FCRIT < fy.

Assim quando FCR ≥ fy, o escoamento/esmagamento governará a resistência da


barra. Concluímos então que a flambagem local só ocorrerá para FCR < fy, e não ocorrerá

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 18


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quando FCR ≥ fy. Estas são as condições de dimensionamento de chapas à Flambagem


Local (FL).
Logo temos:
D “”• – D D “”• – B L”
“”• – = L” ] _ ⇒ = ] _ ⇒ =R =R
B L” B B L” D “”• –

Se:
B L”
≤R , ™/1 - @1š A- “”• – = @ 1 @ó>A/*1 1 ;
D “

B L” D
≤R , ™/1 - @1š A- “”• – = @ 1 @ó>A/*1 2 ;
D “

B
≤ dL” R , ™/1 - @1š A- “”• – = @ 1 @ó>A/*1 2 ;
D “

O valor de kC pode ser determinado com base em estudos da Resistência dos


Materiais conforme as figuras abaixo:

Verificar que a chapa engastada apresenta menor flambagem local, já que suas
quatro bordas estão rigidamente ligadas.

Conclui-se que apenas peças curtas esmagam, enquanto peças longas flambam,
perdendo sua forma plana.

p.
c om
Q p.
om
Qc

a a

p. p.
om om
Qc Qc
b b

Fig. 13 – chapa comprimida rotulada Fig. 14 – Chapa engastadas


em duas bordas nas quatro bordas

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 19


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Qcomp.
Qcomp.
b
a
b

Fig. 13 – Chapa retangular muito longa.

Verificar que a chapa engastada apresenta menor flambagem local, já que suas
quatro bordas estão rígidamente ligadas.
Determinando-se, ainda e acordo com a resistência dos materiais, os valores de kC
para cada caso particular, determinamos os grupos comuns e o valor de b/tLIM para cada
caso. Este valor de b/tLIM é o valor de b/t para o qual FCR = fy. Portanto para valores de b/t
menores que b/tLIM ocorrerá FG e não a FL.

0
NÃO OCORRE F.L.

Não
ocorre
F.L.
LIMITE DE ESTUDO

INEL.
DA F.L.

ELAST.

F.L. para elementos AL (não enrijecidos)

Para valores de FCRIT entre 0(zero) e fp, temos a flambagem local ocorrendo no
regime elástico. Para FCRIT entre fp e fy, temos a flambagem local inelástica.

Para a determinação das dimensões “b” e “t” a serem consideradas para cada
chapa componente de um perfil, e as relações b/tLIM definidas pela norma NBR-
8800/2008, seguiremos a tabela abaixo:

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 20


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Tabela F.1 – Valores de b/tLIM

Fig. 13 – Representação de valores de b, t e b/tLIM). (Fonte NBR-8800/2008)

- kC = fator de engastamento da mesa de perfis soldados na alma (0,35 ≤ kC ≤ 0,76).


4
L” =
Tℎ{D
œ

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 21


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2.7.2 – Estudo dos Elementos Não Enrijecidos (AL - Apoiados-Livres):

Estes elementos por terem uma borda livre (L) e outra borda apoiada (A) na direção
longitudinal, podem ter que na borda livre a placa flambe livremente. As tensões nesta
placa se distribuem de forma não uniforme sendo maiores na borda apoiada do que na
borda não apoiada. Assim, quando a tensão na borda apoiada alcança a tensão de
escoamento ocorre a flambagem da placa. Se tomarmos a tensão média de flambagem
no elemento, podemos dizer que esta é a tensão de flambagem local desta placa.

JV9ž^<
c• =
@
σ FL-med, é a tensão média que corresponde à distribuição não uniforme quando o
elemento entra em colapso. Caso um perfil possua dois ou mais elementos não
enrijecidos, com fatores Qs diferentes, deve-se adotar o menor valor calculado.

ESCOAMENTO
FLAMBAGEM INELÁSTICA

FLAMBAGEM ELÁSTICA

a) Se o valor b/t calculado for menor ou igual ao valor b/tLIM da norma brasileira. ⇒
Não ocorre F.L e Qs = 1,0, onde:
Qs = coeficiente de redução que leva em consideração a tensão em
elementos não enrijecidos.
b) Se o valor b/t calculado for maior que o valor b/tLIM da norma brasileira mas menor
que o valor b/tSUP também da norma brasileira. ⇒ Ocorre F.L no regime
inelástico e Qs ≤ 1,0, portanto devendo ser calculado.
c) Se o valor b/t calculado for maior que o valor b/tSUP da norma brasileira. ⇒
Ocorre F.L no regime elástico e Qs << 1,0, portanto devendo ser calculado.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 22


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d) elementos do Grupo 6 da Tabela F.1:

B @ B
c = 1,908 − 1,22 R , para 0,75R < < 1,03R
D @ D @

0,69 B
c = , para > 1,03R
B D @
@ 6D :

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 23


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EXEMPLO 2:
a) L 50x4 – MR250. Fy = 25 kN/cm2.

b/t = 50/4= 12,5;

b/tLIM = 0,45T = 0,45T = 12,72 ↔ c• = 1,0


b.bbb
V h

Qs=1,0 ⇒ não ocorre F.L.

b) L 50x3 – MR250. Fy = 25 kN/cm2.

b/t = 50/3= 16,67;

b/tLIM = 0,45T = 0,45T = 12,72


b.bbb
V h

b/tSUP = 0,91TV = 0,91T = 25,74


b.bbb
h

25
c¢ = 1,340 − 0,76 16,67 R = 0,89.
20.000
Qs = 0,89 ⇒ ocorre F.L. no regime inelástico.

a) Haste do perfil T abaixo - AR350. Fy = 35 kN/cm2.


220
y
8,0

x x
200
192

6,4

y
b/t = 200 / 6,4= 31,25;
B 20.000
= 0,75R = 0,75R = 17,92
DH @ 35

B 20.000
= 1,03R = 1,03R = 24,62
D ¢£ @ 35

0,69 20.000
c¢ = = 0,40.
35 31,25

Qs = 0,40 ⇒ ocorre F.L. no regime elástico.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 24


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2.7.3 – Estudo dos Elementos Enrijecidos (AA - Apoiados- Apoiados):

Algumas características deste elementos:


- possuem grande resistência pós-flambagem;
- possuem rigidez maior junto aos apoios longitudinais;
Apresentam tensão não uniforme na largura “b” com valores maiores junto dos
apoios longitudinais e menores valores no vão central.
bef/2 bef/2

b-bef
b b

O valor “bef” é definido pelo valor empírico:


B<V = 1,92 D R ¤1 − R ¦ ≤ B.
J B
6 {D: J

Onde:
- bef = largura efetiva do elemento enrijecido;
- t = espessura do elemento enrijecido;
- E = módulo de elasticidade longitudinal do aço (20.00kN/cm2);
- σ = máxima tensão de compressão que atua no elemento analisado (a
norma NBR-8800/2008 permite que se faça σ = fy);
- Ca = coeficiente que depende do tipo de elemento:
Ca = 0,38 (mesas ou almas de seções tubulares retangulares-subgrupo 1);
Ca = 0,34 (para os demais elementos enrijecidos - subgrupo 2).
- b = largura real do elemento analisado.
a) Se o valor b/t calculado for menor ou igual ao valor b/tLIM da norma brasileira.
⇒ Não ocorre F.L e Qa = 1,0, onde:
Qa = coeficiente de redução que leva em consideração a área que efetivamente
trabalha em elementos enrijecidos comprimidos.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 25


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b) Se o valor b/t calculado for maior que o valor b/tLIM da norma brasileira. ⇒
Ocorre F.L no elemento (sempre no regime inelástico) e Qa ≤ 1,0, portanto
devendo ser calculado.

<V = K − ΣXB − B<V Y D


Onde: - Aef = área efetiva que trabalha no elemento comprimido após
flambagem;
- Ag = área da seção transversal do perfil.

c¥ =
<V

A verificação final da flambagem global será realizada para todo o perfil


considerando a flambagem em elementos enrijecidos e a flambagem em elementos
não enrijecidos.
Para os elementos não enrijecidos será considerado o fator Qs determinante para
todo o perfil, ou seja, o menor de todos os valores calculados.
Para os elementos enrijecidos será considerado o fator Qa determinante para
todo o perfil, ou seja, o menor de todos os valores calculados.
Para considerar a F.L. no perfil deverá ser verificada a iteração entre as
flambagens em elementos enrijecidos e aquela em elementos não enrijecidos. Para
isto será utilizado o fator “Q” de redução total da resistência pela ocorrência da F.L.
determinado da seguinte forma:
Q = Qa x Qs ≤ 1,0.

2.8 FORÇA AXIAL RESISTENTE DE CÁLCULO

NCSd ≤ NCRd

c a @
.”• =
K
§¥g
Onde:
NCRd = força axial resistente de cálculo;
Q = fator de redução total da resistência pela ocorrência da F.L.;
Χ = fator relacionado à instabilidade global da barra (F.G.);

γa1 = fator de segurança da compressão = 1,10 (quando a resistência é


verificada pela tensão limite de escoamento fy).

2.9 LIMITE SUPERIOR DA ESBELTEZ

L. *
M= <M = 200.
> ¨©

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 26


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2.7.3 – Esbeltez em barras compostas

Em barras compostas formadas por dois ou mais perfis tipos U, T, l, deve-se


assegurara que a esbeltez de uma barra isolada não seja maior que a da barra
composta.
CHAPAS ESPAÇADORAS

y1
L1 L2 y

x1 G x1

L y1 y

- rx1 = ry1 = raio de giração médio;


- ry =raio de giração mínimo.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 27


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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

1) Verificar para o pilar “ABC” da figura abaixo qual o maior valor da carga de
compressão NSd que pode ser aplicada, considerando a utilização de aço estrutural
CG-28 (fy = 275 MPa). Perfil em chapas soldadas. Considerar Kz = 0,7 e Lz = 7,0m.
NSd

C
C

3,0m
B 7,0m

7,0m
4,0m

A
A
NSd

400
9,5

y - Ag = ? (calcular);

- Ix = 94.701 cm4; - rx = 27,36 cm;

- Iy = 10.136 cm4; - ry = 8,95 cm.

x x
631

650

- fy = 27,5 kN/cm2.

y
9,5

94701 =A;
> =R = R = 27,36 =A
K 126,48 =A

Ag = 2 x (40 x 0,95) + (63,1 x 0,8) = 126,48 cm2.

> = T¨ = Tg = 8,95 =A.


gbgtu «^¬
ª u,;j «^

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 28


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SOLUÇÃO:

1) ESTUDO DA FLAMBAGEM LOCAL:


1.1) Elementos não enrijecidos (AL) – Mesas do perfil.

B 200 B L« 20000 0,45


= = 21,05 > *EA = 0,64 R = 0,64 R = 11,58;
D 9,5 D @ 27,5

4 4
L« = = = 0,45 0,35 ≤ L” ≤ 0,76 ⇒ -I! .
Tℎ{D T631{8
œ

Como b/t > b/tLIM ⇒ ocorrerá F.L. ⇒ determinar b/tSUP.

B L« 20000 0,45
/¯ = 1,17 R = 1,17 R = 21,17;
D @ 27,5

Como b/tLIM < b/t < b/tSUP ⇒ ocorrerá F.L. no regime inelástico.

B @ 27,5
c¢ = 1,415 − 0,65 ] _ R = 1,415 − 0,65 21,05 R = 0,66.
D L” 20000 0,45

1.2) Elementos enrijecidos (AA) – Alma do perfil.

B 631 B 20000
= = 78,9 > *EA = 1,49 R = 1,49 R = 40,2;
D 8 D @ 27,5

Como b/t > b/tLIM ⇒ ocorrerá F.L. ⇒ determinar bef.

m 20.000 0,34 20.000


B<V = 1,92 D R ¤1 − ¥ R ¦ = 1,92 0,8 R ¤1 − R ¦
J 6B{D: J 27,5 78,9 27,5

B<V = 36,61 =A < B = 63,1=A.

<V = K − XB − B<V Y D = 126,48 − 63,1 − 36,61 0,8 = 105,29 =A .


105,29
c¥ = = = 0,83.
<V

K 126,48

Cálculo do fator de redução total da flambagem local Q:

Q = Qa x Qs = 0,83 x 0,66 = 0,55.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 29


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2) ESTUDO DA FLAMBAGEM GLOBAL (INSTABILIDADE DA BARRA)

C K1 = 1,0; L1 = 300 cm; C K3 = 0,8; L1 = 700 cm;

K1 K2 = 1,0; L1 = 400 cm; K3 x L3 = 700 cm;


3,0m

L1
K1 x L1 = 300 cm;
B K3

7,0m
K2 x L2 = 400 cm; Flamba em relação ao
L3
eixo de maior inércia xx.
Flamba em relação ao
K2
4,0m

eixo de menor inércia yy.


L2
A A

- K1 x L1 = Ky1 x Ly1 = 300 cm. ⇒ λy1 = 300 / 8,95 = 34 ≤ 200 (OK!).

- K2 x L2 = Ky2 x Ly2 = 400 cm. ⇒ λy2 = 400 / 8,95 = 45 ≤ 200 (OK!).

- K3 x L3 = Kx x Lx = 560 cm. ⇒ λy1 = 560 / 27,36 = 20 ≤ 200 (OK!).

2.1) Flambagem por flexão (Nex e Ney).

+ . + 20.000 94.701
.< = = = 59.609 L.;
I .( 0,8 700
+ . + 20.000 10.136
.< = = = 22.231 L.;
g
XI g . ( g Y 1,0 300

+ . + 20.000 10.136
.< = = = 12.505 L.;
XI . ( Y 1,0 400

c @ 0,55 126,48 27,5


Mb = R =R = 0,18 < MbH = 1,50.
K
.< 59.609

c @ 0,55 126,48 27,5


Mb =R =R = 0,29 < MbH = 1,50.
K
g
.< g 22.231

c @ 0,55 126,48 27,5


Mb =R =R = 0,39 < MbH = 1,50.
K
.< 12.505

Como λ0 < λ0-LIM ⇒ o perfil trabalha no regime inelástico.

a = 0,658b,gj = 0,99; ,a g = 0,658b, ’


= 0,97; a = 0,658b,t’ = 0,94.

O perfil flambará por flexão no eixo y2-y2 com χ = 0,94.

2.2) Flambagem por torção (Nez).

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 30


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- >b = d27,36 + 8,95 + 0 + 0 = 28,79=A ⇒ >b = 828,67 =A .

ℎb 63.1 + 0.95 10136


− mn = = = 10.395.488 =Au .
4 4
1 1
p = y BW DWt = 2 40 0,95t + 63,1 0,8t = 33,63 =A;
3 3

Para perfis duplamente simétricos os pontos G (centro de gravidade) e S (centro


de cisalhamento) coincidem suas posições e portanto x0 e y0 são nulos.

1 + . mn 1 + 20.000 10.395.488
.<l = Z + o. p` = Z + 7700 33,63`
>b Il . (l 828,67 0,7 700

.<l = 10.626 kN.

c @ 0,55 126,48 27,5


Mb = R =R = 0,42 < MbH = 1,50.
K
.<l 10.626
al = 0,658b,; = 0,93

a = al = 0,93

3) CARGA DE COMPRESSÃO RESISTENTE DE CÁLCULO

Q x χ x A¹ x f» 0,55 0,93 126,48 27,5


N²³´ = = = 1617,4 L..
γ½g 1,10

Resposta: NCSd ≤ 1617 kN (carga máxima a ser aplicada ao perfil)

2) Verificar para o pilar “ABC” da figura anterior qual o maior valor da carga de
compressão NSd que pode ser aplicada, considerando a utilização de aço estrutural
MR-250 (fy = 250 MPa). Perfil em chapas soldadas.

150

y - Ag = (calcular). J = (Calcular).
9,5

- Ix = 7.490 cm4. - rx = 12,12 cm;

x S - Iy = 1.169 cm4. - ry = 4,79 cm.


x
281

300

G - x0 = 9,67 cm. - xC = 4,37 cm.


9,5
- Cw = 172.042 cm6.
9,5

y - fy = 25 kN/cm2.
43,7
yo = 96,7

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 31


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- Ag = 2 x 15 x 0,95 + 28,1 x 0,8 = 50,98 cm2.

1 15 0,95t 2 + 28,1 0,8t


−p= Σ B .D t
+ B¾. D¾ t + BE. DE t = = 9,96 =A;
3 3
Solução:
a) Estudo da Flambagem Local:
a.1) Mesas – elemento não enrijecido (AL)
b / t = 150 / 9,5 = 15,79

= 0,64 T = 0,64 T = 14,87


† Œ¿ bbbb b,uU
‡ˆ‰Š V h

⇒ b / t > b/t LIM ⇒ calcular b/t SUP.


4 4
L” = = = 0,67
Tℎ{D T281{8
œ

Mas, 0,35 < kC < 0,76 ⇒ OK!

B L” 20000 0,67
= 1,17 R = 1,17 R = 27,01
D¢£ @ 25

- b / tLIM < b/t < b/tSUP ⇒ calcular Qs (grupo 5 – regime inelástico)

B @ 25
c¢ = 1,415 − 0,65 ] _ R = 1,415 − 0,65 15,79 R
D L” 20.000 0,67

QS = 0,97

a.1) Alma – elemento enrijecido (AA)


b / t = 281 / 8,0 = 35,13

= 1,49 T = 1,49 T = 42,14


† bbbb
‡ˆ‰Š V h

⇒ b / t < b/t LIM ⇒ Qa = 1,0.


⇒ Q = Qa x Qs = 1,0 x 0,97 = 0,97⇒ Q = 0,97.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 32


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b) Estudo da Flambagem Global (Instabilidade da barra):

C
C
K1

3,0m
L1
B K3

7,0m
7,0m
L3
K2
4,0m

L2
A A

- K1 = 1,0 – L1 = 3,0m. ⇒ K1 x L1 = 1, 0 x 300 = 300 cm.


– K2 = 1,0 – L2 = 4,0m. ⇒ K2 x L2 = 1,0 x 400 = 400cm.
- K3 = 0,8 – L3 = 7,0m. ⇒ K3 x L3 = 0,8 x700 = 560 cm;

- λ1 = 300 / 4,79 = 63; flamba em yy


- λ2 = 400 / 4,79 = 84; flamba em yy
- λ3 = 560 / 12,12 = 46,2. Flamba em xx.
- λMAX calculada = 84 < λMAX permitida = 200.

-ESTUDO DA INSTABILIDADE GLOBAL

- flambagem por flexão em torno do eixo “xx”:


+ . + 20.000 7490
.< = = = 4714 L.
I .( 560

- flambagem por flexão em torno do eixo “yy”:


+ . + 20.000 1169
.< = = = 2564 L.
g
XI . ( Y 300

+ . + 20.000 1169
.< = = = 1442 L.
XI . ( Y 400

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 33


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- flambagem por torção pura:

- >b = d12,12 + 4,79 + 9,67 + 0 = 16,23 =A

⇒ r02 = 16,23 2 = 263,35 cm2.

- r0 = raio de giração POLAR.

Kz x Lz = 0,7 x 700 = 490 cm

1 + . mn
.<l = Z + o. p`
>b Il . (l

1 + 20.000 172.042
.<l = Z + 7700 9,96` = 828,3L.
263,35 0,7 700

- flambagem por flexo-torção: vai ocorrer entre a flambagem por flexão no eixo
de simetria “xx” e a torção

.< + .<l 4 .< .<l z1 − X b{>b Y |


.< = }1 − R1 − ~
l
2 z1 − X b{>b Y | .< + .<l

• …
4085 + 828 € 4 4085 828 À1 − 69,67{16,23: Á„

.< = €1 − 1 − „
l
9,67 4085 + 828
2 À1 − 6 {16,23: Á € „
• ƒ
Nexz = 765,4 kN.

Nex = 4085 kN (flambagem por flexão no eixo xx).


Ney1 = 2564 kN (flambagem por flexão no eixo yy).
Ney2 = 1442 kN (flambagem por flexão no eixo yy).
Nez = 828 kN (flambagem por torção no eixo zz).
Nexz = 765,4 kN (flambagem por flexo-torção nos eixos “xx” y “zz”).

- λ0 = esbeltez reduzida. - λ = esbeltez. (lambda)

c @ 0,97 50,98 25
Mb =R =R = 1,27 < MbH = 1,50.
K
l
.< l 765,4
A flambagem ocorre no regime inelástico.

a = 0,658fb = 0,658g, U
= 0,51.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 34


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NOTAS:
- trecho 2 ⇒ varia de χ=0 até χ=0,39; regime ELÁSTICO;
- trecho 1 ⇒ varia de χ=1,0 até χ=0,39; regime INELÁSTICO.

Resistência final do perfil U:


- Estado Limite 1: Flambagem Local – Q ≤ 1,0.
- Estado Limite 2: Flambagem Global ou Instabilidade Global– χ ≤ 1,0.
- tensão de escoamento fy: γa1 = 1,10.
- tensão de ruptura fu: γa2 = 1,35.

c. a. K . @ 0,97 0,51 50,98 25


.”• = = = 573,2 L.
§¥g 1,10

NSd ≤ NCRd ⇒ NSd ≤ 573,2 kN ⇒ NSd = 573 kN (OK!).

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 35


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Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 41


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EXERCICIOS PROPOSTOS
EXERCICIO 1:

Verificar qual o maior valor da carga de compressão que pode ser aplicado aos
diferentes perfis aplicados no pórtico desenhado abaixo.

1) Perfil W 150 x 13 – Tipo Açominas – ASTM A572 gr 50;


2) Perfil U 6” X 25,7 kg/m – ASTM-A36;
3) Perfil T metade W 310 x 21 - Tipo Açominas – ASTM A572 gr 50;
4) Perfil formado por duas cantoneiras L 152 x 152 x 9,5 ASTM-A36;
5) Tubo diâmetro 6” – Aço VMB-300.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 42


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EXERCICIO 2:

6) Verificar para o perfil “I Soldado” abaixo em aço MR-250 (Fy = 25 kN/cm²), se pode ser
aplicada uma carga de compressão Sd = 1200kN. Determinar a melhor posição para
utilização do perfil. Tomar σ = Fy x Qs. Verificar ainda o perfil para ocorrência de torção
pura com kz = 1,0.

Ag = (determinar); Ix = 15058 cm4; rx = 15,12 cm; Iy = 2928 cm4; ry = 6,7 cm;

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 43


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EXERCICIO 3

Verificar se pode ser aplicada à coluna comprimida da figura 1 abaixo, uma carga
NSd = 350 kN. Utilizar aço MR-250.

Compressão de Barras – Teoria & Exercícios pg. 44

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