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FLEBOTOMIA:

COLETA DE SANGUE

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Diretrizes da OMS
http://www.who.int/injection_safety/Phlebotomy-portuges_web.pdf

Recomendações da SBPC
www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320090814145042.pdf 2
Flebotomia ou punção venosa

É a punção de uma veia com a finalidade de obter amostra de


sangue para análise ou infundir fluídos, sangue e medicamentos .

Conhecimento
Domínio da técnica de coleta
Habilidade psicomotora
Coleta de Sangue/ Flebotomia

O sangue é um dos mais significativos tecidos do corpo que


fornece informações sobre o estado de saúde do paciente.
Componentes do sangue
Elementos figurados
Glóbulos vermelhos ou eritrócitos
Glóbulos brancos ou leucócitos
Plaquetas ou trombócitos
Plasma
90% de água
10% de solutos
A flebotomia não se resume ao ato de punção.

O maior objetivo é determinar a concentração ou a atividade


de analitos em um material biológico, a obtenção de um laudo de
qualidade e evitar que os pacientes recebam um resultado incorreto.
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•Durante a primeira fase, ou pré-analítica, a atenção para com o paciente
e o cuidado com os procedimentos para obtenção do material, ou amostra
são formas de garantir a qualidade no laboratório.

•Inúmeros profissionais de diferentes áreas estão envolvidos nessa


primeira fase. Pesquisas afirmam que cerca de 70% dos erros que
acontecem em laboratórios clínicos ocorrem na fase pré-analítica. Sabe-se
que esses erros podem ser minimizados se os profissionais estiverem
comprometidos e atentos com os procedimentos. A fase pré-analítica é
composta de cinco etapas:

a - Pedido do exame
b - Preparação do paciente (Provas hormonais funcionais; Exames de
urina: rotina, cultura; Pesquisa de sangue oculto; Espermograma; Coleta de escarro
expectorado; Coleta de exames microbiológicos em hospitais).
c - Coleta (amostra insuficiente; amostra em tubo incorreto; amostra
inadequada; identificação incorreta (do paciente e da amostra).
d - Transporte e
e - Preparação

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• Na segunda fase dos exames laboratoriais ou fase
analítica, é realizada a análise do material coletado. São diversos
os processos envolvidos nessa fase, na dependência do
método analítico empregado, envolvimento de pessoas e,
sobretudo, o emprego de métodos de controle para garantia de
resultados mais acertados.

•Após o material coletado e devidamente preparado


os laboratórios iniciam o processo de análise do material.

•Apesar de a análise se basear muitas vezes em um sistema


automatizado e que possui alta tecnologia, a necessidade da atuação
do profissional é de fundamental importância para a garantia da
qualidade dos resultados. Fazem parte do seu trabalho nessa fase:

- verificação de instrumentos e reagentes;


- verificação do estado de controle dos sistemas;
- monitoração dos processos de análises;
- manutenção de soroteca.
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•Após a coleta do material e a análise dos dados, o exame
laboratorial passa pela última etapa, a pós-analítica. Nela há
envio e interpretação dos resultados e consequentemente o
diagnóstico e tratamento.

•A fase pós-analítica se materializa no laudo do exame. Sua qualidade


como mídia e conteúdo para a informação que representam devem
merecer grande cuidado. O laudo deve tangibilizar o que nós
conhecemos como qualidade, para aqueles clientes finais: Pacientes e
Médicos.

• As etapas dessa fase:


- Preparo do laudo dos exames;
- Impressão ou transmissão do laudo;
- Recebimento do laudo;
- Tomada de decisão.

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• Deve-se fazer constar informações que possam advertir quanto a
possíveis interferentes, como:

- “amostra hemolisada”;
- “amostra ictérica”;
- “amostra lipêmica” ou
- outros como “opalescente”, “turva”

Na maioria das vezes o clínico solicita a participação do laboratório em


duas situações:
•para confirmar, ou para rejeitar um diagnóstico a partir de uma
impressão clínica;
• para obter parâmetros que orientem o controle de tratamento.

 Outras indicações para exames são para estabelecer prognóstico;


para triagem em grupos de pacientes e para detectar fatores de risco.

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Ao receber o laudo das análises por ele solicitadas, o médico tem em
mãos o melhor que o laboratório pôde entregar. Com esse laudo tomará
suas decisões. Acredita-se que esses laudos orientem cerca de 70% das
decisões médicas.

A fase pós-analítica encerra o ciclo, trazendo de forma sintética no


laudo os esforços de uma equipe especializada, recursos diversos, alta
tecnologia, utilizados para contribuir para a saúde, ou a minimização de
agravos para o paciente. A sociedade agradece aos laboratórios.

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 FORMAS DE COLETA DE SANGUE:

1- SERINGA E AGULHA

- Maior risco de acidente para o flebotomista; não é mais


recomendada pelo CLSI, maior chance de comprometer a
qualidade da amostra (hemólise).

2 – VÁCUO

- Reconhecida pelo CLSI, menor tempo e menor custo,


menor risco de acidente com perfuro-cortante, maior garantia da
qualidade da amostra.

Manual Clinical and Laboratory Standards Institute - CLSI


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Tubos para coleta de sangue
Coleta de Sangue/ Flebotomia
Ordem dos tubos

•Frasco para hemocultura ou tubo sem aditivo/descarte;


•Tubo para coagulação, com citrato de sódio (tampa azul claro);
•Tubo para VHS, com citrato de sódio;
•Tubo para soro, com ou sem gel separador (tampa
vermelha/amarela);
•Tubo de heparina, com ou sem gel separador (tampa verde);
•Tubo para hematologia, com EDTA (tampa roxa);
•Tubo para glicemia, com fluoreto (tampa cinza).
Sequência correta dos tubos de coleta

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Sequência de aditivos

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TIPOS
DE
PUNÇÕES

CAPILAR VENOSA ARTERIAL

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 TIPOS DE COLETA VENOSA:

SERINGA E AGULHA

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A VÁCUO

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SEMIOLOGIA DA COLETA VENOSA:

1. Preparo do material para a coleta,


2. Anamnese,
3. Garroteamento,
4. Pesquisa do sítio de punção,
5. Antissepsia da área de punção,
6. Punção,
7. Obtenção da amostra sanguínea,
8. Desgarroteamento,
9. Pressão com algodão no sítio puncionado,
10. Remoção da agulha,
11. Observação da coagulação.

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Materiais para coleta de sangue

1. Gaze ou algodão hidrófilo;


2. Álcool etílico a 70;
3. Etiquetas para identificação de amostras;
4. Caneta esferográfica;
5. Estantes para os tubos;
6. Recipiente de paredes rígidas e próprio
para desprezar material perfurocortante.
7. Garrote;
8. Luvas descartáveis;
9. Curativos.
Materiais para coletas com sistema a
vácuo

1. Garrote.
2. Curativo adesivo.
3. Escalpe descartável.
4. Agulha descartável
5. Adaptador para agulha.
6. Tubos a vácuo.

Coleta de sangue a vácuo


Sistema que utiliza tubos estéreis contendo ou não
anticoagulante.
São fechados com rolhas de borracha siliconizadas perfurável
para aspirar o volume de sangue desejado.

MAIS VANTAJOSO!
Materiais para coletas com seringa e
agulha

1. Garrote. 2. Curativo adesivo. 3. Seringa. 4. Agulha. 5.


Escalpe descartável. 6. Tubos.
Coleta de Sangue/ Flebotomia

Organização do material
Realizar higienização das mãos
Risco potencial de contaminação
/ Infecção cruzada
Avaliação do paciente
Identificação do paciente;
Pedido de exame;
Evitar coletar :
locais com flebite ou
infecção
local com diminuição do
retorno venoso (AVC,
mastectomia, amputação, cirurgia
ortopédica da mão e do braço)
braço com enxerto ou
derivação para diálise
Principais sítios de punção
venosa braquial:

1. Veia cubital média,


2. Veia basílica;
3. Veia cefálica;
4. Veia cefálica acessória.

O local de preferência para as venopunções é a


fossa antecubital, na área anterior do braço em
frente e abaixo do cotovelo, onde está
localizado um grande número de veias,
relativamente próximas à superfície da pele. a
veia mais utilizada é a veia cubital mediana. 25
Coleta de Sangue/ Flebotomia

Avaliar o Paciente e a Condição da veia:


-elasticidade
- trajeto
- calibre
- palpação
- localização
Evitar puncionar veias
Múltiplas punções e local recentemente utilizado
Locais com edema e hiperemia
Próximas a áreas com processo infeccioso
Coleta de Sangue/ Flebotomia

Venoscópio é um aparelho que localiza veias periféricas com precisão.


Coleta de Sangue/ Flebotomia
Preparo do material

Identificar os tubos e a ordem de coleta (Clinical and Laboratory Standards Institute - CLSI)
Coleta de Sangue/ Flebotomia

Avaliar e selecionar a veia Colocar a agulha no adaptador

Escolha o local, de preferência na área


antecubital (ou seja, na curvatura do
cotovelo).
Coleta de Sangue/ Flebotomia

Colocar o garrote ou torniquete

Tempo de garroteamento máximo: 1


minuto!
Garroteamento prolongado:hemólise
e hemoconcentração.

Aplique um torniquete cerca de 4–5 dedos


(+ -10cm) acima do sítio escolhido para a punção.
Os garrotes são uma fonte potencial de contaminação por
Staphylococcus aureus
Aproximadamente 25% dos garrotes são contaminados por
falta de higiene das mãos do flebotomista ou devido à
reutilização de garrotes contaminados.
Após pesquisa do sítio de punção, realizar a Firmar a veia segurando o braço do
antissepsia da pele e deixar secar paciente e coloque um polegar ABAIXO do
completamente (30 segundos) sítio da venopunção.

NÃO toque o local uma vez


aplicado álcool ou outro
antisséptico!!!!!!
Inserir a agulha na pele (15o) com o bisel voltado para cima
Introduzir o frasco a vácuo - ORDEM! Aguardar o enchimento do tubo a
vácuo
Quando o sangue estiver preenchendo os tubos, soltar
o garrote ANTES DE retirar a agulha.
Fazer a homogeneização da
amostra
Retirar delicadamente a agulha e
dar ao paciente uma gaze limpa ou
bola de algodão seca para aplicar
ao local com pressão suave.

Utilizar curativo estéril


 CUIDADO: após coleta de sangue
•Pressionar levemente o local da punção com uma mecha de algodão por
1 a 2 min, evitando a formação de hematomas e sangramentos;

•Orientar o paciente para que não utilize bolsas tiracolo (ou esforço) no
braço puncionado por alguns minutos;

•O uso do esparadrapo (ou blood stop) é dispensável quando se faz boa


compressão. Caso use, colocar um pedaço de algodão sobre o local da
punção e, sobre ele, o esparadrapo.

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CUIDADO:formação de hematoma

• Veia frágil ou muito fina, em relação ao calibre da agulha;

• Agulha ultrapassa a parede posterior da veia puncionada;

• Agulha perfura parcialmente a veia, não penetrando por completo;

• Diversas tentativas no mesmo local;

• Agulha é removida antes do garrote;

• Pressão inadequada no local após a coleta.

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 Principais causas de hemólise

• Coleta antes do álcool secar (antissepsia);

• Agulha de baixo calibre;

• Aspiração forçada do sangue (seringa);

• Transferência do sangue da seringa para o tubo;

• Agitação vigorosa do tubo com a amostra.

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COMO REALIZAR A COLETA
DE SANGUE

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 PRINCIPAIS ERROS DE PUNÇÃO:

- Penetração incompleta do bisel na veia:

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-Transfixação do vaso:

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- Punção imprecisa:

43
- Aspiração incorreta:

44
- Colabamento do vaso:

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Transferência da amostra

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VIDEO 1 - https://www.youtube.com/watch?v=1BpnQBcX7Ec
VIDEO 2 – https://www.youtube.com/watch?v=X1yKTT5DF10
VIDEO 3 – https://www.youtube.com/watch?v=gjNOdJJ9xpY
VIDEO 4 - https://www.youtube.com/watch?v=ZN-rsF-RBwA
VIDEO 5 - https://www.youtube.com/watch?v=2pYjmjHMw6A

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