Os principais métodos de atuação descritos são:
1) Método de Stanislavski focado na memória emocional e conexão com a personagem.
2) Método de Strasberg influenciado por Stanislavski e focado na memória pessoal.
3) Método de Brecht que promove o distanciamento do público para uma abordagem crítica ao invés de empática.
Os principais métodos de atuação descritos são:
1) Método de Stanislavski focado na memória emocional e conexão com a personagem.
2) Método de Strasberg influenciado por Stanislavski e focado na memória pessoal.
3) Método de Brecht que promove o distanciamento do público para uma abordagem crítica ao invés de empática.
Os principais métodos de atuação descritos são:
1) Método de Stanislavski focado na memória emocional e conexão com a personagem.
2) Método de Strasberg influenciado por Stanislavski e focado na memória pessoal.
3) Método de Brecht que promove o distanciamento do público para uma abordagem crítica ao invés de empática.
A técnica de atuação de Sanford Meisner (1905-1997) está
intimamente relacionada à técnica de atuação do Strasberg. Ela requer que o ator se concentre não em si mesmo, mas inteiramente no outro, como se ele fosse real e só exista naquele momento. Esse tipo de método de atuação faz a cena do ator parecer mais autêntica para o público. O exercício essencial que Meisner inventou para treinar as respostas dos atores é chamado de Exercício de Repetição. Neste exercício, dois atores se sentam um diante do outro e respondem um ao outro através de uma frase repetida. A frase é sobre o comportamento um do outro e reflete o que está acontecendo entre eles no momento. A maneira como essa frase é dita, conforme se repete, muda de significado, tom e intensidade para corresponder ao comportamento que cada ator produz em relação ao outro. Através desse dispositivo, o ator deixa de pensar no que dizer e fazer e responde de maneira mais livre e espontânea, tanto física quanto vocalmente. Método do Peter Brook
O método de atuação de Peter Brook(1925-)enfatiza a comunicação
entre os atores e o público. Esse foco, resumido na nomenclatura de Antonin Artaud “Teatro da Crueldade”, foi direcionado para provocar a maior reação emocional dos membros da plateia. Em outras palavras, faça-os se contorcer desconfortavelmente em seus assentos. Alguns dos exercícios de direção desse método mostram essa mudança de foco, tentando fazer com que os atores vão além do “texto”, expressando emoções muito mais fisicamente. Brook acreditava que, quando o público consegue simpatizar com as emoções dos atores, eles são bem-sucedidos. Quando a plateia fica entediada, ouvindo um recital de palavras sem emoção, o ator falha. Se o ator não estiver 100% comprometido com o papel e não tiver investido na profundidade emocional e não acreditar no personagem, ele não fará uma conexão com seu papel, assim fazendo com que ele não faça uma conexão com os seus parceiros de cena, com a peça e, principalmente com o seu público. Método da Stella Adler
Stella Adler (1901-1992), atriz, professora e fundadora do Stella
Adler Studio of Acting, desenvolveu um estilo único de atuação, centrado na imaginação do ator. Entre as influências de Adler estavam Konstantin Stanislavski e Lee Strasberg. Adler foi uma das poucas atrizes americanas que realmente estudou com Stanislavski. E embora seu método de atuação tenha semelhanças com esses dois ícones renomados, ela se separa do grupo, acrescentando o poder da imaginação ao conceito de recordação emocional. Adler acreditava que focar demais em recordar emoções pessoais não era uma maneira saudável de abordar a arte da atuação. Ela disse: “Mergulhar nas emoções que eu vivenciei – por exemplo, quando minha mãe morreu – para criar um papel é doente e esquizofrênico. Se isso é atuar, eu não quero fazer isso.” Método Strasberg
Esse método é creditado a Lee Strasberg (1901-1982) e aos membros
de seu grupo de teatro. Os atores Sanford Meisner, Robert Lewis e Stella Adler foram alguns que trabalharam com Lee Strasberg e ajudaram a desenvolver essa técnica de atuação. O ensino de Strasberg enfatizou a prática de se conectar a um personagem baseando-se em emoções e memórias pessoais, auxiliadas por um conjunto de exercícios e práticas, incluindo memória dos sentidos e memória afetiva. A técnica de atuação de Strasberg possui diferentes variedades. No geral, as técnicas desse método obrigam os atores a se imaginar com os pensamentos e emoções de seus personagens para desenvolver performances realistas. Esse tipo de método de atuação é comum a muitos atores americanos que você vê na televisão, como Jared Leto, Jake Gyllenhaal e Angelina Jolie. Esse método foi uma das grandes influências para outro muito conhecido, o método da Stella Adler. Método Stanislavski
Constantin Stanislavski (1863-1938) foi um ator, diretor, pedagogo
e escritor russo de grande destaque. Ele criou a técnica de atuação chamada Atuação Clássica. O método de Stanislavsky é uma técnica de atuação que tem uma abordagem sistemática para treinar atores. As áreas de estudo incluem: concentração voz habilidades físicas memória emocional observação análise dramática. O objetivo de Stanislavsky era encontrar uma abordagem universalmente aplicável que pudesse ser útil a todos os atores. Ele disse sobre seu sistema: “Crie seu próprio método. Não dependa servilmente do meu. Construa algo que funcione para você! Continue quebrando tradições, eu imploro.” No método de Stanislavski são usados os sentimentos e as experiências de um ator para se conectar com o personagem que ele está representando. O ator entra na mente dos personagens, encontrando coisas em comum para dar uma representação mais precisa deles. Esse método influenciou muitos dos seguintes métodos de atuação para atores, como o do Strasberg. método de Brecht
O alemão Bertold Brecht(1898-1956) foi um teórico que praticamente
antagonizou com Stanislavski, tornando-se um dos pilares de sustentação das artes cênicas no tocante à interpretação e a mentalidade mística a respeito da arte dramática. Seu principal livro "Estudos sobre teatro", de imprescindível leitura para aqueles que pretendem seguir na carreira artística, demonstra passo a passo sua visão sobre o mundo naturalista (Stanislavskiano), que pretende conquistar o público com o sonho, o fingimento e o jogo de faz-de-conta, enquanto que, para Brecht a necessidade maior daqueles que assistem um espetáculo, é absorver a mensagem emitida pelos artistas e não confundir a ficção com a realidade. Para conseguir que o público absorva a mensagem do espetáculo, não se iludindo com a realidade do contexto, Brecht propôs o afastamento do público em relação ao que ocorre no palco. Esse afastamento não se realiza fisicamente e sim emocionalmente, de forma que o espectador não deve envolver-se com o espetáculo, e sim, manter a imparcialidade e a postura crítica diante dos acontecimentos expostos no palco. Para constituir esse afastamento, tudo aquilo que Stanislavski propôs em sua teoria cai por terra, a começar com o cenário e a iluminação, que segundo Brecht, não devem convidar o público ao sonho e sim a certeza de que tudo que se passa no palco é uma mentirinha propositada. Sobre a teoria do distanciamento do público em relação o que acontece no palco, Brecht elucida: “ Os esforços do ator convencional concentram-se tão completamente na produção do fenômeno psíquico da empatia, que se poderá dizer que nele, somente se descortina a finalidade principal de sua arte (...) a técnica que causa o efeito do distanciamento é diametralmente oposta à que visa a criação da empatia. A técnica de distanciamento impede o ator de produzir o efeito da empatia” Porém, Brecth não descarta totalmente o uso da empatia por parte do público. Para o teórico, o ator deve passar a informação com a mesma empatia que uma pessoa passa uma informação cotidiana. Afinal, quem fala quer ser escutado, e para que isso ocorra o emissor deve abordar os assuntos de uma maneira clara e objetiva para que o receptor queira escutar, utilizando-se do recurso da empatia somente para prender a atenção do receptor. Quando uma pessoa é atropelada, por exemplo, alguém conta esse fato para outra pessoa, esse alguém procurará representar essa ou aquela personagem para mostrar o que aconteceu, de forma que, para isso, sem tentar induzir o receptor a uma ilusão de que sua representação é real. O uso da empatia está justamente na forma natural que o emissor busca chamar a atenção do receptor, com pantomima, com o movimento escrachado, com a dor exagerada, com os movimentos trocista e brincalhões, ou sérios e pesarosos, mas sempre no âmbito das informação clara, simples e objetiva. Para Brecht, o ator consegue distanciar o público, distanciando-se também de sua personagem, buscando representá-lo da maneira mais fidedigna possível, porém mantendo suas prerrogativas em relação a sua personagem, sem deixar de pensar em nenhum momento em suas próprias aspirações, críticas e sentimentos. O ator deve ser profissional o bastante para contribuir sempre para o crescimento de sua personagem independente do que pensa a respeito dela, de forma que, para alcançar a perfeição na interpretação, o ator deverá se ater ao que Brecht chamou de “mesa de estudos”, rejeitando qualquer impulso prematuro de empatia com sua personagem, buscando compreender sua personagem, como um leitor que lê para si próprio, em voz baixa, e não para os outros. Para o teórico as primeiras impressões do ator a respeito da personagem são demasiadamente importantes, pois serão essas as impressões que os espectadores terão quando virem o espetáculo. Brecht criou o método de “determinação do não antes pelo contrário”. Para conceber melhor o propósito de sua personagem e passar essa informação da melhor forma possível para o público, o ator deve compreender que para cada ação, há um movimento contrário que deve ser previsto. Ex: “Se a personagem anda para direita, é porque ela não anda para a esquerda”. Esse só há de se perguntar: “ Por que minha personagem não anda para a esquerda”. O que a leva nesse momento a andar somente para a direita?”. Para Brecht é importante que o ator saiba que, no palco, ele é apenas um artista que estão interpretando uma personagem, ou seja, um intérprete que mostra a personagem, mas não a vive, que tenta interpretá-la da melhor maneira possível, mas que não tenta persuadir-se (tampouco os outros) de que é a própria personagem. Dessa forma, o ator em cena não é Otelo, nem Hamlet, nem Lear e sim um artista que os representa da melhor maneira possível, que dá ao público a chance e o direito de tomar partido, de criticar, de conceber um idealismo sobre as personagens de maneira própria. Cabe .ao ator, no palco, propor um debate e não debater