havia morrido em uma batalha. Os Ingleses foram derrotados, mas ela fora atingida por uma espada que perfurou sua armadura na Batalha de Jargean, um marco da Guerra dos Cem Anos. De repente, uma voz surrurra em seu ouvido: “Você é a liberdadora da sua pátria mãe.” Lute como uma dama, seja guerreira como uma dama, sejas forte como possas e confia no teu Senhor. Ela ajoelha e reza ao Cristo. Que voz linda em um Inglês Escocês, misturado com leve sotaque francês. Pensa Joana.
Era aquele grande guerreiro, que morrera pela
liberdade de sua pátria, injustamente. Pela corrupção dos governantes, medo de seus aliados, quebrado pela força da espada. Ele diz: “Não temais, você é abençoada por Deus, cumprirá seu destino. Tens a força de 300 homens em seu coração. Acredite!”
Ela chora, não acreditando se era real o que ouvia
ou se estava ensandecida. Mas se levanta com garra e pensa: Liberdade! Liberdade!
Vencida a batalha de Jargeau, Joana agora tinha o
respeito de um exército.
Ouvia vozes e tinha visões desde os 13 anos, mas
aquela voz era diferente, desconhecida. Ela sempre acreditara serem mensagens divinas e seguia seu coração.
Lembrou de seu encontro como Rei Carlos VII, líder
máximo francês. Como fazê-lo acreditar naquela menina, analfabeta, que dizia receber mensagens divinas, a liderar parte de seu exército¿ É um dos maiores mistérios da história o que aconteceu em Chinon.
Ela argumentara com o Rei, que Santa Catarina
havia aparecido para ela. E havia dito que a liberdade francesa estava em seu destino.
Ele desdenhou inicialmente, mas sentiu algo a
torcar-lhe os ombros. E um sussurro em inglês: “Believe”. O “Vitorioso” foi tocado. Paris e Reims já haviam caído.
Mal sabia ele que aquele seria o caminho para sua
coroação na Catedral de Notre Dame de Reims, a privilegiada Catedral onde tantos reis foram coroados na França.
O arcanjo da justiça e do arrependimento estava
ao seu lado, de frente para Joana, que não o via. Por trás de Joana, o verdadeiro coração valente, enxergava a Miguel, e do plano invisível, seguiam em comunhão com os desígnios da divinos da verdade.