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Escola Secundária Noroeste “2”

Disciplina: Agropecuária

Tema: Projecto de Constituição de Uma Empresa de Fabrico de Ovos

No: 8 Turma: A Classe: 11ª

Nome: Beatriz Estêvão Ndolhane

Docente:

Maputo, Setembro de 2022

Índice
1. Introdução....................................................................................................................................1

2. Contextualização sobre a Língua Portuguesa..........................................................................2

2.1. História e Origem da Língua Portuguesa..............................................................................2

2.1.1. Do Latim ao Português..................................................................................................3

2.1.2. O Português Antigo (Séculos XII a XV).......................................................................4

2.1.3. O Português Clássico (Séculos XVI a XVIII)...............................................................5

2.1.4. O Português Contemporâneo (do Século XIX á Actualidade)......................................6

6. Conclusão....................................................................................................................................7

7. Referências Bibliográficas...........................................................................................................8
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1. Introdução

2. Reatores Nucleares

Um reator nuclear é um dispositivo usado em usinas para controlar a reação de fissão


nuclear. Essa reação ocorre de forma descontrolada, por exemplo, na explosão de bombas
atômicas; mas os reatores possuem mecanismos que impedem isso, fazendo com que a reação
seja controlada e reaproveitada para gerar energia elétrica.
Isso é conseguido porque o reator é montado de uma forma que intercala barras do
combustível físsil – que normalmente é o urânio enriquecido (urânio com grande quantidade de
urânio 235) ou o plutônio 239 –; com barras de moderador de nêutrons. Esses moderadores
podem ser barras de carbono na forma de grafite, de cádmio, ou água pesada (D2O), que é usada
nos reatores mais modernos. A água pesada ou água deuterada é diferente da água normal
porque, em sua constituição, no lugar de átomos de hidrogênio comuns, ela possui átomos do
deutério, que é um isótopo mais pesado que o hidrogênio.
Partes dos nêutrons liberados na fissão nuclear colidem com os núcleos dos moderadores,
que absorvem os nêutrons sem sofrer fissão. O resultado é que a reação de fissão em cadeia fica
controlada, pois somente um dos nêutrons liberados em cada fissão pode reagir novamente.
A energia gerada em forma de calor faz com que a temperatura da água se eleve no
interior do reator, a ponto de ela ser transformada em vapor. Esse vapor aciona uma turbina, que
gera a energia elétrica.
Depois de deixar a turbina, o vapor passa por um trocador de calor, que funciona como
um condensador, onde o vapor é resfriado por uma fonte externa natural localizada próxima à
usina (normalmente trata-se da água de um rio, lago ou mar) e volta na forma líquida ao circuito
principal, iniciando novamente todo o processo. É por isso que as usinas nucleares costumam se
encontrar em regiões próximas ao mar.
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2.1. Principais reatores nucleares

O uso mais comum desse tipo de reator é a produção de energia elétrica. Em reatores
nucleares, reações em cadeia de fissão (divisão de átomos de urânio) são geradas para produzir
energia térmica. O restante da usina nuclear será responsável por usar essa energia para convertê-
la em eletricidade.
As diferenças entre os diferentes tipos de usinas nucleares baseiam-se na maneira como
o reator nuclear usado para produzir eletricidade funciona.
Os tipos mais comuns de reatores nucleares são os seguintes:
 Reator de água pressurizada (PWR)
 Reator de água fervente (BWR)
 Reator de Gás de Urânio Natural Grafite (GCR)
 Reator de gás avançado (AGR)
 Reator Resfriado a Gás de Temperatura Elevada (HTGCR)
 Reator nuclear de água pesada (HWR)
 Reator reprodutor rápido (FBR)

1. Reator de água pressurizada (PWR)


O reator de água pressurizada é o reator nuclear mais utilizado no mundo ao lado do reator de
água fervente (BWR). Este reator foi desenvolvido principalmente nos Estados Unidos, RF
Alemanha, França e Japão.
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O combustível nuclear utilizado é o urânio enriquecido na forma de óxido. O moderador


e o refrigerante usados podem ser água ou grafite.
A energia térmica gerada pelo núcleo do reator é transportada pela água de resfriamento
que circula sob alta pressão para um trocador de calor. O reator parte do princípio de que a água
submetida a alta pressão pode evaporar sem atingir o ponto de ebulição. No trocador, o vapor é
resfriado e condensado, e retorna ao reator no estado líquido.
Na troca, o calor passa para um circuito de água secundário. A água do circuito
secundário é convertida em vapor de alta pressão que será usado para acionar as turbinas a vapor.
As turbinas fornecem energia mecânica para acionar o gerador elétrico e obter eletricidade.

2. Reator de água fervente (BWR)


O reator de água fervente (conhecido pela sigla em inglês BWR), também é usado com
frequência. Tecnologicamente, foi desenvolvido principalmente nos Estados Unidos, Suécia e
Alemanha Ocidental. Nesse tipo de reator nuclear, ele usa água como refrigerante e moderador
de nêutrons.
O combustível nuclear utilizado é o urânio enriquecido na forma de óxido, pois facilita a
geração de fissões nucleares. A energia térmica gerada por reações em cadeia de fissão nuclear é
usada para ferver a água. O vapor produzido é alimentado em uma turbina que aciona um
gerador elétrico. O vapor que sai da turbina passa por um condensador, onde é transformado
novamente em água líquida para repetir o ciclo.

3. Reator de Gás de Urânio Natural Grafite (GCR)


O reator de grafite de gás de urânio natural é um tipo de reator nuclear que usa urânio
natural na forma de metal como combustível nuclear. O combustível é introduzido em tubos de
uma liga de magnésio chamada magnox. O moderador de nêutrons usado é o grafite. O resfriador
térmico é o gás, especificamente dióxido de carbono (CO2).
A tecnologia desse tipo de reator nuclear foi desenvolvida principalmente na França e no
Reino Unido.
4. Reator de gás avançado (AGR)
O reator de gás avançado (AGR) foi desenvolvido no Reino Unido a partir do reator
nuclear de urânio-grafite-gás natural.
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As principais novidades são que o combustível nuclear, na forma de óxido de urânio enriquecido,
é introduzido em tubos de aço inoxidável e que o vaso de concreto protendido contém em seu
interior os trocadores de calor.

5. Reator Resfriado a Gás de Temperatura Elevada (HTGCR)


O reator nuclear resfriado a gás de temperatura elevada é uma nova evolução dos reatores
nucleares resfriados a gás.
As diferenças em relação ao reator de gás nuclear avançado (AGR) são principalmente três:

 O hélio é substituído por dióxido de carbono como refrigerante;


 combustível cerâmico é usado em vez de combustível metálico
 as temperaturas do gás com o qual trabalha são muito mais altas.

6. Reator nuclear de água pesada (HWR)


O reator nuclear de água pesada é um tipo de reator nuclear desenvolvido principalmente
no Canadá. Uma variante desse reator é o reator nuclear CANDU, muito popular no Canadá.
O combustível utilizado para a obtenção de energia nuclear é o urânio natural, na forma
de óxido, que é introduzido em tubos de zircônio ligado.
A principal característica do reator de água pesada é o uso de água pesada como
moderador e refrigerante.
Em seu design mais comum, os tubos de combustível nuclear são inseridos em um
recipiente contendo o moderador. O refrigerante é mantido sob pressão para manter seu estado
líquido. O vapor é produzido em trocadores de calor por onde circula a água leve.
A principal característica dos reatores rápidos é que eles não usam um moderador de
nêutrons e, portanto, a maioria das fissões nucleares são produzidas por nêutrons rápidos.
O núcleo desse tipo de reator nuclear consiste em uma zona físsil, circundada por uma
zona fértil na qual o urânio natural é transformado em plutônio. O ciclo de urânio 233-tório
também pode ser usado.
O refrigerante é o sódio líquido, o vapor é produzido em trocadores de calor.
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Existem outras classificações dos tipos de reatores nucleares dependendo dos critérios utilizados.
Entre os critérios mais comuns estão:
 De acordo com o combustível nuclear usado, encontramos reatores nucleares de urânio
natural e reatores nucleares de urânio enriquecido. Outros reatores usam óxidos mistos de
urânio e plutônio.
 De acordo com a velocidade dos nêutrons, ou seja, sua energia cinética, produzida
nas reações de fissão nuclear: distinguem-se os reatores rápidos e os reatores térmicos.
 Dependendo do moderador utilizado, podem ser reatores de água pesada, água leve ou
nuclear de grafite.
 Dependendo do material usado como refrigerante: os materiais mais comuns são um gás
(hélio ou dióxido de carbono) ou água (leve ou pesado). Às vezes, esses materiais, ao
mesmo tempo, também atuam como moderadores de nêutrons. Vapor, sais fundidos, ar
ou metais líquidos também podem ser usados como refrigerante.
 Os reatores nucleares também podem ser distinguidos pelo tipo de reação nuclear: sejam
reações de fissão ou de fusão. Atualmente, todos os reatores nucleares em produção são
reatores de fissão nuclear. O reator de fusão nuclear está em fase de pesquisa e
desenvolvimento.

3. Bomba atómica
A bomba atômica é um artefato militar que se baseia na fissão nuclear, que é quando se
bombardeia com nêutrons um núcleo atômico pesado e instável, provocando a sua partição e
dando origem a dois núcleos atômicos médios, dois ou três nêutrons e uma quantidade enorme de
energia.
O esquema a seguir ilustra a fissão nuclear do isótopo urânio-235 (92235U), que é
bombardeado com nêutrons em velocidade moderada e parte-se, dando origem aos isótopos do
bário (56142Ba) e do criptônio (3691Kr), além de três nêutrons:
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Sob determinadas condições, essa fissão pode resultar em uma reação em cadeia, em que
os nêutrons liberados continuam bombardeando outros núcleos atômicos de urânio-235 na
vizinhança, liberando cada vez mais nêutrons e mais energia. Para que isso ocorra, é necessário
que a massa de urânio-235 atinja a chamada “massa físsil”, que é a menor massa fissionável
capaz de sustentar uma reação em cadeia.
Assim, esse processo de reação em cadeia da fissão nuclear é usado na construção da
bomba atômica. Essa massa crítica que pode ser do urânio-235 ou do plutônio-239 (94239Pu) é
dividida em várias massas subcríticas, que são cercadas de explosivos de TNT (trinitrotolueno).
No centro dessas massas subcritícas são colocados nêutrons.
No momento da detonação da bomba, as cargas de TNT explodem, juntando as massas
subscríticas e formando a massa crítica que entra em contato com os nêutrons. Visto que envolve
reações que ocorrem no núcleo dos átomos, a bomba atômica também é chamada de bomba
nuclear. O primeiro teste de uma bomba atômica foi feito pelos Estados Unidos em 16 de julho
de 1945 na Base Aérea de Alamogordo, no deserto do Novo México.
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) terminou com o lançamento de duas bombas
atômicas. O ataque foi ordenado pelo presidente americano Harry Truman sobre duas cidades do
Japão, Hiroshima e Nagasaki. A primeira bomba lançada na história foi a que caiu sobre
Hiroshima, em 6 de agosto de 1945 à 8h45min, destruindo tudo que estava ao redor da cidade em
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um raio de 2 km de distância. Era uma bomba atômica de urânio-235 de potência igual a 21


quilotons (1 quiloton equivale à explosão de 1000 toneladas de TNT), que ficou conhecida
como little boy.

Varrendo tudo com as altas temperaturas, que atingiram a ordem de milhões de graus
Celsius, e com a pressão da explosão, essa bomba matou 66 mil pessoas e deixou 69 mil feridos.
A massa gasosa da bomba emite várias radiações eletromagnéticas em elevadas
concentrações, tais como raios X e raios ultravioleta (UV). Essas radiações possuem uma alta
luminosidade que pode destruir a retina e cegar quem olhar diretamente para elas. Forma-se
também uma bola de fogo que, além de varrer tudo ao seu redor, atinge o solo, causando uma
espécie de furacão, e depois atinge a estratosfera, em um efeito que parece um cogumelo.
A radiação liberada no decorrer do tempo originou doenças como o câncer e mutações
genéticas, matando ainda muitos outros. Três dias depois, em 9 de agosto de 1945, uma segunda
bomba atômica, feita de plutônio-239, foi lançada sobre Nagasaki, matando 39 mil e ferindo 25
mil.

Efeitos da bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima no Japão


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Para a produção rápida da bomba atômica, os Estados Unidos montaram um esquema


secreto chamado de Projecto Manhattan. Vários cientistas foram recrutados, mas pensavam que a
bomba não seria usada como uma arma militar, e sim como uma forma de simplesmente mostrar
o seu teste para o governo japonês e para os governos aliados, o que forçaria o Japão a render-se
e salvaria muitas vidas. Mas, infelizmente, sabemos que não foi isso o que aconteceu.
A pesquisa foi promovida pelo físico Leo Szilard (1898-1964), e um dos cientistas que se
integraram a ela, em 1939, foi Albert Einstein (1879-1955).

“The Atomic Bomb Done” (a cúpula da bomba atômica), monumento em memória dos que morreram com o
lançamento da bomba atômica em Hiroshima
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4. Conclusão
Investigado o trabalho, é possível concluir que a bomba atômica, ou bomba nuclear, é uma arma
de explosão com um grande poder de destruição, em virtude da grande quantidade de energia que
ela libera. Essa bomba funciona por meio do processo de reação nuclear de fissão dos átomos,
que possibilita uma grande liberação de energia a partir de uma pequena quantidade de matéria.
E reatores nucleares é um dispositivo usado em usinas para controlar a reação de fissão nuclear.
Essa reação ocorre de forma descontrolada, por exemplo, na explosão de bombas atômicas; mas
os reatores possuem mecanismos que impedem isso, fazendo com que a reação seja controlada e
reaproveitada para gerar energia elétrica.
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5. Referências Bibliográficas

 https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/bomba-atomica.htm
 https://pt.energia-nuclear.net/operacao-usina-nuclear/reator-nuclear/tipos
 FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Reator Nuclear"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/reator-nuclear.htm. Acesso em 30 de junho de
2022

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