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INSTITUTO DE LETRAS
SETOR DE FILOLOGIA
Com isto, propõem a ideia de que documento não é apenas documento, mas um
diálogo com o tempo presente. Neste diálogo, o entendimento sobre o passado se
transforma, fazendo com que o documento histórico seja uma construção permanente e
permitindo leituras diversas sobre um mesmo material. Ou seja, o sentido atribuído ao
documento no presente torna-o mutável. O fato histórico muda conforme a visão que se
tenha do passado.
Karnal & Tatsch (2011) comparam o debate dos artistas sobre a validade de
algumas produções com o debate sobre a relevância de alguns documentos históricos.
De acordo com os autores, tal conceito foi esmiuçado: o olhar sobre a fonte mudou, mas
não necessariamente a fonte em si.
Desta forma, os autores deixam a conclusão em aberto. Mas, admitindo que “[...]
documento é tudo aquilo que um determinado momento decidir que é um documento.
[...] existe em relação ao meio social que o conserva.” (KARNAL; TATSCH, 2011, p.
20 - 21).
Karnal & Tatsch (2011) lembram, ainda, que há fatores que podem tornar um
documento mais importante que outro e que podem variar no tempo e no espaço: um
documento com mais dados, a raridade, mas também a teia social que o envolve e o que
revela da sociedade da qual se origina.