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H istórias do A rco R eal – 9 artigos

Artigo

1. Uma perspectiva histórica sobre o


Santo Arco Real

Índice
Uma perspectiva histórica sobre o Santo Arco Real.

Resumo
Uma perspectiva histórica sobre como o Quarto Grau se tornou a Ordem do
Santo Arco Real.

Palavras-chave
Antigos, Modernos, UGLE, Supremo, Capítulo
1. Uma Perspectiva Histórica sobre o Arco Real
Introdução
Esta apresentação é um resumo do contexto histórico e espiritual do
Arco Real, e explica por que ele é tão importante. Comecemos por algumas
perguntas:
• Por que, por muitos anos, foi dito que o Arco Real era a conclusão do
Terceiro Grau? Ainda é o caso?
• Por que o Arco Real tem sido frequentemente descrito como a “raiz,
coração e medula da Maçonaria”? Ainda é o caso?
• O que realmente queremos dizer através o Arco Real? Qual é a diferença
entre um Irmão e um Companheiro do Arco Real?
A resposta a estas e a outras questões está no contexto histórico do
Arco Real.
Contexto histórico.
Você se filiaria a uma nova Ordem Maçônica criada por uma Loja,
mesmo que esta Ordem não fosse reconhecida pelo Grande Oriente do
Brasil1? Faria alguma diferença na sua decisão se lhe dissessem que o Grão-
Mestre do GOB2 havia se tornado membro dessa Ordem e automaticamente
se tornado seu líder, apesar da mesma ainda não ter sido reconhecida? Esta
situação parece improvável, mas foi o que aconteceu com o Arco Real em
1766.
Para darmos sentido a isto, precisaríamos voltar um pouco mais no
tempo. Estamos todos bem cientes da disputa que havia entre a Primeira
Grande Loja original, fundada em 1717 (os chamados "Modernos") e os seus
rivais, A Mais Antiga e Honrosa Sociedade de Maçons Livres e Aceitos3 (os
autoproclamados “Antients” ou Antigos), fundada em 1751. Os Antigos
acusavam os Modernos de violar os antigos landmarks da Maçonaria,
alterando os sinais de reconhecimento. No início do século XVIII houve uma
série de “exposições” dos segredos da Maçonaria, sendo a mais famosa delas
a "Maçonaria Dissecada" de Samuel Pritchard, de 1730, que levou os
Modernos a fazerem mudanças em seu Ritual. Os Antigos, muitos dos quais

1
No original “United Grand Lodge of England” (NT)
2
No original “UGLE” (NT)
3
The Most Antient and Honourable Society of Free and Accepted Masons, no original (NT)
2
eram da Irlanda e não tinham conhecimento destas mudanças, provavelmente
ficaram frustrados por terem sido "excluídos" quando os Modernos mudaram
os sinais de reconhecimento. Como resultado disso, a Maçonaria na Inglaterra
foi dividida em dois campos de guerra pelo resto do século XVIII.(1)
Não está claro como ou quando o Arco Real surgiu, embora o Revd
Neville Barker Cryer postule no seu livro "The Royal Arch Journey"(2), que nos
séculos XVI e XVII, o Ritual Maçônico foi praticado em forma catequética. Os
catecismos cobriam histórias bíblicas do Antigo e do Novo Testamentos, de
Adão, Caim e Abel a Pilatos, Caifás e Cristo, em onze seções de três narrativas.
Eles incluíam o que hoje conhecemos como o Arco Real, que era parte
integrante do no que se praticava como sendo os três Graus de Ofício. Ele
sugere que os catecismos já foram sujeitos a muitas mudanças, e que alguns
dos Rituais derivados deles agora fazem parte de outras ordens maçônicas, ou
não são mais praticados. Uma das opiniões(3) é que o conceito de um Arco
evoluiu da antiga prática Operativa, onde haviam duas linhas paralelas de
progressão, sendo uma a "carreira no esquadro" ou "trabalho reto", e a outra
uma "carreira em arco" ou "trabalho curvo".
Dois grupos de maçons que seguiram essa prática Operativa foram o
trabalho de “Old York” e o dos Antigos, que enfatizavam que as cerimônias do
Ofício não estariam completas, a menos que houvesse um componente do
Arco. Inicialmente, quase todos os Antigos eram de origem irlandesa. O Revd
Neville Barker Cryer, citando um livro do Dr. Fifield D'Assigny, afirma que, em
1744, “havia Maçons do Arco em York, que eram tão organizados que esse
passo na maçonaria só era possível de ser dado por aqueles que haviam
passado pela Cadeira e eram Excelentes Maçons”.(4) Ele prossegue citando
Anderson (1723) e Pennel (1730), em que ambos incluem uma exortação bem
conhecida que assim terminava: “Deixe o cimento da Fraternidade ser tão bem
preservado que todo o corpo possa permanecer como um Arco bem
construído” (5) Estes trabalhos referem-se a um Grau do Arco, compreendendo
a criação de um Arco bem construído e finalizado, que era parte componente
do sistema de três graus. Uma Cerimônia distinta do Arco seguia as de
Companheiro e do Homem da Marca, de Mestre Maçom e Mestre da Marca e
de Past Master (ou Excelente Mestre). Estes graus antecipavam o de Super
Excelente (ou cerimônia de Véus) e o Arco Real. Há exemplos de cinco estágios
do Arco antes do Arco Real na Biblioteca da Grande Loja Unida da Inglaterra,
em Londres.
Quando, em 1751, os Antigos estabeleceram sua Grande Loja, com o
3
objetivo de expurgar as inovações do sistema, eles já apoiavam o Arco Real,
alegando ser a “Grande Loja dos Quatro Graus”, e ridicularizavam os
Modernos como sendo uma Grande Loja que governava apenas três graus.(6)
Eles viam o Arco Real como um passo essencial para cada verdadeiro Maçom
e Laurence Dermott, o segundo Grande Secretário dos Antigos., descreveu-o
como a “raiz, coração e medula da Maçonaria”.(7) Até 1823, somente aqueles
que haviam sido eleitos Mestres de Lojas poderiam candidatar-se a serem
exaltados ao Arco Real. Nesse sentido, era um passo supremo. Segundo os
regulamentos da Grande Loja dos Antigos:
“Este grau é certamente mais augusto, sublime e importante do que
aqueles que o precedem e é o ápice e perfeição da Antiga Maçonaria.
Impressiona em nossas mentes uma crença mais contundente da
existência de uma Divindade Suprema. [Nosso objetivo é] Que este Grau
Supremo possa ser conduzido com essa regularidade, ordem e
solenidade tornando-se a intenção sublime com a qual, desde tempos
imemoriais foi realizada”.(8)
Os Modernos posicionaram-se decididamente contra o Arco Real, e em
1759 seu Grande Secretário, Samuel Spencer, escreveu uma carta
respondendo a William Carroll, um peticionário para a caridade da Irlanda,
afirmando: "Nossa Sociedade não é Arco, Arco Real ou Antient, de modo que
você não tem o direito de participar de nossa caridade”.(9) Por muitos anos,
esta foi a posição oficial dos Modernos, embora muitos de seus Grandes
Oficiais tivessem sido exaltados no Arco Real, incluindo seu Grão-Mestre. Em
1764, o caminho foi preparado para uma grande mudança na posição dos
Modernos em relação ao Arco Real, quando a Loja Caledônia, em Londres,
desligou-se dos Antigos (a Grande Loja dos Quatro Graus) e se juntou aos
Modernos (que só praticavam Três graus). Um ano depois, com a ajuda desta
Loja, 29 Modernos formaram um novo Capítulo do Arco Real, chamado
“Excelente Grande e Real Capítulo”4. Até hoje, todos as Cartas Constitutivas e
licenças seladas pelo Supremo Grande Capítulo da Inglaterra se referem a
"Nosso Excelente Grande e Real Capítulo".(10) Em 1766, Lord Blaney, Grão-
Mestre da Premier Grande Loja (Modernos), foi exaltado no Capítulo do Arco
Real e automaticamente se tornou seu Primeiro Principal, recebendo o título
de ‘Chefe do Arco Real’. No mesmo ano, o Grande Secretário dos Modernos
escreveu oficialmente a um Irmão em Frankfurt: “O Arco Real é uma sociedade
que não reconhecemos e que consideramos uma invenção para introduzir

4
‘The Excellent Grand and Royal Chapter’ no original (NT)
4
inovação e seduzir os Irmãos”. (11) Pelo visto tinha seduzido seu Grão-Mestre!
Em 22 de julho de 1766, foi assinada uma "Carta de Pacto", convertendo
o primeiro capítulo dos Modernos em "O Mais Excelente Grande e Real
Capítulo". Lord Blaney intitulou-se como "Grão-Mestre de Maçons Livres e
Aceitos e também como Excelentíssimo Grão-Mestre do Arco Real de
Jerusalém", embora o Arco Real ainda não fosse reconhecido pelos Modernos.
Algum tempo depois, a data desta carta foi alterada, para dar a impressão de
que havia sido escrita um ano depois, em 1767, após o término do mandato
de Lord Blaney como Grão-Mestre.(12) Isso só foi descoberto em 1949, quando
J. R. Dashwood, um historiador maçônico, estava elaborando um artigo sobre
o Grande Capítulo original.(13) Dashwood descreveu a Carta de Pacto como
uma "fraude sem sentido", pois dos 21 signatários originais, apenas Lord
Anglesey estava presente em 22 de julho de 1766, tendo sido exaltado naquela
noite. Do restante, mais de dois terços não haviam sido exaltados naquela
data. A maioria deles só foram exaltados entre 1767 e 1769.(14) A iniciativa, no
entanto, passou agora para os Modernos, que já não presidiam mais apenas
três Graus, e os Antigos foram incapazes de reagir de maneira eficaz porque
sua imagem já estava consolidada como a ‘Grande Loja dos Quatro Graus’.
Eles criaram seu próprio Grande Capítulo em 1771, mas o mesmo nunca se
tornou uma autoridade maçônica verdadeiramente independente.(15)
Na segunda reunião do novo Capítulo dos Modernos, James Heseltine,
o Grande Steward da Grande Loja foi exaltado. Oito anos mais tarde, quando
ele era o Grande Secretário, escreveu a um correspondente estrangeiro
dizendo que ele tinha a honra de pertencer ao Arco Real, ‘mas que o mesmo
não é reconhecido pela Grande Loja, e todos os seus emblemas e joias estão
proibidos de serem usados lá... . Você verá que o Arco Real é uma sociedade
privada e distinta. Faz parte da Maçonaria, mas não tem nenhuma conexão
com a Grande Loja.’(16) Essa alegação de que o Arco Real não tinha conexão
com a Grande Loja sugere que a ação de Lord Blaney na expedição da Carta de
Pacto foi inconstitucional.
No entanto, a Premier Grande Loja e o Grande e Real Capítulo
continuaram em um estado de coexistência cautelosa até que as negociações
para a união das duas Grandes Lojas da Inglaterra se aproximassem da
conclusão alcançada em 1813.(17) Naquele ano, SAR o Duque de Sussex, Grão-
Mestre da Premier Grande Loja, e seu irmão, o Duque de Kent, Grão-Mestre
da Grande Loja dos Antigos, presidiram a união das duas para formar a Grande
Loja Unida dos Antigos Franco-maçons da Inglaterra. O ato da união aceitou
5
especificamente que o Arco Real era genuinamente parte da maçonaria, mas
que seu status real era indefinido. Foi apenas em março de 1817 que o
Excelente Grande e Real Capítulo (Modernos) e o Grande Capítulo (Antigos) se
reuniram em salas separadas antes de entrarem em uma terceira sala, onde o
duque de Sussex os recebeu e formalmente se juntou a eles como um só. Seis
meses mais tarde, a Grande Loja Unida avisou formalmente que estava:
‘Resolvido por unanimidade que a Grande Loja estará sempre disposta a
reconhecer os procedimentos do Grande Capítulo e, desde que suas
disposições não interfiram com os Regulamentos da Grande Loja, e estejam
em conformidade com o Ato de União, eles estarão prontos a reconhecer,
facilitar e defender os mesmos’.(18)
O próximo passo da história ocorreu em 1853, quando o Preâmbulo das
Constituições declarou: “Pelo Solene Ato de União entre as duas Grandes Lojas
dos Franco-Maçons da Inglaterra em dezembro de 1813, foi declarado e
pronunciado aquele a Antiga e Pura Maçonaria consiste em três graus e não
mais, a saber, os do Aprendiz, do Companheiro e do Mestre Maçom, incluindo
a Suprema Ordem do Santo Arco Real.
Assim, por muitos anos seguintes, a exaltação no Santo Arco Real foi
considerada o ápice da Maçonaria Simbólica e foi descrita como a conclusão
do Grau do Mestre Maçom. Essa situação continuou até 2003, quando a
Grande Loja Unida da Inglaterra acrescentou um segundo parágrafo à
definição do Santo Arco Real: ‘Na Comunicação Trimestral de 10 de dezembro
de 2003, a Grande Loja Unida da Inglaterra reconheceu e pronunciou o status
da Suprema Ordem do Santo Arco Real como sendo uma extensão, mas não
superior nem subordinada, dos Graus que a precedem.(20) A declaração
esclareceu que: ‘o Arco Real não é a conclusão do Terceiro Grau. É uma
extensão de tudo o que foi ensinado nos três graus que o precederam’.(21)
Contudo, isso causou consternação entre muitos maçons do Arco Real que
estavam descontentes com a definição e a situação mudou pouco depois. A
revista ‘A Maçonaria de Hoje’5 relatou em sua Edição de Inverno 2007/8 que:
‘Uma nova definição do status do Arco Real deve ser considerada pela Grande
Loja, seguindo o relatório do grupo de trabalho criado no ano passado sob a
presidência do Segundo Grande Principal George Francis.(22)
O anúncio foi feito por Lord Northampton, que comentou: “Não há
dúvida de que o Arco Real não é apenas a conclusão do terceiro grau, mas a

5
‘Freemasonry Today’ é uma revista oficial da Grande Loja Unida da Inglaterra (NR)
6
declaração de 2003 não foi inteiramente satisfatória. Estou disposto em pedir
à Grande Loja que leve em consideração a substituição do parágrafo de 2003
por uma nova definição. Devemos todos procurar descrever o Arco Real como
o próximo passo na Maçonaria após os graus Simbólicos e o passo final na Pura
e Antiga Maçonaria. Claro que é parte integrante da Maçonaria, além de ser
sua conclusão ”.(23)
Em julho de 2009, foi anunciado que:
“O Conselho6 considerou a redação da Declaração Preliminar do Livro de
Constituições e recebeu o parecer do Comitê de Propósitos Gerais do
Supremo Grande Capítulo. Em dezembro de 2003 um segundo parágrafo
foi acrescentado à Declaração. ‘As palavras adicionais, destinadas a
reforçar a ligação entre a Arte e o Arco Real, não atingiram o objetivo a
que se destinavam. De fato, alguns Irmãos ficaram com a impressão de
que o objetivo era exatamente o oposto ao pretendido. O Conselho
recomenda, portanto, que o segundo parágrafo seja removido e que a
Declaração seja restaurada à sua forma anterior…’ Uma Notificação de
Moção para emendar o Livro de Constituições foi apresentada nesse
sentido”.(24)
Isso foi feito desde então e, por conseguinte, revertemos para apenas o
parágrafo único citado anteriormente:
‘Pelo solene Ato de União entre as duas Grandes Lojas dos Franco-
Maçons da Inglaterra em dezembro de 1813, foi declarado e pronunciado
que a Antiga e Pura Maçonaria consiste em três graus e não mais, isto é,
os de Aprendiz Entrado, o Companheiro o Ofício e o de Mestre Maçom,
incluindo a Suprema Ordem do Santo Arco Real.’ (25)
Felizmente, o Santo Arco Real foi restaurado à sua justa posição dentro
dos três graus da Pura e Antiga Maçonaria.
O Supremo Grau do Santo Arco Real
A Cerimônia do Arco Real é consequência natural da Cerimônia do
Terceiro Grau na Maçonaria. A Cerimônia do Terceiro Grau conclui com o
Mestre Maçom sendo informado de que os segredos genuínos de um Mestre
Maçom foram perdidos e que segredos substitutos foram encontrados, até
que o tempo ou as circunstâncias restaurem o genuíno.
Enquanto contempla a morte de Hiram Abiff, o Mestre Maçom é

6
Refere-se ao ‘Board of General Purposes' (NT)
7
encorajado a contemplar seu próprio inevitável destino. A Cerimônia do Arco
Real olha para além desta vida mortal, na perspectiva da eternidade. O Dr.
Roger Hugh Jago (Past-Grande Superintendente da Província de Hampshire e
Ilha de Wight) escreveu:
“As cerimônias do Ofício atingem seu clímax no Arco Real, tão
verdadeiramente denominado a essência da Maçonaria, ao mesmo
tempo a fundação e a pedra angular de toda a estrutura Maçônica.
A cerimônia de exaltação enfatiza a Glória do Todo-Poderoso e o poder
do Seu Santo Nome. Ela ensina todo o dever do homem para com seu
Criador, enfatizando nossa total dependência do Todo-Poderoso, o
princípio e o fim de todas as coisas “.(26)
Pois é disso que trata esta Ordem. Ela coloca a Maçonaria Simbólica em
um quadro de eternidade. Ela nos dá a possibilidade de construir sobre uma
das mais belas visões que um candidato a qualquer grau maçônico já tenha
participado.(27)
O Tenente-Coronel D. A. M. Phipps (Past Grão-Mestre Provincial de
Surrey) acrescenta dizendo:
“... um Mestre Maçom que não opta por ser exaltado no Arco Real não pode
alcançar tudo o que a Antiga e Pura Maçonaria tem a oferecer. Ele pode
continuar a praticar e progredir em sua Maçonaria, mas o fará sem o
benefício do vasto conhecimento e compreensão de todo o sistema da
Antiga e Pura Maçonaria que o Arco Real lhe pode dar, e é improvável que
a sua apreciação da Antiga Maçonaria seja tão grande quanto poderia ser
se ele tivesse sido exaltado ”.(28)
O Rev. Neville Barker Cryer salienta que o grau do Santo Real Arco é
considerado a realização suprema para um Maçom do Ofício, pois sem ele não
pode entrar nas ordens cavalheirescas e puramente cristãs.(29) Até hoje, a
filiação ao Arco Real é um pré-requisito para ser membro dos Cavaleiros
Templários, dos Cavaleiros de Malta e dos Cavaleiros Sacerdotes Templários
do Santo Arco Real7 (ou KTP).
Em outra publicação, O Revd Neville Barker Cryer continua a salientar
que foi somente após 1936 que os Mestres Maçons puderam ser exaltados no
Santo Arco Real, e que os graus Simbólicos na Inglaterra são considerados
incompletos sem pelo menos a exaltação e instalação nas cadeiras do Santo

7
No original em inglês: Holy Royal Arch Knight Templar Priests (NT)
8
Arco Real. Ele então passa a mostrar a relação, através de seis estágios da
Maçonaria Especulativa, entre o Ofício e outros graus superiores não-
Simbólicos, incluindo o Santo Arco Real.(30)
Quando, em 1813, na Inglaterra, e pouco depois na Escócia e na Irlanda,
as Grandes Lojas procuraram limitar suas atividades ao que julgavam ser os
Graus Simbólicos, parecia que tudo o mais era simplesmente um acréscimo.
Olhando para a perspectiva histórica, vemos que, nestes chamados graus além
do Simbólico, temos as partes mais completas do que era originalmente todo
o trabalho do Ofício. Se você não participar desses graus não-Simbólicos,
estará realmente perdendo parte da Maçonaria original.(31)
Companheiros do Santo Arco Real
Então, por que chamamos a Ordem de "O Santo Arco Real" e qual é o
sentido de ser um Companheiro?
Um ponto de vista é que o Arco é o elo mais forte na Maçonaria, aquele
que na Maçonaria especulativa faz de Irmãos, Companheiros.(32) É “Real”
porque se refere ao lendário Grão-Mestre Real que construiu o primeiro
Templo (Rei Salomão) e é “Santo” porque o Arco da Cripta no Templo ocultava
os santos segredos e o emblema da eternidade nele contido.
A palavra "Companheiro" referia-se originalmente aos soldados que
compartilhavam juntos o pão e que viviam, lutavam e morriam juntos. Um
Companheiro era um homem de quem sua própria vida poderia depender.
Portanto, ser um Companheiro era, e é, muito mais do que ser um Irmão.(33)

Notas finais

1
Richard Sandbach, Understanding The Royal Arch, Lewis Masonic (1992)
2
Ibid and The Revd Neville Barker Cryer, Did you know this, too? Discovering the “Arch” Degree, Lewis
Masonic (2005)
3
The Revd Neville Barker Cryer, Did you know this, too? Discovering the “Arch” Degree, Lewis Masonic
(2005)
4
ibid
5
ibid
6
Richard Sandbach, op cit
7
ibid and The Revd Neville Barker Cryer, What do you know about the Royal Arch? Is Royal Arch the
Supreme Degree?, Lewis Masonic.
8
The Revd Neville Barker Cryer, What do you know about the Royal Arch? Is Royal Arch the
Supreme Degree?, Lewis Masonic. 9 Richard Sandbach, op cit and The Revd Neville Barker Cryer,
Did you know this, too? Discovering the “Arch” Degree, Lewis Masonic (2005)
10
Richard Sandbach, op cit
11
ibid
12
ibid
13
Dashwood noticed that changes had been made at the top of the document, where a “P” had been
9
inserted to designate Lord Blaney as a Past Grand Master, and, at the foot of the document, where
the final digit of the year had been scraped off and changed to that of the following year.
14
John Hamill, in Freemasonry Today, Number 17, Spring 2012
15
Richard Sandbach, op cit
16
United Grand Lodge of England, Constitutions, Supreme Grand Chapter Regulations.
17
Richard Sandbach, op cit
18
ibid
19
United Grand Lodge of England, op cit
20
ibid and Dr Roger Hugh Jago, The Supreme Order of the Holy Royal Arch - A Personal Message
from the Grand Superintendent of Hampshire and Isle of Wight
21
United Grand Lodge of England, op cit
22
Freemasonry Today Number 1, Winter 2007/8
23
ibid and repeated in the Pro First Grand Principal’s Address to Supreme Grand Chapter on 14
November 2007.
24
‘Preliminary Declaration to the Book of Constitutions’ in Freemasonry Today, Summer 2009, p.7
25
United Grand Lodge of England, op cit
26
Dr Roger Hugh Jago, op cit
27
Richard Sandbach, op cit
28
Lt Col D A M Phipps, The Origins and Development of the Royal Arch, November 2003
29
The Revd Neville Barker Cryer, What do you know about the Royal Arch? Is Royal Arch the
Supreme Degree?, Lewis Masonic. 30 The Revd Neville Barker Cryer, I just didn’t know that. What is
the point of other than Craft Degrees? , Lewis Masonic (2003) 31 ibid
32
Richard Sandbach, op cit
33
ibid.

##Fim##

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fieis serviçais (eles me ensinaram tudo o que sei). Seus nomes são: O que e por que,
quando e como, onde e quem?.” - Rudyard Kipling
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