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Em suma, pode-se destacar do que até aqui foi falado sobre os filósofos
contratualistas:
1. Uma natureza humana que não contém em si mesma a realização de plena
sociabilidade sob a vigência do poder político. O homem não é sociável por
natureza.
2. O Estado, o poder político institucionalizado, procede de um pacto
estabelecido pelos seres humanos. Renunciam à condição natural e
ingressam nas relações sociais civilizadas.
Thomas Hobbes tem duas obras mais importantes: Sobre o Cidadão e Leviatã (é
a corporificação do Estado absoluto).
As ações humanas são mobilizadas pela aspiração ao prazer e pela fuga da dor.
Determinismo mecanicista – aproximação com o prazeroso e distanciamento do perigo
de sofrimento.
Universo da humanidade natural = estado de natureza → ausência de
moderações morais para ponderar o valor de seu comportamento. Não há dimensão
moral da vida humana. Não há o bem e o mal como princípios morais da conduta
humana.
Bem → prazer; Mal → fuga da dor.
A felicidade se localiza na realização dos desejos, na busca do prazer.
04 DE MAIO
Rousseau critica Hobbes porque este, segundo aquele, não conseguiu chegar ao
Estado primordial, mas começa o seu pensamento a partir de um momento em que o
homem já estava corrompido.
Resumindo
A forma do contrato decorre da compreensão do filósofo acerca da natureza
humana.
Não há valoração do comportamento, que é julgado segundo a sua eficácia
(conseguir o prazer ou evitar a dor).
Liberdade – ausência de obstáculos para os homens conseguirem o prazer ou
evitar a dor. Todos estão numa mesma situação de busca e fuga, o que torna os homens
inimigos uns dos outros, obstáculos à sua liberdade.
A natureza humana é insociável. Nenhum homem tem prazer de viver com os
demais. Insegurança e desconfiança. O homem pode provocar qualquer atrocidade. A
situação seria sórdida, brutal e insuportável.
Toda a produção humana (progresso científico ou civilizatório) decorrente da
colaboração entre os homens não existiria no estado de natureza.
Qual a garantia de que o pacto será cumprido? A natureza humana não garante,
já que ela tem uma tendência egoísta. Transfere-se a aspiração individual pelo poder a
um ser artificial, que concentra o poder absoluto. Esse poder está acima de todos os
homens e exigirá o cumprimento do contrato social. Não é suficiente a desistência, é
preciso a transferência para um ser artificial.
O Estado deve coagir o homem a cumprir o que está estabelecido por lei. Para
isso, deve propor sanções. O Estado detém o poder absoluto.
Esse ser, ou homem artificial, é o Estado. Poder absoluto concedido pelos seres
humanos. Estado é produto e garantia do contrato social. Poder absoluto e coativo.
Coage de acordo com as regras sociais. Fixa punições às transgressões.
Leviatã – monstro marinho, mais temida das criaturas terrestres. Enfatizar o
caráter absoluto do poder do Estado. Não há instituições concorrentes. Contestações são
consideradas ilegítimas, já que são criações dos súditos para preservar a vida. Rebelar-
se contra os próprios interesses.
Hobbes é defensor da monarquia absolutista em sua teoria. O poder absoluto
pode ser representado por um homem ou uma assembleia.
Três espécies de governo: monarquia (1), aristocracia (alguns) e democracia
(amplo conjunto). Deve manifestar o poder absoluto do Estado na regulamentação da
vida da sociedade. Monarquia – melhor garante o contrato social.
Poder de um conjunto de cidadãos é passível de discordância.
A sua justificativa política está em sua antropologia filosófica.
Poder absoluto de Deus é decorrente da vontade de Deus.
05 DE MAIO
A Igreja estaria submetida ao poder real, para que o Estado fosse mais temido.
Isso faz com que as ideias de Hobbes não encontrassem respaldo entre os partidários da
monarquia. → Teoria divina do poder real – era aceita pelos partidários.