MICOLOGIA

Profa Danielle Cristina Machado Costa

 Fungos
Características Gerais
- Micologia: Mykes-cogumelo + logos-estudo;
- Eucariotos;
- Ubíquos;
- Unicelulares e/ou pluricelulares;
- Heterotróficos – nutrição absortiva
- Quimiorganotróficos
 Fungos
Características Gerais
- Reprodução: sexuada e assexuada;

- Dispersão: disseminação dos propágulos água, animais, homem, sementes,

insetos e pelo ar.;

- Aeróbios ou anaeróbios facultativos;

- Crescem bem à temperatura ambiente e em meios ácidos.

 ≠ Plantas
=Animais
- Não sintetizam clorofila

- Não têm celulose (exceto alguns aquáticos) - Presença de quitina

- Armazenam glicogênio
- Não armazenam amido (subst. de reserva)

A partir de 1969 – ReinoFungi

 Relações Ecológicas

Parasitas
Saprófitas

Simbiontes
 Saprófitas
• Decompõem resíduos em formas mais simples (ciclagem);
• Decomposiçãode poluentes (pesticidas), descontaminação do
solo e água;
• Degradação de materiais (couro, madeira, tintas,combustíveis,
alimentos);
• Importância das enzimas extracelulares
Simbiontes
• Líquens

• Micorrizas
Parasitas
Candida albicans :Candidíase

Fungos fitopatogênicos

Fungo entomopatogênico
 Micologia Clínica
Membros da microbiota normal (comensais)

Agentes de infecções: micoses (relação de parasitismo)

Agentes de intoxicações: micetismo e micotoxicose

 Responsáveis por reações de hipersensibilidade: Alergia

Sítios de interação bactéria-fungos de importância clínica (Peleg AYet al., 2010. Nat. Rev. Microbiol. 8(5)340-349
 Micologia Clínica -Fungos
• Patógenos primários: possuem fatores de virulência quelhes
permitem romper ativamente as defesas do hospedeiro.
Blastomyces dermatitidis (América do Norte), Coccidioides immitis (Estados
Unidos e México), Histoplasma capsulatum (Estados Unidos) eParacoccidioides
brasiliensis (Brasil e América do Sul)

• Patógenos oportunistas: somente causam infecção quando ocorrem

quebras nas barreias protetoras da pele e membranas mucosas ou
quando existe falhas no sistema imune do hospedeiro.
Candida, Cryptococcus spp. e Aspergillus spp.
 Micologia Clínica Micoses
Candida albicans :Candidíase

Candidíase gastrointestinal (GI)

Candidíase vulvovaginal
 Micologia Clínica Micoses
Tinea corporis: Dermatofitose

Malassezia spp: Pitiríase

Tinea unguinum: Onicomicose

 Micologia Clínica - Micotoxicoses
Intoxicação causada pela ingestão de alimentos contaminados com
micotoxinas produzidas por fungos filamentosos.

Penicillium e Aspergillus : OcratoxinaA

Aspergillus flavus :Aflatoxina

 Micotoxina é o termo usado para descrever substâncias químicas tóxicas
formadas durante o crescimento de fungos, o que está associado a
mudanças na natureza física do alimento, no sabor, odor e aparência. Fungos
principalmente do gênero Aspergillus, Penicillium e Fusarium estão
largamente distribuídos na natureza e, portanto, muitas vezes, contaminam
alimentos frescos e também alimentos processados. Essas toxinas são
causadoras de efeitos tóxicos quando ingeridas por humanos ou animais por
meio desses alimentos contaminados.
 Exposição humana àsmicotoxinas
Direta
Ingestão de alimentos contaminados
Aflatoxina – amendoim/milho - Carcinogênica
Patulina – suco de maçã - Teratogênica
Ocratoxina – cevada/aveia - Nefrotóxica

Indireta Consumo de alimentos originados de

animais previamente expostos às
micotoxinas presentes em rações

Tipos de alimentos
Trigo, Farinha, Pão, Farinha de
milho, milho pipoca,
Banana.
Amendoim, Pecã.
Maçãs,
Produtos de maçã
Tortas de carne, Pó de cacau,
Queijo.
Salame, Lingüiça,
Maturados, Presunto,
Curado, Carne mofada, Queijo.
Pimenta do reino, pimenta
vermelha.
Feijão, Soja, Milho,
Sorgo, cevada
Doces refrigerados e
congelados
Alimentos mofados, de
supermercados.
Alimentos estocados em casa,
Refrigerados ou não.
Gêneros/ Espécie potencialmente tóxicos Micotoxina potencial
Aspergillus flavus Penicillium citrinum Aflatoxina, ocratoxina,
A. ochraceus P. citreo-viride, P. cyclopium, P. esterigmacistina, patulina,
A. versicolor martensii, P. patulum, ácido penicílico.
Fusarium spp P. puberulum. Deoxinivalenol, nivalenol,
zearalenona.
Aspergillus flavus Penicillium cyclopium, Aflatoxinas, ocratoxina, patulina,
A. ochraceus P. expansum, P. citrinum. esterigmatocistina.
A. versicolor
Penicillium expansum Patulina
Aspergillus flavus Penicillium viridicatum, Aflatoxinas, ocratoxina, patulina,
Cladosporium spp P. roqueforti. P. patulum, ácido penicílico.
P. commune.
Aspergillus flavus Penicillium viridicatum Aflatoxinas, ocratoxina, patulina,
A. ochraceus P. cyclopium ácido penicílico,
A. versicolor esterigmatocistina.
Aspergillus flavus Penicillium spp Aflatoxinas, ocratoxina.
A. ochraceus
Aspergillus flavus Penicillium viridicatum, Aflatoxinas, ocratoxina, patulina,
A. ochraceus P. cyclopium, P. citrinum, ácido penicílico,
A. versicolor P. expansum, P. islandicum, P. urticae. esterigmatocistina, citrinina,
Alternaria spp griseofulvina. Alternariol,
Cladosporium spp altenuene, altertoxina.
Aspergillus flavus Penicillium viridicatum, Aflatoxinas, ocratoxina, patulina,
A. versicolor P. cyclopium, P. citrinum, citrinina, ácido penicílico,
P. martensii, P. palitans, esterigmatocistina.
P. puberulum, P. roqueforti
Penicillium cyclopium Aspergillus spp Acido penicílico, possíveis outras
Fusarium oxysporum toxinas.
F. solanum Toxina T-2
Penicillium spp Aspergillus spp Aflatoxinas, ácido cógico,
ocratoxina, ácido penicílico.
 Micologia Clínica -Micetismo
• Micetismo ou envenenamento por cogumelos é a intoxicação causada pela
ingestão de fungos macroscópicos toxigênicos;

• Cogumelos com efeitos alucinógenos;

• A toxicidade pode se manifestar quando se ingere as toxinas no fungo innatura
(toxinas termolábeis) ou quando submetidos à ebulição(termorresistentes)“Chá”.

Amanita gemmata Amanita muscaria Lepiota helveola

Fungos de importânciaclínica
Alergênicos

Aproximadamente 300 espécies de

fungos já foram descritas como
alérgenos. A alergia a fungos
manifesta-se, principalmente, com
sintomas clínicos de asma brônquica
e rinite.
Leveduras

Filamentosos
Fungos
 Leveduras

• Unicelulares
• Esféricas, ovais ou elipsóides
• Algumas formam pseudo-micélio
 Fungos filamentosos -Bolores

• Multicelulares e filamentosos
• Hifas: estruturas tubulares e
ramificadas.
• Conjunto de hifas -
massas filamentosas enoveladas -
micélio
 Micélio

• Micélio vegetativo é a parte correspondente a sustentação e absorção de

nutrientes, se desenvolvendo no interior ou sobre osubstrato;

• O micélio que se projeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo é o

micélio aéreo;

• Quando o micélio aéreo se diferencia para sustentar os propágulos de

reprodução ou os corpos de frutificação, constitui o micélioreprodutivo.
 FungosDimórficos
Habilidade de alguns fungos de crescerem em duas formas distintas em
resposta à temperatura e a fatores nutricionais. Os fungos dimórficos,
quando cultivados à temperatura ambiente ou no seu nicho ecológico
apresentam-se na forma filamentosa; quando incubados a 37ºC em
meios especiais, ou em parasitismo, apresentam-se na forma de
levedura.
 FungosDimórficos

Paracoccidioides brasiliensis

37 oC 23 oC
FungosDimórficos
Candida albicans – fator de virulência
 Morfologia dosFungos

Macromorfologia: características macroscópicas

(coloniais)

Micromorfologia: características microscópicas

 Fungos Filamentosos -Bolores
Colônias de aspecto seco, aveludadas, algodonosas,
Macromorfologia
pulverulentas.
 Fungos Filamentosos

Micromorfologia
Características microscópicas:
. Multicelulares e filamentosos;
. Hifas: Estruturas tubulares e ramificadas;
. Conjunto de hifas massas filamentosas enoveladas.
MICÉLIO
Fungos Filamentosos - Micromorfologia

Hifa

Micélio
Fungos Filamentosos - Micromorfologia
Tipos morfológicos dehifas

Cenocítica ( Asseptada)

Septada
Septada Cenocítica ( Asseptada)
 Hifas muitas vezes possuem um grau de organização
que resulta na formação de estruturas especializadas.
 Esclerócios: massas de hifas que formam uma estrutura de resistência
arredondada;

 Rizóides: são aglomerados de hifas formando um denso filamento semelhante

àsraízes;

 Haustórios: hifas especializadas que auxiliam na adesão e penetração ao

hospedeiro;

 Apressórios: hifas com função de adesão aohospedeiro

 Escleródios
Estruturas de resistência , de forma globosa, formadas pela agregação de hifas;

Importantes para a sobrevivência de muitos fungos, incluindo os fitopatogênicos.

Rizoides
Estruturas em forma de raiz que
auxiliam no ancoramento do
fungo ao substrato e participam
na absorção de nutrientes.
Haustório
Estrutura típica de fungos parasitas
Função : absorção de nutrientes
 Apressório
Estruturas especializadas, formadas na extremidade do tubo germinativo ou de
hifas crescendo na superfície do hospedeiro.

Adere à superfície formando pontos de infecção que penetram no hospedeiro

Exerce pressão mecânica e libera enzimas digestivas

 Fungos unicelulares -leveduras

Macromorfologia Colônias de aspecto úmido, cremosa ou pastosa.

 Leveduras -Micromorfologia

- Unicelulares
- Esféricas, ovais ou elipsóides
 Leveduras
 Algumas formam pseudo-hifa
Fungos – Aspectos coloniais
Filo Zigomycota – zigomicetos,
fungos terrestres são e em geral são
usados na confecção de produtos
comerciais (ex. molho de soja).

Origina bolores em doces, pães e

frutas.
Filo Ascomycota –ascomicetos, metade das
espécies de fungos conhecidas até o
presente momento (Candida, Penicillium,
Aspergillium). O mais conhecido deles é o
levedo, associado ao fermento de padaria e
confecção de produtos como pão, álcool e
bebidas alcóolicas.
Este fungo forma estruturas reprodutivas
sexuadas conhecidas como asco, o que deu
origem ao seu nome.
Filo Basidiomycota – basidiomicetos, conhecidos como orelhas- de-
pau, cogumelos, carvões e ferrugens (causam doenças em plantas).
Alguns são comestíveis (Agaricius = champignon), porém outras são
venenosas (Amanita Muscaria).
Filo Deuteromycota – deuteromicetos, Este é um filo que está
propenso a extinção por tratar-se de um grupo especial, sem
características específicas definidas.
 BIOLOGIA FÚNGICA

ESTRUTURA E ULTRAESTRUTURA
Citologia
Paredecelular

Membrana celular e parede celular

Manoproteínas
β-(1,6) glucano

β-(1,3) glucano
Quitina

Bicamada fosfolipídica

Ergosterol
 PAREDE CELULAR
 QUITINA
 Paredecelular
• Forma do fungo – força mecânica
• Proteção osmótica – evita o choque osmótico
• Composição química
- Manoproteina, glucanas e quitina    (Leveduras – restrita a áreade
formação do blastoconídio)
- Quitina   , glucanas (fungosfilamentosos)
- Alguns lipídios e pigmentos (melanina – demáceos)

Glicolipídeos
Importantes na aderência da
célula fúngica às células do
hospedeiro
 Membrana celular
• Barreira semipermeável
• Porção hidrofóbica e outra hidrofílica
• Esteróis – ergosterol
Membrana celular

Modelo de Mosaico Fluido

ergosterol
ORGANELAS
 Núcleo

• Contém o genoma fúngico

• Membrana dupla e com poros
• Cromossomos lineares
• DNA dupla fita em hélice
• Histonas associadas ao DNA
cromossomal
• Núcleolo – corpúsculo esférico
contendo DNA, RNAeproteínas

• Fuso mitótico intranuclear

Plasmídeos
• Estruturas circulares de DNA dupla fita;
• Localização extra cromossômica;
• Capacidade de autoduplicação de modo independente dos cromossomos;
• Raramente evidenciados em leveduras.

Ribossomos
• Síntese proteica
• Ocorrem no citoplasma da célula
• Compostos por RNA eproteínas
 Vacúolo
• Acúmulo de nutrientes ou de enzimas
hidrolíticas que promoverão a lise celular e
reciclagem dos nutrientes.
• Hifas de crescimento ativo numerosos e de
pequeno volume (matriz amorfa)
• Hifas “velhas”  vacúolos grandes, podendo
preencher completamente a hifa