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INTRODUÇÃO À AUDITORIA – AUDITORIA INTERNA E EXTERNA

Classes fundamentais de auditoria:


Existem duas classes fundamentais de auditoria, em relação ao processo indagativo (ou
seja, quanto ao processo de formulação de perguntas, visando adquirir dados e
informações que possibilitem o alcance dos objetivos da auditoria):
▪ Auditoria geral/sintética – é conhecida também como “Auditoria Financeira”,
porque se situa mais na análise das peças de balanços e de suas conexões.
▪ Auditoria detalhada/analítica – caracterizada por abranger o exame de todas as
transações, detendo-se em todos os documentos, em todas as contas e em todos
os valores fisicamente variáveis.

Formas de intervenção da auditoria:


Primeiramente, é necessário destacar que, apesar das diferenças entre a auditoria
interna e a auditoria externa (tratadas mais adiante), ambas possuem o mesmo objetivo
de verificar a existência de:

− um sistema efetivo de controle interno, dotado de um bom funcionamento e que


esteja dentro das normas legais e próprias da empresa, sendo capaz de preservar
o patrimônio dessa organização;
− um sistema contábil que forneça os dados necessários para permitir a preparação
de demonstrações contábeis que reflitam com propriedade a posição contábil e
o resultado das operações da empresa.
Assim, a jornada de aprimoramento contínuo e qualificação da equipe é orientada pelas
falhas identificadas nos processos. Qualquer tipo de lacuna ou erro mapeado na auditoria
representa uma oportunidade de fazer diferente, aprender e crescer.

▪ AUDITORIA INTERNA:

A auditoria interna é facultativa, em função de previsão estatutária, funcionando como


instrumento de apoio à gestão e objetivando verificar se o controle interno está em
efetivo funcionamento, proferindo o auditor, quando cabível, sugestão para melhora de
tais controles internos ou implantação de controles, caso não existam.

A auditoria operacional ou interna, no pronunciamento NBC T 12, é definida da seguinte


maneira: “A auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem
por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das
informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade.” É uma atividade
de avaliação independente dentro da empresa, que se destina a revisar as operações,
como um serviço prestado à administração. Constitui um controle gerencial que funciona
por meio da análise e avaliação da eficiência de outros controles. É executada por um
profissional ligado à empresa, ou por uma seção própria para tal fim, sempre em linha de
dependência da direção empresarial.

O objetivo da auditoria interna é auxiliar todos os membros da administração no


desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, fornecendo-lhes análises,
apreciações, recomendações e comentários pertinentes às atividades examinadas.
Compreende os exames, análise, avaliações, levantamentos e comprovações,
metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia,
eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles
internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vista em assistir a
administração da entidade no cumprimento de seus objetivos e eliminar inconvenientes
ao desempenho da gestão. Dessa forma, a sua análise pode englobar os campos
operacional e contábil.

O auditor interno interessa-se por qualquer fase das atividades do negócio em que possa
ser útil à administração. Isto pressupõe sua inclusão em campos além dos de
contabilidade e finanças, a fim de obter uma visão completa das operações submetidas
a exame.

Por ser empregado da empresa, o auditor interno perde sua independência profissional.
Pode ser muito zeloso e cumprir a ética, mas é evidente sua demasiada submissão aos
administradores.

Assim, as responsabilidades da auditoria interna, na organização, devem ser claramente


determinadas pelas políticas da empresa. Tais responsabilidades incluem:

− Informar e assessorar a administração e desincumbir-se das responsabilidades de


maneira condizente com o Código de Ética do Instituto dos Auditores Internos;

− Coordenar suas atividades com a de outros, de modo a atingir com mais facilidade
os objetivos da auditoria em benefício das atividades da empresa.

No desempenho de suas funções, um auditor interno não tem responsabilidade direta


nem autoridade sobre as atividades que examina. Portanto, as revisões e avaliações feitas
por um auditor interno nunca eximem outras pessoas da empresa das responsabilidades
que lhes cabem.

A independência é essencial para a eficiência da auditoria interna. Esta independência se


obtém, primordialmente, por meio do posicionamento na estrutura organizacional e da
objetividade:

- O posicionamento da função de auditoria interna na estrutura organizacional e o apoio


dado a esta função pela administração são os principais determinantes de sua amplitude
e valor. O responsável pelas atividades de auditoria interna deve, portanto, reportar-se a
um executivo cuja autoridade seja suficiente, para assegurar uma ação efetiva, com
respeito aos assuntos levantados e recomendações efetuadas.
- A objetividade é essencial à função de auditoria. Um auditor interno não deve, portanto,
desenvolver e implantar procedimentos, preparar registros ou envolver-se em qualquer
outra atividade que possa vir normalmente a examinar e analisar, e que venha a constituir
empecilho à manutenção de sua independência. Sua objetividade não é, entretanto,
afetada pelas determinações e recomendações de padrões de controle que venha a
fazer, para aplicação no desenvolvimento de sistemas e procedimentos por ele revistos.

Como foi explanado anteriormente, um dos principais objetivos do auditor interno é


examinar a integridade, a adequação e a eficácia dos controles internos. Para o
fornecimento de evidências às conclusões e recomendações da auditoria interna, as
informações devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis.

Portanto, a principal finalidade do trabalho de auditoria interna é avaliar a qualidade e


aderência às normas da empresa no que se refere aos procedimentos operacionais e
controles internos exercidos pela empresa.

▪ Normas de auditoria interna

A criação de normas para auditoria operacional é uma tarefa complexa, em face da


diversidade dos projetos desenvolvidos na área, das abordagens de cada trabalho e pelo
fato do pessoal ter recebido treinamento em diversas disciplinas.

− Como assegurar qualidade de auditoria:

Para que o processo de auditoria interna atinja seus objetivos, é preciso, antes de tudo,
ocorrer o planejamento da auditoria. No início de cada ano, geralmente, as empresas
realizam o planejamento anual de auditoria, também chamado de planejamento global.
Nesse sentido, durante a etapa do planejamento anual, são deveres do auditor:
− definir os processos que serão auditados durante o ano;
− definir um prazo para realização do trabalho, estabelecendo-se as prioridades de
acordo com a criticidade de cada processo;
− realizar ata de reunião do planejamento e divulgá-la, internamente, no mural da
empresa.

− Normas de auditoria operacional existentes:

Normas gerais:

− os auditores devem ter, no conjunto, proficiência profissional para se


desincumbirem das tarefas a eles confiadas;
− a organização de auditoria e os auditores, individualmente, não devem ter sua
independência prejudicada, mantendo-a nas atitudes e na aparência;
− devem exercer zelo profissional ao fazerem a auditoria e prepararem o relatório;
− o auditor deve comunicar qualquer limitação imposta ao escopo do exame.

Normas de exame e avaliação:


− o trabalho deve ser adequadamente planejado e supervisionado e corroborado
por papéis de trabalho corretamente feitos;
− deve-se obter evidência suficiente, competente e relevante, que proporcione
uma base razoável para o parecer do auditor;
− o auditor deve estar atento para possíveis circunstâncias de fraude, abuso e atos
ilegais.

− Aplicação das normas:

As unidades de auditoria desenvolvem práticas e procedimentos internos para assegurar


a uniformidade e a qualidade de seu trabalho.
Essas unidades, muitas vezes, descrevem os procedimentos adotados para cumprimento
das normas profissionais contidas em manuais internos ou em material de treinamento.
Recomenda-se enfaticamente para qualquer ambiente a elaboração de manuais de
procedimentos internos para corroborar a observância de normas profissionais.

− Afinal, por que são importantes as normas de auditoria?

As normas de auditoria, juntamente com os procedimentos para sua implementação,


estabelecem a ordem e a disciplina na realização do trabalho. E o que é mais importante,
a observância dessas normas leva à realização de auditorias completas e objetivas, com
resultados e recomendações palpáveis, fundamentados e passíveis de serem justificados.

▪ AUDITORIA EXTERNA:

Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a auditoria externa compreende “o


conjunto de procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de um parecer
sobre sua adequação, consoante os Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras
de Contabilidade e no que for pertinente, à legislação específica”. O objetivo da auditoria
externa é o processo pelo qual o auditor se certifica de que as demonstrações financeiras
representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira da empresa. Assim, o principal objetivo é emitir um parecer sobre as
demonstrações contábeis de uma entidade, quanto a sua adequação, consoante os
princípios de contabilidade e as normas brasileiras de contabilidade, e a sua análise é
somente contábil.

A auditoria externa é obrigatória para as organizações de grande porte e de capital


aberto, sendo executada por profissional independente, sem ligação com o quadro da
empresa e formado em Ciências Contábeis. Sua intervenção é ajustada em contrato de
serviços. Os testes e indagações se espalham por onde haja necessidade de levantar
questões elucidativas para conclusão do trabalho ajustado.

O auditor externo, pela relevância do seu trabalho perante o público, dada a credibilidade
que oferece ao mercado, se constitui numa figura ímpar que presta inestimáveis serviços
ao acionista, aos banqueiros, aos órgãos do governo e ao público em geral. Sua função
visa a credibilidade das demonstrações contábeis, examinadas dentro de parâmetros de
normas de auditoria e princípios contábeis.

Ciente de sua responsabilidade e consciência profissional, o auditor independente


mantém uma atitude mental também independente, exerce seu trabalho com
competência profissional e mantém seu grau de independência junto à empresa, objeto
de exame, livre de qualquer interesse ou vantagens. Ao emitir o seu parecer sobre as
demonstrações em exame, o seu julgamento e seu procedimento não se subordinam a
injunções ou interesses da empresa.

▪ DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIA EXTERNA E INTERNA:

Identificado o interesse comum no trabalho do auditor interno e do auditor externo,


salienta-se que existem diferenças importantes:

− Extensão dos trabalhos: o escopo dos trabalhos feitos pelo auditor interno
normalmente é determinado pela gerência, enquanto a extensão do exame do
auditor externo é determinada pelas normas usuais reconhecidas no país ou
requeridas por legislação específica;

− Direção: o auditor interno dirige seus trabalhos para assegurar que o sistema
contábil e de controle interno funcionem eficientemente, a fim de que os dados
contábeis fornecidos à gerência apresentem os fatos com exatidão. Os trabalhos
do auditor externo, entretanto, são determinados por seu dever de fazer com que
as demonstrações contábeis a serem apresentadas a terceiros, como por exemplo
a acionistas, investidores, fornecedores, à fiscalização, reflitam com propriedade
a situação contábil de uma empresa em certa data, e os resultados das operações
do período examinado;

− Responsabilidade: a responsabilidade do auditor interno é para com a gerência,


ao passo que a responsabilidade do auditor externo geralmente é mais ampla. É
evidente que o auditor interno, sendo funcionário da empresa, não tem a
condição de total independência que possui o auditor externo;

− Métodos: não obstante as diferenças apontadas, os trabalhos de ambos são


efetuados em geral por métodos idênticos. O auditor interno segue mais as
rotinas de cunho interno, ou seja, observa o cumprimento rígido das normas
internas, pois ele tem domínio da cultura da empresa, enquanto o auditor externo
observa mais o cumprimento das normas associadas às leis de forma bem ampla,
de modo que possui melhor domínio dos aspectos de interesse coletivo.

▪ BENEFÍCIOS DA AUDITORIA INTERNA E EXTERNA:

AUDITORIA INTERNA –
− fornecer dados precisos sobre a situação atual da companhia;
− fiscalizar os controles internos e verificar sua eficácia;
− evitar pagamentos desnecessários;
− identificar falhas nos processos e orientar sobre ações preventivas e corretivas;
− garantir os demonstrativos contábeis;
− impedir fraudes, conferindo mais atenção aos funcionários.

AUDITORIA EXTERNA –

− contribuir para a política da governança corporativa;


− aumentar o nível de confiança da empresa perante o mercado;
− objetividade, já que o auditor externo não tem ideias preconcebidas da
organização;
− analisar a exatidão dos registros contábeis;
− garantir o cumprimento da exigência estabelecida em lei.

▪ AUDITORIA INTERNA vs EXTERNA:

AUDITORIA INTERNA –

- Existindo vínculo empregatício com a empresa auditada e dependência hierárquica da


administração, suas opiniões tenderiam a se incluir nos interesses da própria empresa, e
assim não haveria contribuição aos interesses da própria empresa nem suficiente grau
de confiabilidade junto a terceiros;

AUDITORIA EXTERNA –

- Não existindo vínculo empregatício com a empresa auditada e dependência hierárquica


da administração, suas opiniões conseguem maior grau de confiabilidade junto aos
acionistas, financiadores, fornecedores e analistas;

- Os exames das operações são feitos principalmente visando averiguar os reflexos delas
nas operações contábeis.

▪ AUDITORIA IDEAL PARA CADA EMPRESA:

− Caso a instituição queira fazer uma auditoria operacional e contábil, a ideal é a


auditoria interna. Se for apenas contábil, externa;
− se a empresa necessita de ajuda para fazer um levantamento de informações ou
identificar a eficiência dos controles, auditoria interna. Caso precise identificar
riscos, será feita a auditoria externa;
− caso a companhia pretenda buscar um acionista ou realizar um empréstimo, será
utilizada a auditoria externa.
▪ CONCLUSÃO:

Os exames das operações são feitos principalmente visando aos aspectos de eficiência
operacional/administrativa.

Podemos concluir que a diferença básica entre a auditoria interna e a externa refere-se
ao grau de independência existente e a regulamentação. O auditor interno é dependente
da empresa em que trabalha e as suas atividades não são regulamentadas, de modo que
ele é responsável por seus atos somente perante a empresa em que exerce suas
atividades. Com isso, o impacto de seus relatórios recebe influência de sua subordinação.

O auditor externo, pela relevância de seu trabalho perante o público, dada a credibilidade
que oferece no mercado, constitui-se numa figura ímpar que presta inestimáveis serviços
ao acionista, aos banqueiros, aos órgãos públicos governamentais e ao público em geral.
Por sua função, visa à credibilidade das demonstrações contábeis, examinadas dentro de
parâmetros de normas de auditoria e princípios contábeis.

Logo, resumidamente, a respeito das finalidades de cada uma, a finalidade da auditoria


interna é apoiar a administração da entidade nas suas necessidades, no cumprimento das
suas metas e embasar o processo de tomada de decisões da gestão empresarial,
enquanto a da auditoria independente é a emissão de parecer sobre as demonstrações
contábeis, sendo voltada para o público externo no geral, criando transparência e
aprimorando a imagem pública de uma empresa. À vista disso, entende-se que as funções
de auditoria interna e externa são complementares, mas possuem finalidades e áreas de
enfoque diferentes.
O sucesso do auditor independente num mercado altamente sofisticado deve-se única e
exclusivamente ao elevado grau de capacidade e especialização e à independência no
exercício de sua atividade.

Isto não menospreza o auditor, que, embora subordinado à empresa, mantém também
seu grau de independência e seu alto grau de conhecimento técnico e sobre as normas
internas da empresa, inclusive melhor que o auditor externo.

Concluindo o trabalho do auditor interno, o auditor externo examina os papéis de


trabalho do serviço executado e aceita-os depois de seu julgamento, como se o serviço
fosse executado por ele. Isto traz a seguinte vantagem para a empresa em exame: reduz
tempo de permanência do auditor externo no campo e reduz substancialmente o custo
dos honorários, além de corroborar os trabalhos da auditoria interna.

O auditor independente executa inúmeros outros serviços sem que tenha de emitir sua
opinião em consonância com as normas de auditoria. Ele simplesmente apresenta um
relatório longo das observações colhidas sobre o trabalho executado. Exemplo: trabalho
sobre uma concorrência, cujo relatório não será divulgado ao público.

A auditoria interna deve estar vinculada aos mais altos níveis de uma entidade, para que
tenha um trabalho mais abrangente. A prática demonstra que a vinculação da auditoria
interna a determinado diretor, quando existem outros diretores do mesmo nível, é
ineficiente e traz geralmente resultados insatisfatórios. O que acontece é a auditoria
interna não ter acesso à contabilidade e, portanto, não ter experiência para dar suporte
aos auditores independentes.

É fundamental que os auditores internos tenham total independência para movimentar-


se dentro da entidade, emitir opinião, dar sugestões etc., sem a preocupação de que,
com tais atividades, possam desagradar a alguém e ser despedidos. Ao mesmo tempo, os
auditores internos devem lembrar que os auditados são colegas e que “a crítica pela
crítica é um posicionamento irracional”.

Referências:

CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria Contábil: teoria e prática. 10 ed. São Paulo:
Atlas, 2016.

COMPARANDO AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA. VVF


Consultores Tributários, 2017. Disponível em:
<https://vvfconsultores.com.br/blog/diferencas-entre-auditoria-interna-e-externa/>.
Acesso em: 3 de setembro de 2022.

CONHEÇA AGORA AS DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIA INTERNA E AUDITORIA EXTERNA.


Direito Profissional, 2020. Disponível em:
<https://www.direitoprofissional.com/auditoria-interna-e-auditoria-externa/>. Acesso
em: 3 de setembro de 2022.

DIFERENÇAS ENTRE A AUDITORIA INTERNA E EXTERNA. SGS, 2019. Disponível em:


<https://www.sgsgroup.com.br/pt-br/news/2019/11/auditoria-interna-e-externa>.
Acesso em: 3 de setembro de 2022.

INDAGAÇÃO. Library. Disponível em:


<https://1library.org/article/indaga%C3%A7%C3%A3o-procedimentos-auditoria-
planejamento-dos-trabalhos-individuais-auditoria.y8382p4q>. Acesso em: 03 de
setembro de 2022.

VEJA AS DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA E COMO USÁ-LAS.


RBNACONSULT, 2021 Disponível em: <https://rbnaconsult.com/auditoria-interna-e-
externa/>. Acesso em: 3 de setembro de 2022.

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