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Projeto de Elementos de

Máquinas
Prof. Romeu Fontana Jr.

1
Projeto de Elementos de
Máquinas
Introdução

2
Projeto
• Funcional. O produto deve apresentar um desempenho que atenda às
necessidades e expectativas do consumidor.

3
Projeto
• Seguro. O produto não deve oferecer perigo ao usuário, e nem a terceiros.
• Ex: ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), capazes de evitar os acidentes,
incluindo frenagem automática de emergência, alerta e assistente de permanência
em faixa de rodagem, limitador de velocidade e monitoramento de ponto cego.

Segurança ativa:
Freios ABS, controle de tração, controle de estabilidade, alarme de
risco de colisão, sensores de velocidade e distância

Segurança passiva:
Estrutura da cabine, zonas de deformação, cintos de segurança, air
bags, vidro laminado, proteção do tanque de combustível, chave de
desligamento da bomba de combustível 4
Projeto
• Confiável. Confiabilidade é a probabilidade condicional, a um determinado
nível de confiança, de que o produto irá desempenhar sua função
proposta satisfatoriamente, ou sem falhar a uma determinada idade.

5
Projeto
• Competitivo. O produto deve ser um forte competidor em seu mercado.

6
Projeto
• Utilizável. O produto deve ser "amigável ao usuário", acomodando-se a
especificações como tamanho, resistência, postura, alcance, força,
potência e controle humanos.

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Projeto
• Manufaturável. O produto deve ser reduzido a um número "mínimo" de
componentes, adequados à produção em massa, com dimensões,
distorção e resistência sob controle.

8
Projeto
• Mercável. O produto pode ser comprado, e serviços de assistência técnica
devem estar disponíveis.

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Adquirindo Informação Técnica
• Bibliotecas (comunitária, universitária e particular). Dicionários de
engenharia e enciclopédias, livros-texto, monografias, manuais,
periódicos, traduções, relatórios técnicos, patentes e fontes/catálogos de
negócios.
• Fontes governamentais. Departamentos de Defesa, Comércio, Energia e
Transporte; NASA; Imprensa Governamental; Departamento de Patentes e
Comércio; Serviço Nacional de Informação Técnica; e Instituto Nacional de
Patentes e Tecnologia.
• Sociedades profissionais. American Society of Mechanical Engineering,
Society of Manufacturing Engineers, Society of Automotive Engineers,
American Society for Testing and Materials e American Welding Society.
• Vendedores comerciais. Catálogos, literatura técnica, dados de ensaios,
amostras e informação sobre custo.
• Internet. O meio de acesso, na rede de computadores, às páginas
associadas à maioria das categorias supracitadas.
• Dados de materiais: www.matweb.com

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Variáveis de Projeto
• Composição do material e efeito da variação nas
propriedades.
• Efeitos do processamento local, ou nas proximidades, sobre as
propriedades.
• Efeitos de montagens próximas, tais como soldagens e ajustes
por contração em condições de tensão.

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Variáveis de Projeto
• Efeito de tratamento termomecânico sobre as propriedades.
• Intensidade e distribuição de carregamento.
• Validade de modelos matemáticos utilizados para representar
a realidade.
• Intensidade de concentrações de tensão.

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Variáveis de Projeto
• Influência do tempo na resistência e na geometria.
• Efeito de corrosão.
• Efeito de desgaste.

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Resistência
• Resistência é uma propriedade de um material
ou de um elemento mecânico. A resistência de
um elemento depende da escolha, do
tratamento e do processamento do material.
• Ss = resistência a cisalhamento
• Sy = resistência a escoamento
• Su = limite de resistência (resistência última)
• S = tensão média obtida por meio de uma amostragem
de dados de ensaio

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Tensão
• Tensão é uma propriedade de estado de um
corpo, que é uma função da carga, da
geometria, da temperatura e do processo de
manufatura.
• σ (sigma) para tensões normais
• τ (tau) para as tensões de cisalhamento

• Fator de Projeto:

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Diagrama Tensão x Deformação

Diagrama de tensão-deformação obtido do ensaio de tração padronizado


(a) Material dúctil; (b) material frágil.
Nesse diagrama, pl marca o limite de proporcionalidade; el, o limite elástico; y,
a resistência ao escoamento; u, a resistência máxima ou última; e f, a
resistência à fratura.
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Medição de Tensões
• Extensômetro (strain gauge) é um transdutor capaz de medir
deformações de corpos. Quando um material é deformado sua resistência
elétrica é alterada, a fração de mudança na resistência é proporcional à
fração de mudança no comprimento do material.

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Critério de aplicação para
extensômetros

•O modelo 3D é
submetido à análise
estrutural por elementos
finitos.
•As regiões de maior
tensão são propícias para
a aplicação dos
extensômetros.

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Projeto de Elementos de
Máquinas
Falha por
Fadiga Resultante de
Carregamento Variável

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Ensaios com cargas dinâmicas

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Introdução à Fadiga em Metais
O clipe é o exemplo mais simples
de como se pode levar uma peça
à fadiga: de sua forma original (1),
se repetirmos o ciclo de abrir (2) e
fechar(3) por “n” vezes, haverá
uma quebra por fadiga do
material (4).

A figura ao lado mostra uma


roda de vagão ferroviário numa
condição em que há flexão
rotativa do eixo. Esta situação
pode ser simulada em
laboratório através de um
motor elétrico com um eixo e
um contrapeso na
extremidade.

21
Introdução à Fadiga em Metais
O esforço de flexão induz tensões de
(a)
tração e compressão na peça. O valor de
tensão é zero na linha neutra e atinge o
valor máximo nos pontos mais distantes
(b)
da linha neutra. No caso (a) temos
tração acima da linha neutra e
compressão abaixo da mesma; no caso
(b) não há esforço de flexão, e portanto
não há tensões; e no caso (c) temos
(c) compressão acima da linha neutra e
tração abaixo da mesma.

Se submetermos um eixo a uma


repetição sucessiva das situações (a), (b)
e (c) ao longo do tempo, obteremos um
gráfico de tensão conforme mostrado
na figura ao lado. Esta condição de
tensão alternante levará o eixo a uma
falha por fadiga.

22
Introdução à Fadiga em Metais

No teste em laboratório submete-se o eixo acoplado ao motor elétrico a uma condição de


flexão rotativa, aplicando-se um contrapeso na extremidade. Instrumentando este eixo com
extensômetros (strain gauges), obtém-se o gráfico de tensões ao longo do tempo.

23
Introdução à Fadiga em Metais

No teste em laboratório também é possível elaborar um gráfico de tensões x número de ciclos.


Para levar uma peça à falha com uma única aplicação de carga (1 ciclo), é necessário submetê-la à
tensão limite de tração. Entretanto, é possível ocasionar a falha com tensões mais baixas quando
repetimos a aplicação de carga por “n” ciclos.
24
Introdução à Fadiga em Metais

Há um determinado valor de tensão que corresponde ao limite de resistência à fadiga (Se), onde
deixam de ocorrer falhas. Para este nível de tensão, pode-se submeter a peça a um número infinito
de ciclos, ou seja, a peça não sofrerá falha por fadiga.

25
Introdução à Fadiga em Metais

O estudo de tensões e número de ciclos é feito no laboratório através de um teste


de flexão rotativa, onde é possível variar a carga aplicada.

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Introdução à Fadiga em Metais
• A fadiga surge decorrente da condição na qual as
tensões variam ou flutuam entre níveis.
• Por exemplo, uma determinada fibra na superfície de
um eixo rotante, sujeita à ação de cargas de flexão,
passa por tração e compressão para cada revolução do
eixo. Se esse eixo é parte de um motor elétrico que
roda a 1725 rpm, a fibra é tensionada em tração e
compressão 1725 vezes a cada minuto.
• Esse e outros gêneros de carregamento em membros
de máquina produzem tensões que são chamadas
variáveis, repetidas, alternantes ou flutuantes.

27
Introdução à Fadiga em Metais
• Com frequência se descobre que membros de máquina
falharam sob a ação de tensões repetidas ou flutuantes
• Uma análise mais cuidadosa revela que as tensões
reais máximas estavam bem abaixo da resistência
última do material e, muito seguidamente, abaixo
mesmo da resistência ao escoamento.
• A característica mais distinguível dessas falhas é que as
tensões foram repetidas muitas e muitas vezes. Daí a
falha ser denominada falha por fadiga.

28
Introdução à Fadiga em Metais
• Quando peças de máquina falham estaticamente,
em geral desenvolvem uma deflexão muito
grande, visto que a tensão excedeu à resistência
ao escoamento, e a peça é trocada antes que a
fratura realmente ocorra.
• Assim, muitas falhas estáticas dão um aviso
visível antecipadamente. No entanto, o mesmo
não ocorre com a falha por fadiga! Ela é súbita e
total - portanto, perigosa.

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Introdução à Fadiga em Metais
• As falhas por fadiga surgem de três estágios de
desenvolvimento:
• O estágio 1 corresponde ao início de uma ou mais
microtrincas, causadas por deformação plástica cíclica
seguida de propagação cristalográfica. As trincas neste
estágio não são normalmente discerníveis a olho nu.
• O estágio 2 compreende a progressão de micro a
macrotrincas, formando superfícies de fratura com platôs
paralelos, separados por sulcos também paralelos. Tais
platôs são normalmente lisos e normais na direção da
máxima tensão de tração. Essas superfícies podem ser
onduladas e escuras e ter bandas leves conhecidas como
marcas de praia ou marcas de concha de ostra.

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Introdução à Fadiga em Metais
• O estágio 3 ocorre no ciclo de carga final, quando o material
remanescente não pode suportar as cargas, resultando em fratura rápida
e repentina. Esta falha pode ser frágil, dúctil ou uma combinação de
ambas. Com bastante frequência, as marcas de praia, caso existentes, e os
padrões denominados linhas de divisa apontam para a origem das trincas
iniciais.

Falha por fadiga em


parafuso

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Introdução à Fadiga em Metais
• A falha por fadiga deve-se à formação de trinca e propagação. Uma trinca
de fadiga terá início, tipicamente, em uma descontinuidade no material
em que a tensão cíclica é máxima. As descontinuidades podem surgir
devido aos seguintes fatores:
• Projeto de mudanças rápidas na secção transversal, chavetas, furos, etc.,
em que as concentrações de tensão ocorrem.
• Elementos que rolam e/ou deslizam contra outros (mancais, engrenagens,
cames, etc.) sob pressões de contato altas, que podem causar formação
de cavidades superficiais ou lascamento após vários ciclos de carga.
• Descuido com a localização de marcas de identificação, marcas de
ferramentas, riscos e rebarbas; projeto de juntas malfeito; montagem
inadequada e outras falhas de fabricação.
• Composição do material em si, quer processado por laminação,
forjamento, fundição, extrusão, estiramento, tratamento térmico, etc.
32
Introdução à Fadiga em Metais
• Entre as várias condições que podem acelerar o início
de trincas, incluem-se as tensões residuais de tração,
as temperaturas elevadas, a ciclagem térmica, os meios
corrosivos e a ciclagem de alta frequência.
• A razão e a direção de propagação de uma trinca de
fadiga são controladas primeiramente por tensões
localizadas e pela estrutura do material nessa trinca.
• Contudo, com a formação da trinca, outros fatores
podem exercer influência significativa, tais como o
meio ambiente, a temperatura e a frequência. Como
afirmado antes, as trincas crescerão ao longo de planos
normais às máximas tensões de tração.

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Esquema de superfícies de fratura por fadiga

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Falhas por fadiga

Falha por fadiga de um eixo


motor AISI 4320. A falha
iniciou-se nos pontos B e
progrediu até a ruptura
final em C.
A zona de ruptura final é
pequena, indicando que as
cargas foram baixas.

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Falhas por fadiga

Superfície de fratura
por fadiga de um pino
AISI 8640. Cantos vivos
de furos de graxa
desencontrados
causaram
concentrações de
tensão que iniciaram
duas trincas de fadiga,
indicadas pelas setas.

39
Falhas por fadiga

Superfície de fratura por fadiga de


uma barra conectora forjada de aço
AISI 8640.
A trinca de fratura originou-se na
borda esquerda, na linha destacada
de forjamento, mas nenhuma
aspereza incomum de emenda foi
indicada.
A trinca de fadiga progrediu meio
caminho ao redor do furo de óleo à
esquerda, indicado pelas marcas de
praia, antes que a fratura rápida
final ocorresse.

40
Falhas por fadiga

Superfície de fratura por fadiga de


uma biela de pistão com 200 mm
de diâmetro (8 in) de um martelo
feito de aço liga e utilizado para
forjamento.
Esse é um exemplo de uma fratura
por fadiga causada por tração
pura, em que concentrações de
tensão superficiais estão ausentes
e uma trinca pode ser iniciada em
qualquer lugar na secção
transversal.

41
Falhas por fadiga

Redesenho do conjunto de braço


de torque de trem de
aterrissagem, feito de liga de
alumínio 7075-T73, para eliminar
fratura por fadiga em um furo.
(a) Configuração do braço
(b) Superfície de fratura na qual
as setas indicam origens de
trincas múltiplas
42
Vida sob Fadiga
• Há abordagens fundamentais utilizadas em projeto e
análise para predizer quando, ou se, uma peça
carregada ciclicamente irá falhar em fadiga, em um
determinado período de tempo (“N” ciclos):
• 1 ≤ N ≤ 10³ ciclos = fadiga de baixo ciclo
• N > 10³ ciclos = fadiga de alto ciclo
• Método da vida sob tensão
• é o mais simples de implementar para várias aplicações de projeto
• tem muitos dados de suporte
• representa de forma adequada aplicações envolvendo alta
ciclagem

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Método da Vida sob Tensão
• Objetivo: determinar a resistência de materiais sob a ação de cargas de
fadiga.
• Corpos de prova são sujeitos a forças (repetidas ou variáveis) de
magnitudes especificadas.
• Ciclos ou inversões de tensão são contados até sua destruição.
• O dispositivo de ensaio de fadiga mais utilizado é a máquina de viga
rotativa de alta velocidade (flexão pura sem cisalhamento transversal)
• Uma carga de flexão constante é aplicada, e o número de revoluções
(inversões de tensão) dessa viga requerido até a falha é registrado.
• Os resultados são traçados em um diagrama S-N

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Método da Vida sob Tensão

Para aços, a partir


desta região não
ocorre falha, por
maior que seja o
número de ciclos

Se = limite de
resistência à
fadiga

Um diagrama S-N traçado a partir dos resultados de testes de fadiga


axial completamente inversa. Material: aço UNS G41300, normalizado;
Sut = 116 kpsi; máximo Sut = 125 kpsi
45
Método da Vida sob Tensão
O gráfico S-N
jamais se torna
horizontal para
metais não-
ferrosos ou ligas,
de modo que
esses materiais
não têm um
limite de
resistência à
fadiga.

Curvas S-N para ligas de alumínio representativas, excluindo


ligas forjadas com S„, < 38 kpsi.
46
Método da Vida sob Tensão
• Uma vez que o alumínio não tem um limite de
resistência à fadiga, normalmente a resistência à
fadiga Sf é relatada a um número específico de
ciclos, normalmente N = 5( 10 )
8

• Um ciclo de tensão (N = 1) constitui uma única


aplicação e remoção de determinada carga, e
então outra aplicação e remoção dessa carga na
direção oposta.
• Logo, N = ½ significa que a carga é aplicada uma
vez, e então é removida, o que corresponde ao
caso de um ensaio de tração simples.

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Método da Vida sob Tensão
O limite de
resistência à
fadiga varia
entre cerca
de 40 a 60%
da resistência
à tração
para aços de
até 212 kpsi
(1460 MPa)
aprox.

Gráfico dos limites de resistência à fadiga versus resistências à tração


procedentes de resultados de ensaios de fadiga
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Método da Vida sob Tensão
O limite de
resistência à
fadiga varia
entre cerca
de 40 a 60%
da resistência
à tração
para aços de
até 212 kpsi
S’e = limite de resistência (1460 MPa)
Sut = resistência à tração mínima aprox.

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• O limite de resistência de um componente
mecânico ou estrutural difere dos valores obtidos
com corpos de prova em laboratório. Algumas
diferenças incluem:
• Material: composição, base de falha, variabilidade
• Manufatura: método, tratamento térmico, corrosão por
microabrasão, condição de superfície, concentração de
tensão
• Ambiente: corrosão, temperatura, estado de tensão, tempo
de relaxação
• Projeto: tamanho, forma, vida, estado de tensão,
concentração de tensão, velocidade, microabrasão,
escoriação

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Se = ka.kb.kc.kd.ke.kf.S’e
– Se = limite de resistência no local crítico de uma peça
de máquina na geometria e na condição de uso
– S’e = limite de resistência de corpo de prova em teste
do tipo viga rotativa (laboratório)
– ka = fator de modificação de condição de superfície
– kb = fator de modificação de tamanho
– kc = fator de modificação de carga
– Kd = fator de modificação de temperatura
– ke = fator de confiabilidade
– Kf = fator de modificação por efeitos variados

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Superfície ka
• Depende da qualidade do acabamento da superfície da peça real e
da resistência à tração do material que a constitui.
• Sut é a resistência à tração
• a e b são encontrados a partir da Tabela

52
Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Superfície ka
– Exercício:
• Um aço tem uma resistência à tração de 520 MPa e
uma superfície usinada. Estime ka

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Tamanho kb
– Para carregamento axial (tração e compressão) não há
efeito de tamanho, de modo que kb = 1

– Os resultados para flexão e torção (para uma barra


redonda em modo rotativo) podem ser expressos da
seguinte forma:

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Tamanho kb
• Para uma barra redonda em flexão não-rotativa, utiliza-
se o índice de correção:

• Para uma seção transversal não-circular (seção


retangular de dimensões h, b) utiliza-se o índice de
correção:

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Tamanho kb
– Exercício:
• Um eixo de aço carregado sob flexão tem 32 mm de diâmetro. O
material desse eixo tem uma resistência média à tração de 690
MPa. Estime o fator de tamanho kb se o eixo for utilizado:
a) em modo rotativo
b) em modo não-rotativo

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Carregamento kc
– Especifica-se os valores médios do fator de carga
na seguinte forma:

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Temperatura kd
– Quando as temperaturas operacionais estão abaixo da temperatura ambiente, a fratura
frágil é uma forte possibilidade e, portanto, deve ser investigada primeiramente.
– Quando as temperaturas operacionais são mais altas que a temperatura ambiente, o
escoamento deve ser investigado a princípio, pois a resistência a ele cai muito
rapidamente com a temperatura.

• Um gráfico dos resultados de 145 ensaios


de 21 aços carbono e de liga mostrando o
efeito da temperatura de operação na
resistência ao escoamento Sy e na
resistência à tração Sut.

• A ordenada é a razão da resistência à


temperatura de operação (ST) pela
resistência à temperatura ambiente (SRT).

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Temperatura kd
• A Tabela abaixo foi obtida a partir do gráfico anterior, utilizando-se somente os
dados de resistência à tração.
• Observe que essa tabela representa 145 ensaios de 21 diferentes aços carbono e
liga.

Efeito da temperatura de operação


sobre a resistência à tração de aço.

ST= resistência à tração à


temperatura de operação

SRT = resistência à tração à


temperatura ambiente

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Temperatura kd
• Um ajuste por curva polinomial de quarta ordem aos dados
que produziram o gráfico anterior fornece a equação abaixo,
em que 70 ≤ TF ≤ 1000°F.

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Temperatura kd
• Exercício:
– Um aço 1035 apresenta uma resistência à tração de 70 kpsi e deve ser usado
em uma peça que trabalhe a 450°F. Estime o fator de modificação de
temperatura kd e o limite de resistência na temperatura de operação, nas
seguintes condições:
• Se o limite de resistência à temperatura ambiente por ensaio for:
– 39,0 kpsi
– 70,0 kpsi

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Confiabilidade ke
– Conforme visto anteriormente, o limite de resistência
médio é mostrado como:
• S’e = 0,5.Sut
– A maioria dos dados de resistência é relatada como valores
médios.
– Os dados apresentados por Haugen e Wirsching mostram
desvios-padrão da resistência de menos de 8%.
– Dessa forma, o fator modificador de confiabilidade para
dar conta desse fato pode ser escrito como:

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de Confiabilidade ke
– A Tabela abaixo provê fatores de confiabilidade para
alguns padrões especificados.

Fatores de confiabilidade ke correspondentes a 8% de desvio-padrão do limite de resistência

Se = ka.kb.kc.kd.ke.kf.S’e S’e = 0,5.Sut

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de efeitos diversos kf
• Tensões residuais podem melhorar o limite de resistência ou afetá-
lo adversamente.
• Em geral, se a tensão residual na superfície de uma peça for de
compressão, o limite de resistência será melhorado.
• Falhas por fadiga parecem ser falhas por tração, ou pelo menos
causadas por tensão de tração, de modo que qualquer coisa que
reduza a tensão de tração reduzirá também a possibilidade de falha
por fadiga.
• Operações como jateamento de esferas, martelamento e laminação
a frio constroem tensões compressivas na superfície da peça e
melhoram o limite de resistência de forma significativa.

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de efeitos diversos kf
• Os limites de resistência de peças feitas de chapas laminadas
ou repuxadas, ou de barras, bem como de peças forjadas,
podem ser afetados pelas chamadas características
direcionais da operação.
• Peças laminadas ou repuxadas, por exemplo, têm um limite
de resistência na direção transversal que pode ser 10 a 20%
menor que o limite de resistência na direção longitudinal.
• Peças endurecidas superficialmente podem falhar na
superfície ou no raio máximo do núcleo, dependendo do
gradiente de tensão.

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de efeitos diversos kf
• A Figura 7-19 mostra a distribuição de tensão triangular típica
de uma barra sob flexão ou torção.
Para esse exemplo, o
limite de resistência do
núcleo domina o projeto
porque a figura mostra
que a tensão σ ou τ,
qualquer que se aplique,
no raio externo do
núcleo, é maior que o
limite de resistência
desse núcleo.

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de efeitos diversos kf
• Corrosão
– Peças que operam em uma atmosfera corrosiva tem uma resistência à
fadiga reduzida.
– Isso se deve à formação de asperezas ou à cavitação da superfície por
material corrosivo.
• Chapeamento Eletrolítico
– Revestimentos metálicos, tais como chapeamentos de cromo, de
níquel ou de cádmio, reduzem o limite de resistência em até 50%.
– O chapeamento de zinco não afeta a resistência à fadiga.
– A oxidação anódica de ligas leves reduz os limites de resistência sob
flexão em cerca de 39%, mas não tem efeito no limite de resistência
torcional.

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Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de efeitos diversos kf
• Pulverização de Metal
– A pulverização de metal resulta em imperfeições de superfície que
podem iniciar trincas. Ensaios limitados mostram redução de 14% na
resistência à fadiga.
• Freqüência Cíclica
– O processo de fadiga pode ser dependente do tempo, e também da
frequência.
– Quando corrosão e /ou altas temperaturas, forem encontradas, a
razão de ciclo torna-se importante.
– Quanto menor a frequência e mais alta a temperatura, mais alta a taxa
de propagação de trinca e mais curta a vida a um dado nível de
tensão.

68
Fatores Modificadores do Limite de
Resistência
• Fator de efeitos diversos kf
• Corrosão com Microabrasão
• O fenômeno de corrosão com microabrasão é o resultado de movimentos
microscópicos de peças ou estruturas muito atarraxadas.
• Juntas parafusadas, ajustes mancal-pista, cubos de roda e qualquer
conjunto de peças muito atarraxadas são exemplos. O processo envolve
descoloração superficial, cavitação e eventual fadiga.
• O fator de microabrasão kf depende do material das partes unidas e varia
entre 0,24 e 0,90.

69
Caracterização de Tensões Flutuantes
• Tensões flutuantes em maquinaria frequentemente tomam a forma
de um padrão senoidal, devido à natureza de algumas maquinas
rotativas.
• Contudo, outros padrões, alguns bastante irregulares, de fato
ocorrem.
• Descobriu-se que, em padrões periódicos exibindo um único
máximo e um único mínimo de força, a forma da onda não é
importante, mas sim os picos em ambos os lados, alto (máximo) e
baixo (mínimo).
• Fmax e Fmin em um ciclo de força podem ser usados para
caracterizar o padrão de força.
• É também verdade que variar acima e abaixo de alguma linha de
base pode ser igualmente efetivo na caracterização do padrão de
força.

70
Caracterização de Tensões Flutuantes
• Se a força maior é Fmax e a menor, Fmin, então uma
componente estável, fixa, e uma componente
alternante podem ser construídas como segue:

Fm = componente média da variação da força


Fa = componente de amplitude da força.

71
Caracterização de Tensões Flutuantes

(a) tensão flutuante com ondulação


de alta frequência

(b , c) tensão flutuante não-senoidal

72
Caracterização de Tensões Flutuantes

(d) tensão flutuante senoidal


(e) tensão repetida
(f) tensão senoidal
completamente inversa.

73
Caracterização de Tensões Flutuantes
• A tensão estável ou estática σs não é igual à
tensão média σm; ela pode ter qualquer valor
entre σmin e σmax e existe devido a uma carga fixa
ou pré-carga aplicada à peça, sendo geralmente
independente da porção variante da carga.
• Uma mola helicoidal de compressão, por
exemplo, está sempre carregada em um espaço
menor que o comprimento livre da mola.
• A tensão criada por essa compressão inicial é
chamada componente estável ou estática da
tensão, não sendo a mesma que a tensão média.

74
Caracterização de Tensões Flutuantes
• As seguintes relações são evidentes a partir da figura
anterior:

Razão de tensão

75
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes
• Uma vez definidas as várias componentes de
tensão associadas a uma peça sujeita a tensão
flutuante, podemos variar tanto a tensão
média como a amplitude de tensão, ou
componente alternante, para aprender algo
mais a respeito da resistência à fadiga.
• Alguns métodos de representação gráfica dos
resultados desses ensaios são mostrados nas
figuras a seguir.

76
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes
• O diagrama de Goodman da figura a seguir tem a tensão
média traçada ao longo da abscissa, e todas as demais
componentes de tensão na ordenada, com a tração na
direção positiva.
• O limite de resistência à fadiga ou à vida finita, qual seja o
aplicável, é traçado na ordenada acima e abaixo da origem.
• A linha de tensão média é uma linha a 45° a partir da
origem até a resistência sob tração da peça.
• O diagrama de Goodman modificado consiste em linhas
construídas a Se acima e abaixo da origem.
• A resistência ao escoamento também aparece traçada em
ambos os eixos, uma vez que tal escoamento seria o
critério de falha se σmax excedesse a Sy

77
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes

Diagrama de Goodman
mostrando todas as resistências e
os valores-limite de todas as
componentes de tensão para uma
tensão média particular.

78
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes
• O diagrama de fadiga da próxima página é único na medida em que
mostra as quatro componentes de tensão, bem como as duas
razões de tensão.
• A curva que representa o limite de resistência para valores de R
iniciando em R = -1 e terminando com R = 1 começa em Se no eixo
σa, e termina em Sut, no eixo σm.
• Curvas de vida constante para N = 100.000 ciclos e N= 10.000 ciclos
foram também desenhadas.
• Qualquer estado de tensão, tal como aquele no ponto A, pode ser
descrito pelas componentes mínima e máxima, ou pelas
componentes média e alternante.
• Além disso, a segurança é indicada sempre que o ponto descrito
pelas componentes de tensão estiver situado abaixo da linha de
vida constante.

79
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes
Diagrama-mestre de
fadiga criado para o
aço AISI 4340, com:
Sut = 158 kpsi
Sy = 147 kpsi

As componentes de
tensão em A são:
σmin = 20 kpsi
σmax = 120 kpsi
σm = 70 kpsi
σa = 50 kpsi

(Fonte: H. J. Grover,
Fatigue of Aircraft
Structures)
80
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes
• Critério de falha de Goodman
– É uma linha reta e a álgebra é linear e fácil.
– É facilmente traçado, para qualquer problema.
– Revela sutilezas de percepção nos problemas de fadiga.
– As respostas podem ser representadas em escala, a partir dos diagramas, como uma
verificação da álgebra.
– O limite de resistência à fadiga Se é marcado na ordenada, já corrigido pelos fatores
modificadores.
– A resistência ao escoamento Sy é marcada na ordenada e na abcissa, pois o escoamento
pode ser o critério de falha, ao invés da fadiga.
– O eixo de tensão média tem a resistência ao escoamento Sy e a resistência à tração Sut
marcadas.
– Cinco critérios de falha estão diagramados: o de Soderberg, o de Goodman, o de Gerber,
o elíptico da ASME e o de escoamento.
– O diagrama mostra que somente o critério de Soderberg protege contra o escoamento.

81
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes

O ponto A
provê a
resistência Sm
como o valor-
limite de σm
corresponden
te à
resistência Sa,
que é o valor-
limite de σa.

Diagrama de fadiga mostrando vários critérios de falha.


(para cada critério, pontos na, ou "acima" da, respectiva linha indicam falha
82
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes

Resistência alternada
Sa = n.σa

Resistência média
Sm = n.σm

n = fator de projeto
ou de segurança

Diagrama de Goodman
(pontos na linha de Goodman, ou acima dela indicam falha)
83
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes
• A inclinação da linha de carga mostrada é definida como:
r = Sa / Sm

• A equação de critério para a linha de Goodman é:

• As tensões n.σa e n.σm podem substituir Sa e Sm, sendo n


o fator de projeto ou de segurança. Assim, a equação
torna-se:

84
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes
• Exercício:
– Uma barra de aço é submetida a um
carregamento cíclico tal que σmax = 60 kpsi e σmin =
-20 kpsi. Para o material, Sut = 80 kpsi, e Sy = 65
kpsi. Determinar o limite de resistência (Se)
utilizando o critério de Goodman, considerando o
fator de projeto (segurança) = 1.

85
Critérios de Falha por Fadiga sob
Tensões Flutuantes
• Exercício:
– Um eixo de diâmetro 1,5 polegadas foi usinado a
partir de uma barra de aço AISI 1050 repuxada a
frio. Essa peça deve aguentar uma carga de tração
flutuante variando de 0 a 16 kip. Encontrar o fator
de projeto (segurança) protegendo contra fadiga,
utilizando o critério de Goodman.
– Dados do material:
• Sut = 100 kpsi
• Sy = 84 kpsi

86
Projeto de Elementos de
Máquinas
Eixos Rotativos e Eixos Fixos

87
Eixos - Conceitos Gerais
• Eixo rotativo:
– utilizado para transmitir potência ou movimento.
– provê a linha de centro de rotação de elementos como engrenagens, polias,
volantes, manivelas, rodas dentadas e similares, bem como controla a
geometria de seus movimentos.

88
Eixos - Conceitos Gerais
• Eixo fixo:
– é um membro não-rotativo.
– não transmite torque.
– utilizado para suportar rodas girantes, polias e similares.

89
Eixos - Conceitos Gerais
• Um projeto de eixo realmente tem início após muito trabalho preliminar.
• O projeto da máquina em si ditará que certas engrenagens, polias,
mancais e outros elementos terão pelo menos sido parcialmente
analisados e seus tamanhos e espaçamento, previamente determinados.

90
Eixos - Conceitos Gerais
• Um projeto de eixo deve ser estudado a partir dos seguintes pontos de
vista:
– Tensão e resistência
• Resistência estática
• Resistência de fadiga
• Confiabilidade

91
Eixos - Conceitos Gerais
• Um projeto de eixo deve ser estudado a partir dos seguintes pontos de
vista:
– Deflexão e rigidez
• Deflexão flexional
• Deflexão torsional
• Inclinação em mancais e em elementos suportados do eixo
• Deflexão de cisalhamento decorrente de carregamento transversal de eixos
curtos

92
Eixos - Conceitos Gerais
• A geometria de um eixo é geralmente a de um cilindro escalonado.
• Engrenagens, mancais e polias devem sempre ser posicionados com precisão, bem
como providências devem ser tomadas a fim de aceitar cargas de empuxo.
• O uso de ressaltos de eixo é um excelente meio para localizar axialmente os
elementos desse eixo: tais ressaltos podem ser utilizados para pré-carregar
mancais de rolamento e prover as reações necessárias de empuxo a elementos
rotativos.
• Por essas razões, nossa análise normalmente envolverá eixos escalonados.

93
Eixos - Conceitos Gerais

Eixo escalonado
suportando a
engrenagem de
um redutor de
velocidade com
engrenagem de
par sem-fim

94
Eixos - Conceitos Gerais
• Procedimento de análise
– O exame de tensão em um ponto específico de um eixo pode ser feito
utilizando-se apenas a geometria desse eixo nas adjacências daquele ponto.
Assim, a geometria do eixo completo em detalhe não é necessária a princípio.
– No projeto preliminar é possível localizar as áreas críticas, dimensioná-las para
atender aos requisitos de resistência e dimensionar o restante do eixo para
atender aos requisitos dos elementos suportados por ele.

95
Eixos - Conceitos Gerais
• As análises de deflexão e de inclinação não podem ser realizadas até que a
geometria do eixo completo tenha sido definida.
• Desse modo, a deflexão é uma função da geometria em toda a parte, ao passo que
a tensão em uma seção de interesse é uma função da geometria local e de
momentos.
• Por tal razão, o projeto de um eixo permite considerar a tensão e a resistência
primeiramente.
• Depois que valores tentativos para as dimensões do eixo tiverem sido
estabelecidos, a determinação da deflexão e da inclinação poderá ser feita.

96
Eixos - Conceitos Gerais
• Mudanças no projeto podem resultar de diversas razões, tais como o uso de um
selador recentemente projetado ou de acoplamento, uma mudança na potência
ou na velocidade, mancais de tamanho diferente, ou o uso de componentes
rotantes projetadas recentemente.
• Se não existir um projeto anterior para utilizar como ponto de partida, então a
determinação da geometria do eixo poderá ter muitas soluções.

97
Eixos - Conceitos Gerais

(a) Escolha uma configuração de eixo para suportar e localizar


as duas engrenagens e os dois mancais

98
Eixos - Conceitos Gerais

O eixo está
sujeito a
flexão, torção
e cargas axiais.

(b) A solução utiliza um pinhão integral, três ressaltos de eixo, chaveta e rasgo
de chaveta, bem como camisa (espaçadora ou separadora).
A caixa fixa os mancais em seus anéis externos e recebe as cargas de empuxo.

99
Eixos - Conceitos Gerais

(c) Escolha a configuração de eixo de ventilador

100
Eixos - Conceitos Gerais

O eixo está
sujeito
somente à
flexão e torção

(d) A solução utiliza mancais de camisa, um eixo reto passante, colares de fixação e
conjunto de parafusos para colares, polia de ventilador e ventilador. A caixa
compartimento de ventilador suporta os mancais deslizantes.
101
Eixos - Conceitos Gerais
• Não existe fórmula mágica para determinar a geometria de um eixo para todas as
situações de projeto.
• A melhor abordagem é a que consiste em estudar os projetos existentes, para
aprender como problemas similares foram resolvidos e então, por combinação dos
melhores destes, resolver seu próprio problema.

102
Eixos - Conceitos Gerais
• Muitas situações de projeto de eixo incluem o problema da transmissão de torque
de um elemento a outro nesse eixo.
• Elementos comuns de transferência de torque são os seguintes:
– Chavetas
– Estrias
– Parafusos de fixação
– Pinos
– Ajustes de pressão
– Ajustes de contração
– Ajustes cônicos

103
Eixos - Conceitos Gerais
• Todos esses meios de transferência de torque resolvem o problema
de ancorar seguramente a roda ou o dispositivo ao eixo, mas nem
todos solucionam o problema da localização axial precisa do
dispositivo.
• Alguns dos dispositivos de localização mais usados incluem o
seguinte:
– Pino e arruela
– Porca e arruela
– Manga
– Ressalto de eixo
– Anel e sulco
– Parafuso de fixação
– Cubo partido ou cubo cônico de duas peças
– Colar e parafuso
– Pinos

104
Eixos - Conceitos Gerais
• Chavetas e pinos
– Os pinos para esse propósito incluem pinos retos, cônicos e pinos de mola.
– Alguns destes servem tão somente para propósitos de localização – um contrapino, por
exemplo, não deve ser usado para transmitir muito torque, mas outros servirão como
bons transmissores de torque.
– O uso desses dispositivos requer orifícios radiais através do eixo, e daí a concentração de
tensão pode ser um problema, dependendo da localização deles.

(a) Chaveta quadrada


(b) Chaveta redonda
(c) Pino redondo
(d) Pino redondo curto
(e) Pino cônico
(f) Pino de mola tubular partido

105
Eixos - Conceitos Gerais
• Chaveta cabeça de quilha
– Previne o movimento axial relativo entre cubo e eixo
– Permite o ajuste da posição do cubo.

106
Eixos - Conceitos Gerais
• Chaveta meia-lua (Woodruff)
– Utilizada quando uma polia deve ser posicionada contra um ressalto de eixo.
– O compartimento de chaveta não necessita ser usinado para dentro da região de
concentração de tensão do ressalto do eixo.

107
Eixos - Conceitos Gerais
• Parafusos de fixação
– Os parafusos de fixação sem cabeça dependem da compressão para desenvolver uma
força de aperto.
– A resistência ao movimento axial do cubo em relação ao eixo é chamada de capacidade
de sustentação.
– Parafusos de fixação devem ter um comprimento de cerca da metade do diâmetro do
eixo.

(a) Ponta plana


(b) Ponta de taça
(c) Ponta oval
(d) Ponta de cone
(e) Ponta meio-grampo

108
Eixos - Conceitos Gerais
• Uniões por adaptação de forma

(a) Pino transversal


(b) Chaveta meia-lua (Woodruff)
(c) Chaveta plana embutida
(d) Chaveta de deslizamento
(e) Estrias ou ranhuras
(f) Dentes
(g) Perfil “K”
109
Eixos - Conceitos Gerais
• Ajustes forçados

(a) Ajuste forçado com corte no cubo


(b) Ajuste com cubo bi-partido
(c) Ajuste com chaveta
(d) Ajuste forçado
(e) Assento cônico com bucha cônica
(f) Assento cônico
(g) Forças no assento cônico

110
Eixos - Conceitos Gerais
• Estrias de eixo
– Assemelham-se a dentes de engrenagem cortadas ou forjadas na superfície do eixo.
– Elas são usadas quando grandes quantidades de torque devem ser transmitidas.
– Quando estrias são utilizadas, a concentração de tensão costuma ser bem moderada.

• Ajustes de pressão e contração


– Tem por finalidade segurar cubos em eixos.
– São usados igualmente para transferência de torque e preservação de localização axial.
– O fator resultante de concentração de tensão é em geral muito pequeno.
– Um método similar consiste em utilizar um cubo partido com parafusos, para prender o cubo
ao eixo. Esse método permite desmontagem e ajustes laterais.

• Encaixes cônicos simples entre o eixo e o dispositivo montado no eixo


– São frequentemente usados em extremidades sobressalentes de um eixo.
– Roscas de parafuso na extremidade permitem então o uso de uma porca para travar a roda
firmemente ao eixo.
– Esta abordagem é útil porque ela pode ser desmontada, mas não permite bom
posicionamento axial da roda no eixo.

111
Eixos - Conceitos Gerais
• Anéis de retenção
– Utilizados no lugar de um ressalto de eixo (ou de um espaçador) para posicionar
axialmente um componente ou um furo de alojamento.

(a) Anel externo


(b) Aplicação

(c) Anel Interno


(d) Aplicação

112
Eixos - Conceitos Gerais

Mancais cônicos de rolo


usados em um eixo curto
de máquina de cortar
grama.
Esse projeto representa
uma boa prática para a
situação na qual um ou
mais elementos de
transferência de torque
devem ser montados
externamente.

113
Eixos - Conceitos Gerais

Uma transmissão de
engrenagens cônicas
(reta) na qual ambos,
pinhão e engrenagem,
são montados
internamente.

114
Eixos - Conceitos Gerais

Arranjo mostrando os anéis internos dos rolamentos ajustados mediante pressão ao


eixo, enquanto os anéis externos flutuam na caixa.
A folga axial deve ser suficiente apenas para permitir vibrações do conjunto.
Observe o vedante de labirinto à direita

115
Eixos - Conceitos Gerais

Nesta montagem os anéis externos dos rolamentos estão pré-carregados.


Observe o uso de cunha de extremidade no eixo

116
Eixos - Conceitos Gerais

Neste arranjo, o anel interno do rolamento esquerdo está bloqueado no eixo entre
uma porca e um ressalto de eixo.
A porca de aperto e a arruela são padronizadas.
O anel de pressão na pista externa é utilizado para localizar completamente
a montagem do eixo na direção axial.
Observe o rolamento direito flutuando e os sulcos de retifica do eixo.
117
Eixos - Conceitos Gerais

Este arranjo é similar ao anterior pelo fato de o rolamento esquerdo posicionar a


montagem completa de eixo.
Nesse caso, o anel interno está preso ao eixo por meio de um anel de pressão.
Observe o uso de uma blindagem para prevenir que a sujeira gerada
dentro da máquina entre no rolamento.

118
Eixos – Análise de cargas e tensões
• Exercício
– Um eixo maciço de aço com 40 mm de diâmetro está apoiado em 2 mancais. Duas polias
são fixadas por meio de chavetas ao eixo; a polia B tem 100 mm de diâmetro e a polia C
tem 200 mm de diâmetro. Considerando apenas as tensões de flexão e de torção,
determinar a localização e magnitude das maiores tensões de cisalhamento, de tração e
de compressão no eixo.

119
Eixos – Projeto por Tensão
• Flexão, torção e tensões axiais podem estar presentes em ambas as
componentes média e alternante.
• Cargas axiais são relativamente muito pequenas em locais críticos em que
flexão e torção são preponderantes.
• Para um eixo sólido de seção transversal circular, as tensões flutuantes
devido a flexão e torção são dadas por:

Ma = momento fletor alternante


σa = Kf . 32 Ma σm = Kf . 32 Mm Mm = momento fletor médio
π d³ π d³
Ta = torque alternante
Tm = torque médio
τa = Kfs . 16 Ta τm = Kfs . 16 Tm Kf = fator de concentração de tensão de fadiga
π d³ π d³ para flexão
Kfs = fator de concentração de tensão de fadiga
para torção

120
Eixos – Projeto por Tensão
• Critérios de resistência à fadiga de eixos:

121
Eixos – Projeto por Tensão
• Critério de Soderberg
– Para um eixo circular sólido em flexão e torção, utilizando
as relações descritas anteriormente, obtemos:

Sy

Sy
122
Eixos – Projeto por Tensão
• Critério de Goodman
– Anàlogamente, obtemos:

123
Eixos - Materiais
• Vários aços têm módulos de Young comparáveis. Por essa razão, a
rigidez não pode ser controlada por meio de decisões relativas ao
material, mas somente por decisões geométricas.
• A resistência necessária para resistir às tensões de carregamento
afeta a escolha dos materiais e seus tratamentos.
• Aços ANSI 1020-1050 são uma escolha comum, como o é um aço
11xx sem usinagem.
• Tratamentos térmicos aumentam o dispêndio; devem ser usados
somente se não existir outra forma de obter as resistências
necessárias.
• Graus de carbonetação de 1020, 4320,4820 e 8620 são escolhidos
quando a dureza de superfície é importante.

124
Eixos - Materiais
• Seções laminadas a frio estão disponíveis para diâmetros de até cerca de
3½ polegadas, e seções laminadas a quente de até 6 polegadas podem ser
obtidas.
• Tamanhos maiores requerem forjamento antes da usinagem.
• Ao abordar a seleção do material, a quantidade a ser produzida é um fator
decisivo.
• Para uma pequena produção, torneamento é o processo usual primário de
forma. Do ponto de vista econômico, pode-se requerer remover o mínimo
de material.
• Uma alta produção pode permitir um método de moldagem conservador
de volume (forjamento a quente ou a frio, fundição), e um mínimo de
material no eixo pode se tornar uma meta de projeto.
• As propriedades do eixo localmente dependem de sua história: trabalho a
frio, forjamento a frio, tratamento térmico (têmpera, revenido).

125
Eixos – Projeto por Tensão
• Exercício:
– Para um eixo sólido de seção transversal redonda,
determinar o diâmetro “d” empregando os
critérios de falha por fadiga de Soderberg e de
Goodman.
• Dados:
– Mm = Ta = 0, Ma= 1260 lbf.in, Tm = 1100 lbf.in, Sut = 105 kpsi,
Sy = 82 kpsi, Se = 36 kpsi (completamente corrigido), n = 2, Kf=
1,73 e Kfs = 1,31.

126
Eixos – Projeto por Tensão
• Exercício:
– Um eixo de aço usinado e termo-tratado tem resistência a
tração Sut = 735 MPa, e resistência ao escoamento Sy = 574 MPa.
A meta de confiabilidade é de 0,99. O momento fletor
alternante é 142,4 N.m, e o momento estável de torção (torque
médio) é 124,3 N.m.
• Determinar o fator de segurança à fadiga do projeto, usando
os critérios de Goodman e de Soderberg.
• Utilizar os fatores modificadores do limite de resistência.
• Dados: Kf = 1,58 ; Kfs = 1,39 ; d = 28 mm

127
Apêndice
• Tensão de von Mises
– A Tensão de von Mises (σ’) é a tensão equivalente ou efetiva para o estado
geral de tensão tridimensional, caracterizado pelas tensões σ1, σ2, σ3, a que
está sujeito o elemento mostrado abaixo.
– O escoamento ocorre se tivermos a seguinte condição:

(Sy = resistência ao escoamento)

½
Para tensões planas: σ’ = [(σ1)² - σ1.σ2 + (σ2)²]
128
Apêndice
• Tensão de von Mises
– Para tensões planas, a equação se reduz a:

½
σ’ = [(σ1)² - σ1.σ2 + (σ2)²]

- Esta equação representa uma elipse rotacionada no plano, conforme a


figura abaixo, sendo σ’ = Sy.

Considerando tensões normais e de


cisalhamento:

(Sy = resistência ao escoamento)


129
Projeto de Elementos de
Máquinas
Molas Mecânicas
Molas - Características
• Flexibilidade ao grau que o projetista busca.
• A flexibilidade pode ser linear ou não-linear, ao relacionar a deflexão à
carga.
• Molas permitem aplicação controlada da força ou torque.
• Molas são produzidas em massa (portanto, são de baixo custo).
Tensões em Molas Helicoidais
D = diâmetro médio de espira
d = diâmetro do fio
F = fôrça axial

T = F.D/2
Tensões em Molas Helicoidais
• Efeito de Curvatura
– A curvatura do fio aumenta a tensão no lado interno
da mola, mas a diminui ligeiramente no lado externo.
– Essa tensão de curvatura é importante sobretudo em
fadiga, pois as cargas são mais baixas e não há
oportunidade para o escoamento localizado.
– Para carregamento estático, normalmente essas
tensões podem ser ignoradas por causa do
enrijecimento de deformação com a primeira
aplicação de carga.

133
Tensões em Molas Helicoidais

C: Indice de mola KB: fator de efeito de


(medida de curvatura da espiral) curvatura de Bergstrasser

Equação aplicável a
ambas as cargas B
estática e dinâmica

134
Deflexão de Molas Helicoidais
• As relações de força e deflexão são muito
facilmente obtidas usando:

Sendo:

K = constante da mola
G = módulo de rigidez
N = número de espiras ativas
D = diâmetro médio de espira
F=k.y d = diâmetro do fio
F = força axial

135
Molas de Compressão
• Os quatro tipos de extremidades geralmente usados
para molas de compressão estão ilustrados na figura na
próxima página.
• Uma mola de extremidades planas tem um helicoide
ininterrupto; as extremidades são as mesmas se uma
mola longa tivesse sido cortada em seções.
• Uma mola de extremidades planas que são
esquadradas ou fechadas é obtida ao deformar-se as
extremidades a um ângulo de hélice de grau zero.
• As molas devem ser sempre esquadradas e
esmerilhadas para aplicações importantes, porque uma
melhor transferência de carga é obtida.

136
Molas de Compressão

137
Molas de Compressão

Fórmulas para dimensões de molas de compressão (Na = número de espiras ativas)

138
Molas de Compressão
• Estabilidade
– Em Resistência dos Materiais aprendemos que uma coluna flambará
quando a carga se tornar muito grande.
– Similarmente, molas de espira de compressão podem flambar quando
a deflexão se tornar muito grande.
– A condição para estabilidade absoluta é:

Sendo:

L0 = comprimento livre
D = diâmetro médio da espira
E = módulo de elasticidade
G = módulo de rigidez
α = constante de condição de
extremidade
139
Molas de Compressão
• Estabilidade
– Para aços, temos:

– Para extremidades esquadradas e esmerilhadas:


• α = 0,5 e L0 < 5,26.D

140
Molas de Compressão
• Estabilidade
– A Tabela abaixo dá valores de α para condições
usuais de extremidade:

141
Materiais de Mola
• As molas são manufaturadas por processos de trabalho a quente ou
a frio, dependendo do tamanho do material, da constante da mola
e das propriedades desejadas.
• O enrolamento da mola induz tensões residuais por flexão, mas
estas são normais à direção das tensões de torção de trabalho em
uma mola de espiras.
• Muito frequentemente na manufatura de mola, elas são aliviadas,
depois do enrolamento, por um tratamento térmico ameno.
• Uma grande variedade de materiais de mola está disponível ao
projetista, incluindo aços comuns de carbono, aços liga e aços
resistentes à corrosão, bem como materiais não-ferrosos, como
bronze-fósforo, latão de mola, cobre-berílio e várias ligas de níquel
• Os aços mais comumente usados são AISI 1085, 1065, 1066, 6150
(cromo-vanádio), e 9254 (cromo-silicio).

142
Materiais de Mola
• Os materiais de mola podem ser comparados por um exame de suas
resistências de tração.
• Estas variam tanto com o tamanho do fio que não podem ser
especificadas até que ele seja conhecido.
• O material e seu processamento também têm um efeito na resistência à
tração.
• Resulta que o gráfico da resistência à tração versus o diâmetro de fio é
quase uma linha reta para alguns materiais quando traçado em papel
logarítmico.
• A equação desta linha é:
Sendo:

A = constante (tabela)
m = expoente (tabela)
d = diâmetro do fio
143
Materiais de Mola

144
Materiais de Mola
• Embora a resistência ao escoamento de torção seja
necessária para projetar a mola e analisar o
desempenho, os materiais de mola costumam ser
ensaiados somente para resistência à tração (ensaio
fácil e barato de fazer).
• Uma estimativa aproximada da resistência ao
escoamento de torção (Ssy) para aços é dada por:

0,35.Sut ≤ Ssy ≤ 0,52.Sut

145
Molas de Compressão
Exercício:
• Uma mola helicoidal de compressão é feita de fio musical de diâmetro d =
0,94 mm. O diâmetro externo da mola é de 11 mm. As extremidades são
esquadradas e existem um total de 12,5 voltas. Dado: G = 81700 MPa.
a) Estime a resistência ao escoamento torcional do fio (dado Ssy = 0,45.Sut).
b) Estime a carga estática correspondente à resistência ao escoamento.
c) Estime a constante (k) da mola.
d) Estime a deflexão que seria causada pela carga no item (b).
e) Estime o comprimento sólido da mola.
f) Que comprimento a mola deve ter para assegurar que, quando estiver
comprimida sólida e então solta, não haverá mudança permanente no
comprimento livre?
g) Dado o comprimento encontrado no item (f), a flambagem é uma
possibilidade?
h) Qual é o passo da espira de corpo?

146
Molas de Compressão
Exercício (P2 - 2013):
A mola utilizada nas suspensões dianteira e traseira do veículo Fórmula SAE construído pelos alunos da
UNIP tem as seguintes características:
• Diâmetro do fio = 9,15 mm
• Diâmetro externo de espira = 53,8 mm
• Extremidades esquadradas e esmerilhadas
• Espiras ativas = 6
• Comprimento livre = 134 mm

• Material: revenido a óleo


• Módulo de elasticidade = 196500 MPa
• Módulo de rigidez = 77200 MPa

Pede-se:
a) Calcular a constante da mola
b) Qual a força necessária para comprimir totalmente a mola?
c) Qual a força necessária para produzir um deslocamento de 15 mm na mola?
d) Qual a tensão de cisalhamento resultante da força calculada no item anterior?

147
Frequência crítica de molas helicoidais
• Os fabricantes de molas tem feito filmes em câmera lenta sobre
ressonância em molas de válvulas automotivas. As imagens mostram um
pico muito violento, com a mola perdendo contato com os suportes nas
extremidades, podendo ocorrer falhas como mostrado abaixo:

Falha de mola de válvula em um


motor sobreacelerado. A fratura está
ao longo da linha de 45° da tensão
principal
máxima associada com o
carregamento de torção pura.

148
Estudo da vibração
• Frequência natural: é a frequência de oscilação de um sistema que, após uma
perturbação inicial, continuar a vibrar por si próprio sem a ação de forças
externas.
• Ressonância: é o fenômeno que ocorre sempre que a frequência natural de
vibração de uma máquina ou estrutura coincidir com a frequência de excitação
externa, que resulta em deflexões excessivas e falhas.

Ponte Tacoma Narrows durante


vibração induzida pelo vento.
Foi inaugurada em 1-7-1940 e
caiu em 7-11-1940
Frequência crítica de molas helicoidais

Sendo:
f = frequência fundamental (Hz)
k = constante elástica da mola
g = aceleração da gravidade
W = peso da mola

d = diâmetro do arame
D = diâmetro médio de espira
Na = número de espiras ativas
ɣ = peso específico

150
Carregamento de fadiga de molas
helicoidais de compressão

d = diâmetro do arame
D = diâmetro médio de espira
KB = fator de efeito de curvatura

Critério de Goodman para


torção pulsante:
Onde:
Ssu = 0,67. Sut Ssu = resistência máxima
ao cisalhamento
Sut = resistência à tração
151
Apêndice A

Gráficos de fatores teóricos de


concentração de tensão

152
Barra em tração ou compressão simples com um furo transversal
153
Barra retangular com um furo transversal em flexão
154
Barra retangular entalhada em tração ou compressão simples
155
Barra retangular entalhada em flexão
156
Barra retangular filetada (adelgaçada) em tração ou compressão simples
157
Barra retangular filetada (adelgaçada) em flexão 158
Eixo redondo com filetagem (adelgaçamento) do ressalto em tração
159
Eixo redondo com filetagem (adelgaçamento) do ressalto em torção
160
Eixo redondo com filetagem (adelgaçamento) do ressalto em flexão
161
Eixo redondo em torção com furo transversal
162
Eixo redondo em flexão com um furo transversal
163
Placa carregada em tração por um pino através de um orifício
164
Barra redonda sulcada em tração
165
Barra redonda sulcada em flexão
166
Barra redonda sulcada em torção
167
Eixo redondo com
rebaixo em flexão e/ou
tração

168
Eixo redondo com
rebaixo em torção

169
Barra redonda ou tubo com um furo transversal redondo sob flexão
170
Barra redonda ou tubo com um furo transversal redondo sob flexão
171
Estudo
de caso
(Eixo)

Dimensões em mm
172
173

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