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Farmacologia

Farmacologia dos

dosanestésicos
anestésicos
locais
locais
Farmacocinética

 É o estudo do movimento de uma substância química no interior de um


organismo vivo
 Sempre que formos administrar um medicamento para o paciente, temos
que lembrar que todos os medicamentos e anestésicos são considerados
substâncias químicas. Ou seja, é uma intervenção medicamentosa que
iremos administrar no paciente. Por isso, temos que tomar certos
cuidados
 Os processos da farmacocinética são:

I. Absorção
II. Distribuição
III. Biotransformação (metabolização)
IV. Excreção
 Quando colocamos o anestésico no tecido, parte dele será absorvido
pelos tecidos musculares e gordurosos, mas grande parte irá para a região
de nervos, onde estão localizados os neurônios. Dessa forma, impede que
a polarização (troca de íons) dos nervos aconteça
 Os anestésicos que vão para os tecidos são mais rapidamente absorvidos
e irão sofrer todo o processo da farmacocinética. Já os que ficam próximo
ou em contato com o nervo vão ter o metabolismo mais lento
 A maioria dos fármacos precisam ser absorvidos para exercer a sua função
clínica. Já os anestésicos não devem ser absorvidos para entrarem em
ação, pois a parte absorvida para de fazer efeito devido a metabolização.
Então, o que fará efeito será o que está próximo ao nervo
 Quando sai sangue na cirurgia, por exemplo, o anéstésico sai junto. Assim,
o fármaco está sendo eliminado, fazendo com que a anestesia passe mais
rápido. Por isso temos anestesia local e o bloqueio regional de nervos

 Em relação a velocidade e eficiência da absorção: qualquer fármaco, do


momento que ele é administrado até o momento do efeito, leva um certo
tempo para isso acontecer. Sendo assim, devemos esperar o efeito
acontecer para começar o procedimento

 Temos duas vias de administração de medicamentos. São elas:

A. Via enteral: são todas as vias que tem relação com o trato
gastrointestinal. Pode ser: oral, sublingual ou retal
B. Via parenteral: são as anestesias. Podem ser: intravenosa, via muscular,
subcutânea e tópica. O que não devemos fazer é que, na hora na
anestesia, seja intravenoso, pois o anestésico já irá direto para o sangue e
não terá absorção
 O anestésico por si só é vasodilatador, ou seja, relaxa a musculatura e
abre os vasos sanguíneos, tornando o fluxo maior e mais rápido,
eliminando a anestesia mais rapidamente
 Mesmo em pacientes com problemas cardiopatas, devemos priorizar um
anestésico com vasoconstritor que possa ser utilizado nesses pacientes
pois, assim, a anestesia irá passar mais devagar

 Efeito clínico na absorção: o agente anestésico é depositado e sofre uma


vasodilatação. Assim, a velocidade da absorção será mais rápida, tendo
uma duração menor. Dessa forma, o local terá mais concentração
sanguínea, sangrando mais e excretando anestésico. Teremos que
aumentar a dosagem no paciente, correndo riscos de ter uma reação
tóxica

Toxicidade: todo medicamento tem a sua toxicidade. Só depende da


condição e dosagem do fármaco. Substâncias com baixa toxicidade
produzem danos em maior concentração, e com alta toxicidade produzem
danos em baixa concentração
Toxicidade X intoxicação:

 A intoxicação é o conjunto de efeitos nocivos identificados por sinais e


sintomas que revelam o desequilíbrio orgânico causado por um agente
químico
 Os sinais e sintomas são:

I. Formigamento de lábios e língua


II. Distúrbios visuais (visão dupla ou turva)
III. Zumbido nos ouvidos (raro)
IV. Espasmos musculares
V. Tremores
VI. Convulsões
VII. Síncope (desmaio)
VIII. Parada respiratória e cardíaca

Toda vez que damos uma anestesia, ela terá a sua meia vida, que é o
tempo em que o anestésico será eliminado do organismo. É o tempo que
ele leva para ser metabolizado

Tipos de anestésicos:

1. Tipo éster: ocorrem no plasma sanguíneo, e a anestesia passa mais


rápido. Geralmente desencadeiam uma maior reação e toxicidade do que
os anestésicos do tipo amida. Por isso, são menos utilizados. São eles:
cocaína, procaína, buracaína, tetracaína e cloroprocaína
2. Tipo amida: são os mais utilizados, pois não hidrossolúveis, tendo soro ou
água na solução e sendo absorvidos mais facilmente. Apresentam maior
vida em relação aos ésteres e tem poder de duração maior. São eles:
lindocaína, mepivacaína, prilocaína, buoivacaína e articaína

 Curiosidade: em qualquer situação de anestesia em regiões extremas, como


pés, mãos, dedos e rosto, a circulação é pior. Então, se usarmos anestésicos
vasoconstritores nessas regiões, o risco de a circulação ser impedida é
grande, podendo causar necrose. Assim, o anestésico deve ser sempre sem
vasoconstritor

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