Delegação de Quelimane
Turma: ESMI-10
Tema:
Perturbações de Comportamento
Estudantes:
Alzira Caseiro
Elisa José
Estrela Arlindo
Eufrásia Eulipio
Evilisse Anuarite
Joana Augusto
Elisa José
Estrela Arlindo
Eufrásia Eulipio
Evilisse Anuarite
Joana Augusto
Tema:
Perturbações de Comportamento
1.1. Objetivos..............................................................................................................................4
1.2. Metodologia.........................................................................................................................4
4. Perturbações do comportamento.............................................................................................8
5. Dificuldades de aprendizagem..............................................................................................12
6. Perturbação de ansiedade......................................................................................................13
7. Recusa Escolar......................................................................................................................14
8. Conclusão..............................................................................................................................16
Referências bibliográficas.........................................................................................................17
1. Introdução
Com este trabalho, pretendemos apresentar uma caracterização da criança em idade
escolar e do adolescente, possibilitando uma maior compreensão do desenvolvimento de seus
estudantes, a fim de subsidiar suas ações.
1.1. Objetivos
1.1.1. Objetivo geral
Compreender no contexto geral aspectos referentes a idade escolar na criança
1.1.2. Objetivos específicos
Identificar e avaliar a situação da saúde mental;
Mencionar os tipos de perturbações do comportamento;
Descrever a perturbação de ansiedade e de humor;
Indicar as causas do recuso escolar
1.2. Metodologia
Para FONSECA (2002), métodos significa organização, e logos, estudo sistemático,
pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a
serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa que o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para
fazer uma pesquisa científica. Para a elaboração deste trabalho, foram usados os manuais
eletrónicos.
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2. Crianças na idade escolar
Conhecer as características de cada etapa do desenvolvimento pode evitar que, ao lidar
com crianças, subestimemos ou exijamos habilidades cognitivas, sociais ou emocionais para
as quais eles ainda não estão preparados.
Essa relação entre o homem e o meio ambiente é única, o que faz com que sejamos
muito parecidos e, ao mesmo tempo, diferentes. Ainda que se observe algum consenso entre
as teorias quanto a explicações básicas do desenvolvimento humano, cada uma delas se
especifica em seus princípios explicativos. Além disso, os estudos evolutivos têm resultado na
divisão da Psicologia do Desenvolvimento baseada no ciclo vital: Psicologia da Infância,
Psicologia da Adolescência e Psicologia da Velhice, com ênfase nas características próprias
de cada fase.
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Piaget descobriu que o desenvolvimento da criança pode ser dividido em estágios mais ou
menos delimitados, de forma que um estágio anuncia o posterior, assim como é condição
necessária para ele. Piaget propôs quatro estágios do desenvolvimento cognitivo:
a) o sensóriomotor (de 0 a 2 anos), em que o bebê entende o mundo a partir dos seus
sentidos e das suas ações motoras;
b) o pré-operatório (de 2 a 6 anos), em que a criança passa a utilizar símbolos, classificar
objetos e utilizar lógica simples;
c) o operatório concreto (de 7 a 11 anos), em que inicia o desenvolvimento de operações
mentais como adição, subtração e inclusão de classes; e
d) o operatório formal (de 12 anos em diante), em que o adolescente organiza ideias,
eventos e objetos, imaginando e pensando dedutivamente sobre eles.
Os estágios seguem uma ordem fixa de desenvolvimento, mas as pessoas passam por eles
em velocidades diferentes (BEE, 1997; PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006).
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Classificação e seriação (organiza objetos em categorias, em classes e subclasses);
Raciocínio indutivo (parte de fatos específicos, particulares, para conclusões gerais);
Noção de conservação (a quantidade é a mesma independente da forma) e
Habilidade para lidar com números, solucionando problemas matemáticos envolvendo
as quatro operações (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006).
Com essas habilidades, a criança em idade escolar está em uma fase de grande avanço
cognitivo e com capacidade para compreender os conteúdos abordados em sala de aula. Ela
apresenta também interesse em organizar coleções e está apta a participar de jogos com regras
complexas. Todo esse processo é gradual, mas o ambiente deve oportunizar situações
sistemáticas e organizadas para que isso aconteça.
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por exemplo. Parece mais razoável, portanto, compreender que os conceitos de saúde e
doença não são absolutos e que nenhuma pessoa é 100% saudável ou 100% doente.
De acordo com a OMS, saúde mental é “um estado de bem-estar no qual o indivíduo é
capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e
contribuir com a comunidade”. Ser produtivo, nessa perspectiva, diz respeito não só a ser
funcional no trabalho ou ocupação, mas também ser capaz de desempenhar os vários papéis
que se tem na vida: o de pai/mãe, esposo(a), filho(a), namorado(a), amigo(a), entre outros.
4. Perturbações do comportamento
4.1. O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)
Consiste em uma capacidade de concentração ruim e/ou excesso de atividade e
impulsividades impróprias para a idade da criança que interferem no desempenho ou no
desenvolvimento.
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Embora exista considerável controvérsia sobre o número de crianças afetadas, estima-
se que o TDAH afete 8% a 11% das crianças em idade escolar, e seja duas vezes mais comum
em meninos.
Muitas características do TDAH são notadas antes dos quatro e invariavelmente antes
dos 12 anos de idade, mas podem não interferir significativamente no desempenho acadêmico
e social até os anos escolares intermediários.
Desatento
Hiperativo/impulsivo
Combinado
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traumatismo craniano, infecção cerebral, deficiência de ferro, apneia obstrutiva do sono e
exposição a chumbo, assim como exposição a álcool, tabaco ou cocaína antes do nascimento.
Cerca de 20% a 60% das crianças com TDAH têm transtornos de aprendizagem
afetando a leitura, a matemática ou a linguagem escrita, e a maioria tem problemas
acadêmicos como notas baixas devido à desorganização ou tarefa de casa incompleta
(habilidades executivas). O trabalho escolar pode ser desorganizado, com erros motivados
pelo descuido e falta de reflexão. As crianças afetadas comportam-se frequentemente como se
sua mente estivesse em outro lugar e elas não estivessem ouvindo. Elas frequentemente não
atendem a solicitações, nem terminam as tarefas escolares e domésticas ou outros deveres.
Pode haver constantes alternâncias de uma tarefa não concluída para outra.
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4.6. Diagnóstico de TDAH
4.6.1. Avaliação de um médico
O diagnóstico de TDAH se baseia no número, frequência e gravidade dos sinais. As
crianças devem ter seis ou mais sinais de desatenção ou de hiperatividade e impulsividade (ou
seis de cada grupo para diagnosticar o tipo combinado de TDAH; consulte Sinais de TDAH).
Os sinais devem estar presentes em, pelo menos, dois ambientes separados (tipicamente, casa
e escola). A ocorrência dos sinais apenas em casa ou apenas na escola, e em nenhum outro
lugar, não se qualifica como TDAH, porque esses sinais podem ser causados pela situação
específica.
Os sinais devem também ser mais pronunciados do que seria esperado para o nível de
desenvolvimento da criança e devem estar presentes por, pelo menos, seis meses. O
diagnóstico é geralmente difícil, pois depende da opinião do observador. Além disso, as
crianças que são principalmente desatentas podem não ser percebidas até o seu desempenho
acadêmico ser afetado de maneira adversa.
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4.8. Tratamento de TDAH
4.8.1. Modificação do comportamento
As crianças são tratadas com terapia comportamental e com medicamentos
estimulantes. Os medicamentos ajudam a aliviar os sintomas e facilitam a participação das
crianças na escola e em outras atividades. A terapia combinada é especialmente benéfica para
crianças mais novas. Já nas crianças em idade pré-escolar, a terapia comportamental pode ser
suficiente.
5. Dificuldades de aprendizagem
As dificuldades de aprendizagem interferem com a capacidade do cérebro receber,
processar, armazenar, responder e comunicar informação. Estas correspondem a um grupo de
perturbações e não são, portanto, uma doença única.
Não devem ser confundidas com défice intelectual ou com os diversos graus de
autismo. Pelo contrário, estas pessoas apresentam inteligência média ou acima da média mas
têm problemas na aquisição de aptidões importantes para melhorar o seu desempenho na
escola, em casa, na comunidade ou no local de trabalho.
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Este quadro acompanha a pessoa ao longo de toda a sua vida e, quanto mais cedo for
reconhecido, mais precocemente se podem adotar os passos que permitam ultrapassar ou
minimizar os desafios que coloca.
O medo é uma emoção normal e com efeitos protetores, fundamental para a nossa
sobrevivência. A ansiedade faz-nos evoluir, preparar para o que nos põe em perigo e por isso
tem um efeito protetor. Os problemas surgem quando a emoção se prolonga além do
necessário para cumprir essa função.
Palpitações, insónias, dores no peito, falta de ar durante mais de 3 meses… são sinais
de perturbação de ansiedade só possíveis de combater com uma estratégia: enfrentando a
origem do próprio medo.
6. Perturbação de ansiedade
A ansiedade não é uma doença, no sentido em que não se pode constituir por si só
como um diagnóstico. O medo é uma emoção adaptativa, que funciona como um estímulo e
tem um efeito protetor. É normal sentirmo-nos ansiosos perante um novo desafio, é essa
ansiedade que nos torna mais alerta para avaliar a “ameaça” e conseguir agir rapidamente.
É esse sentimento que nos faz ultrapassar um desafio, procurar a solução, que nos
torna mais atentos, ou que motiva a recusa de uma situação potencialmente perigosa. É
quando esse medo se instala, exacerbado, prolongando-se muito além do que seria normal
para cumprir essa função adaptativa, que surgem diferentes tipos de problemas, as
denominadas perturbações de ansiedade.
Sempre tendo em conta a origem dessa ansiedade. Uma premência que se explica de
uma forma simples com um exemplo muito prático: Se na origem do medo está, por exemplo,
a sensação de não ser capaz de fazer um relatório ou cumprir o prazo de entrega do mesmo, a
primeira coisa a fazer é dedicar-se a essa tarefa, enfrentando o desafio, para que o medo
associado desapareça. A pessoa até pode passar a manhã inteira a fazer exercício físico, que a
ansiedade não irá desaparecer.
7. Recusa Escolar
A recusa em ir à escola é um problema que afeta muitas crianças em idade escolar. A
criança com Recusa Escolar sente-se ansiosa, assustada, e por vezes até mesmo em pânico
perante a necessidade de ir para a escola. Este medo e preocupação intensa causam muitas
vezes dificuldades em dormir e pesadelos, assim como sintomas físicos para os quais não é
encontrada uma justificação médica (ex. dores de barriga ou de cabeça, perda de apetite,
vómitos ou febre).
Estes sintomas são tipicamente mais frequentes e intensos nos dias de semana, com
maior frequência ao acordar e à hora de ir para a escola, e a sua intensidade tende a diminuir
ao longo do dia.
Nas crianças, o medo e a ansiedade podem ser expressos por choro, birras, imobilidade
ou retraimento. O seu medo, ansiedade e recusa escolar interferem significativamente na sua
rotina normal, bem como no funcionamento escolar, atividades sociais e relacionamentos.
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Com efeito, as crianças com Recusa Escolar tendem a apresentar dificuldades em
dormir sozinhas ou medo de ir para casa de amigos, por receio de se separar das suas figuras
de vinculação.
Para além disso, e em contexto escolar, estas crianças e adolescentes revelam por
vezes ansiedade de desempenho, que se caracteriza por um estado ansioso em situações
passíveis de gerar uma avaliação negativa do seu comportamento. Nestes casos, é comum
existir evitamento de situações em que o jovem se sinta exposto socialmente, quer na
interação com os adultos, quer com os pares, o que origina problemas académicos, sociais e
de ocupação de tempos livres.
Os motivos que levam a criança a desenvolver Recusa Escolar podem ser muito
variados ou uma associação entre eles.
Em alguns casos, o motivo poderá também estar ligado à escola e relacionar-se por
exemplo com uma mudança de escola ou com situações em que a criança se sente rejeitada e
ameaçada pelo grupo de pares, com um professor autoritário e punitivo ou com dificuldades
de aprendizagem, que levam a que a criança se sinta menos capaz de acompanhar a turma e de
corresponder às expetativas dos adultos.
Alguns pais reforçam a atitude de Recusa Escolar devido, por exemplo, a um estilo
parental demasiado protetor, reforçando positivamente os filhos quando ficam em casa (ex. ao
dar-lhes mais atenção, mimos, ao deixá-los levantar-se tarde ou jogar no computador).
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Em qualquer das situações, é necessário que os pais estejam muito atentos, que
consigam perceber que criança precisa de ajuda para ultrapassar esse momento e não
permitam que a situação se prolongue, pois quantos mais dias estiver afastada da escola mais
difícil será o seu regresso.
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8. Conclusão
De forma significativa, concluímos que a grande maioria das crianças com TDAH se
tornam adultos produtivos e pessoas com TDAH parecem se adaptar melhor ao trabalho do
que à escola. Contudo, se o distúrbio não for tratado na infância, o risco de abuso de álcool ou
drogas e de suicídio pode aumentar. A desatenção das crianças com TDAH geralmente não
desaparece com a idade, ainda que as crianças com hiperatividade tendam a se tornar umas
tanto menos impulsivas e hiperativas com a idade. Contudo, a maioria dos adolescentes e dos
adultos aprende a se adaptar à sua falta de atenção. Cerca de um terço das pessoas percebem
que elas continuam a se beneficiar do uso de medicamentos estimulantes.
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Referências bibliográficas
BISQUERRA, R. (Org.). Como educar las emociones: la inteligencia emocional en la infancia
y la adolescencia. Barcelona: Hospital Sant Joan de Déu. 2012.
DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das relações interpessoais: vivências
para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes, 2001.
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