7.1.

2 Coeficiente de Similaridade

Consiste em associar as máquinas que se assemelham mais, isto é, que devem usinar
(manufaturar) peças idênticas, a metodologia foi introduzida por Mc Auley com o nome de
Single Linkage Cluster Analysis (SLCA).Um dos inconvenientes da metodologia SLCA é que ela
não pode reconhecer as máquinas gargalos, isto é, máquinas que ligam os blocos, e assim as
células ficam ligadas por uma duplicação destas máquinas. (MUNIZ; 2009).

7.1.3 Análise do fluxo da produção (“AFP”)

A análise do fluxo de produção, tem como objetivo os métodos de fabricação, não se levando
em conta as características de projeto ou a forma dos componentes. Leva-se em consideração
o fluxo de materiais pela fábrica e sua manipulação, ou seja, apenas as máquinas e
ferramentas que estão realmente em uso. A técnica de análise do fluxo da produção consiste
em quatro estágios sucessivos:

● Análise do fluxo da fábrica (AFF): Consiste no estudo das rotas ou caminhos pelos
quais o material flui pela fábrica.

● Análise de grupo (AO): Elabora-se, para posterior tratamento computacional, a matriz

de incidência de máquinas/peças para cada departamento, dividindo-se as peças em famílias e
as máquinas em grupos, de maneira que o processamento de cada família seja obtido em cada
grupo.

● Análise de linha (AL): Analisa o fluxo de materiais em cada célula formada a fim de
obter o melhor arranjo para o "layout" celular

● Análise do ferramental (AF): Pesquisar as peças processadas em cada máquina do

grupo e determinar a melhor seqüência de carga, para minimizar os tempos de preparação das
máquinas

Ao contrário de outras técnicas, utilizadas para a geração de tecnologia de grupo, um sistema

baseado em AFP requer uma interação maior com o usuário. Os resultados parciais devem ser
analisados e decisões devem ser tomadas antes do prosseguimento das etapas subseqüentes,
exigindo muito domínio do assunto por parte da pessoa ou equipe que aplica o método. No
entanto, este tipo de análise se torna mais fácil devido ao fato de o problema ser atacado por
partes evitando a complexidade do tratamento globalizado. (SANTOS; JUNIOR; 1999).

Após a identificação das famílias e grupos de produtos, família de máquina, serão definidas as
células de manufatura.

8. Vantagens e Desvantagens (TG)

8.1 Vantagens

A tecnologia de grupo traz vantagens competitivas para a organização, pois proporciona um

maior desempenho no processo, gerando menores custos de produção. Segundo Tahara
(2009) como principais vantagens, podemos destacar:
● Padronização do projeto de peças e minimização da duplicação de projetos, projeto de
novas peças podem ser feitos baseados em projetos anteriores;

● Informações relativas ao projeto e fabricação da peça preparadas por um engenheiro

experiente podem ser utilizadas por todos;

● Custos de fabricação podem ser estimados mais facilmente;

● Planos de processo podem ser padronizados e programados de modo eficiente, ordens

de produção podem ser agrupadas, tempos de preparação podem ser reduzidos, ferramentas,
dispositivos de fixação e máquinas podem ser compartilhados pela família de peças.

● Com o uso de CAD/CAM, manufatura em célula, CIM, GT pode aumentar a

produtividade e diminuir custos na fabricação de lotes pequenos. Dependendo do nível de
implementação , potencialmente pode conseguir reduções de 5% a 75%.

● Redução de custo de transporte: proximidade das máquinas reduz o caminho de

materiais.

● Redução do Custo do Material em Processo e Estoque: ocorre pela redução do ciclo de

fabricação, melhor resposta a demanda e à diminuição dos estoques intermediários
combinados ao estoque final.

8.2 Desvantagens

As desvantagens da Tecnologia de grupos provém, do fato, de que muitos autores

pesquisaram algoritmos e metódos capazes de aumentar a eficiência e identificar o melhor
sistema de produção, layout e familia de produtos e destacaram suas vantagens, porém não
explicitaram as possíveis conseqüências indesejáveis da má utilização de tais técnicas por não
trabalharem com estes elementos em suas análises. Há pouca literatura, portanto, relatando
pesquisas sobre avaliação de tais algoritmos explorando suas vantagens, desvantagens e como
medir sua eficiência (SANTOS; JUNIOR; 1999).

9. Considerações Finais

Com a aplicação da Tecnologia de Grupos e Codificação de Peças e Componentes, os processos

se tornam mais estruturados, melhorando a gestão dos recursos e diminuindo os desperdícios.
10. Referências

BLOG DA QUALIDADE. Tecnologia de grupo celular de produção. Disponível em:

<http://www.blogdaqualidade.com.br/tecnologia-de-grupo-celulas-de-producao/>. Acesso
em: 15 mar. 2017.

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leiaute industrial para pequenas e médias empresas: simplificação do fluxo de produção de
uma empresa metal mecânica. ABEPRO, Ouro Preto, MG, out. 2003. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR0105_0345.pdf>. Acesso em: 15 mar.
2017.

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Retirado em 16 mar 2017.

COSTA, Carlos Alberto. Metodologia para implantação de sistemas de classificação e

codificação para tecnologia de grupo. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Engenharia
Mecânica) - Curso de Pós Graduação em Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 1992.

MARCICANO E BATLHA, João Paulo Pereira e Gilmar Ferreira. Planejamento de Processos de

Fabricação. USP. Disponível em <http://sites.poli.usp.br/d/pmr5217/> Retirado em 19 mar.
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MUNIZ, João Ivo Rocha . Uso da Tecnologia de Grupos na Automação Industrial: Estudando
Problemas de Job-shop. Disponivel em: <http://www.de.ufpe.br/~alex/TCC%20Joao.pdf>.
Acesso em: 19.mar.2017.

NARDINI, Jurandir Jones. Estágios de passagem da estrutura convencional para a flexível nos
sistemas de produção. Disponível em:
<http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/624.pdf>. Acesso em> 20.mar.2017.

OPITZ, H.; EVERSHEIN, W.; WIENDAHL, H. P. Workpiece

classification and its industrial application. Int. J. Mach. Tool Des. Res., v. 9, Pergamon Press,
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PIZZATTO e LORINI, Alex, Flávio José. Sistema para codificação de componentes mecânicos,
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SANTOS, Newton Ribeiro Dos; JUNIOR, Lindolpho Oliveira De Araújo. Sistema de Tecnologia de
Grupo: Um Estudo de Caso Através de Análise do Fluxo da Produção. Scielo, [S.L], jun. 2007.
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