Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Economia Ecológica
APOIO
Localização do Pré-Ágrarias
O Pré-Agrárias é a semana de acolhimento dos calouros do
Centro de Ciências Agrárias (CCA), localizado no Campus do PICI,
Fortaleza - CE, composto por oito departamentos e quatro fazendas
experimentais, congrega as atividades de ensino, pesquisa e
extensão na respectiva área. Assim, sendo responsável pelos cursos
de Agronomia, Economia Ecológica, Engenharia de Alimentos,
Engenharia de Pesca e Zootecnia.
O Pré-Agrárias permite que o calouro conheça o CCA e partes
Campus do Pici importantes, sendo o primeiro momento localizado
no Departamento de Zootecnia para o CREDENCIAMENTO de todos e
direcionamento dos calouros para suas respectivas salas de aula.
ull
AV. Mister H
Legenda
Biblioteca Central
Local do Pré-Ágrarias
Carga % Carga
Componentes curriculares Créditos
horária horária total
Bloco 860 - Curso de Economia Ecológica / UFC: Ac. Público, 860 - Pici, Fortaleza - CE, 60020-181
Projetos de Extensão e CA do Curso de Economia Ecológica:
ECOMundo:
EcoMundo é um Programa de Extensão em Economia Ecológica,
vinculado ao Centro de Ciências Agrárias, Campus do Pici/UFC. A
temática escolhida é concomitante ao conteúdo ministrado em cada
semestre do Curso de modo a aprofundar o conteúdo programático
das disciplinas. Atualmente conta com o projeto Quintal Pedagógico
em parceria com o Núcleo de Desenvolvimento da Criança (NDC), que
objetiva trazer ao ensino básico uma melhor relação com o que se consome e ressaltando a
importância de uma alimentação saudável para a soberania e segurança alimentar. O EcoMundo
busca estimular o exercício da crítica e reforça a transdisciplinaridade que é inerente à Economia
Ecológica, seja com os estudos programados e com a exibição de filmes e documentários. O
Programa busca também atrair participantes de outros cursos ou mesmo de interessados extra
Universidade.
2. Os fatores da produção
Toda e qualquer atividade produtiva depende de três fatores básicos: capital, trabalho e terra.
Também são conhecidos por insumos, ou seja:
Y = F (K, L, T; C&T)
Y = Produto; K = capital; L = trabalho; T = terra; C&T = ciência e tecnologia
F = representa a combinação dos fatores.
O fator terra (T) deve ser entendido como solo cultivável e urbano e os demais recursos naturais.
O capital (K) compreende as edificações, as fábricas, as máquinas e equipamentos,
instrumentos de utilizados no processo produtivo, estoques de produtos e matérias-primas etc.
O fator trabalho (L) corresponde à mão de obra contratada pelas empresas. Algo mais se junta
aos trabalhadores e as trabalhadoras que inclui a escolaridade, a saúde, a formação profissional,
a experiência de trabalho e tudo que contribua para elevar a capacidade produtiva de um
indivíduo. Esse conjunto de atributos também é conhecido por “capital humano”. Um sinônimo
utilizado para capital humano é “empregabilidade”.
C&T inclui a pesquisa científica e suas aplicações tecnológicas na produção de bens e serviços.
A teoria econômica tradicional supõe que as necessidades totais das famílias são ilimitadas
porque o homem é um ser egoísta, hedonista e ávido por novidades. Mas também supõe que seu
desejo diminui à medida que consome mais de um mesmo bem ou serviço. Daí a importância das
novidades. Este indivíduo é considerado racional porque é capaz de valorar – atribuir um preço –
aos bens consumidos. Cada indivíduo atribui valor (utilidade) aos bens de acordo com seus
desejos e preferências, mas à medida que este consumo aumenta, à medida que se aproxima da
saciedade, atribui um preço menor a essas unidades adquiridas. Para a economia neoclássica, o
preço que o indivíduo está disposto a pagar diminui à medida que unidades adicionais são
consumidas. Daí surge a “curva de demanda” do mercado.
Algumas observações:
🡪Como o indivíduo é intrinsecamente egoísta, os bens que consome contribui apenas para sua
satisfação – a utilidade dos bens depende de cada indivíduo –, independentemente do que ocorra
aos outros. (Por exemplo, se alguém deseja fumar, não lhe interessa se outros indivíduos se
sentem afetados ou não. Se uma fábrica polui e afeta a saúde de quem habita em suas
vizinhanças, pois o desejo e a satisfação do empresário é a obtenção de lucro.)
🡪Para a teoria econômica o importante é que os indivíduos sejam livres para fazer suas escolhas
e obter o máximo de satisfação possível. A economia (o sistema econômico) deverá estar
organizada de tal modo que estimule cada indivíduo a buscar o atendimento de seus desejos
ilimitados, não importando se outros estão atingindo ou não seus objetivos, ou se o ambiente
natural está sendo impactado.
4. O sistema de preços e o equilíbrio de mercado
De acordo com a teoria econômica tradicional, o objeto da economia é estudar e encontrar a
melhor alocação de recursos escassos e que têm usos alternativos. Como isso é realizado?
O sistema de preços
Os desejos dos consumidores e os desejos dos empresários estabelecem os preços de mercado.
Os primeiros buscam maior satisfação (utilidade); os segundos, satisfazem seus desejos com um
maior lucro possível. Do lado da demanda, os consumidores como um todo estão dispostos a
pagar menos para comprar maiores quantidades, porque a utilidade diminui quando o consumo
se aproxima da saciedade. Do lado da oferta, os empresários estão dispostos a cobrar um preço
maior para vender maiores quantidades, porque seus custos crescem.
Como se pode ver, são essas forças que se opõem que levarão ao equilíbrio de mercado. Os
preços de equilíbrio resolvem as questões “o que produzir”, “como produzir” e “para quem
produzir”, e a quantidade produzida. Para Adam Smith, essas são as forças invisíveis dos
mercados, ou o que ele denominava por “mão invisível”.
O mecanismo é simples. Os consumidores compram umas coisas e não outras, de acordo com
seus desejos e preferências e a renda de que dispõe. Os empresários serão guiados por essas
decisões, produzindo os bens e serviços nas quantidades desejadas pelos consumidores. O que
produzir fica resolvido.
Como os bens serão produzidos resulta da concorrência entre as empresas. A concorrência
induzirá as empresas a uma combinação de fatores da produção que minimize seus custos, com
a tecnologia que lhes proporciona o máximo de lucro. O problema para quem produzir fica
automaticamente resolvido no mercado onde os fatores são vendidos: aqueles que venderem
terra, trabalho, capital e tecnologia serão os beneficiários da produção. Esses vendedores terão
seus desejos satisfeitos.
No equilíbrio, em todos os mercados as quantidades oferecidas pelas empresas serão
precisamente aquelas demandadas pelos consumidores. Os preços de equilíbrio são aqueles em
que coincidem os planos das famílias e aqueles dos empresários. A curva de demanda mostra a
relação entre quantidades e preços que os consumidores estão dispostos e podem pagar. Quanto
maior o preço menor a quantidade que os consumidores estarão dispostos a comprar. A curva de
oferta mostra a relação entre quantidades oferecidas e seus preços. Para os empresários, as
maiores quantidades implicam em maiores os custos de produção e, por consequência, maiores
terão que ser os preços.
Gráfico 1.1: O equilíbrio de mercado
Se o preço estiver acima de p*, a quantidade que os empresários gostariam de oferecer excederá
aquela que os consumidores desejam adquirir. O excesso de oferta – estoques de bens –
pressionará os preços para baixo em virtude da concorrência entre os empresários.
Na situação oposta, o preço menor do que aquele de equilíbrio, os consumidores desejarão
comprar uma quantidade maior do que aquela oferecida pelos empresários. Nesse caso, o
excesso de demanda levará a aumentos de preços, em virtude da “concorrência” entre os
consumidores para obter a (menor) quantidade oferecida.
5. O funcionamento do sistema econômico
Na visão tradicional de economia, o sistema de economia de mercado funciona de maneira
harmoniosa, como um circuito contínuo que conecta empresas e famílias a um fluxo circular de
dinheiro. As empresas fazem pagamentos às famílias quando compram os fatores de produção
de que necessitam para produzir, sob a forma de salários, aluguéis, renda da terra, juros e lucros.
A famílias que recebem esses pagamentos se tornam os compradores dos bens e serviços
produzidos pelas empresas.
6. Conclusão geral
Essa é uma descrição típica do funcionamento de sistemas fechados, ou seja, uma descrição do
funcionamento de estruturas que não trocam matéria-energia com os sistemas que lhes são
externos.
A economia é um sistema fechado? Não! O processo econômico é sempre uma troca de matéria
e energia por resíduos. Na realidade, a utilização de matéria e energia DISPONÍVEL em matéria
e energia INDISPONÍVEL. Como veremos adiante, é uma troca de matéria-energia de baixa
entropia em resíduos de elevada entropia.
Em nenhum momento dessa descrição da visão tradicional de economia foram considerados os
aspectos físicos da produção. Em nenhum momento as funções da biosfera foram mencionadas.
A economia funciona independentemente dos ecossistemas existentes na biosfera que envolve o
Planeta? Não! Sem a biosfera as atividades não poderiam existir.
Noções Básicas de Ecologia
1. O objeto e o método da Ecologia
Pode-se definir a Ecologia como a ciência (ramo da Biologia) que estuda os seres vivos e suas
interações com o meio ambiente onde vivem. A palavra é a junção do grego "oikos" – que
significa casa – e "logos" – que significa estudo. De modo geral, é o estudo do lugar onde de vive.
O cientista alemão Ernst Haeckel utilizou o termo, pela primeira vez, em 1866 para designar o
estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.
O objeto de estudo situa-se nos ecossistemas, entendidos como subconjuntos do mundo da
Natureza que têm determinada unidade funcional, como um lago, um bosque, um campo, um
estuário, a foz (estuário) etc.
Níveis de estudo
No estudo dos ecossistemas, a Ecologia considera as seguintes questões:
🡺 Diversidade
🡺 Abundância ou escassez das espécies
🡺 Regulação de suas populações
a) Ecossistema
O conjunto de estruturas que interagem e que ligam os seres vivos entre si e ao ambiente
inorgânico onde vivem as comunidades. Designa o conjunto formado por todas as comunidades
bióticas que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre
essas comunidades.
Consideram-se como fatores bióticos os efeitos da interação das diversas populações de animais,
plantas e bactérias e os abióticos os fatores externos como a água, o sol, o solo, o gelo, o vento.
Em determinado local, seja uma vegetação de cerrado, mata ciliar, caatinga, mata atlântica ou
floresta amazônica, as relações dos organismos entre si e com seu meio ambiente constituem um
ecossistema. É um conjunto de comunidades interagindo entre si e intervindo sobre os fatores
abióticos e destes sofrendo influência.
b) Biosfera ou ambiente natural
Congrega a água, solo, atmosfera, flora, fauna e a energia solar. Sua dinâmica depende do fluxo
contínuo de energia e reciclagem da matéria.
São considerados os estoques de capital e fluxos de serviços de cada fonte, os quais compõem
os insumos (entradas ou input). Na outra ponta estão as saídas (output) sob a forma de fluxos de
bens e serviços (produção econômica), de resíduos (que resultam do processo produtivo e do
consumo) e de externalidades. Uma parte das saídas poderá reverter (reciclagem) ao processo
produtivo e outra depositada na Natureza.
Observação: Por amortização entenda-se a perda do valor econômico dos ativos (máquinas,
equipamentos, prédios, instalações físicas etc.) de uma empresa durante sua vida útil.
Corresponde ao desgaste físico decorrente do uso desses ativos e que precisam ser substituídos.
Também se usa o termo “depreciação”.
a) O capital e os fluxos de entrada (input)
O capital natural proporciona um fluxo de matéria e energia necessário ao processo econômico e
assimila os resíduos provenientes da produção (consumo das empresas) e do consumo das
famílias.
O capital humano proporciona um fluxo de serviços de trabalho. Compreende o conhecimento, a
saúde, as competências dos indivíduos e as organizações que cooperam para que esse estoque
se amplie.
O capital industrial proporciona um fluxo de bens materiais sob a forma de máquinas,
equipamentos, edifícios, infraestrutura (rodovias, ferrovias, metrôs, viadutos, pontes etc.)
b) O output do processo produtivo (fluxos e saídas)
Saídas positivas: bens intermediários, bens de consumo e bens de investimento ou de capital.
Saídas negativas: depreciação de bens de capital (sucata de máquinas e equipamentos) e
externalidades negativas (fluxos que afetam a saúde humana e degradam o ambiente). Essas
externalidades afetam negativamente os estoques de capital natural, de capital humano e até
mesmo do capital industrial. Os resíduos decorrentes do consumo e do investimento
(obsolescência tecnológica) também são considerados saídas negativas.
Essa representação mais ampla do processo econômico considera apenas as funções de
fornecedor e de assimilador de resíduos dos ecossistemas. As funções de suporte à vida ou dos
processos naturais que mantêm o funcionamento da biosfera não foram consideradas. É preciso
considerar a importância desses serviços ambientais para o processo econômico.
3. Impactos das atividades econômicas sobre as funções da biosfera
🡺Atividade econômica e impacto ambiental
Qualquer processo econômico de produção necessita da Natureza como fornecedora de insumos
– energia e matéria – e como depósito de seus resíduos. A atividade econômica depende por
completo das funções ambientais, mas ao mesmo tempo causa danos a estas funções.
🡺Alguns fatores determinantes de impactos
Toda atividade econômica necessita de insumos (matéria e energia) existentes na Natureza, bem
como do ambiente natural como receptor de seus resíduos. A atividade econômica depende por
completo das funções dos ecossistemas, mas, ao mesmo tempo, causa danos a estas funções.
a) Esgotamento de recursos
🡺 O esgotamento dos Recursos não Renováveis-RnR depende:
● Das reservas (que podem não ser conhecidas)
● Taxa de consumo
● Existência de recursos substitutos
● Possibilidades de reciclagem
● Eficiência no uso do recurso
🡺Esgotamento de recursos renováveis-RR depende de:
Exploração intensiva do recurso a taxas superiores a capacidade de regeneração: atividade
pesqueira intensiva, camada fértil do solo (monocultura), desmatamento (venda de madeira) água
para empreendimentos altamente consumidores (termoelétrica, siderúrgica) etc. A atividade
econômica pode causar impactos irreversíveis sobre os ecossistemas de tal modo que impede
sua renovação. Nessa circunstância, a exploração estaria ultrapassando a capacidade de
regeneração natural dos ecossistemas.
b) Contaminação
A contaminação gerada pelas atividades econômicas se dá sob a forma de resíduos sólidos e
líquidos, tais como, chumbo, enxofre, CO2 na atmosfera, nitratos, alumínio na água, resíduos
nucleares e pesticidas etc. Caso os ecossistemas não possam absorver o volume ou o tipo de
contaminação, sofrerão danos irreversíveis. Em tais casos, a concentração de resíduos
contaminantes comprometerá o habitat dos organismos vivos. A contaminação se inicia quando
os níveis de concentração atingem o nível da capacidade de suporte dos ecossistemas e
ocasiona efeitos nocivos às espécies vivas.
A antropologia enquanto uma ciência que lança um olhar para desvendar as teias de
relações entre os homens é ferramenta teórica metodológica dos profissionais que se ocupam
com seres humanos e relações sociais. É mister compreender as relações sociais como teias
elaboradas pelos próprios homens a partir de suas experiências na família, na escola, na
instituição religiosa, etc.
As relações sociais são produzidas na própria experiência humana e não definidas
biologicamente como ocorre com outros animais. O homem dotado de uma inteligência abstrata
é capaz de produzir sua vida inventando sempre formas novas.
Segundo Laplantine (2000), a ciência antropológica é essencial no desvendamento da
relação entre o inato e o adquirido, este saber nos faz desnaturalizar aquilo que tomávamos
como natural - essencialmente biológico.
Os nossos comportamentos se apresentam como tão naturais que não paramos para
refletir, por exemplo, que até o sentimento passa por uma construção cultural. Ao compararmos
duas sociedades, poderemos encontrar interpretações díspares para a morte; uma delas traz a
necessidade do festejo e celebração e na outra o desespero e o choro. Ao pensarmos também
no papel do homem e da mulher em nossa sociedade ocidental veremos que suas funções são
bem definidas; a mulher como se fosse dotada de uma habilidade inata para o cuidado da casa e
das crianças e despreparada para o trânsito ou para o futebol, e o homem como tendo habilidade
inquestionável para estas duas habilidades. Por estas determinações já estarem prontas quando
o indivíduo nasce; elas são naturalizadas na vida social, fazendo com que algumas pessoas não
suspeitem que se trate de habilidades construídas, e não inatas.
Mas para lançarmos um olhar de refutação sobre esta premissa, basta lembrarmos quais
os brinquedos dados pelos pais às crianças nos primeiros anos de vida. Para a menina não pode
faltar casinhas e bonecas e para os meninos bolas e carrinhos. Daí a prova de que estas
habilidades não são inatas, mas sim ensinadas e reforçadas no convívio social. Claro que hoje
os pais estão relativizando, mas num passado próximo a menina brincar de bola ou o menino de
boneca era considerado uma heresia.
Crise do Feudalismo
O declínio do Feudalismo está associado a conjugação do desenvolvimento das
atividades comerciais e artesanais nas cidades com a ampliação do poder monárquico, que aos
poucos foi abolindo o particularismo feudal e estendendo as fronteiras para o'comércio (Sandroni,
p.237).
O desenvolvimento do comércio trouxe consigo a reforma da antiga economia natural, na
qual a vida econômica se processava praticamente sem a utilização do dinheiro. [...]. A
intensificação do comércio reage na extensão das transações financeiras. Depois do século XII a
economia de ausência de mercados se modificou para uma economia de muitos mercados; e
com o crescimento do comércio a economia natural do feudo autossuficiente se transformou em
economia de dinheiro, num mundo de comércio em expansão (Huberman, 1986, p.25)
O estabelecimento da ordem capitalista ocorre em meio ao empobrecimento da nobreza
europeia, devido aos gastos com as cruzadas e à fuga dos camponeses para as cidades
(burgos).
Nesse contexto, uma burguesia mercantil crescerá em riqueza e influência. Seu
aparecimento exerce pouco efeito direto sobre o modo de produção, e seus lucros vinham da
extração de vantagens de diferenças de preço no espaço e no tempo, devidas à imobilidade
prevalecente de produtores e seus modestos recursos –
Diferenças essas que buscava manter e mesmo ampliar graças a seus privilégios monopolistas
(Dobb, p. 29).
● De acordo com Marx, o Capital Mercantil é a forma histórica de capital bem antes do
capital ter submetido a produção ao seu controle ... O capital se desenvolve na base de
um modo de produção independente e exterior a ele (Capital, vol. III, 384)
Fatores que possibilitaram a afirmação do capitalismo na economia europeia, em especial o de
natureza mercantil (Borges, P.4):
1) As novas tecnologias no campo viabilizaram a concentração de agentes produtores nas
cidades, que podiam produzir excedentes manufaturados para exportar, com atrativos retornos
para os recentes capitalistas.
2) As Cruzadas que, embora não tenham alcançado seu objetivo de recuperar as Terras Santas,
foram cruciais no renascimento comercial e urbano europeu.
3) O conjunto de feiras que aconteciam ao longo do ano, núcleo das primeiras cidades
modernas.
1. Organismo: É a mais simples unidade em Biologia que tem vida própria no ambiente,
ou seja, fisiologicamente capaz de executar os diversos processos necessários à
manutenção da vida.
2. População: formado por um conjunto de organismos de uma mesma espécie vivendo juntos,
em um mesmo local e ao mesmo tempo, interagindo uns com os outros.
5. Biosfera: engloba toda a complexidade biológica, física e química, e é por isso considerada a
mais complexa unidade em Ecologia. Este sistema ecológico inclui todos os ecossistemas do
planeta Terra interligados pelas correntes de vento, ciclo da água e movimento de
organismos que geram as trocas de nutrientes e fluxo de energia entre os meios biótico e
abiótico.
A figura abaixo mostra os resultados de um experimento onde foram feitas medidas do fluxo de
água e fósforo a jusante de uma bacia hidrográfica que sofreu 80% de desmatamento
experimental. Explique os resultados com base nos efeitos do desmatamento sobre a ciclagem de
nutrientes do ecossistema.
Normalização:
ABNT:
Acima vê-se uma representação de um mapa onde é imprescindível a presença dos seus
principais elementos citados e descritos abaixo:
Título: Deve expressar de forma resumida a temática na qual será abordado durante a
representação gráfica, indicando o tema ou assunto, bem como informações gerais como
localidade, tempo além de algo relevante para a compreensão do tema.
Informação gráfica: Trata-se da imagem produzida a partir da análise de dados e representação
geográfica de um local a ser estudado.
Legenda: É a especificação do significado atribuído aos símbolos presentes nos mapas. Esses
podem apresentar-se em forma de ícones, cores, áreas, entre outras formas de representação.
Orientação cartográfica: Indica os pontos cardeais que são necessários para que o leitor tenha
uma correta noção da posição relativa da área indicada no mapa. Geralmente, ela apresenta-se
nos mapas com uma seta apontando para o norte (N), mas também pode ser indicada por uma
rosa dos ventos.
Escala: É a proporção matemática entre a área real e a sua respectiva representação
cartográfica. Existem dois tipos de escala, a numérica e a gráfica, ambos presentes no exemplo
do mapa acima.
Projeção cartográfica: Geralmente indicada no mapa pelo seu nome (no exemplo acima é uma
projeção ortográfica), é a forma ou a base cartográfica que o autor do mapa utilizou para
representar uma parte da Terra, que é esférica, em um plano.
Conceito de Cartografia Social:
De acordo com a definição da temática, a cartografia social se trata de uma vertente da ciência
cartográfica que, de maneira crítica e participativa, trabalha com a caracterização espacial de
territórios de interesses socioambiental, econômico e cultural, que estão em disputa e que
possuem vínculos ancestrais e simbólicos. Na cartografia social, a população desenha os mapas
dos espaços e territórios que ocupam, é claro, com a ajuda de profissionais. A primeira iniciativa
no Brasil ocorreu em territórios da Amazônia Legal e a partir daí se estendeu para outras regiões
do país, principalmente para as áreas rurais.
O que é um mapa social?
O mapa social é a representação de populações tradicionais de nossa cultura, como os
ribeirinhos, extrativistas, indígenas, quilombolas e agricultores familiares. Mas o seu papel é muito
mais do que apenas representar graficamente essas populações. O mapa social é usado como
ferramenta para fazer valer os direitos desses grupos frente a empreendimentos como:
● Construção de usinas hidrelétricas;
● Não cumprimento de normas relacionadas à delimitação de terras indígenas;
● Não cumprimento de leis que regulam as delimitações de áreas de preservação ambiental;
● Implantação de projetos de mineração e dentre outros.
O mapa social não tem informações técnicas, eles mostram o cotidiano de uma determinada
comunidade. As representações aparecem em forma de lagos, rios, casas, hospitais, escolas,
áreas de lazer, sistemas de esgoto e tudo que a comunidade julgar importante.
Território é uma porção do espaço geográfico que coincide com a extensão espacial da jurisdição
de um governo. Ele é o receptor físico e o suporte do corpo político organizado sob uma estrutura
de governo. Descreve a arena espacial do sistema político desenvolvido em um Estado nacional
ou uma parte deste que é dotada de certa autonomia. Ele também serve para descrever as
posições no espaço das várias unidades participantes de qualquer sistema de relações
internacionais. Podemos, portanto, considerar o território como uma conexão ideal entre espaço e
política. Uma vez que a distribuição territorial das várias formas de poder político se transformou
profundamente ao longo da história, o território também serve como uma expressão dos
relacionamentos entre tempo e política.
EXTRA
Questões:
Após aprender um pouco sobre Economia Ecológica, disponibilizamos algumas atividades para
vocês exercitarem, refletirem e entenderem um pouco mais sobre as tarefas passadas durante
algumas cadeiras.
A seguir, contém algumas questões repassadas ao longo do curso:
Ecologia:
1) Conceitue PPB e PPL em um ecossistema e descreva exemplos mostrando situações onde a
PPL seja negativa ou positiva.
2) Por que à medida que um ecossistema acumula energia (biomassa) a PPL tende a reduzir?
3) Veja as PPls (g m-2 ano -1) de alguns ecossistemas e responda as perguntas abaixo.
Floresta tropical: 1800
Savana: 700
Oceano aberto: 125
Estuários (aquático): 1800
4) Explique as diferenças de PPL entre Floresta tropical e Savana.
5) Por que os estuários possuem uma PPL tão alta em relação ao oceano aberto?
6) Em uma área, as aves de uma certa espécie alimentavam-se dos insetos que atacavam uma
plantação. As aves também consumiam cerca de 10% da produção de grãos dessa lavoura. Para
evitar tal perda, o proprietário obteve autorização para a caça às aves (momento A) em sua área
de plantio, mas o resultado, ao longo do tempo, foi uma queda na produção de grãos. A caça às
aves foi proibida (momento B) e a produção de grãos aumentou a partir de então, mas não
chegou aos níveis anteriores. Ao longo de todo esse processo, a população do único predador
natural dessas aves também foi afetada.
No gráfico estão representados os momentos A e B e as linhas representam a variação das
populações de aves, de insetos que atacam a plantação e de predadores das aves, bem como a
produção de grãos, ao longo do tempo.
Represente de acordo com a leitura da
questão e do gráfico o que cada linha é
respectivamente:
1)
2)
3)
4)
1. Defina 1 (um) problema passível de ser resolvido com a intervenção da Cartografia Social
e das metodologias da cartografia e do planejamento participativo/ colaborativo:
2. Descreva 4 (quatro) consequências prováveis advindas deste problema:
3. Descreva 4 (quatro) causas que originam as consequências enumeradas no item 2:
4. Descreva 4 (quatro) possíveis soluções considerando-se as 4 (quatro) consequências do
problema:
INDICAÇÃO DE LEITURA (LIVRO): Cartografia Afetiva: um caminho metodológico na leitura da
dimensão simbólica-subjetiva do espaço escolar. Anderson da Silva Marinho, Adryane Gorayeb.
INDICAÇÃO DE LEITURA (LIVRO): Cartografia social e cidadania : experiências de mapeamento
participativo dos territórios de comunidades urbanas e tradicionais / Adryane Gorayeb, Antônio
Jeovah de Andrade Meireles, Edson Vicente da Silva [organizadores]. Fortaleza: Expressão
Gráfica Editora, 2015. Acesso
INDICAÇÃO DE LEITURA (LIVRO): Cartografias Sociais e Território. Org. Henri Acselrad. Rio de
Janeiro: IPPUR/ UFRJ, 2008. Acesso
INDICAÇÃO DE LEITURA (LIVRO): Redes de movimentos sociais na luta por direitos:
(des)caminhos da participação popular. Vanessa Calixto Veras. Fortaleza: UECE, 2017. Acesso
INDICAÇÃO DE VÍDEO: "Nosso mapa foi nós que fizemos: território, cartografia social e energia
eólica no litoral oeste do Ceará". Acesso
Material de Apoio
OBS:
1. A partir do 2° semestre é possível adicionar as cadeiras que você deseja cursar além das
obrigatórias do período, como as optativas obrigatórias e livres, então fique atento a carga
horária de optativas e respeite o seu limite! Recomendamos colocar pelo menos duas
optativas por semestre e participar de atividades extracurriculares.
2. A partir do 3° semestre são apenas 4 cadeiras obrigatórias, então recomendamos que
você coloque mais cadeiras optativas, tanto das obrigatórias quanto das livres, assim, no
final da conclusão do curso você não vai surtar tentando completar as 832 horas de carga
horária optativa.
3. Sobre as atividades extracurriculares, não deixei de participar de palestras, projetos de
extensão ou cursos oferecidos pela UFC ou fora dela, pois elas contam como horas
complementares!
4. A partir do 7° semestre são apenas 3 cadeiras por período, organize seus conteúdos já
estudados; verifique se já possui horas suficientes de optativas e complementares; foque
no tema do seu futuro TCC.
REFERÊNCIAS de Antropologia:
BRAZ, M. M. A.; PRADO, A. I. S.. ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO. 1 ed. FORTALEZA: FGF,
2017. v. 1000, p. 105.
BRAICK, Patrícia; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 2ª edição.
São Paulo: Moderna, 2006. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. LAPLANTINE, François. Aprender
Antropologia. Tradução de Marie-Agnès Chauvel. São Paulo: Brasiliense, 2000.
Atenciosamente,
Organização de Ensino do curso de Economia Ecológica do VI Pré-Agrárias,