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CONSOLOS CURTOS E MUITO CURTOS DE CONCRETO ARMADO:

EXEMPLOS USANDO NOVOS MODELOS PROPOSTOS, COM ROTEIRO


PRÁTICO DE CÁLCULO E CONSIDERANDO A RECENTE REVISÃO DA
NBR 6118 (NB1)

Claudinei Pinheiro Machado

Eng. Civil pela Escola Politécnica da USP (EPUSP), Doutor pelo Depto. de Engenharia de Estruturas
e Fundações da EPUSP, Prof. de Cursos de Atualização do PECE (EPUSP) (a partir de 1980),
Membro da Comissão de Estudos da Revisão da NBR 6118 (NB1), Consultor.
email: clapimachado@uol.com.br

Endereço para correspondência:


Rua Min. Rafael de Barros Monteiro, 258 - CEP 05632-010 São Paulo - SP Brasil

Resumo
Este trabalho tem como objetivo aplicar à prática do projeto estrutural as principais
conclusões dos estudos e pesquisas de peças de consolos curtos e de consolos muito
curtos de concreto armado realizadas pelo autor nos últimos anos e anteriormente
publicadas em três trabalhos. Uma apresentação resumida dos modelos propostos
(incluindo a formulação, exemplos e recomendações adicionais) foi feita nos dois últimos
trabalhos, em 2000.

Este terceiro trabalho, que tem por base todos os anteriores, é de natureza bem prática,
visando aplicações ao projeto estrutural corrente, face às novas recomendações da NBR
6118 (NB1), cuja revisão final foi recentemente aprovada pela ABNT. Pela primeira vez a
NB1, nesta nova versão, apresenta recomendações para os elementos especiais, entre
os quais os consolos, mas são apenas recomendações básicas (diretrizes gerais). Este
trabalho pretende dar a sua contribuição à pratica de projeto, com o uso de formulários
práticos de cálculo para consolos com cargas verticais e horizontais ou com apenas
cargas verticais, considerando as taxas máxima e mínima de armadura e as disposições
construtivas recomendadas, tudo ilustrado através de exemplos resolvidos, mostrando-se
toda a seqüência de cálculos.

Para os consolos curtos foi aplicada uma formulação baseada em modelos propostos de
“escoras e tirantes”, aprimorados a partir de algumas soluções clássicas. Para os
consolos muito curtos empregou-se uma formulação com uma conceituação que poderia
ser considerada como uma nova teoria de atrito-cisalhamento modificado linear, com
coeficiente de atrito e coesão aparente variáveis com a resistência do concreto.

Acredita-se que o conteúdo deste trabalho e dos anteriores possa ser útil tanto como
complementação às recomendações já normalizadas, como também fornecendo
subsídios a futuras revisões parciais da NBR 6118.

V Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto 1


1 Introdução
1.1 Considerações iniciais
Este trabalho trata especificamente dos consolos curtos e muito curtos de concreto
armado sob o ponto de vista prático, com aplicação direta ao projeto estrutural, com base
em modelos e critérios propostos pelo autor em trabalhos anteriores, que possuem ampla
justificativa experimental. Os modelos propostos foram comprovados através de mais de
300 ensaios executados por diversos investigadores, conforme MACHADO (1999),
trabalho no qual também está apresentada, como introdução, uma revisão geral da
literatura, analisando vários estudos e ensaios, entre os quais FRANZ e NIEDENHOFF
(1963), KRIZ e RATHS (1965), MATTOCK, CHEN e SOONGSWANG (1976) e
HAGBERG (1983) e WALRAVEN, J., FRÉNAY, J. e PRUIJSSERS (1987).
1.2 Objetivos
Este trabalho tem como um dos objetivos servir como uma complementação dos dois
últimos MACHADO e PIMENTA (2000-a; 2000-b), que fizeram uma apresentação
resumida dos principais modelos, conceitos e formulação desenvolvidas em 1999 (Tese
de Doutorado).
Pretende-se apresentar um roteiro prático a ser aplicado ao projeto e cálculo de consolos
para os casos mais freqüentes, com um formulário, recomendações e com exemplos
resolvidos e comentados, mostrando a viabilidade de utilização prática dos novos
critérios, que fazem o aprimoramento de modelos clássicos, com considerações mais
rigorosas. A idéia é, a partir da ilustração dos roteiros e exemplos resolvidos, ressaltar
aspectos importantes e tirar conclusões.
Outro objetivo do trabalho é comentar e usar algumas recomendações sobre consolos da
NBR 6118 (2003), agora totalmente revisada, aprovada e em circulação, além de verificar
as condições de aplicabilidade dos novos modelos a esta norma.
2 Consolos curtos
2.1 Considerações preliminares
No modelo aqui aplicado, os consolos curtos são definidos para 1 / 3 ≤ a / d ≤ 1 , avançando
em relação à definição clássica ( 1 / 2 < a / d ≤ 1 ).
Os consolos curtos devem ser projetados de modo a garantir que a armadura do tirante
entre em escoamento antes da ruptura do concreto à compressão, evitando rupturas não
dúcteis, sem aviso. Quando a armadura está em início de escoamento e ocorre a ruptura
à compressão do concreto na flexão no nó inferior do modelo de treliça, esta
configuração é denominada configuração balanceada, ocorrendo simultaneamente dois
estados limites últimos definidos no modelo: o do escoamento da armadura do tirante
(FT) e o da ruptura do concreto à compressão na flexão (FC). A taxa mecânica de
armadura balanceada ω bal corresponde à armadura necessária nesta configuração.
Deve ser garantido no projeto um certo afastamento da configuração balanceada e que a
geometria admitida para a biela nesta configuração (a altura da sua seção transversal, por
exemplo) esteja realmente disponível considerando as dimensões da placa de apoio sobre o
nó superior (não basta, embora também seja necessário, verificar a pressão de contato da
placa). A abertura da carga sob a placa de apoio e outros elementos geométricos influem na
seção transversal disponível da biela. Esta configuração é denominada aqui de configuração
limite da biela, que é um estado limite último de ruptura à compressão na flexão, do qual o
projeto deverá garantir um certo afastamento. A taxa mecânica de armadura na configuração
limite da biela, ω lim,c , corresponderá à esta situação.
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2.2 Hipóteses básicas (consolo curto: 1/ 3 ≤ a / d ≤ 1)
a) As deformações elásticas dos materiais são desprezíveis quando comparadas com as
deformações plásticas. Deverão ser considerados dois estados limites últimos: o estado
limite último de escoamento de armadura (Figura 1) e o estado limite último de ruptura do
concreto por compressão na flexão (Figura 2). Para cargas diretas a tensão na biela
inclinada, junto ao nó inferior, deverá respeitar à condição de segurança:
σ cd ≤ f cd* =0,85 (1 − f ck / 250) f cd [MPa], assim como a tensão vertical sob a placa de apoio
deverá atender à limitação: σ cd ≤ 0,6(1 − f ck / 250) f cd [MPa] ( f ck em MPa);
b) No projeto, os consolos curtos deverão ser verificados ou dimensionados para as
ações de cálculo, de modo que a ruptura possa ocorrer pelo tirante e não pelo
concreto, devendo-se guardar certo afastamento da configuração balanceada, (início
do escoamento do aço e ruptura do concreto com a tensão f cd* da alínea a) e da
configuração limite da biela (ruptura do concreto, conforme a Figura 2);
c) Para a definição da geometria da biela na verificação do estado limite de ruptura do
concreto à compressão na flexão - FC (configuração limite da biela), poderá ser
adotada a abertura de carga sob a placa de apoio conforme a Figura 3;
d) A altura do consolo na extremidade deverá ser hex ≥ d / 2 , a ancoragem da armadura
principal deverá ser adequada e a carga não poderá ser posicionada além da
curvatura desta armadura (valores mínimos do afastamento aex segundo a Figura 5);
e) A armadura de costura As 2 poderá ser computada somente na faixa superior (2 / 3)d e
se H d = 0 (∗). Adotar no cálculo As 2 = 0 quando H d ≠ 0 , mesmo que As 2 ≠ 0 , pois será
sempre recomendável a colocação de uma costura para ductilizar a ruptura;
f) Para o projeto dos consolos curtos com costura (recomendados), os valores de
cálculo das ações deverão ser multiplicados por um coeficiente global de ajuste da
segurança γ n = 1,3 , independentemente das proporções das cargas permanente e
acidental, para se levar em conta certas flutuações nos valores e posicionamento das
cargas e o comportamento especial desta peça (por exemplo, pequenas torções nos
consolos, não previstas nos modelos, que reduzem a resistência). Em casos
excepcionais de consolos com altura não superior a 300 mm, será alternativamente
permitida a dispensa da armadura de costura desde que se adote γ n = 1,6 . Permite-se
a adoção dos valores γ n = 1,2 ou γ n = 1,5 , respectivamente nos dois casos anteriores,
para peças pré-fabricadas em usina.
g) No modelo adotado supõe-se que as cargas atuem no plano de simetria do consolo.
Casos especiais com excentricidades transversais não pequenas (“torção”) devem ser
analisados por outro modelo (treliça espacial, por exemplo).
O coeficiente γ n , previsto na seção 5.3.3 da Norma de ações e segurança NBR 8681 (2003),
é dado por γ n = γ n1xγ n 2 , onde γ n1 ≤ 1,2 e γ n 2 ≤ 1,2 em função, respectivamente, da
ductilidade e da gravidade das consequências de uma eventual ruína. Portanto, o maior valor
previsto para γ n seria 1,44, aplicável tanto às ações, como às resistências dos materiais.
Recomenda-se projetar os consolos curtos e os muito curtos sempre com armadura de
costura. A alternativa sem costura para casos excepcionais, indicada em 2.2f, é para
possibilitar, por exemplo, a verificação de consolos existentes de baixa altura, de forma

(∗)
Refere-se à utilização da armadura de costura como uma armadura suposta concentrada para o cálculo, formando um segundo
tirante em um modelo mais geral de dupla treliça, estudado por MACHADO (1999), assunto que não será tratado neste trabalho.
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simplificada, fazendo o uso de γ n como um coeficiente equivalente para considerar a
redução das resistências desses consolos, de modo a enquadrá-las aproximadamente
nos resultados experimentais disponíveis para os modelos aqui adotados (MACHADO
(1999), MACHADO e PIMENTA (2000-a, 2000-b)). Por isso, os coeficientes de ajuste
(equivalentes, no caso) chegam a valores maiores que 1,44 ( γ n = 1,6 ou 1,5 em 2.2f).
A atual NBR 6118 (2003), em sua seção 22.3.1.4.3 não permite o projeto de consolos
curtos ou muito curtos sem costura, e na seção 22.1, exige a aplicação do coeficiente γ n
às solicitações de cálculo em todos os elementos especiais, incluindo os consolos.

2.3 Dimensionamento (roteiro)


2.3.1 Armadura do tirante ( As1 )
a) Valores de cálculo do carregamento e o coeficiente de ajuste da segurança γ n
γ f = γ g = γ q = 1,4 (casos usuais); casos gerais: NBR 6118 (2003) ou NBR 8161 (2003)
γ n = coeficiente global de ajuste da segurança, conforme hipótese 2.2f e final de 2.2
γ n = 1,3 (peças moldadas no local) ou 1,2 (peças pré-moldadas em usina)
Vd = γ f Vgk + γ f Vqk e H d = γ f H g + γ f H q ou, H d = tgϕVd (se tgϕ for dada) (1)
H d somente poderá ser tomado como nulo se forem projetadas condições construtivas
para tal. A NBR 9062 (1985) recomenda valores mínimos para vários tipos de apoio.
b) Verificação da pressão de contato no apoio (conforme as hipóteses básicas em 2.2a):
σ Rd , apoio = 0,6(1 − f ck / 250) f cd (2)
Esta pressão resistente no apoio poderá ser majorada, usando por exemplo, o critério
da seção 21.2.1 da NBR 6118 (2003) com adaptação, supondo os contornos Aco = a a ba
e Ac1 homotéticos, tal que Ac1 = (b / ba ) Aco (válido para 2ao / a a ≥ b / ba , admitindo que
2

não haja riscos de fendilhamento do concreto sob a placa de apoio ou exista armadura
suficiente para absorver os esforços horizontais de tração):
σ Rd ,apo ,maj = σ Rd ,apo Ac1 / Aco ≤ 1,5σ Rd ,apo → σ Rd , apo , maj = (b / ba )σ Rd , apo ≤ 1,5σ Rd , apo (3)
σ Sd ,apo = VSd /( a a ba ) (4)
c) Adotar um valor da altura útil d = h − d ' para iniciar o cálculo e verificar posteriormente
se 1 / 3 ≤ a / d ≤ 1 consolo curto ( 1 / 2 ≤ a / d ≤ 1 pela NBR 6118 (2003))
se a / d < 1 / 3 consolo muito curto ( a / d < 1 / 2 pela NBR 6118) (roteiro do capítulo 3)
d) Armadura necessária do tirante
ηV = VSd /(bdf cd* )
d
sendo f cd* = 0,85(1 − f ck / 250) f cd (5)

a ' = a + ∆htgϕ , ∆h = h − d + t a e tgϕ = H d / Vd (6)

1 + 1 − ηVd (ηVd + 2a ' / d ) 2(1 + tgϕtgθ )(1 − (a ' / d )tgθ )


tgθ = , ω = ω1 = (7)
η V + 2a ' / d
d
1 + tg 2θ

As1 = bdω1 f cd* / f yd (8)

e) Armadura mínima do tirante (verificação usando valores caracteísticos):


ω k ,min = 0,04, sendo ω k = [ As1 /(bd )] f yk / f ck = ρ1 f yk / f ck (9)
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Figura 1 - Modelo biela-tirante para consolos curtos com cargas vertical V d e horizontal H d , no estado
limite último de escoamento da armadura principal (tirante) à tração (MACHADO. 1999)

Figura 2 - Modelo biela-tirante para consolos curtos com cargas vertical V d e horizontal H d , no estado
limite último de ruptura do concreto à compressão na flexão ( θ = θ lim,c e x = xlim,c ) (MACHADO (1999).

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Figura 3 - Critério para para a
consideração da abertura da carga
sob a placa de apoio na ruptura
pelo concreto (consolos curtos
com cargas verticais e
horizontais).
(MACHADO, 1999)

f) Taxa mecânica de armadura balanceada ( ω bal )


A solução numérica do problema é trabalhosa. MACHADO (1999) preparou tabelas, a
partir das quais foram ajustadas expressões (aproximadas), apresentadas a seguir:
ω bal = 1,5(1 − a d )ω b,1 / 3 + 0,5(3 a d − 1)ω b ,1 (expressão aproximada geral) (10)

I) Para H d = 0 : ω bal = 1,5(1 − a / d )k / f ckl + 0,5(3a / d − 1) p / f ckq (11)

II) Para H d / Vd ≥ 0 : ω b ,1 / 3 = (1 − H d / Vd )k / f ckl + ( H d / Vd )m / f ckn (12)

ω b ,1 = (1 − H d / Vd ) p / f ckq + ( H d / Vd )r / f cks (13)

III) Para H d / Vd ≤ 0 : ω b ,1 / 3 = (1 + H d / Vd )k / f ckl − ( H d / Vd )m / f ckn (14)

ω b ,1 = (1 + H d / Vd ) p / f ckq − ( H d / Vd )r / f cks (15)

g) Taxa mecânica de armadura na configuração limite da biela ( ω lim,c )


Valor determinado com base nas dimensões da placa de apoio ( aa , t a ), no ângulo de
abertura da carga sob a placa ( ϕ s ) e em outros dados geométricos. Verificar
inicialmente se a posição de aplicação da carga (aparelho de apoio) respeita o
afastamento mínimo recomendado aex da extremidade do consolo (Figura 5)
aex ≥ c + 3,5φ + d ' (H d / Vd ) p/ φ < 20 mm ou a ex ≥ c + 5,0φ + d ' (H d / Vd ) p/ φ ≥ 20 mm (16)
e então, ao = aa / 2 + aex (17)

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tgϕ s = ( − a − a a / 2 − c − φ ) / d ' ≤ 0,5 + tgϕ ≤ 1 (18)
∆ ash = d ' ( tgϕ s − tgϕ ) , a ash = a a − 2t a tgϕ + 2∆ ash , ∆h / d = (d '+t a ) / d (19)

k 5 = a / d + (∆h / d )tgϕ + 0,5(a ash / d ) , ω lim,c = (a ash / d )(tgϕ + k 5 ) /[1 + (k 5 ) 2 ] (20)

h) Critério da taxa mecânica máxima de armadura ω máx


Deve ser verificado se a taxa mecânica de armadura calculada para o tirante não
supera a taxa máxima, evitando a ruptura pelo concreto antes que o aço se escoe. A
NBR 6118 (2003) continua sem critérios e a NBR 9062 (1985) recomenda um valor fixo
que parece muito conservador em certos casos, ω k ,max = 0,15 , ω k dado por (9b).

Critério adotado: ω lim = ω bal ≤ ω lim e ω máx = 0,75ω lim (21)


i) Verificação do valor de d adotado, após a distribuição das barras do tirante (O cálculo
será refeito se for significativa a diferença entre o valor adotado e o obtido)

Tabela 1 - Valores dos coeficientes


usados na expressão aproximada
geral(10) obtida para ω bal
( ∆h / d = 0,15 e H d > 0
quando tende a tracionar a
(∗)
interface consolo-pilar).

2.3.2 Armadura de costura ( As 2 ) (estribos horizontais para os casos correntes)


Para os consolos curtos com Vd e H d = 0 , conforme os ensaios, a armadura de costura
contribui efetivamente para a resistência da peça, além de melhorar a sua ductibilidade.
Para os consolos com Vd e H d ≠ 0 a contribuição para a resistência é muito pequena,
mas evita rupturas explosivas, sem aviso (ver final de 2.2).
a) Costura no trecho horizontal (2/3)d adjacente ao tirante, para 1 / 2 ≤ a / d ≤ 1
As 2 ≥ ( As1 − H d / f yd ) / 2 ≥ ( As ,cos / s ) min × (2 / 3)d (22)
sendo ( As ,cos / s) min armadura de costura distribuída mínima, dada em 2.3.2c.

b) Costura no trecho horizontal (2/3)d adjacente ao tirante para consolos curtos com
1 / 3 ≤ a / d < 1 / 2 (este caso não se aplica à atual NBR 6118 (2003)).
As 2 ≥ ( As1 − H d / f yd ) / 2 ≥ ( Asav + H d / f yd ) / 3 ≥ ( As ,cos / s) min × (2 / 3)d (23)

com ( As ,cos / s) min dada em 2.3.2c e Asav conforme 3.3.1d.

c) Costura no trecho horizontal (1/3)d restante (valor mínimo). Se b é dado em mm:


( As ,cos / s ) min = 2,5b [mm 2 / m] (aço CA-25) ou = 1,5b [mm 2 / m] (aços CA-50; CA-60) (24)

(∗)
A nomenclatura dos aços Classes A e B foi eliminada da norma NBR 7480 (1996), mas é aqui mantida por tradição.
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2.4 Verificação (roteiro)
a) Coeficientes γ f e γ n : é válido o indicado em 2.3.1a
b) Taxa mecânica de armadura balanceada ω bal (expressões (10) a (15) e Tabela 1)
c) Taxa mecânica de armadura na configuração limite da biela ω lim,c (exprs. (16) a (20))
d) Taxa mecânica máxima de armadura ω máx (conforme 2.3.1h)
ω lim = ω bal ≤ ω lim,c e ω máx = 0,75ω lim (21)

e) Capacidade resistente do consolo no estado limite último de escoamento da armadura


do tirante (quando existirem apenas cargas verticais, basta fazer tgϕ = H d / Vd = 0 )

ω = ω1 = As1 f yd /(bdf cd* ) (adotar ω = ω1 ≤ ω máx ), f cd* = 0,85(1 − f ck / 250) f cd (25)

a ' / d = [a + (h − d + t a )tgϕ ] / d ; k1 = tgϕ − a ' / d e k 2 = ω 1 + 2(a ' / d )tgϕ (26)

tgθ = tgθ y = (1 / k 2 )[k1 + (k1 ) 2 + k 2 (2 − ω 1 ) ] f cd* = 0,85(1 − f ck / 250) f cd [MPa] (27)

ηV = (2tgθ )[1 − (a' / d )tgθ ] /[1 + tg 2θ ]


d
V yRd = ηVd bdf cd* H yRd = V yRd tgϕ (28)
f) Capacidade resistente do consolo em função da pressão resistente de contato à
compressão do concreto sob a placa de apoio σ Rd ,apo ou σ Rd , apo , maj (dadas por (2) e (3)):

VRd ,apo = (aaba )σ Rd ,apo e H Rd , apo = tgϕVRd , apo (29)

V Rd ,apo , maj = (a a ba )(b / ba )σ Rd , apo ≤ 1,5(a a ba )σ Rd , apo e H Rd ,apo ,maj = tgϕVRd ,apo ,maj (30)
g) Capacidade resistente do consolo: o menor entre os valores obtidos em 2.4e e 2.4f:
V yRd ≤ V Rd ,apo e H Rd ≤ H Rd ,apo (31)
Em valores característicos, com os coeficientes indicados em 2.4a resultam:
V Rk = V Rd /(γ f γ n ) e H Rk = H Rd /(γ f γ n ) (32)
h) Armadura de costura: desconsiderada na capacidade, embora existente (ver 2.3.2)
(Para a consideração da colaboração da costura em consolos curtos no modelo de
bielas proposto através de uma dupla treliça (tirante + costura) ver MACHADO (1999)).
3 Consolos muito curtos
3.1 Considerações preliminares
Consolos muito curtos são os consolos com baixas relações a / d , que nos ensaios
geralmente rompem por cisalhamento na interface consolo pilar e, em poucos casos, à
flexão. No modelo aqui adotado, os consolos muito curtos estão na faixa a / d < 1 / 3 , bem
caracterizada nos ensaios. Os pesquisadores e normas, em sua maior parte, como a
NBR 9062 (1985) e a NBR 6118 (2003), ainda adotam a definição clássica: a / d < 1 / 2 .
No modelo aqui aplicado é usada a formulação de atrito-cisalhamento modificado linear,
com coeficientes de atrito e coesão aparente variáveis com a resistência do concreto,
proposta por MACHADO (1999), MACHADO e PIMENTA (2000-b).

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Figura 4 – Ilustração gráfica das equações lineares propostas para a tensão de atrito-cisalhamento
resistente de cálculo, equações (36) a (39) MACHADO (1999) e MACHADO e PIMENTA (2000-b)

3.2 Hipóteses básicas e as novas equações do modelo


a) O estado limite último principal a ser verificado no modelo adotado é o da ruptura do
concreto por cisalhamento na interface consolo-pilar - CI devido à ação simultânea
das cargas vertical e horizontal (se H d ≠ 0 ), mas também deverá ser verificado,
mesmo que aproximadamente, o estado limite último de ruptura por tração na flexão -
FT.
b) Admite-se a transmissão de esforços tangenciais por atrito-cisalhamento, na interface
consolo-pilar, através de uma armadura de atrito-cisalhamento Asa , convenientemente
distribuída ao longo da altura do consolo, podendo-se levar em conta também a
armadura superior (tirante).
c) Valem as hipóteses de 2.2f.e de 2.2g (forma de aplicação do carregamento)
A equação proposta para a tensão de atrito-cisalhamento resistente de cálculo é do tipo:
τ aRd = µ ad ,var ρ sa f yd + c ad , var (33)

onde ρ sa = Asa /(bd ) é a taxa geométrica da armadura de atrito cisalhamento


(atravessando o plano de cisalhamento) e µ ad , var e c ad , var são, respectivamente, o
coeficiente de atrito e a coesão aparente, dependentes da resistência do concreto.

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A comprovação experimental foi feita com base em 88 ensaios em corpos de prova do
tipo “push-off” (cisalhamento simples) de um grupo de quatro pesquisadores diferentes,
ensaiados e estudados por WALRAVEN, FRÉNAY e PRUIJSSERS (1987) e em 168
ensaios de consolos usuais rompidos por cisalhamento (vários pesquisadores diferentes).
As equações são as (37) a (39) e a representação gráfica é feita na Figura 4. A condição
para a validade dessas equações é de que o agregado empregado seja suficientemente
resistente (nos ensaios analisados, menos de 30% das partículas de agregado foram
rompidas pela fissuração). Os citados pesquisadores chegaram a equações mais
complexas (não lineares), do que as aqui propostas, para aplicações usuais em projetos.

3.3 Dimensionamento (roteiro)


3.3.1 Armadura do tirante ( As1 ) e de costura considerando o atrito-cisalhamento
a) Valores de cálculo do carregamento e o coeficiente γ n (idem a 2.3.1a)
b) Verificação da pressão de contato no apoio (idem a 2.3.1b, expressões (2) a (4))
c) Adotar um valor inicial para a altura útil do consolo d = h − d ' (a confirmar).
se a / d < 1 / 3 consolo muito curto ( a / d < 1 / 2 pela NBR 6118 (2003))
Como aproximação inicial da altura útil d pode-se adotar um valor cerca de 20 a 25%
maior do que a necessária para atender os limites superiores de τ aRd (eq. (38).
τ Sd = VSd /(bd ) ≤ τ aRd ≤ 0,25(1 − 0,2 H d / Vd )(1 − f ck / 250) ≤ 6 MPa (34)
d nec = VSd /(bτ aRd ) ≥ VSd /(6b) , d = d est ≈ 1,2d nec (35)
d) Parcela da armadura de atrito-cisalhamento somente para carga vertical
Pela equação proposta no novo modelo de atrito-cisalhamento modificado linear com
coeficiente de atrito µ ad e coesão c ad variáveis com a resistência do concreto:
µ ad , var = 0,073 + 0,023 f cda e c ad ,var = 2,40 + 0,016 f cda (36)

onde, f cda = 0,8 f cd ( f cda é uma resistência de cálculo reduzida). (37)


τ aRd = µ as , var ρ sa f yd + c ad , var ≤ 0,25(1 − 0,2 H d / Vd )(1 − f ck / 250) f cd ≤ 6 MPa (38)

válida para o intervalo 0,87 ≤ ρ s f yd ≤ 8,7 MPa (∗) (consolos com costura) (39)
Asav = (Vd − c ad , var bd 1 ) /( µ ad , var f yd ) (40)
Obs.: Pela teoria clássica do atrito-cisalhamento esta armadura resulta em geral bem
maior ( Asav = Vd /( µ a f yd ) com µ a = 1,4 para os casos usuais).
e) Armadura para a força horizontal H d ( H d ≥ 0,2Vd , conforme 2.3.1a):
Ash = H d / f yd ≥ 0,2Vd / f yd (41)
f) Armadura de flexão necessária somente para carga vertical
É determinada usando o modelo de consolos curtos, sem a consideração de H d , mas
computando o seu efeito no acréscimo da excentricidade da carga vertical:
a ' = a + ∆a , com ∆a = ∆h(H d / Vd ) e ∆h = h − d + t a (42)

(∗)
Faixa de aplicação segundo os ensaios e estudos de WALRAVEN, FRÉNAY e PRUIJSSERS (1987).
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O valor de a é substituído pelo seu valor corrigido a ' = a + ∆a na expressão de ω ,
resultando, segundo MACHADO (1999):
ω nec = ω = 1 − 1 − ηVd2 − 2ηVd a' / d , onde (43)
ηVd = Vd /(bdf cd* ) e f cd* = 0,85(1 − f ck / 250) f cd (44)
(poderiam ser usadas também as mesmas expressões de 2.3.1d, fazendo tgϕ = 0 )
g) Armadura balanceada para H d = 0 : expressão aproximada MACHADO (1999),
ω bal = 1,5(1 − a / d )k / f ckl + 0,5(3a / d − 1) p / f ckq (45)
(valores de k , p , l e q tirados da Tabela 1 (seção 2.3.1f) para cada tipo de aço)
h) Taxa mecânica da armadura do tirante na configuração limite da biela ω lim,c
Admite-se H d = 0 , mas para a verificação de a ex pelas expressões (16) é necessário
considerar o valor de H d , se H d ≠ 0 . Podem ser adotadas as demais expressões de
2.3.1g fazendo tgϕ = 0 ou as seguintes, já simplificadas para H d = 0 :
∆ as = d ' tgϕ s , a as = a a + 2∆ as = a a + 2d ' tgϕ (para H d = 0 ) (46)
tgϕ s = (l − a − a a / 2 − φ − c ) / d ' ≤ 1 / 2 (para H d = 0 ) (47)
ω lim,c (para H d = 0 ) = (a'+0,5a a + ∆ as ) /[d 2 + (a'+0,5a + ∆ as )2 ] (48)
i) Verificação da taxa mecânica de armadura máxima ω máx (suposto H d = 0 )
ω lim = ω bal ≤ ω lim,c e ω máx = 0,75ω lim (21)
j) verificar se o valor da altura útil é satisfatória, após a distribuição e alojamento da
armadura do tirante.
3.3.2 Distribuição das armaduras As1 e As 2 ( ω k ,min = 0,04 e ω k dadas pelas exps. (9))

As1 ≥ ( Asf + Ash ) ≥ [(2 / 3) Asav + Ash ] , As 2 ≥ ( As1 − Ash ) / 2 e As1, min = 0,04( f ck / f yk )bd 1 (49)

As 2 deverá ser distribuída na faixa horizontal de altura (2/3)d, junto à armadura principal,
completando-se o terço inferior restante com a armadura mínima dada em 2.3.2c.
4 Disposições construtivas e detalhamento típico
Na Figura 5 estão indicadas disposições construtivas para consolos curtos e muito curtos,
com algumas opções e critérios para a ancoragem da armadura do tirante.
5 Recomendações da NBR 6118 (2003) para consolos
A NBR 6118 (2003), totalmente revisada e agora publicada, apresenta pela primeira vez
recomendações para elementos especiais, em particular para consolos curtos. Estas
recomendações para os elementos especiais ainda são muito básicas, com algumas
diretrizes gerais, deixando para futuras revisões um detalhamento maior das recomendações.
Parte destas recomendações já refletem algumas conclusões dos estudos dos modelos e
critérios desenvolvidos nos trabalhos anteriores MACHADO (1999) e PIMENTA e MACHADO
(2000-a), embora a norma não apresente diretamente expressões de cálculo, nem tensões
limites para esses elementos. Para os consolos curtos apresenta algumas diretrizes gerais,
entre as quais alguns aspectos para o sucesso do comportamento dos consolos na sua
seção 22.3.1.2, alíneas a) a e). Na alínea c), citando a Figura 22.3 (Figura 6 daqui), dá
uma indicação para a consideração da abertura de carga sob a placa de apoio, que é a
do modelo aqui aplicado, já proposto nos trabalhos anteriores (Figuras 1 a 3). A Figura 6
a seguir é a Figura 22.3 da NBR 6118 (2003), que na norma foi construída

V Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto 11


simplificadamente em uma única figura, com base nas Figuras 1 e 2, nas quais se
representam dois estados limites últimos distintos. Para os consolos muito curtos a NBR
6118 (2003) praticamente não apresenta diretrizes específicas e, além da definição,
apenas são superficialmente mencionados.

Figura 5 - Disposições construtivas e detalhamento típico de consolos, com a indicação de algumas


soluções alternativas para a ancoragem da armadura do tirante. (MACHADO (1999))

V Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto 12


Figura 6 - Modelo biela-tirante para consolo curto (figura simplificada da NBR 6118 (2003) com base no novo
modelo proposto. MACHADO (1999))
6 Exemplos
6.1 Exemplo 1
Fazer o dimensionamento do consolo com os dados da Figura 7.

Figura 7 - Dados do Exemplo 1


Solução do exemplo (usando o roteiro da seção 2.3)
6.1.1 Armadura do tirante
V Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto 13
a) Valores de cálculo do carregamento: γ f = 1,4 e γ n = 1,3 (consolo moldado no local)
V gd = γ f γ nV gk = 1,4 × 1,3 × 100 = 182 kN V qd = γ f γ nV qk = 1,4 × 1,3 × 300 = 546 kN

Vd = V gd + Vqd = 182,0 + 546,0 = 728 kN H d = tgϕVd = 0,2 × 728 = 145,6 kN


b) Verificação da pressão de contato no apoio (expressões (2) e (4))
σ Rd ,apo = 0,6(1 − f ck / 250 ) f cd = 0,6(1 − 25 / 250 )25 / 1,4 = 9,64 MPa

σ Sd ,apo = VSd /(a a ba ) = 728 × 10 3 /(250 × 400) = 7,28 MPa < σ Rd ,apo = 9,64 MPa

c) Adotar um valor inicial da altura útil d = h − d ' (suposto φ16 mm para o tirante)
h = 700 mm; d = 610 mm; d ' = 90 mm; a / d = 350 / 610 = 0,5738 ≅ 0,574 (consolo curto)
d) Armadura necessária do tirante (expressões (5) a (8))
f cd* = 0,85(1 − f ck / 250 ) f cd = 0,85(1 − 25 / 250 )25 / 1,4 = 13,66 MPa tgϕ = H d / Vd = 0,2 (dado)
ηVd = VSd /(bdf cd* ) = 728 × 10 3 /(500 × 610 × 13,66) = 0,1747
a' / d = [a + (h − d + t a )tgϕ ] / d = [350 + (700 − 610 + 50)0,2] / 610 = 0,6197
1 + 1 − ηVd (ηVd + 2a' / d ) 1 + 1 − 0,1747(0,1747 + 2 × 0,6197 )
tgθ = = = 1,3208
ηVd + 2a ' / d 0,1747 + 2 × 0,6197
2(1 + tgϕtgθ )(1 − (a ' / d )tgθ ) 2(1 + 0,2 × 1,3208)(1 − 0,6197 × 1,3208)
ω1 = = = 0,1672 (= ω cal )
1 + tg 2θ 1 + (1,3208) 2
As1 = bdω 1 f cd* / f yd = 500 × 610 × 0,1672 × 13,66 / (500 / 1,15) = 1602 mm2 ( 8φ16 em 2 camadas)
e) Critério da taxa máxima da armadura: dado por (21), ω lim = ω bal ≤ ω lim,c e ω máx = 0,75ω lim
f) Taxa mecânica de armadura balanceada (expressões (10), (12) e (13) para H d ≥ 0 e Tabela 1)
ω bal = 1,5(1 − a / d )ω b ,1 / 3 + 0,5(3a / d − 1)ω b ,1 (expressão aproximada geral)

ω b ,1 / 3 = (1 − H d / Vd )5,86 / f ck0, 75 + (H d / Vd )9,07 / f ck0,85 = 0,5369


ω b ,1 = (1 − H d / Vd )3,11 / f ck0, 72 + (H d / Vd )4,15 / f ck0,81 = 0,3063
ω ba1 = 1,5(1 − 0,5738)0,5369 + 0,5(3 × 0,5738 − 1)0,3063 = 0,4537 ≅ 0,454
g) Taxa mecânica de armadura na configuração limite da biela ( ω lim,c ) (expressões (16) a (20)
Verificação do afastamento da placa de apoio à extremidade: (expressões (16) e (17) e Figura 5),
supondo que o tirante terá barras φ = 16 mm :

a ex ≥ c + 3,5φ + d ' ( H d / Vd ) = 40 + 3,5 × 16 + 90 × 0,2 = 114 (disponível = 125 mm)


(a o = a a / 2 + a ex = 250 / 2 + 125 = 250 mm)
tgϕ s = (l − a − a a / 2 − φ − c ) / d ' ≤ 1 / 2 + tgϕ ≤ 1
tgϕ s = (600 − 350 − 250 / 2 − 16 − 40) / 90 = 69 / 90 = 0,7667 ≤ 1 / 2 + 0,2 = 0,7 ≤ 1 → tgϕ s = 0,7667
∆ ash = d ' (tgϕ s − tgϕ ) = 90(0,7667 − 0,2) = 51 mm
a ash = a a − 2t a tgϕ + 2∆ ash = 250 − 2 × 50 × 0,20 + 2 × 51 = 332 mm
a ash / d = 332 / 610 = 0,5443
∆h = h − d + t a = 700 − 610 + 50 = 140 mm e ∆h / d = 140 / 610 = 0,230
_
k 5 = a / d + ∆h / dtgϕ + 0,5a ash / d = 0,5738 + 0230 × 0,20 + 0,5 × 0,5443 = 0,8920
V Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto 14
ω lim,c = 05443 × (0,2 + 0,8920) /[1 + (0,8920 )2 ] = 0,331
h) Taxas mecânicas de armadura mínima e máxima do tirante (expressões (9) e (21)):
ω cal = 0,167 → ω k = 0,105 > ω k , mín = 0,05 (Pela NBR 9062 (1985), ω k = 0,105 < ω k ,máx = 0,150 )
ω bal = 0,454 e ω lim,c = 0,331 → ω lim = 0,331 → ω máx = 0,75 × 0,331 ≅ 0,248
Como ω cal = 0,167 < ω máx = 0,248 , a armadura do tirante escoará antes da ruptura pelo concreto.
6.1.2 Armadura de costura (conforme 2.3.2)
a) Costura no trecho horizontal (2 / 3)d adjacente ao tirante
As 2 ≥ (As1 − H d / f yd ) / 2 ≥ ( As ,cos / s ) min × (2 / 3)d
( )
As 2 ≥ 1602 − 145,6 × 10 3 / 435 / 2 = 634 mm2 > 750(2 / 3)610 × 10 −3 = 305 mm2
As 2 = 634 mm2 (adotados estribos horizontais de 4 ramos em 4 camadas horizontais na faixa
(2 / 3)d = 407 mm a cada ~90 mm) ( Eφ 4 R c/ 9 cm)
( As ,cos / s) min = 1,5 × 500 = 750 mm2/m (CA 50) → As 2,distr > ( As ,cos / s) min
b) Costura no trecho horizontal (1 / 3) d restante (valor mínimo): estribos de 4 ramos φ8 mm (1 camada)
6.1.3 Disposições construtivas
Para a altura útil resultou, para a distribuição vertical das barras adotada, d = 610 mm = valor adotado.
Na Figura 8 indicam-se de forma esquemática as dimensões, as armaduras principais e sua distribuição,
obtidas na solução do Exemplo 1 (respeitadas algumas recomendações da Figura 5).

Figura 8 - Elementos obtidos na solução do Exemplo 1


6.2 Exemplo 2

V Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto 15


Calcular a capacidade resistente do consolo de concreto armado com os dados da Figura 8, que resume a
solução final do Exemplo 1. Comparar os novos resultados do Exemplo 2 com aqueles Exemplo 1.
Solução do exemplo usando o roteiro da Seção 2.4 (verificação)
a / d = 350 / 610 = 05738 ≅ 0,57 → 1 / 3 ≤ a / d ≤ 1 → consolo curto (pela NBR 6118 (2003) também é)
a) Coeficientes γ f e γ n : são os mesmos do Exemplo 1 (6.1.1a), γ f = 1,4, γ n = 1,3 ( H d = 0,2Vd )
b) Taxa mecânica de armadura balanceada: ω bal = 0,454 (igual ao do Exemplo 1)

c) Taxa mecânica de armadura na configuração limite da biela: ω lim,c = 0,331 (igual ao do Exemplo 1)

d) Taxa mecânica máxima de armadura: ω máx = 0,75 × 0,331 = 0,248 (igual ao do Exemplo 1)
e) Capacidade resistente do consolo no estado limite último de escoamento da armadura do tirante
As1 = 8 × 200 = 1600 mm2 ( 8φ16 mm = armadura existente)
As1 f yd 1600(500 / 1,15)
ω = ω1 = = = 0,167 (existente)
bdf *
cd 500 × 610 × 0,85(1 − 25 / 250)(25 / 1,4)
Como ω = 0,167 < ω máx = 0,248 toda a armadura poderá ser considerada no cálculo da capacidade
resistente (em escoamento). Pelas expressões (25) a (28):
a ' / d = [a + (h − d + t a )tgϕ ] / d ; k1 = tgϕ − a ' / d e k 2 = ω 1 + 2(a ' / d )tgϕ

tgθ = tgθ y = (1 / k 2 )[k1 + (k1 ) 2 + k 2 (2 − ω1 ) ] f cd* = 0,85(1 − f ck / 250) f cd

ηVd = 2tgθ (1 − (a' / d )tgθ ) /(1 + tg 2θ ) V yRd = ηVd bdf cd* H yRd = V yRd tgϕ
a ' / d = [350 + (700 − 610 + 50)0,20] / 610 = 0,6197
k1 = 0,20 − 0,6197 = −0,4197 e k 2 = 0,167 + 2 × 0,6197 × 0,20 = 0,4149
f cd* = 0,85(1 − 25 / 250)25 / 1,4 = 13,66 MPa

tgθ = tgθ y = (1 / 0,4149)[−0,4197 + (−0,4197) 2 + 0,4149(2 − 0,167) ] = 1,3211


ηVd = 2 × 1,3211(1 − 0,6197 × 1,3211) /[1 + (1,3211) 2 ] = 0,1745
V yRd = 0,1745 × 500 × 610 × 13,66 = 727,1 kN → H yRd = 0,20 × 727,1 = 145,4 kN
f) Capacidade resistente do consolo em função da pressão resistente de contato à compressão do concreto
sob a placa de apoio (expressões (29) e (30) de 2.4f)
σ Rd , apo = 0,6(1 − 25 / 250)25 / 1,4 = 9,64 MPa
V Rd ,apo = a a baσ Rd ,apo = 250 × 400 × 9,64 × 10 −3 = 964 kN , H Rd , apo = 0,20 × 964 = 192,8 kN
g) Capacidade resistente do consolo

V yRd = 727,1 kN < V Rd ,apo = 964 kN e H yRd = 145,4 kN < H Rd ,apo = 192,8 kN
V yRd = 727,1 kN e H yRd = 145,4 kN
Em valores característicos, com os coeficientes γf e γn indicados em 6.2a:
V Rk = V Rd /(γ f γ n ) = 727,1 /(1,4 × 1,3) = 399,5 kN e H Rk = 0,20 × 399,5 = 79,9 kN
Estes valores, aqui obtidos com uma formulação de verificação, são praticamente iguais aos carregamentos do
Exemplo 1 ( Vk = 400 kN e Vk = 80 kN), que ajudam a confirmar o dimensionamento feito no Exemplo 1.

6.3 Exemplo 3
Projetar o consolo com o aspecto e dados da Figura 9, admitindo que a peça será pré-fabricada em usina.
Solução do exemplo, usando a formulação e os critérios do roteiro e 3.3:

V Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto 16


6.3.1 Armaduras do tirante e de costura
a) Valores de cálculo do carregamento ( γ n = 1,2 , pela seção 2.3.1a)
VSd = 1,2 × (280 + 440) × 1,4 = 1209,6 kN H Sd = 0,20 × 1209,6 = 241,9 kN
b) Verificação da pressão de contato no apoio (conforme 2.3.1b)
σ Rd ,apo = 0,6(1 − f ck / 250) f cd = 0,6(1 − 25 / 250) × 25 / 1,4 = 9,643 MPa
Esta pressão resistente no apoio pode ser majorada, se houver condições favoráveis (conforme 2.3.1b):
σ Rd ,apo ,maj = (b / ba )σ Rd ,apo ≤ 1,5σ Rd , apo
σ Rd ,ap ,maj = (500 / 400) × 9,64 = 12,05 MPa ≤ 1,5 × 9,64 = 14,46 MPa
σ Sd,apo = VSd /(a a ba ) = (1209,6 × 10 3 ) /(300 × 400) = 10,08 MPa < σ Rd , apo , maj = 12,05 MPa
c) Fixação de uma altura inicial (a verificar posteriormente)
Adota-se inicialmente uma altura para o consolo que atenda com alguma folga (~20 a 25%) o limite superior
da resistência de atrito-cisalhamento dada pela expressão (38)
τ Sd = VSd /(bd ) ≤ 0,25(1 − 0,2 H d / Vd )(1 − f ck / 250) f cd ≤ 6 MPa
→ τ Sd = 1209,6 × 10 /(500 × d nec ) = 0,25(1 − 0,2 × 0,2)(1 − 25 / 250) × 25 / 1,4 = 3,857 MPa
3

d nec = 1209,6 × 10 3 /(500 × 3,857) = 627 mm → adotados h = 850 mm e d = 750 mm ( d ' = 100 mm )
a / d = 280 / 750 = 0,373 → 1 / 3 ≤ a/d = 0,373 ≤ 1 → consolos curtos para os modelos aqui
aplicados e consolo muito curto pela NBR 6118 (2003) ( a / d < 1 / 2) , conforme sua seção 22.3.1.1.
O consolo do Exemplo 3 será dimensionado como consolo muito curto, segundo o roteiro da seção 3.3, ficando
dentro dos limites da definição da NBR 6118 (2003) e no caso, a favor da segurança, uma vez que o tirante
também será dimensionado à flexão, com um critério especial usando o modelo biela-tirante do roteiro.

Figura 9 - Dados do Exemplo 3


d) Armadura de atrito-cisalhamento somente para carga vertical (expressões (36) a (40))

V Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto 17


τ aRd = µ ad , var ρ sa f yd + c ad , var ≤ 0,25(1 − 0,2 H d / Vd )(1 − f ck / 250) f cd ≤ 6 MPa (38)
µ ad , var = 0,073 + 0,023 f a
cd = 0,073 + 0,023 × 0,8 × 25 / 1,4 = 0,402
c ad , var = 2,40 + 0,016 f a
cd = 2,40 + 0,016 × 0,8 × 25 / 1,4 = 2,629 MPa
τ aRd = 0,402 ρ sa f yd + 2,629 ou, diretament e,
Vd − c ad , var bd1 1209,6 × 10 3 − 2,629 × 500 × 750
Asav = = = 1280 mm 2
µ ad , var f yd 0,402 × 500 / 1,15
Pela teoria clássica do atrito-cisalhamento esta armadura necessária seria igual a Asav = Vd /( µ a f yd )
= 1209,6 × 10 /(1,4 × 500 / 1,15) = 1987 mm 2 (~55% maior!).
3

e) Armadura para a força horizontal H d (expressão (41) de 3.3.1e)


Ash = H d / f yd = 241,9 × 10 3 /(500 / 1,15) = 557 mm 2
f) Armadura necessária de flexão: calculada usando o modelo de treliça proposto para consolos curtos, sem
a consideração de H d , mas levando em conta seu efeito no acréscimo da excentricidade da carga vertical
(expressões (42) a (44) de 3.3.1f)
∆h = h − d + t a = 850 − 750 + 50 = 150 mm ∆a = ∆h( H d / V d ) = 150 × 0,20 = 30 mm
a ' = a + ∆a = 280 + 30 = 310 mm → a ' / d = 310 / 750 = 0,413
Taxa mecânica de armadura necessária (adota-se a = a ' para considerar o efeito de H d no valor de a :
f cd* = 0,85(1 − f ck / 250) f cd = 0,85(1 − 25 / 250)(25 / 1,4) = 13,66 MPa
η Sd = Vd /(bdf cd* ) = 1209,6 × 10 3 /(500 × 750 × 13,66) = 0,2361
ω = ω 1 = 1 - 1 - (η Sd ) 2 − 2 × η Sd × 0,413 = 1- 1 - (0,2361) 2 − 2 × 0,2361 × 0,413 = 0,134 = ω nec
g) Taxa mecânica de armadura balanceada ω bal : expressão aproximada para H d = 0 ((11), e Tabela 1)

a ' / d = 310 / 750 = 0,413 (Aço CA-50A, f ck = 25 MPa )


ω bal = 1,5(1 − a / d )k / f ckl + 0,5(3a / d − 1) p / f ckq
ω bal = 1,5(1 − 0,413)5,86 / 25 0,75 + 0,5(3 × 0,413 − 1)3,11 / 25 0, 72 = 0,4981
h) Taxa mecânica de armadura na configuração limite da biela ω lim,c (expressões (46) a (48))

a as = a a + 2∆ as = a a + 2d ' tgϕ s (para H d = 0)


tgϕ s = ( − a − a a / 2 − φ − c) / d ' ≤ 1 / 2 (para H d = 0)
Pelo critério de 2.3.1g e Figura 5, supondo φ = 20 mm (tirante):

a ex ≥ c + 5,0φ + d ' ( H d / Vd ) = 40 + 5,0 × 20 + 100 × 0,2 = 160 mm (adotado 170 mm)


a0 = a a / 2 + aex = 300 / 2 + 170 = 320 mm  = a + a0 = 280 + 320 = 600 mm
tgϕ s = (600 − 280 − 300 / 2 − 20 − 40) / 100 = 1,100 → tgϕ s = 1 / 2
(o valor detgϕ s é limitado a 1 / 2 , conforme a expressão (47), para H d = 0 , que é este o caso
aqui suposto, embora seja H d ≠ 0 e esteja sendo considerado à parte).
a as = 300 + 2 × 100 × 0,5 = 400 mm
a ' + 0,5a a + ∆ as 310 + 0,5 × 300 + 0,5 × 100
ω lim,c = a as = 400 = 0,248
d + (a + 0,5a a + ∆ as )
2 ' 2
(750) + (310 + 0,5 × 300 + 0,5 × 100) 2
2

i) Verificação da taxa mecânica de armadura máxima ω máx (suposto H d = 0 , critério de 3.3.1i)


V Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto 18
ω lim = ω bal ,1 ≤ ω lim,c → ω lim = 0,248 ω max ≤ 0,75ω lim = 0,75 × 0,248 = 0,186
Como ω nec = 0,134 < ω max = 0,186 , não é necessária nenhuma alteração nas dimensões
Asf = ω1bdf cd* / f yd = 0,134 × 500 × 750 × 13,66 /(500 / 1,15) = 1579 mm 2
6.3.2 Distribuição da armadura (expressões (49))
As1 ≥ Asf + Ash = 1579 + 557 = 2136 mm 2 (adotado) ≥ ( 2 / 3) Asav + Ash = (2 / 3)1280 + 557 = 1410 mm 2
As 2 ≥ ( As1 − Ash ) / 2 = 1579 / 2 ≅ 790 mm 2

• As1 : 2136 / 315 ≅ 7 φ 20 → Adota-se 8 φ 20 mm em duas camadas ( 8 × 315 = 2520 mm 2 ).


• As 2 = 790 mm 2 Esta armadura será distribuída na faixa de altura (2 / 3)d = (2 / 3)750 = 500 mm
→ 4 estribos horizontais de 8 mm de diâmetro (4 ramos) a cada 110 mm, correspondendo a uma
armadura distribuída ( As 2 / s ) = (8000 / 500) × 10 = 2000 mm2/m.
3

6.3.3 Verificações complementares

• Armadura mínima do tirante: com As1 = 2136 mm , pelas exps. (9)


2
ω k = 0,114 > ω k ,min = 0,04
• Verificação da altura útil adotada (supondo duas camadas de barras no tirante):
d ' ≅ c + φ s + φ / 2 + 0,5(2 × φ / 2 + φ + φ 2 ) (critério adotado para a distribuição das barras)

= 40 + 8 + 20 / 2 + 0,5( 2 × 20 / 2 + 20 + 20 2 ) ≅ 92 mm → d = 758 mm , valor próximo do


adotado inicialmente ( d = 750 mm) e os cálculos não serão refeitos.

6.3.4 Disposições construtivas (ver Figura 10; respeitadas algumas recomendações da Figura 5))

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Figura 10 – Principais elementos obtidos na solução do Exemplo 3

7 Conclusões
Algumas das principais conclusões deste trabalho foram as seguintes:
a) Os roteiros de cálculo e os exemplos resolvidos e comentados, aplicando os novos
modelos e critérios propostos pelo autor para o projeto de consolos em trabalhos
anteriores, mostram a viabilidade de aplicação prática da formulação desenvolvida,
mesmo com cálculo manual, usando calculadoras. Para os consolos curtos, alguns
modelos clássicos biela-tirante propostos por outros pesquisadores apresentam
formulação mais simplificada, tornando o cálculo mais expedito, mas perdem precisão
em relação ao modelo proposto, mais rigoroso, que apresentou bom comportamento
experimental. Para os consolos muito curtos a nova formulação de atrito-cisalhamento
é simples, o dimensionamento fica econômico e com boa precisão.
b) Para os consolos curtos, com ou sem cargas horizontais, para evitar que estes se
rompam pelo concreto antes que o aço do tirante se escoe, é adotado um critério que
limita a taxa mecânica máxima de armadura ω max a 75% da menor taxa, entre a taxa
mecânica de armadura balanceada ω bal (ruptura pelo concreto e aço em início de
escoamento) e a taxa na configuração limite da biela ω lim,c (ruptura pelo concreto).
c) Para os consolos curtos, com cargas horizontais ou não, o critério adotado no modelo
para a abertura de carga sob a placa de apoio na definição da seção resistente da
biela na ruptura pelo concreto, também passou a ser adotado pela NBR 6118 (2003),
embora sem detalhar o critério, conforme apresentado nos trabalhos anteriores e aqui.
d) A nova versão da NBR 6118 praticamete não apresenta diretrizes para o projeto de
consolos muito curtos, a não ser a própria definição ( a / d ≤ 1 / 2 ), e em algumas
considerações gerais.
e) O modelo aqui adotado para os consolos curtos é baseado em uma formulação de
atrito-cisalhamento linear, com coeficiente de atrito e coesão variáveis com a
resistência do concreto, apresenta resultados mais corretos e econômicos em relação
ao dimensionamento pelo modelo clássico de atrito-cisalhamento.
f) Para se projetar dentro da NBR 6118, basta definir se o consolo é curto ou muito curto
pela norma e aplicar os roteiros aqui apresentados, ficando a favor da segurança. Os
modelos aqui adotados prevêm uma faixa um pouco maior do que a da NB1 para os
consolos curtos ( 1 / 3 ≤ a / d ≤ 1 ), mas isto fica como mais uma alternativa ao projetista.
Acredita-se que os objetivos almejados, expostos em 2.1, foram atingidos.
8 Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Ações e segurança nas estruturas - Procedimento –
NBR 8161. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Barras e fios de aço destinados a armaduras para
concreto armado – NBR 7480. Rio de Janeiro, 1996.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Projeto e execução de estruturas de concreto pré-
moldado - NBR 9062 (NB-949). Rio de Janeiro, 1985.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Projeto e execução de obras de concreto armado;
NBR 6118 (NB1). Rio de Janeiro, 2003.
FRANZ, G. e NIEDENHOFF, H. Die bewehrung von Konsolen und gedrungenen Balken. Beton und Stahalbetonbau,
v. 58, n. 5, p. 112-120, 1963.
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12.

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MACHADO, C.P. Consolos Curtos e Muito Curtos de Concreto Armado. São Paulo, Escola Politécnica da USP –
Departamento de Estruturas e Fundações, 1999 (Tese de Doutorado).
MACHADO, C.P. e PIMENTA, P. M. Consolos Curtos de Concreto Armado: Melhoramento de Modelos Clássicos.
In: IV Simpósio EPUSP sobre Estruturas de Concreto. São Paulo, 2000. (CD-ROM).
MACHADO, C.P. e PIMENTA, P. M. Consolos Muito Curtos de Concreto Armado: Modelos e Critérios para a
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Concreto. São Paulo, 2000. (CD-ROM).
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