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Ato administrativo 4.1 Introdusio ‘Avo administrative & nogdo bisica do Dito Administativo (Stassinopoubs'). Uma das formas mais comuns de manifetagdo do deserpento da fungio administativa,” que & objeto central do estudo do Diteto Adminstrtivo, se é pea prétca de ats administeatives A teoria dos atos administrativos surgiu na Pranga, a partir da separasdo entre Administrayio © Justia: segundo Garcia de Faterria ¢ Pernindez’ 0 alo adminiswativo era (c sind €) visio como ato jurdico edtado por autoridade admisistrativa c submetde ao controle do contenciaso administrativo, © que exch, na ranga, © controle pel jurisdigSo eomum, © Bras, apesar de uillar as construgSes francesas da teora dos aos administrativos, no empregaintegralmente a mencionade nosio, pos desde a Constiuikdo {de 1891, os atosadminstrativas so todos potenciamente submetides 8 revsio do Poder Iudiviro (judicial review), que & uno, ‘Leon Duguit just faneds, eassiticowo ato jurdico nas sepuinteseateporas 1. ato-regra,relacionado precipuamente com a funelo do Legslativ, sendo careterizado pela generalided, abstragioe impessoaldade; 2. ato jurisdiclonal, produsotpica do Poder Judicrio; 3. como manifestagdestpicas dos atos administrativos, dus possibiidades 2) alos subjetivos, entenddos como o oposto dos atos-regra, sendo earacterizaos, portant, pla indiviualdadee subjetivdade; € b) 0s atos-condigio,’ categoria intermediria entre ot atos-egrae os atossubjetivos, também tpicos do Poder Exeeutva, mas gue permite aos atos- regra atingi siuapSes subjetivas, funclonando como um clo entre os atos-ograe os indviduos, dai o porqu® da denominasSo condico, A licida construsio repercute em diversas doutrinas brass, principalments, conforme seré visto, entre aguees que adotam o conecito ample de ato administrative, que abarca na defnigdo tanto ats jridicos dotados de efeitos concretos(denominados por Dugut, atos subjetivosc, pare grande maria da doutrina bras, aos juridicas em sentido estrito), como aqueks que, embore mais genércos, inedem de forma objetiva sobre determinadas relaGes-juridicas, senda, portant, considerados atos normatvos de efeitos concretos (na nomeackatura de Duguit, atas-condicdo), que no sio, em rigor, kis “em tese" (io chegam, portano, a ser, para el, atos-gra) Ressale-se que a doutina da divsio dos poderes i ao & mais expresso da realiasio de ats tipios, sendo @ anise de determinados aos juridios insufeiente para dizer com preciso se eles sfo praticados por tas ou quis poderes, uma vez que 0 Legislative eo Judiciriopraticam atos administativos em fungio atpica de esto de seus quadros “Maucise Hausiou, por sua vez, contribs para a teorin do ato administrasivo por meio da ieix de decisio exeeutérla, como medida que se impSe aos udminstados. Esse tipo de abordogem tem relagio com a caracterstica de imperatvidade dos aos admibistrativos, conforme ser analsado a Segui. Ato Administrative Definigfo: ato juuridico editado por autoridade administrativa e sujeito a controle. TEORIA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: origem ~ Franca pucurr ATO ATO-REGRA ATO-CONDIGAO AURISDICIONSL Ex.: regulamento = sentenga = lei ATO-SUBJETIVO Ato administrative em sentido estrito Hauriou: nogéo de decisiio executoria. 4.2 Defesa do ato administrative como categoria impreseindivel ‘Aualmente,& corrente # ertca 20 uniteraismo impostivo do to administrative, com a alegagdo de que a Administegdo Pablica no Fstado Democritco de Dircito deve buscar algum grau de consenso, antes de impor # medida estatal, sob pena de encobrir priticas autoritarias. ‘Tomibée argumenta-se que, em vez de se manifesar por aios adminisratives, que expressam apenas um momento final, necessirio que as priticas audminiswativas sejam analsadas do uma perspoctva dinimica Para que iso ovorta, deve-se enfatizar 0 cariter processual da atuagio administrative, onde se tomem visiveisdiversos alos, recheados com oportunidades de contradic ampla dfess, anteriores & edigio do ato administrative final. Do ponte de vist ténico, enfatizam Enteria © Feminder! que no ¢ toda manifesasio do Poder Piblico que se resume na edo de atos dotados de forea cespecil dirgia a sujétos externos, como propugnava Hauriou. Exisem também atvidades que sio desenvolvidas no sein da Administragio, para seu melhor uneionamento, realiadas, por exempl, mediante tos meramente materis, que no produzem efeitos jurdieos extemos, Os autores lembram, ainda, que hi atos que objetivam satisfazer pretenses dos administrados, como os atos negocits, que ndo so impostvos, no sentido de submeterem a vontade alia & stata. Av contrrio, noses casos © parcula provoca a Adminstracio para abterprovimento que dessa. © Direto Adminstrativo se encarrega outrossin de aios praticados pela Adminstragdo Pablia que ndo se submetem integraimente av regine jurdieo administrative, E conttovertdo, no entanto, se a administagio pode praticar atos de diveto privado em regime totainente nivelado com o particular, Hely Lopes Meirles” efende essa possibiiiade,alegando que quando & Adminstragdo emite um cheque ou assina esriura de compra e venda’ ela se sujéta & norm de dito privado © se colvea mo mesmo plano dos particulares, que aio a thera de exgéncias adminstrativas anteriores & celebragdo do negécojurdico, como auorzapio legisativa ou Beta, Maria Sylvia Zanells Di Pietro,’ eujo tema de ivreedocéncia foi a splcagao do direto privado no Direito Admintravo," diferencia atos de dito privado praticados pels Administra Pibica de atas administratvas, demonstrando que apenas estes iltimos so submetdos integralmente ao regime jurdico pblico. No fentano, para a autora, a Administrasio Pablice no se equipara totahnente ao particular, ou sea, mesmo que prague alos de ditcto privado, ca se sua parcialmente a repras de dteo pico, Basta refer que a Administragio Pubica deve obedineia a sujeigbesavergadas na inisponibiidade do interesse publica, ‘que so inclusive as mencionadas por Mires, isto é,ficitaydo como regra gral para a celbrasao de contratose autorzaso legslativa para a abenagdo de bens nos casos espovificades no ordenamento juridvo, A partir da exposipo, conchi-se que no € toda maniestao da Admintraglo Pablica que resuka na prisca de atos aminstratvas em sentido estrito. O Drcito Adminstraive, de sua origem aos dis atuas, softeu coastantes modificgSes em seu conteddo, a partir da prépria akeragdo das ativdades e, por ‘conseguinte, do papel desenvotvio pelo Estado, Tistem autores," todavia, que so mais radivais em suas erica ao ato administrative, pois defendem ser necessérn a revisio de paradigmas que elevam 0 to adminstrativo & categoria-bese de todo o Direzo Admins Como o ato administrativo éearregado de imposieo, cle se diferoneia dos nogécios juridios, gue tém uma parcels maior de eonsensualidade. Assim, dante da ImpossBidade de o Estado desempenhar completamente diversas de suas mais importantes atrTbukes, ele vem se apotando paulatinamente na inciaiveprvada ena sociedade, conforme a nogdo de subsidiavicdade,* que se reflete na celebrasdo de contatos ou parcriss nas quais as determines so menos imposiiva ¢, no aro, acordadas at Outros autores enftizam ser urgente, conforme visto, a neeessidade de processualizasio!” da Administragio Publica, Esta foi imperativa no Brasil» partir da cigio da Constiuigéo de 1988, que fundou verdadero Estado Democrtico de Diet, e(re)afirmow inimeros principio que foram menos lembrados sob a égile do regime autor, entre os quai 0 prineipio do devo processo legal Tendo em vista estas ovientagbes, howe & criagio das Leis de Provesso Administrative," que provocaram a necessidade de revisio da concepsio de ‘Administrapio Piblica autoritria, que impSe suas decisées de mancira unilateral, sem ouvir ou da o dirt de defesaa seus destintiris. Fm ver de sbordar to somente a funglo adminstaiva do ponto de vista da priv de determinados stos adminstativos, dtados de autexecutoriedade, a nogio de processualzayio implica tomar o iter de formasio dos atos adminstrativs, relocionado com a idein de processo administrative, mais abero, vsivel € partipativa Em suma, antes dea Administragdo impor seus atos de mancira unistral,é necessrio que ela assegue aefetiveparticipagSe dos administrados no processo de ormasio da vontade estat, princpalmente naqules que afetam o patrindaisjuridivo de tercero. Sérgio Ferraz e Adison Abreu Dalla defendem que o process administrative representa a verdadeia contraface ao autortarsmo, relevante para recquilbrar a tensio cerne do Digeto Adminstrativo entre “eutoridede versus tiverdade” ‘Altar esses novos posiionamentos signifi trenscender um ipo de abordagem reducionista da supremacia do inersse piblco sobre o particular, a partir do condisionamento do drcio pibico sos valores democritices e do refargo das formas procedimentais comunicativas que possbitam maior paricipagio da sociedade no desempento ds fungoadinistrstiva, ‘Numa sociedade plurasta, os centrus de deisdese, portent, de poder, so multpicados, ao reconhecimento de que © eiladdo-administrado ilo € mero objeto da ago administratva, mas suit (dio respeo i digniade humana) que tem o dict de paricipar da dscussio das questées de interesse comum ~ sea no afi de aarantr 0 respito sos dtctos individu, partir da imposiglo de baizas consttueionas 4 stussdo estatal exorbitant da ordem juridiea, ou mesma no intuito de assegurar a partiipaydo popular nos procedimentos de formulagio de regrase poltias pices, hipétese na qual o ciladgo-adminstrado poderd estar mbuido da proocupasio com o bem-cstar comum endo necestaramente contra o interes plc. Nessa linha, 0 ar, 31 da Len? 9.78499 permite que, se a matéria do processo adminstrativo envolver assunto de intcresse gera, 0 érgio competente possa, mediante despacho motivado, ari periodo de consulta piblica para manifesta de terceros antes da devise do pedido, Abertura de consulta pea ser objeto de divelgacdo pelos meinsoficiais, «fim de que pessoas fisicas ou juridicas possam examsinar os autos eofereceralegaySes esr ‘Tamibém poder, a juio da autridad, em face de questo relevant, se valzade audiénca pablica para debates sobre a matéria do processo. Note-se que os resus tanto da consula pablica come da audizncia piblica nio poderio ser ocullados dos cidaddos-adminsirados, devendo set, nos fermos do art. 34 da i, “apresentados com a indicagdo do procedimento adotado”. Hi alguns casos em que lei especifca estabelece a realzagdo de euditncia piblica em cariter de brigatoritade Modlfie-se, portento, paulatinamente a ies de Administragdo Piblie dstate © encasclada em suas certezas ¢ 0 Focus de decisio esaal € tansformado em locus de partcipasio, garentindo ao Estado maior lgtinidade em suas auagSes. Apesar de todas essas novas concepeSes, que auxiam no aperfegoamento da pritica democritica na stuaslo administrativa, entendemos indispensive @andise do at adeinsteativo, {8 injusto atrbuir ao ato administrativo o papel de vlio da euséacia de democratizaydo da Adminstrasio Piblice, sobrctudo se se considerar a evolusdo de seu control, A teoria dos atos administativos softeu refinamentos © adapagies aos valores que regem o Fstado Demoeritco de Diveto, resultado no respeto aos prinipios, no controle dos elementos motive ¢ fnalidade, bem como na influgneia da proporcionaidade ou rszoabidade'” para coir atuagdes excessivas ou arbitrrias nos aos estas. A autocxecutoriedade dos atos administratives ¢ stributo que depende de expressa previsio legal ou se justifica diante de necessidade urgente. O cariter ‘mpertivo dos atos edminisrtivas no significa que ces exchiam ou nlo possam ser provedidos do respito ao devido processo legal ou da busca dice polo cconsenso antes de serem impostos Aimpertividade se justifea no fato de que algumas decisGes,a bem do interesse perl, devem ser impostas, pois quase nenhum adminstrado concordetia sponte ‘propria, no sentido da autonomia prvada que permeia © negéci juridico, em ser expropriado, muado ou em ter mereadorias apreendidas, mesmo que concorde retoricamente com a realizagio do inarese coltivo. Portant, ecteramos que & fundamental o(re}eonhecimento da grandeva da tora dos stosadminstativos (especialmente aps suas derradeiras conguitas), que cconsagra, a partir da evolugie que soft, um instrumental jurdico imprescindivel para a garantia dot dretos dos administrados e simultaneamente para a boa cconsecusdo do interesse geal por parte da AdministragSo Pallica, que, do ponto de vista da edgio de ato impeativos, também deve poder submeter, conforme as irantas do devilo processo legal, o fnteesse recaetrante do particular a0 interesse pablico primario, especsmente quando o Fstado se depara com a necessidade de praticar um ato que beneficia, segundo o que permite o ordenarento jurdic, acoletvidade." Por conseguiate, deve-se ter cm mente que © consenso que se exige da atuago estaal nfo deve ser 0 mesmo que permcia a Tigica dos nepécios jurdicos privados. Enquanto nestes i a negocagio de vantagens resiprocas, a ediglo de atos administrativos € frequentementeorientada para a consecusio de ineresses coletivos, eu necessidade de realzaio transcende a considera dos interssses merament estas (ineresses piblcos secundéris, como questdes relacionadas & arrecadago de reccas) ou mesmo os interes de um ou outro particu: Por exemplo, a reaizasGo da saide piblica & nleresse coltivo, essen, 6 paticular seré probido de comercialzar produtos que eausam mals & satde da popula, ndependentemente da negociario de intressese vantagens reciprocas ene Fstado, que pode ter iteresse na arecadacio trptiria, © o particu, que desea vender 0s produtos e luerar com a atividade Concordamos que a Adminitraglo deva ser eada ver mais permedvel aos anseios soviais, para que atueafinada com os interesses piblicos prndcos, No centanto, nio se deve confundit a consensushdade dos negécioejuridicos privados com o consenso obtido da intrlocusio estatal com a sociedade civil, que se vient, em repr, em fungéo da dscussio de insresss coletvos. Critica ‘Ato administrative = autortario + unilateral Faltam nesta visdo: consensualidade + processualizagao. Defesa + para que a Administragao busque uma atua¢o mais afinada com 0s interesses publicos primarios (consenso}; ‘mas 0 consenso obtide néo é o mesmo consenso dos negécios juridicos. Concorda-se, contudo, coma necessidade da processualzagao, mas esta nao impede a pratica de atos finais dotados de imperatividade, 0 ato administrative ndo & vido: pois a teoria evolulu para a garantia de maior controle (elementos do ato) e também para uma atuagao estatal razodvel e proporcional ~neste sentido, ainda tom muita utldade, 43 Conceite Enquanlo um fate ¢ algo que acontece no mundo, © fate juridico acrescent a este fendmeno, humano ow da natureza, ums signifeagi juridica, Pel Teoria Geral dos Atos Juriicos,” 0 fit juridico representa acircuns ada stag, 05 fatos jusiicos podem set voluntérios ou involuntérios, conforme decorram ov no do apiz humane, que & em repre oneatado para certs fnaidaes ‘Atos juridicos so ftos juridcos vohintiies. 14 os fatos juridicos propriamente dtos” so, segundo Di Pietro, “acontecimentos naturais, que independer do hhomem ou que dele dopendem apenas indtctaments™* partir da qual o ordenamentojuridico faz decorrer efeitos que cram, modificam ou extinguem [Enquanto um fato da maturez pode ser um fio juridio (por exemplo, a chuva pode causer enchente), que fem potencial de gerar consequéncins juridicas & ‘Administrapio Piblica, un ato juridico envolve manifestagdo de vontade de um sujéito, que se orienta para a produsio de certs efeitos juridcos (como o ato de exoneragio de ocupante de eargo em comissdo praticado pelo agente hierarqucamente superior, onde est objetiva extingux © Vinculo juridco de rlagdo funcional do comissionado), 11g acentuada contovérsisdoutrniria no assunte. Celso Antinio Bandera de Mello ndo adota na integra tal distin, Para o autor, fat urdico pode tanto ser um evento materia como uma condita human, volutira ou involuntiia, sendo que enquanto os afosjuidieos so deelragdes, ist &,enunciados presriivos, os {alos jurigioes no pronunciam nada, apenns ocorrem. 41 pare Hely Lopes Micelles, fato administrtivo representa: “toda reaizasGo material da AdministrasGo em cumprimento de alguma decsio adninistraiva, como a construgio de uma ponte ou ainstalglo de um servigo pibico™* Note-s ademais, que enquanto José dos Santos Carvatho Fiho™ entende que 0 fato alminstrativo € ativiade no exereicio de fangdo administrativa, como a apreensio de mereadoris, a dispersio de manifestantes ou a reuisigio de bens privados, «que no produz efeitos juriicos, pois ele no associa fato administrativo com fato juridico, Maria Sylvia Zanella Di Petro defende gue © fato administrativo & espécie de fato juridio, eus consequéncas se dio no campo do Direto Administrative, Diferencia, anda, 2 autor,” os conceitos de fato administrative, como, por exsmplo, a morte de um fancionéro, que produs 8 vacineia de seu earg, de fato aque € qualquer medida administrative que no produz fetes juridicos, Todos eoncordam, no entanto, que © ato administrative & uma espéete de ato juridio, pois é manifestasdo de vontad, ou, como prefere Di Peto, declaragto e vontae orientada para 2 produsao de efeitos juridicos. Neste ponto, a maori diferenc atos administativos de afos materais” da Administraio, pois estes “ikimos envohvem apenas a execusio das atividades administrativas, como a impeza das russ. © art, #1 do Cadigo Civil de 1916 contemplava a nogdo de ato juridivo, Esta ndo fo epetida pelo stual Cédigo Civil que de priridade& discipline do negécio {idivo, Todavia, 2 eonceituagio do antigo Cédigo ainda € Gti 20 Direto e pode ser respatads sem qualquer problema, Segundo a definigéo do mencionado Aispositvo do diploma civil anterior: denomina-se ato jurdivo “todo ato ict, que tenha por fim imediato adgui, resguardr, transfer, modificar ou extinguir dlc ily Lopes Meirelles define sto administrative a partir da nogo geal de at jridico, in verbs: ‘Ato edminsrativo & toda manifestagdo unilateral de vontade da Administragdo Pablca que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adqurs, ‘resguardar, transferir, modificar, extinguir € declarar diretos, ou impor obrigagées aos administrados ou a si prépria.”* © autor considera que a manifestaydo & uniter pois distingue alo administrativo, que ¢ um ato jurdico, do negicio juridico, Este dhimo pressupde ‘manifestagdes de ordem mais consensual, 0 que exchi, poranto, de seu ambto de incidéneia as determinagics ‘impostvas. Meieles ressata que no ato aulministrativo 4 Adminstagdo age nesse qualidade, o que implica o uso ow manejo de prerogatives, que serio analsadas no item dos atrbutos dos atos administativos Colo Antnio Bandera de Melo coneeiua ato adminstrativo com énfase no fato de que a Administrago stus com base na Ii e& controlada pelo Judit, Fle profere também fazer dito & declragio do Estado, ou de quem le fags a veut, em vee da manifestagso da Administragho Pablica, a partir da consideragio de ‘que of Paderes Legislativo e Executiva também praia atos adminstratives em lunges aipicas enio $6 a Adminisragdo Pili, in verbs: Declaragio do Fstado (ou de quem Ihe fag as vezes — como, por exemplo, um coneessionirio de servgo pibic), no exereico de prerrogativs publics, ‘manifestada mediante providenciasjurdicas complementrct da lia titulo de Ie dar cumprimento, ¢ wuss a controle de legitimidade por drgio jrisdicion Da defingdo se extra que 0 ato administrative: 1 6 dectaragio do Fstado ou de quem Be faga as vers 2. no exereco de prerrogativas poblcas; 3. para da apliceso le € 4. sujta a controle jarsdizional Marie Sylvia Zanes Di Pictro tem definigdo que se aproxima da de Celto Antinio Bundcia de Melo. No entanto, ela prefere restringir a nogio de ato sudminiswative, xehindo de seu mbit de aplcasio, por exemple, manifestaes em que o Estado cra ‘providincias juriieas eomplementare dale. Para a autora io estariam compreendidos na categoria dos aos jurdicos em sentido estito 0 ats normatves edtados pela Adminstragio Palen, Segundo Di Pitt, ato administrative & 4 declrago do Fstado ou de quem o represents, que produ efeos jriicos tmedlates, com observancia da le, sob regime jurdico de dcto pico © ‘sujita a controle pelo Poder Jude Marie Cuervo Carquisho explica que a imediatidade do ato administrative significa que ole dove produrir seus efeitos de modo direto com r2as30 20 tulministado, Vile der: “os efeitos do ato administrtivo dever iradar-se dictamente do mesmo, nio estando, portanto, ma dependéncia &a eminagio de ato posterior, projtando-se de forma imediata na esferajuridic do particular” io se confundom, portato, a pritea de atos edministeativos, que acorre no desenvolvimento de fungi admintrativs, com es outas fangSes tpicas do ‘todo: a egisltva ea jursdcional. Na fungSo lgishtiva, i a eriagdo deatos que tm efeitos juridicos mediatos ou genicos,e a Fungo jurisdicional o Judiitio apical por meio de decisBes que ndo poderio ser revistas pelos demais poderes. Na func adminstrativa hi, em suma, ae ceancretos que podem ser revstos pelo Poder Judciro no tocante & sua legtinidadee tendo em vista que & lei no exclics da apreeiago deste podet, lesio ou ameaga a dete (at. 5°, XXXV, CF). Di Pietro diferencia,” ademas, atos administrativos, queso espécies, dos atos da Adminstragio, que tém sentido de géncro. Séo atos da Adminstrago todos quel praticados no exerccio da fungi administrativa, independentemente de se tratar de ats admizstratives, como, por exemplo: os atos de diteto privado, os tos materitis da Administraslo, os atos de conhecimento, opin, juizo ou valor, os aos polices, os contratos & os ates normativos da Adminstragao, de ats com efeitos imadiatos ¢ Colo Antnio Bandeira de Mello enfoca também 0 to da Administragio da perspeciva de quem o pratica, isto &, do ponto de vista subjeiv, sendo considerado como tal apenas o pratcado pelo Poder Executvo, Note-se que os demais poderes pratisan tamibém atos adminstativos em Funslo atipies,conforme visto. Assim, observa o autor que:“nem todo ato da Administragio ¢ ato edministrativo e, de outo ldo, nem todo ato administrative provée da Adminstasao Piblica”.* Conceito licito ~ ex: ato juridico ‘voluntacio: Fato ~ Fate Juridico | iicito mvoluntario: fato juridico em sentido estrato [ATO JURIDICO: orienta-se para a produgdo de certos efeitos juridicos Diferentemente dos simples atos materiais - que representam mera exocugde de atividades, sem novos efeitos juridicas de eriagdo, ‘modificagdo ou extingdo de direitos. ‘An. Bt do Cédigo Civil de 1917: ato juridico ~ todo ato direitos. ito, que tenha por fim imediato adquir, resquardar, transferi, modificar ou extinguir i Pietro: conceito restrto - ato administrative — declarago do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos juridicos imediatos, com observancia da lel, sob regime juriico de direto pubico e sujeta a controle pelo Poder Judicidrio. 44 Atributos Sto arbutos ou caractersticas do sto administrative: presungio de legitenidade ¢ vertidade, imperativdade e autoexecutoiedade, Maria Sylvia Zanelly Di Piero acrescenta ands aos tres atributos um quarto: tpixdad. 441 Presuncio de legitimidade e veracidade Apresungio de keitimidade ¢ veracidade dos atos administrativos desdobra-se em dois aspectos: 1. presungio de legitimidade: os sts praticados pela Administragio Pablica presumem-se vidos em face do Diveito;¢ 2. presungiio de veracidade: os faiasalegados pel Adminstragdo Pablica presumem-se verdadero Enquanto a lptimidade ou Segaldade dz respeito& conformidads dos etos com os disposivos legais, a veracidaderofere-se as raves fiticas ou eo conjunto de cireunstincias ou eventos armas pela Administra, Quando o Estado exerita suas arbuiges, ele deve se pautar no prinepio da legalidade administratva, que tem sentido mais rigoroso ou restive do que a Jegaldade obedecida pelos exdadios. Enquanto os particulates s6 podem ser obrigados a fazer ou debar de fazer alguma coisa em vstude de lei, sendo a auséncia de ei, via do rogra,interpretada como autrizagio, 2 Administeagdo Piblices6 pode fazer 0 que ei permite ‘A presungio de legitimidade implica tomar por suposijio que o Poder Pulblco age em conformidade com as determinaySes legais, tendo em vista alender a ‘nteresses plcos concretos. Ela ¢estabelecia pare que & Administragdo Publica geranta o cumprimenta cGlere de suas fungGes, Trata-s, contudo, de presunglo relativa (urs tantum), isto 6, que admite prova em contro Depois de editado 0 ao, ele produz efeitos como se vildo fosse até sua impugnacdo edministrativa ou judi. Enguanto aimpugnasio adminstrativa pode ser {ita de ofico pela Adminstragdo, com base em seu poder de auttutla ou por provocaglo do interessado,nio hi possiidade de apreciagio da lepimidade de um to administrative pelo Judvirio sem provocasio da parte, No entanto, faz parte de prope daigfo de sto administrative @fato de que ee se submete a0 eontole ji Notas, porto, que hé dois fundamentos juridicos bisisos para e presungio de lgtimiade: (1) 0 falo de que @ Administragdo Pili se submete & ‘epaidede administratva;e (2) a possiidade de controle e mpugnaso de aos que volem so ordenamentojutdieo. Os fundaments juridicos se raeionam com um fundamento de ordem prtica que, conforme mencionado, compreende a possibiidade de cumprimento mais célere das funyies administatvas, pois a burocraciaficara mais vagarosa sed Adminstrasio fosse exgido provar que o que alga é verdadero ou mesmo que 0s a0s esto todos de acordo com o Dizck. A presunglo no exci 0 dever de motvar o ato administtativo, que representa a necessidade de indicagio dos pressupostos de fato ¢ de dito que Aeterminarem a deviso (art. 2°, pardrafo ino, VIL da Lei n®9.784/99), até porque a ausénca de motivo dificult © controle do ato administrative, Pela presungdo de veracade, dads constanes de certs, stestados, decliragdes © informasies forneeidas pelo Poder Publica sfo dotados de f6 pili, Como decorréncis da presungdo de que 0 Estado no declare informasbes flsas, quem duvida dos fatos alegados pelo Estado deve provar que as citcunstineias cexplctadasndo sfo aque (inversio do nus de agir") 0s documentos edtados pelo Estado so dotados de f¢ pica e, nos termos do art. 19, Il, da Constiukde Federal, & vedado aos entes federativos (Unio, Estados, Distrito Federal e Munieipios) recusar-thes f8, Num Estado federal existe autonomia reconhocida pela Constiiglo 20s entes fderativos; no entanto, cles esto vinculaos ao todo, sendo expresso clara desse lame o impedimento que pessoas polis recusern f&a documento expedido por repartgio pica vinculada a qualueresferafederatva. 44.2 Imperatividade Almpeatvidade 6 o strputo segundo o qual o ato adminstativo se impBe ao seu destinatiso,independentemente de sua concordancia, Renato Ales” chama a ‘mperatvidade de poder extroverso.”* £ corolirio da supresacia do interesse pibivo sobre o particular. Para que 0 Estado possa agit na consecudo de suas finaldades, &necessirio que ele expega ats imperatives, obedecios a bem do interesse pblico. © atrbuto da imperatvitae &o que diferencia um ato administrative de um contato. No sto ne é, via de rogra, vontade nopocial ou sea, enquanto 0 contato representa suste de vontades estabeleido entre as pertes para 8 consecusio de objetivos desejados, o alo alminstraivo € uniteral, uma vez que nko envolve svorde acerca de seus efetos que muita vezes no so deseados poo destiatri, Porém, nem todos os stos edrinistrativos so imperatives, sendo excegOes & regra os afos administatvos negocinis, como as Heengas €autorzages, nos quais 0s efeitos sto deflagrados depois da solctgo do particu, que os dese, ou. a nomeosio de Servidor eprovado em concurso piblic, Sendo faculatvo ao servidor tomar posse e entrar em exersicio. ‘Nilo bi no ditcto pico a mesma igualdade de situagdes enconteada no dco privado, que frequentemente se pauta na autonomia da vontade.” Existem situagdes em que 0 interesse do particubr devers ser lmitado ov mest sacrifcado cm funsio do iteresse geral como ocorre nas desapropriades. A ‘Administrapo pode impor obrigeges atercezos com base na imperatividede Impor-se independentemente da concordincia ndo signifi afasar os prinepios do conteadtéio © da ample defesa. Assim, conforme set visto no préximo alviuto, correspondente & autoexecutoriedade, antes de se debrusar sobre os bens e a berdade do particule @ Administasio deve, em procedimento anterior & cexpedizio do ato, gurantir 0 devo processo, 443 Autoexecutoriedade Enquanto os partculares nfo podem, via de regra, excoular espontencamente suas pretensSes resstides, pois incareriam no crime tijiicado no ert. 345 do Codigo Penal de exerci arbitrio das prOprias razdes, defnido como: “fazer jstga pels proprits milos, para saisfzerpretensio, embora legtima, salvo quando «kei permite”, a Admiistragdo pode agit com aulocxecutoriedee, sta é 0 arbuto de acordo com o qual a Adminstragio Piblice pode exceutar suas decisdes, com cosrgo, sem ter de submeti-as prevamente ao Poder Juice, Conforme visto no item poder de polici, a autoexecutoriedade pode ser dividida em dois aspectos:exigbiidade exec toriedade Na exigbilidade, © Poder Piblico se utliza de meios indetos de coario, sendo exemple a impossbidade de lcenciamento do veiculo se nio howver adimplemento das multas de trinsic, imposigodzccioneds ao particular sem necessiade de autorizagdo judicial par tant. Na executoriedade, « Adminstcasio se ulza de meine dias de coagio, sendo exemplos de sus expresso: ato de apreensio de mercadori, dstrulo de alimentos nocivos ¢ itervensGo em estabelecimentos. Na execugio foryada de atos, a Adminstragdo Piblice pode empregar a forya pica para asseyurar 0 ‘cumprimento de sua deisdo, desde que aja com proporcioaadee, portato, sem excesso, Nio € toda medids tomada pels Administragio que pode ser autoexecutivel, pos hi providéneias que s0 podem ser adotadas aps prévia eutorizagdo judicial, ‘como, por exemplo,a entrada de agentes péblics em domiciio de pessoa que nio tenha consentido, porquanto determina o art. S° XI, da Constituicdo que a casa & © aslo invilivel do indviduo, ninguém nel podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de fagrante delto ou desasre, ou pare prestar ocorro, ou, durante od, por determina judicial ‘Acobranga de muitas representa excegio & autexecutoriedade do poder de policia, pos s6 & efetivada mediante processo de exccusio por inseriglo na diva ativa“ Ademas,ressata Maria Sylva Zanela Di Pietro que a autexecutoriedade obedece aos seguintes roquisitos 1. depende de expressa autorizagio legal, mesmo que esta seja genérica; ou 2. em caso de medida urgente, sem a qual possa ocorrer pejuizo maior a interesse pico, © Estado responde pelos danos causadot se agit de forms arbitra ov excessiva no emprogo dt autoexecutoriedade Je seus atos, sem prejuizo da responsehildade dos servdores cavobidor. Aluainente, & crescente a jriprudéacin que considera gue, quando a Administragio invests sobre a Hbcrdade eos bens dos particulates, seré necessrio gue respite o devido processo, no qual o partisuar teri dizcto ao contradtério e & ampla defesa. No entanto, o fato de haver contralto antes de dees ser tomada io significa que ea perce sua caracteristice de atoexecutoriedede, 444 Tipicidade “Maria Syhia Zanes Di Pietro“! menciona aim ds tr caracteristivas normalmente encontradas na doutrina, um quarto atbuto denominado de tpicidade, ‘ratase do arto segundo 0 qual os atos administravos devem corresponder a figuras estabolcidas em lie, portant, previamente arqutctadas para produzir eterminades efios ‘Aki determina quis sio os resullados préicos que @emissio de um elo admisisrativo deve scarrtar, Hi desvio de poder se © administrador pratiar ato 20 innuito de leancar finaiades dstinas daquelas pressupostas no ordenamentojurdico, ‘Ademais, & vedado & Administas30 prascar atos administatives inominados, pois, de acordo com a tpicidade, cada ato coresponde a uma figura egal. [Bnquanto o particular pode modifcar os instiutosjurdieos para alcangarfinalidedes mais afinadas com seus interesses, a Administragio Piblica mio pode inovar 0s aos administrative, até porque eles so imperatives, ist 6, impostos independentemente da vontade do éestaaro Como paderis © admivstrado suportar Gmus em relg%o ao seu patrindai juridivo, fundado basicamente na Werdade © na propriedade, « parts de atos administativos sem listo legal e,portanto,inventados pela Administragio Pablica? A tipiciade dos atos adminstrativos 6 devorréncia dicta da legaldade administrative, segundo a qual a Administragdo 6 pode fazer o que ai permite. Como 0 Poder Pablico desenvolve suas fungdes mediante a pita de tos edminisrativos, estes devem ser tipcos e nZo iaminados para que © particular nfo seja pogo de surpresa com a edo de alos cups efeitos ele deseanhese e que, portant, provoguem perpexidde, ‘Assim, se a Adminitrapio inscreve determinado bem privado no lvro do Tombo, seu proprictri jé suberé que se tata do ato final do procedimento de ‘ombamento e poder se prepara para os efaleos subsequentes, que slo roheionados com a necessidade de prevervagio do bem, Conrud, se a Adminitagio pratica ato que aio é tombamento, nem desapropriagio, mas tem elementos também de outros insiutos, mio haverd seguranga jridica nem respeto & Gpicidade dos alos sudministativos, que écorolrio da lgatdade administrative. Em suma, e @ Administeagdo quer proteger oem, o sto ser praticado ser correspondente a0 seu tomamento; se desea expropriar em imSvel para construe bra piblica no terreno, 0 ato correspondente seri a desaproprasio: se anscia punir 0 servidor,desvinculindo-o do servigo piblco, pel pritica de ato grave tipiicado no respective estatuto, cl deve demit-b; por outro lado, se quer deslocé-lo para outra localdade para etender & necessidade do servga tipico deve praticar tuna remosio, Auibutos Presungao (juris tantum) de: legitimidade ~ validade diante do Direito veracidade ~ fatos alegados Imperatividade Impde-se independentemente da vontade do destinatdrio . Autoexecutoriedade: Atos administrativos Exigibilidade ~ meios indiretos de coergio Executoriedade ~ meios diretos de coercao requisitos (Di Pietro) 1. expressa antorizagio legal 2. tratarse de medida urgente Tipicidade (Di Pietro) Figuras previamente arquitctadns para produzir certos efeitos 45. Efeitos do silencio administrativo 0 ato administrative & declragio ou exteriorizago de voatade, O siéacio administrative compreende 8 auséneia de meniestagdo da Admiisragio, quando ea & provoceds por adminisrado ou dante do dever de autoridade pratcardeterminado ato. Mesmo se houver previo legal de efeitos jriicos na situacdo do siéncio administrative sso ndo significa tcnicamente que a Admaistragopratica ato a partir de sua omissio, pois inxiste manifestagio formal de vontads Assim, di-se que se a ie trbur 0 efeto de anuénciatécita ou de denegapio tii, trata-se de fo administrative € lo de ato administrative. A propésito, csclrece Celso Anténio Hendcire de Melo: ‘nada importa qu & lei ht stribuido determina efeito a sncio: o de conceder ou denegar. Este efito resutaré do fato da omitsio, como imputagio egal, e noe algum presumi ato, razB0 por que & de rejetar posigdo dos que consideram te a exist um “ato taco"? Segundo o autor, existe neste caso mera consequéncia normativamente irogada & omissio da Administra, e jamais uma declaragiojurdica, Ademas, enftiza que no ha ato administatvo sem extroverso, porque 1. 0 ato deve ter forma que confere certeza ¢, portanto, seguranga juridica; 2. o ato dove ser motivedo ediante do slinio administrativo haveria a falta de formaliagio; © 5. consequentemente, se todo poder emans do povo, ele tm 0 dirco de saber das razdes pols quais @ Adminisragdo decide em cada caso, © Direito Administrative no acohhe as teorias civiists de interpreasio da manifestagdo da vontade, por raes de exigéneias de maior formalsmo © de ‘motivagdo das manifestages estatais decorrentes dizctamene da vortad legal (objeiva) do agente administrative, Estas exigéncas se basciam na tcoria do érgo que ata de interesses indsponives © Cédigo Civil adotou, como regra gor o dtado popula: “quem cals, consente. Trata-se do denominado silénci citeunstancado ox quaificado, expresto 20 Aisposiva do at, 111:%9 sine importa anugncia, quando as cicunstincias ou os wos o autorizarem, e no for necessria a declaragdo de vontade express” No entanto, 0 Direto Administrativo nflo* adotou a resposta dada pelo Diteto Cv a0 sneio, mas admite pera o socio administrative duas solves: 1. em primcto ger, aguele que ei determina para o caso concrst; © 2, se mio howver texto normativo que espectique a consoquénea da omisso: (a) dante de sto de conteddo Vineulado, ¢ que o tar preencha objativamente os requisites kas, pode-se peitar em juizo™ que sej supra a omissio adminstrativa;e (b) se 0 ato tives carter dsericionio,o juic pode fxr prazo para que a Administapio se pronunce, cominando, inclusive, conforme enfatiza Celso AntGnio Bandera de Melo," multa dra para a emissio de um pronunciamento motivado por parte da autridade competeate Ressale-se que o iste José dos Santos Carvalho Fh se posiciona contrariameate& possbiidade deo juz sup ‘mesmo nos aos vincudos. Para este just, “no pode o érgo jurisdicioal substi a vontade do 6rgio administativo; pode, sto si, obrgi-o a emit, sea ei 1 impuser” auséncia de manifesto administrativa, Concordamot,nesse aspecto, com Celso Antinio Randeira de Mell: se o alo for vineulad e aguele que ingressa no Judiidio comprovar qu, no obstante 0 proenchimento objetivo de todos os roquittos lepais, ndo olteve rsposta da Admiastragio, o juz pode recoahecer 9 dite pléteado em face da Administasi0 Dblice eo apenas exiie que ela se manifest, tendo em vista a economia procesual, enze oulras vantagens Imagine o administrdo impetrar mandado de seguranga o juiz se limitar a exigr uma resposta por parte da Administragio e, posteriormente, a resposta for denegatr dante de um dtctosubjetivo inequivoco; poderia © panticular impetar nove remédio? © que o Judie nfo pode & praticar 0 ato administrative no Igar da Administragio Péblica, mas ele pode reconhecer um direito amparado no ordenamento ¢ depos obrigar 0 Poder Péblico a editar © ao a que faz jus 0 sadministado, Silencio Administrative Auséncia de manifestagéo (quando ha provocacio ou dever de agit) Direito Civil — siléncio cireunstanciado (art. 111 do CC): “quem cala, consente” Niio 6 solugio adequada pata o direito puiblico, no qual importa menos saber da vontade subjetiva do agente do que da vontade objetiva da lei. DIREITO ADMINISTRATIVO | 1. A SOLUCAO QUE A LET 2. NA AUSENCIA DE DETERMINAR PARA O SOLUGAO LEGAL ‘CASO CONCRETO diante de ato discricionario: em se tratando de ato o juiz. deve se restringir a vineulado: a omissio pode ser fixar prazo para que a suprida pelo Judiciétio, ao deciséo seja tomada pela reconhecer 0 direito Administragdo Piblica, sem declaragao do contetido 4.6 Classificagao dos atos administrativos A.clasificagio dos aos adminstrativos & tema muito diversiieado na doutrna, Optamos por abordar os ertérios mais comuns de elssificagdo dos ato: (1) quanto aos destinatrios; (2) quanto &formasio de vontade; ¢ (3) quanto & capacidade de produgio de efcios juridivos. (Quanto sos destinatrias, os atos edminstrativos se classiticam em: (a) gerais, quando atingem uma gencralidade de pessoas numa mesma siuasio, como ‘corre no e480 dos atos normativos, como regulamentos, portarias ¢ resolugdes; ou (b) individuals, que tf destinatirios ou casos especiieas, como no caso de um determinado tombamento ou de uma demissio ou autorizasio. Quanto formagdo da vontade, os stos administrativos podem scr: (a) simples, quando decorrem da dectraglo de vontade de um (nico) br, seia cle ‘singular ov colegiado, como, por exemplo, a emisséo de permiss#o por presidente de entidade da Administraslo Piblica ou a deliberacéo, por maioria, de um cconseho de contibuints; (4) complexos, gue resulam da conugagio da vontade de mais de um érgio, que se fundem para formar umn énico ao; (¢) compostos, conde a vontade de um érgio é instrumental em relagdo 4 vontade de outro, ou se, onde hi duas vontades: una que eda o ao principal e outa acesséria, que & pressuposto ou complement de vontade principal, em dengdo forneeida por Macia Sylvia Zanlis Di Petco. NNote-s, contudo, gue a detiniGo de Hely Lopes Meirls acerca dos ator adminisratvas complexos e compostos ¢ um pouce diferente da de Maria Syvin Zanola Di Pisto, pos, para Metals, o ato composto & formado pela vontade (nica) de um érgie, sendo ratficado por outta auoridede, como ocorte na autorizagio que dependa de visto de uma autoridade superior para se tornar exequivel, easo em que @autorizagéo € ato principal eo visto & complementar e The dé exequiblidade; jf 0 ato compexo sera, na visto do autor, o resultado da conjugasdo de vontudes de 6rgios diferentes, sendo, com base nesta ima classifcusao, ue © coacurso da AGU de 1998 considerou ato complexo a “nomeasio de ministro do STS, sua a Ista tipive e aprovaglo pelo Senado Federl,contando assim ‘cm a particinago de drgios independents entre si” pote tala de gos independentes ‘Sandra Julien Miranda, gue dedicou monografia ao astunto, expe gue o bisco na conceituaso do ato complexe € a elemento dra, © ato complexo emana de “virios Srgos do Poder Piblco, pertgam cstss ou ndo & mesma entidade. Portanto, @ convergéncia dessas vontadss para o fim objetvado 6 sua dindmica Sentieadora"** Tratase da resultado da fusdo ou integragio de vontades de drgtosdiversos, de que devorre # manifestagio de um s6 contetdoe fnaidade ‘So exemplos de atos complexos mencionados pela autora" 2 lei constiuida da conjugayio da vontade do Srglo Keislaivo com a sangio do Chefe do [Exccutivo (art, 66, CF); a nomeaglo de desemiargadores por merccimento, na qual hé a patcipasio do Plnério dos Trbunais de Justga, que encaminham sta plice pra «escola do Chefe do Executivo (at, 93, Il, CF); @ nomeagio dos Misstros do STF com aprovagio préva do Senado (art, 101, pardgrafo nico, CF) ‘#nomeagdo pelo Chefe do Executiva de Retores de Universdades, com bate em lista claborada pelo Conselo Universiti, Segundo Miranda, ato administrative compleonio se confunde com ato composto, pois este esuta da vontade nica de um érgo, mas depend da verfeas30 por parle de outro pare se lornar exeguivel “O ato compost & assim, apenas ratfieado por utc, posterioz™” Exemplo de ato composto"” & aguele proveninte da btengio de patente de produto farmacéuti no Inp, que s6 se toma exequive apis anuéncia da Anvisa, sendo que esta analisa eventuaisriscos 2 said decorrentes a cicculagio do produto. ‘io se confundem atos complexos ou compastos com procedimento adminsteativ, que & um encadeamento de atos que se svcedem e objtivam a prt de tum ato final, como na lctago, na qual ecorrem o eda, a habltago, a classifcago, a homologaydo e a adjudivasio, todos atosindividuais que fazem parte do procedimento. Como enfatza Hely Lopes Meiss,"* no ato complxo integram-se as vontades de varios érpios para a obtengio de um mesmo ato: ji n0 procedimento administrative hé véris aos autdnomos e intermedi até chegarse ao resuitado pretenddo pela Administra, sendo impugnévelsadministrativa fou judiabmente em cada uma de suas fases ‘Quanto d eapacdae de produgio dos eftos jriices, denominada por Di Pietra" de excqubidade, os atos so: a) perfeltos: quando ji esto em cones de produzr 0s seus efeitos, uma vez que completaram todas as tapas necessrias ao ciclo de sua formasio: (b)Imperfeltos, que nio completaram o seu ciclo de ormagio, por exemplo, quando faa homologasi0, aprovasio ou ouzo ato nccessério;(c) pendemtes, suitor & condo ou terme: c (d) consumados, cue ji cexauriam seus efeitos guns autores anda meneionam na clssificasio dos tos administratvos: os (a) unilaterai, que scram formados pela decaragio de ume s6 vontade, como no caso da demissio de funcionério ou na concessio de alvard de autorizatio, (b) os atos bilaterais, fermados pelo acordo de vontades, como ocorte no contrato administative, havendo a:é a ahisio a ats (¢) multilaterals, com scordos envolvendo virias partes; contudo, & mais adequado considerar contratos negécios jridios e no stosadminstrativos em sentido esto. 1 comum, especsimente nos concursos piblicos, a alusio aos atas ablatvas ou provimentos ablatrios que, como o proprio nome ji diz (pois ablative significa: © que pode trar ou privar de alguma coisa), se tata de ato que priva algusm do gozo de certacondigSo juries, SZo tos sblativos ot de provimento llitio a cassago de leenga ou a desapropringio de im6vel Classificagao dos atos administrativos gerais: diversos destinatarios Destinatarios | individuais: destinatério especifico simples: vontade de um (tinico) érgao -Pouiiagia aa ouatnas complexos: duas vontades homogéneas se fundem em um ato Maria Sylvia Z. Di Pietro compostos: duas vontades em dois atos (um principal, outro acessério ou instrumental) sumples: vontade de um (inico) érgé0 complexos: duas vontades de érgfios diferentes se fundem ‘em um ato ~ que s6 se forma com a conjugagdo da vontade de oven Se Aasrwuestie éxgios diversos/independentes Hely Lopes Meirelles compostos: vontade (Kiniea) de um érgio, sendo apenas verificdveis por outra autoridade — so formados pela vontade de um érgao, sendo ratificados por outro para se tornarem exequiveis, oO perfeito: completou o ciclo de formacio, com condigdes de produzir efeitos imperfeito: nfo completou o ciclo de formacio, pois falta penn AN Ae eictias ato necessirio juridicos pendente: sujeito A condicéo ou termo consumado: jd exauriu seus efeitos 4.7 Espécies de atos administrativos ely Lopes Morell clborou uma classifcagio de cepévies de atos administrativos que se tornou clissca no Direto Administratvo, le dstingue as seguintes espécies de atos: 1. megociass emunciativos; ordinatérios; punitivos. ‘Atos negocinis sio aquees que eavolvem uma declarayo de vontade do Poder Pablo coincidente com a pretenso do particu, que visa & concrtizasio de egivios juridicos piblicos ou & atrbuigo de certos dctos e vantagens ao particular. Compresndem-se nesta categoria a icenga, a autoizatio, a permissio, aprovagio e @ homologarda, Nos alus administrativos negoriis, ndo hi o atributo da imperatvidade, pois os efeitos sio desedos pelo destinatiro do ato, mas les ndo so Lvremente cstipulados, uma vez que devortem dai, ist é no so negéciosjurdioas como contratos Atos normativos consubstancism determines de carer geral para atuagdo administratva, Sto exempls de stos normativas: os decretos regulamentares, os regimentos, as resolgies, as dbberaes eas portaras de conte geral. Enunciativos so aos que atestam uma situa existene. Sto atos adminstrativos apenas em sentido formal atos de AdminstrasS0), porque materialmenten ccontém, via de repra, neahuma declragdo de vonrade da. Administagio. S¥0 enunciativos of atestados, as certddes, os pareceres © 0s votos. Também 0 apostlamento feito por eartrios habiltados pelo CNJ, aps o Brasil se tomar signatiri da Convengdo da Apostia de Usa, representa um alo enunciativ, pois © cartri ri atestar & lgabidade do documento para o fim de que cle prodza efeitos © seia acco no exterior por paises signliros da mesma Convengio, que earou em vigor, em Ambit nacional, em agosto de 2016. Ordinatérios sio alos que criestum « atividade administrative interna. Dirigem-se aos servidores para eselirecer 0 desempenho de suas atrbuigses. Sio cexemplos destes atos: as instrugées, as circulars, as portarias, as ordens de servigo, os avisos © os despachos Punitive so aqueles que contém sangdaimposta pela Administeagdo aos servidorese patculares que se submetem 4 discipina administativa, So exempbs de tos punitive, para Hely Lopes Meieles:imposigdo de mula adminstrativ,inerdiydo de aividade e punigo dscipinar de servidorespiblicos. 48 Perfeicao, validade e eficicia {Um ato & perfelto quando completa seu ciclo de formagio,”” ou soja, quando contém seus elementos esseness, exstindo como entidede juries, Logo, Jmperfeito ou inexstente € 0 ato que ands no completou seu ciclo de formaso e que, na mora dos casos, no expotou as fases necessrias & produ de seus fits juriicos. Porém, pode acontecer gue sea perfito ou exstente, mas ndo vélide," isto &, que, ndo obstante ter os ckmentos necessrios para a sua existénea, no preeneha todas as exigénciss legis. Por exemplo easoo Presidente da Replica nomele Ministro do STF sem a aprovagdo do Senado Federal, o ato administrative pertinenle serd considerado exstente, mas inv.” Assim, vido € © alo praticado conforme o Dirsto(ordenamentojurdico), caso contro 0 ato serd invlio. CCeko Antdnio Bandera de Mello distingue entre 0s efetos dos atos adminstrativos: (1) 06 tipios, ou normalmente esperados do ato, como 0 efvito de esligamento de alguém do cargo, quando ocorre a su demissio; (2) 0s apis, ou inesperados, que so diviidos em: (2.1) pretiminares ou prodrémicos (cujo significado advém de pridrome, ou o que antecede, que na medivina indice sintoma iil de uma doenga), que exstem ma pendéncia do ato, ou sein, desde sua produsdo a0 desencadeamento dos efeitos, como nos atos que dependem de controle prévio como condigo de eieéeia do ato, por exemplo, na aprovagio previa do Senado Federal como condigio para que haja a nomeagio do Procurador Geral escolho pelo Presidente da Repiblice;¢ (2.2) reflexos, que atingem outta resi {ridica, por exemplo, a desapropriagdo rescinde a cago com o ex-proprictrio do imével expropriad. FMicaz 6 0 ato que se encontra em estado atual de produtvidade de seus efetos, como, por exempl, quando no hé condio susponsiva ou tomo, A fcdcia 6a apto do ato em produc efeitos juridivos tiicos (préprios) num easo concrete Segundo Mara Syivia Zanlla Di Peto, ato perfeto & 0 que obedcceu as etapas de formagéo, exgidas em le, para que ele produza efeitos juridicos, por exemple, um ato motivado, reduzido a esrito, assinado e publoado, A valida seria a conformidade do ato com a lei, como, por exemple, a motivasdo deve referi-se a motivo reais, autoriade que assina deve ser competent ee ‘Ao pendente & aguelesueto a condigdo ou tomo para que produza efstos, isto & equcle que compleiou seu ciclo de formario, est epto a produzir efeitos jurlicos, mas estes fam suspensos até que ocorra a condigdo ou 0 texmo, 0 sts adminstratvos, no plano fitico, as veaes no cumprem adequadamente as eapas da perfeigio e da valida para produ efeitos, poi, ma pritea, 08 privigios da Administragio Piblice imbuem-na, conforme expSe Garcia de Enteria,” de uma strie de instrumentosjuridicos capazes de vencer a resisténcia dos particulaese impor seus aos como autoexecutoriedsde, Segundo expe o jursta da Fspanka, todos os slos adminstrativas, mesmo o8 aftados de vcio de nulidade, podem ser maeriaimente efiewes. Signiies dizer ue, enguanto no for declrada formalmente a nuldade" do ato, ele produ todos os seus efitos como se vido fosse. No entant, a efcdcia material de ao que tem alguma degaliade ou vicio de valdade pode ser revista, conforme ser visto, tanto pelo Poder Judierio como pela pripria Administagio, nese Simo caso ‘com basen chamada autotuelsadministratva PERFEIGAO do ciclo de formagao — existente VALIDADE cconformidade ao ordenamente juridico EFICACIA aplidao para a produgao dos efeitos juridicos José dos Sentos Carvalho Fiho" ainda acrescenta a esses tris planos um quarto denominado de exequibilidade. Para o jursta do Rio de Jancto, esta no se confunde com a efcdcia. Exequibitade & para o autor,» efetva disponibidade que tem Admistragio para dar operatividade ao ato, ou sei, exeeuti-to em sua inteireza Em exemple forecido, uma auterzagio dada ex dezersbro para inviar em janeiro do préximo ano & eficaz naquele més, mas se tomar exequivel neste ‘imo, Pode-se considera, data vena, tl hipétese de efiedcs, porquanto esta tem muita semthanga com a citeunstincia do terma em que se ixa um prazo futuro pat 6 inicio do exercicio do direito, como ovorre, por exemple, na celebragdo de um contrato de empretada que comesaré a ser realizada em 30 dis. Ore, aqui se tem ume hipétese de negéci juridico perfeto evildo, que jd ntegrao patrménio juridco das pares, mas que produriré sous ofttosjurdicos na su itirea apenas ps um ms 49° Hlementos ¢ requisitos de validade 0s ckmentos do ato administrative so cinco: sueto, objeto, forma, motivo ¢fnadade, O art. 2° da Lei de Agdo Popubs,Lein® 4.71716, denomina 0 sujeto ou © agente de “competénci” As diferengas que normaimente sio fetes entre os conceitos de elementos ¢ de requisites de vabidade do ato repousam no enfogue mais estitico dado aos primeirs, por exemple, a exsténcia de um sujete, de um objeto e de uma forma de exterorzagio da ato, ¢ mais diimico confrido ans sgundos. Por exemplo, ‘io hasta tr sujeito para que ato sea vido ele ter de sex apa7 e competent, Nio basta existr Um conteido on um objeto do ao, esse conte deve set Keto, possiveledeterminado. En basta ter forms, Para oat ser vii a forma, xe exigda em li, deve ser obedecid, 49.1 Sujeito Suivto € @ agente capes que tom competincia para pratcero ato administrative, Trat-se daguse a quem a li (ou, excepeionalmente, o regulamento, no caso do at. 84, VI, com redagio da EC n° 32/01) atrbui a pritica do ato, Como 0 Estado € constitvido por pessoas juriicas, el ndo tem vontade prépia. A vontade estatl 56 pode ser maniestada por pessoas Msias, chamadas de agentes pilbicos. Os atos dos agentes so imputados 20 Estado, ‘Competéncia compreende o conjunto de aribugdes das pessoas juridicas, drgios e agentes fxadas pelo dzcio positive." Dai a expresso difundila por Caio “Téeto no sentido de gue “nto € competente quem quer, mas quem pode, segundo a norma de Dircto”* ‘A dsciplinn legal das competéncias das pessoas jurideas polices & encontrada ne Constiuigio Federal, enguanto a Fungo dos Grgios ou servidores & sralmente estabelocide em lei, Excepcionakmente,admite-se a delmitasdo de certs competéncias por ato normativa interno Como o Estado, polo prneipio da legatdade administrative, s6 pode ay em conformidade com os ditames legis, isto & se houver permissive que @ auorizs, cidadio-administrdo tem 0 cortclato dicto subjetivo pablo de cxig que atos © condules administrativas somente posssm ser produzidos por agentes competentes, sob pena de invaiaso. © ar. 11 da Loin" 9.784199 ~ LPA~ determina que a competéaca & rrenunctivel e se exerve pelos drgis administrativos a que fo atribuida come propria, salvo nos casos de delepasio © avocagio, A competéncia & de exercilo obrigatério, sendo Hrrenunctivel pelo principio da indisponbiidade dos interesses pibblicos." [io 6 questi eniogue 8 livre devtio do agente que tulriza competénca © dever de aluar © ilar ndo pode, prtano, abrir mio da compelénea, isto 6, el & ‘ntransferivel e imadifcdvel pela vontade do agonte, 0 que pode ser transfer & o exercicio de cerasatrbugdes, nos casos de delegagdo © avocasSo lgaimente adits." ‘Tanto a delegaso quanto a avocugdo decorrem do poder hierrguica. Contudo, enguanto na delegasio o superior hierirquco repatsa 0 execicio de poderes © aurbuigdes que originaramente seria seus aos subordinados, na avocapio, cle chama para si determinada atrbuglo dos subordinados, contanto que ao haja ‘competéncis exchsiva confer por ki aos subordnados afatin-se que, diferentemente da avocasio, que sempre se dé no sistema hierquico, € possivel haver delegagdo tambémn a drgios ou thulares sem que hain subordinasio hierirquica, desde que seja conveniente em razdo de cicunstincias de indole tcnice, socal, ezondmica,juridica ou terrtoril (art. 12 da le). A

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