13/04/2021 Videogame: no limite entre o bem e o mal | Veja Saúde
Nem todo jogador de videogame é um compulsivo
O psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Programa Integrado dos Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, concorda que não dá para brincar com o assunto. “Não é adequado submeter uma criança ou um adolescente a horas e horas de jogos violentos. Um dos efeitos disso é criar a noção de que o uso da violência é justificável na resolução de conflitos”, avalia. Se a participação dos games em episódios de agressividade ainda é alvo de polêmica e estudo, há cada vez mais consenso entre profissionais de saúde de que tempo demais com o joystick tende a virar um problema sério.
Nabuco já recebeu em seu consultório um adolescente de 17 anos levado à força pela
mãe. Viciado em jogos eletrônicos, o rapaz chegou a passar 55 horas, ininterruptas, de frente para o videogame. Não parava sequer para ir ao banheiro. Fazia as necessidades ali mesmo, na roupa. “Com uma mão continuava a jogar e com a outra tirava a roupa suja e a arremessava pela janela”, relata o psicólogo. É um caso extremo de uma condição que não para de fazer vítimas: a obsessão por videogame, que passou a ser considerada um transtorno mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi incluída no manual Classificação Internacional de Doenças (CID).
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