EXPECTATIVA DE VIDA DOS

MILITARES ESTADUAIS DO PARANÁ:

ESTUDO DA MORTALIDADE NO
PERÍODO DE 2010 A 2018
 Sua proteção é o nosso compromisso!

EXPECTATIVA DE VIDA DOS

MILITARES ESTADUAIS DO
PARANÁ:
ESTUDO DA MORTALIDADE NO
PERÍODO DE 2010 A 2018
OFICIAL- ALUNA: CAP. QOPM ARIÁDENE M. FIGUEIRÓ

ORIENTADORA: TEN.-CEL. QOS ALEXANDRA RAMOS

DOS SANTOS
 Expectativa de vida dos militares estaduais do Paraná:
estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018

INTRODUÇÃO
Há evidências nacionais (FGV, 2018) e
internacionais (MERINO, 2010) de que a mortalidade de
militares estaduais pode ocorrer em faixas etárias
inferiores à da população em geral.
Justificativa: a expectativa de vida e a mortalidade de
militares estaduais não costumam ser objeto de pesquisa
no Brasil, principalmente sua comparação com a
população civil
 Expectativa de vida dos militares estaduais do Paraná:
estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018

INTRODUÇÃO
• Questão norteadora: Qual a média de idade de falecimentos
dos militares estaduais do Paraná e as principais causas de
morte, no período de 2010 a 2018?

• Objetivo geral: realizar um levantamento sobre a média de

idade de falecimento dos militares estaduais do Paraná

• Objetivos específicos: identificar as principais causas de morte

dos militares estaduais do Paraná, bem como demais variáveis,
no período de 2010 a 2018; efetuar comparação com a
mortalidade da população brasileira em geral
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estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018

REVISÃO DE LITERATURA
• Ao ingressarem na Corporação: são mais saudáveis que a
população civil (MERINO, 2010)
• Rotina do serviço: faz com que saúde se agrave
gradativamente.
• Estilo de vida: alimentação desbalanceada, irregularidade de
rotina de sono, sedentarismo e isolamento social - afetam
consideravelmente a saúde física e mental de qualquer ser
humano (MINAYO; ASSIS; OLIVEIRA, 2011)
• Os riscos da atividade policial, combinado com o estilo de vida,
propicia o aparecimento de várias enfermidades
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estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018

REVISÃO DE LITERATURA
2ª PROFISSÃO MAIS ESTRESSANTE DO MUNDO (SANTANA; SABINO, 2012)
(History – militares em serviço; Revista Exame - Atendente de polícia, bombeiro e de ambulância)

• vive diariamente um contexto de guerra permanente, enfrentando a

violência nas ruas, lidando diretamente com a criminalidade (MERINO,
2010)

• Além dos danos à saúde mental, o elevado estresse contribui

severamente para o envelhecimento precoce e o aparecimento de
outras doenças, pois promove uma série de alterações orgânicas,
principalmente hormonais, como a liberação do cortisol, que inibe a
atuação protetora do sistema imunológico, propiciando até mesmo o
desenvolvimento de células cancerígenas (MERINO, 2010)
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estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018

METODOLOGIA
• PESQUISA DOCUMENTAL: coleta manual de dados
nos BG de 2010 a 2013.
• Falecimentos de 2013 até 2018: consulta à
DP/Inativos, Arquivo Geral, DP/Mobilizadora e JM
(atestados de óbito que chegaram até 30/09/2018)
• 33 atestados de óbito de 2013 não foram localizados,
não sendo possível verificar a causa da morte
*Falecimentos em serviço – consulta à COGER
 METODOLOGIA

DADOS COLETADOS:
• Posto/graduação;
• Gênero;
• Datas de nascimento e óbito - Idade;
• Causas da morte – causa básica (doença ou lesão
que iniciou uma sucessão de eventos e terminou com
morte)
* Causas intercorrentes: contribuíram para a morte,
porém não estão relacionadas com a doença (Ex:
diabetes, hipertensão, alcoolismo, tabagismo)
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estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018

METODOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO DAS MORTES (CID-10):
1- causas externas (acidentais ou violentas);
2- neoplasias (diversos tipos de câncer e tumores);
3- doenças do aparelho circulatório (coração e
cerebrovasculares);
4- doenças do aparelho respiratório (pulmão, pneumonia,
entre outras);
5- doenças do aparelho geniturinário (rins e órgãos
reprodutores, entre outras);
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estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018

METODOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO DAS MORTES (CID-10):
6- doenças do aparelho digestivo (fígado, estômago, etc);
7- doenças do sistema nervoso (Parkinson, Alzheimer, escleroses,
entre outras);
8- doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (acidose,
desnutrição, entre outras);
9- doenças infecciosas ou parasitárias (raiva, febre amarela, AIDS,
tuberculose, meningite, malária, dengue, tétano, etc)
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METODOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO DAS MORTES (CID-10, Sistema
de Informações sobre Mortalidade/MS, IBGE):
10- sintomas e afecções mal definidas (causa
desconhecida);
11- morte natural (com ou sem assistência médica);
12- outras (no aguardo de exames
complementares).
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
TABELA 1 - NÚMERO DE
FALECIMENTOS
ANO TOTAL • MÉDIA: 212,4 falecimentos por ano;
2010 192 • MORTALIDADE GERAL: 6,1 mortes
2011 201
para cada mil militares estaduais
2012 230 (TOTAL: 35.050 ativos e inativos - PARANAPREVIDÊNCIA,
2013 234 2018)

2014 223 • No Brasil: 5,7 mortes para cada mil

2015 189 habitantes (BRASIL, 2015)
2016 214
• 96% PM (1% Fem)
2017 216
• 4% BM (0 Fem)
2018 (jan.- set.) 158
Total Geral 1857
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
GRÁFICO 1 – MILITARES ESTADUAIS ATIVOS E INATIVOS FALECIDOS
ENTRE 2010 E 2018

Ativa: 16%

Reserva: 15%

Reforma: 69%
 RESULTADOS E DISCUSSÃO

GRÁFICO 2 – OFICIAIS E PRAÇAS FALECIDOS DE 2010 A 2018

Oficiais
11%

Praças
89%

- PRAÇAS: 92% DO EFETIVO DA ATIVA (META 4)

- ASP OF: CONSIDERADOS OFICIAIS
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
GRÁFICO 3 – MILITARES ESTADUAIS FALECIDOS ENTRE 2010 E 2018

Faixas de idade
350
300
250
200
150
100
50
0
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
TABELA 3 – MÉDIA DE
IDADE DE MORTE
ANO IDADE
2010 65,55 EXPECTATIVA DE VIDA
2011 67,74 • No Brasil: 75,8 (IBGE)
201 67,03 • No Paraná: 77,1 (IBGE)
2013 66,49
• Militares estaduais do PR: 66,2
2014 64,74
2015 66,03
2016 64,45
2017 67,25
2018 (jan.- set.) 66,63
Média Geral 66,21
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
GRÁFICO 4 – CAUSAS DE MORTE
600

500

400

300

200

100

0
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
GRÁFICO 5 – PRINCIPAIS DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO (DAC)

outras DAC: IAM: 27,5%

35,8%

AVC: 27,5%
Cardiopatias:
9,3%

IAM: Infarto Agudo do Miocárdio

AVC: Acidente Vascular Cerebral
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
GRÁFICO 6 – NEOPLASIAS FATAIS POR ÓRGÃO

18 %
16
14
12
10
8
6
4
2
0
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
CAUSAS INTERCORRENTES DE MORTE DE MILITARES ESTADUAIS

Obesidade
6% 2%
Tabagismo

8%
Alcoolismo

48%
Hipertensão
37%
Diabetes

Total: 410 Atestados de óbito

com registro de causas
intercorrentes
 RESULTADOS E DISCUSSÃO
CAUSAS EXTERNAS - COMPARATIVO

38%

34%
33%

28%

19%
16%
13%

8%
7%
4%

HOMICÍDIOS ACIDENTES SUICÍDIOS QUEDAS DEMAIS

DE TRÂNSITO CAUSAS

militares estaduais população em geral

 RESULTADOS E DISCUSSÃO

GRÁFICO 8 – PROPORÇÃO DE MORTES

POR CAUSAS EXTERNAS

32%
INATIVOS

68%
ATIVA TOTAL: 208 óbitos – ativa
37,5% - acidentes de trânsito
37,5% - homicídios
16,8% - suicídios
 RESULTADOS E DISCUSSÃO

TABELA 6 – FALECIMENTOS EM SERVIÇO

EM SERVIÇO 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 TOTAL
Homicídios 2 0 3 3 2 2 1 4 3 20
Acidentes 4 8 7 6 1 1 5 2 2 36
Total Anual 6 8 10 9 3 3 6 6 5 56

Média: 6,2 por ano

 RESULTADOS E DISCUSSÃO
GRÁFICO 9 – SUICÍDIOS
10
8
6
4
2
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
(jan.-
set.)
Do total:
69% ativa (88% usou arma de fogo)
Inativos: 31% com arma de fogo (maioria enforcamento)
 Expectativa de vida dos militares estaduais do Paraná:
estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018

CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Expectativa de vida do militar estadual do Paraná = 66,2 anos
(9 anos abaixo da população brasileira e 11 anos abaixo da população paranaense)

- Mortalidade Geral na PMPR = 6,1 mortes para cada mil militares

estaduais (média brasileira = 5,7 óbitos para cada mil habitantes)
- Principais causas de morte (mesmas da população em geral):
1- DAC (principalmente IAM e AVC)
2- Neoplasias (câncer): principais = pulmão, próstata e intestino
3- Causas externas (principal = acidentes de trânsito)
 CONSIDERAÇÕES FINAIS

- Principal causa intercorrente = hipertensão

- Suicídios tiveram percentual 2,4 vezes maior que da população
em geral
- Policiais femininas e bombeiros: causas externas
• BM – acidentes de trânsito
• Pfem – suicídio
- Perfil Geral = Sd. PM, masculino, inativo, 66 anos, principal
causa de morte: DAC; causa intercorrente: hipertensão; principal
causa externa: acidente de trânsito.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS

- Profissão com características próprias (alto nível de estresse,

dedicação integral e constante risco de morte), por isso é
necessário o conhecimento dos padrões de mortalidade para
tomada de decisões e medidas de prevenção em saúde
- Sugestões: DP, DS e DDTQ mantenham um sistema de controle
e análise estatística das doenças e causas de mortes dos
militares estaduais, permitindo estudos sobre a questão
- Fortalecimento do HPM e convênios para tratamento no interior
- Necessidade de estudos mais aprofundados
 Expectativa de vida dos militares estaduais do Paraná:
estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2014 – Uma Análise da Situação de Saúde.
Brasília, 2015. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2014_analise_situacao.pdf>.
Acesso em: 31 jul. 18.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil em síntese. Disponível em:

<https://brasilemsintese.ibge.gov.br/populacao/taxas-brutas-de-mortalidade.html>. Acesso
em: 9 set. 2018.

MERINO, P. S. Mortalidade em efetivos da Polícia Militar do Estado de São Paulo, 2010.

121. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – UFSP, São Paulo, 2010.

MINAYO, M. C. S; ASSIS, S. G.; OLIVEIRA, R. V. C. Impacto das atividades profissionais na

saúde física e mental dos policiais civis e militares do Rio de Janeiro (RJ, Brasil). Ciência &
Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 4,:p. 2199-2209, 2011.

SANTANA, S. L.; SABINO, A. D. V. Estresse policial militar: efeitos psicossociais. Conexão,

Três Lagoas, 2012.
 OBRIGADA!

POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ

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