Você está na página 1de 10

História da África Pré-colonização

Aula 1: Um continente sem História? Mitos, fontes e conceitos


sobre a História da África pré-colonial

Apresentação
Nesta aula temos que começar como uma provocação: o que vem à mente quando se pensa em África? Em seguida,
outra questão: para que estudar a História da África? E como estudar?

Nosso objetivo é explicar que certo olhar sobre o continente africano é cheio de etnocentrismo, em especial, o europeu.

Além disso, destacaremos de forma geral as fontes históricas e os diálogos que a história realiza com outras áreas de
conhecimento para a compreensão dos mecanismos das sociedades africanas e abordaremos os conceitos — e seus
limites —de povo, nação, Estado e Império na África pré-colonial.

Objetivo
• IdentiKcar as visões distorcidas sobre o continente africano;

• Problematizar a construção da História da África pré-colonial a partir das fontes;

• Interpretar a organização geral da África pré-colonial a partir de conceitos como povo, nação, Estado e Império.

Introdução

"Até que os leões inventem suas histórias, os caçadores


serão sempre os heróis das narrativas de caça.”
- Provérbio Africano

Prezado(a) estudante! A partir de agora começaremos uma jornada para discutir a história africana desde suas primeiras
organizações no século VII até o início do século XIX, quando o continente sofreu uma intensa e violenta partilha entre países
imperialistas. Quando se pede para alguém pensar sobre a África veja se a maioria das pessoas não pensa de forma imediata
nas duas imagens a seguir:
! Fonte: BBCI / JM Madeira.

Os olhares sobre a África: os preconceitos


Quando falamos de África o mais comum é associar às duas imagens anteriores: a savana, onde o leão vai comer uma zebra
que está em uma lagoa bebendo água, ou então crianças com mais ossos do que pele, um povo vítima de epidemias, doenças
e fome que acaba por sensibilizar artistas que criam músicas para arrecadar fundos ou então celebridades que adotam
crianças com um futuro miserável pela frente.  

Não é isso o que você mais está acostumado a perceber sobre a África? Ela se resume ao vazio da natureza selvagem ou à
pobreza extrema, que precisa de caridade. Isso para não falar de políticos associados à corrupção e violência.

Pois bem, na África, um continente com mais de 50 países, há miséria, mas também há universidades, teatros, cinemas, ensino
a distância, lindas praias, riquezas naturais como petróleo, diamantes, gás e muito turismo. Não quer dizer que não tenha
desigualdades sociais, violência e corrupção, algo que existe também em países desenvolvidos. Não é o paraíso perdido e nem
o continente sem futuro, sem presente e sem passado. Sua realidade não é diferente de sua cara-metade do outro lado do
Atlântico: as Américas.

! Fonte: djsudermann / Pixabay.


Já percebeu como a África geralmente é abordada em boa
parte das escolas no estudo da história na educação
básica? O continente surge quando se apresenta o Egito na
História Antiga. O Egito é traduzido em imagens,
documentários, Klmes como se nem parte da África Kzesse!
Veja qualquer novela ou Klme sobre o êxodo dos hebreus e
você não relacionará o Egito à África.

! Fonte: PublicDomainPictures / Pixabay.

O continente “ressurge” nas escolas ou livros didáticos no processo da expansão marítima europeia a partir do “Périplo
africano” e das feitorias portuguesas e no posterior tráKco de africanos no Atlântico. Há um grande salto do século XVI para o
XIX, pois nesse século se aborda o processo do Imperialismo e da partilha da África, cuja Conferência de Berlim é a síntese
imperialista.

Por Km, a África aparece somente após a II Guerra Mundial (ou são mencionados alguns campos de batalhas durante o
coneito), quando os professores analisam o processo de descolonização africana e seus reeexos nas antigas metrópoles e na
Guerra Fria. Resumindo: o continente africano tem sua abordagem, na maioria das vezes, como um apêndice da história
europeia.

No caso do Brasil, um país que tem mais da metade de sua


população — segundo o censo do IBGE de 2010 — de origem
afrodescendente, o estudo da história da África é ainda mais
importante por ser uma das conexões do “DNA” da sociedade
brasileira, em que a África, a partir da instituição perversa da
escravidão, está presente em nossa língua, gastronomia, vestuário,
festas, religiosidades.

É preciso nos distanciarmos do excesso de etnocentrismo europeu na abordagem da história porque, como tão bem escreveu
um historiador,
"ainda que disto não tenhamos consciência, o obá (rei ou
soberano na língua iorubá) do Benim ou o Angola a
Quiluanje (soberano de Quiluanje) estão mais próximos de
nós do que os antigos reis da França.”
- SILVA, 2003

A importência do estudo sobre a África


Primeiramente, é bom deixarmos claro que o estudo que pretendemos aqui é uma porta de entrada, porque jamais teremos a
pretensão de esgotar a história de um continente onde o Homo sapiens surgiu há 600.000 anos. Depois, é necessário pensar no
sentido de estudar a África e como estudar os caminhos e descaminhos dos povos desse continente. 

Portanto, temos que pensar que o estudo da história dos povos africanos não é algo que seja somente obrigatório porque virou
uma lei (10.639/2003) ou por conta de modismos por pressão de movimentos sociais. Ela é fundamental para a história da
humanidade, não só por conta do Brasil e sua população miscigenada.

Comentário

Cada vez mais são abertos espaços no mundo acadêmico e no mercado de trabalho sobre temas africanos, desde disciplinas
obrigatórias a linhas de pesquisa de pós-graduação, de artigos em revistas cientíKcas a colaboração em enredos de novelas,
Klmes, escolas de samba e desKles de moda!

"
#$%&
' (Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online

OS PROBLEMAS DO ESTUDO SOBRE A ÁFRICA


Temos que lembrar que por muitos anos a história dos povos africanos não foi escrita — em sua grande maioria — por eles
próprios, mas pelo olhar do “outro”, como árabes e europeus. O lugar da fala do africano demorou muito tempo para chegar a
ser ocupada pelo próprio africano.

O olhar preconceituoso ou cercado de ignorância permeou os estudos e


relatos sobre o continente. Heródoto, o pai da História, criou a famosa frase
sobre uma grande civilização africana: “O Egito é uma dádiva do Nilo”, como
se somente a existência do rio Nilo Gzesse por si só a grandiosidade e
riqueza daquela sociedade.
Nos mapas europeus que começaram a ser desenhados no Knal da Idade Média, quando aparecia a África limitava-se à
descrição dos pontos no litoral atlântico, isso por conta das trocas comerciais do início da expansão marítima europeia. Muitos
mapas reservavam para o interior africano um espaço em branco, com animais ou ainda a expressão Ibi sunt leones (aí existem
leões).

! Mapa feito por europeus com um centro africano vazio. / Fonte: Wikipedia.

A partir disso, você pode pensar: como é possível estudar civilizações que não deixaram documentos sobre suas atividades?
Ou ainda, e muito mais tenso: como estudar povos que não deixaram documentos escritos? Muito cuidado! Pensar assim é cair
nas armadilhas do etnocentrismo europeu que determinou que a África não possuía história por não ter escrita, como sintetizou
o célebre Klósofo alemão G.W. Hegel.

"
#$%&
' (Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online

Atenção

Os documentos escritos não são fontes da verdade. Devem ser interpretados à luz do seu tempo. Muito do que não está escrito
tem mais a dizer do que o contrário. Outras fontes históricas podem ajudar o trabalho do historiador na revelação de práticas
sociais do passado, como defendia a Escola dos Annales no século passado.

Reduzir o trabalho do historiador às fontes escritas é desprezar a história dos africanos, dos ameríndios, das crianças, dos
camponeses europeus das Idades Média e Moderna, entre outros. Geralmente é aceito — mesmo com ressalvas e
interpretações — que Ilíada e Odisseia representam a gênese da civilização ocidental, mas as fontes orais africanas, não.

Saiba mais

Outro ponto é a questão de nomenclatura. Para muitos estudiosos ou membros de movimentos sociais esse termo não está
correto, pois não se pode falar de uma África diante de tantos povos de formações diversas. Porém, se seguirmos esse raciocínio,
cremos que não existe uma Europa ou uma América ou uma Ásia. Assim, usaremos aqui o termo “África” sempre respeitando a
pluralidade da história dos povos africanos.
No Knal do século XIX e início do século XX começou uma produção de matriz africana, porém havia a ocorrência de um erro,
pois, ao sentirem-se feridos pela hierarquização, por eugenia, por racismo, os estudiosos africanos desse período acabavam
por superlativizar a história africana com maneirismos semelhantes aos dos europeus, ou seja, acabou tornando-se um
racismo às avessas, com a busca por fontes originais e novas abordagens, mas carregadas de ideologia e de certa
parcialidade.

Para equilibrar o etnocentrismo europeu e a produção de caráter ideológico derivada do ressentimento, a Unesco, órgão ligado
à ONU com foco em educação, organizou uma série de conferências que culminou na elaboração de uma grande coleção
sobre a história do continente, semelhante ao espírito da “Enciclopédia” dos iluministas franceses do século XVIII, só que, em
vez de verbetes ou artigos, muitos artigos cientíKcos sobre os povos africanos a partir de uma história linear.

Essa coletânea foi publicada no Brasil no início deste século. Qual o seu objetivo?

Construir, reconstruir, ressigniKcar a história da África pelo olhar do “interior”, isto é, de estudiosos africanos, que compuseram
cerca de 70% dos colaboradores do conteúdo da coleção. Dessa forma, dar voz aos africanos sobre sua própria história é
diminuir hierarquias impostas por determinismos biológicos (“negro é inferior”) ou geográKcos (“não há como ter KlosoKa em
regiões de clima quente”). Ao Knal da aula você terá o link para essa coleção, cujo acesso é gratuito.

! Fonte: Muhammadtaha Ibrahim Ma'aji / Pexels.

Por Km, a respeito do tema historiograKa, a coleção citada, assim como as abordagens metodológicas dos Annales muito
devem ao trabalho inestimável do historiador africano Ibn Khaldun (1332-1406), que teve a África como seu objeto. Ao contrário
dos árabes, porém, que limitavam-se à narrativa, Khaldun pesquisou mais profundamente as fontes e criou uma KlosoKa da
história traçando uma circularidade no tempo histórico.

Saiba mais

Para ele, povos nômades acabavam por dominar regiões de algum agrupamento sedentário. Esses nômades dominam
militarmente os povos sedentários nativos, se estabelecem e também se sedentarizam e criam reinos, centralizam mais o poder,
hierarquizam algumas relações. Porém, com o passar de cinco a seis gerações, outros povos nômades invadem esse reino e o
aniquilam. Acabam por se Kxar naquele lugar com assimilação da cultura do povo anterior, também criam um reino que depois
será invadido e assim por diante.

A construção teórica de Khaldun pode não ser perfeita por generalizar demais, porém, em muitos casos, é o que veremos
acontecer.
! Fontes históricas

" Clique no botão acima.

Para um historiador, a argamassa que constrói o prédio de uma pesquisa historiográKca são as fontes históricas. No
século XIX era comum a ideia de que só valiam os documentos escritos oKciais. Curiosamente, a partir da
necessidade de uma metodologia para se “decifrarem” as práticas sociais na África, houve uma nova perspectiva
quanto ao uso de fontes diversas, como é o caso dos historiadores franceses que fundaram a Escola dos Annales ou
como fez Gilberto Freyre em Casa-Grande & Senzala: o uso de fontes da cultura material e imaterial.

As fontes históricas que revelam as práticas humanas na África são constituídas por três tipos.

Fontes escritas: as fontes de origem africana são escassas. A maior parte dos documentos escritos foi feita por
árabes — como um dos mais famosos, Ibn Battuta —, seja por curiosidade ou consequência de relações mercantis em
vários pontos do continente quando faziam caravanas. Esses documentos escritos são roteiros de viagem,
catalogação do que viram ou ouviram, são textos descritivos, sem caráter analítico, sem qualquer preocupação em
analisar rupturas ou descontinuidades dos povos africanos. Além disso, outro ponto que o estudioso sobre África tem
que ter com esse tipo de fonte é que muito do que foi escrito foi registrado por meio da fala de indivíduos,
testemunhos que não são neutros, ou ainda de relatos que não passaram de rumores e que esses viajantes árabes
acabavam por escrever.

Fontes arqueológicas e paleontológicas: essas fontes são aquilo que se chama de “testemunhos mudos”, mas, no
caso africano, são uma potente voz para mostrar a riqueza histórica das civilizações antigas africanas: conhecimento
sobre metais, uso de cerâmica, objetos de navegação, armas feitas de ossos, habitações, pinturas rupestres, estátuas
e placas de bronze. O estudo por meio dessas fontes aponta um caminho para o estudo dos povos africanos: a
interdisciplinaridade.

Para identiKcar costumes, valores, técnicas, simbologias, entre outros, é necessário que o historiador dialogue com
arqueologia, paleontologia, antropologia, linguística, geograKa, geologia, entre outras áreas do conhecimento cientíKco.
Veja a seguir a riqueza que essas fontes nos transmitem acerca da cultura africana.
Conceitos gerais sobre a sociedade africana
! Fonte: Wikipedia.
Uma das tarefas mais improváveis, senão impossíveis para os historiadores, seria a listagem de todos os povos africanos e a
descrição de seu modo de organização política. Por que isso acontece? Vimos anteriormente o problema relacionado às
fontes. Alémorais:
Fontes disso,a houve
históriapenetração de árabes
oral é a outra e de
face das europeus,
fontes que desarticularam
arqueológicas, vários povos
pois é um “museu vivo” ae respeito
forçaramdavários movimentos
história dos
migratórios e, o mais importante, as próprias guerras internas.
povos africanos. A oralidade foi o processo pelo qual a memória dos povos africanos mais se perpetuou. Cabe
destacar que muitas comunidades africanas tinham pessoas responsáveis por essa transmissão oral de
conhecimento para as gerações mais novas: os griôs (ou griots).

Comentário
Os griôs eram responsáveis por falar não apenas das linhas de sucessão de reis ou imperadores, de batalhas e de
conquistas, da religiosidade e do culto à natureza, mas também tinham e têm eexibilidade para tratar esses temas
Ao historiador cabe a tarefa de tentar reconstruir o mais próximo possível como era o funcionamento dessas sociedades, ao
com humor, deboche e crítica. A importância dos griôs pode ser resumida pelo provérbio africano que diz: “a boca do
menos daquelas que deixaram mais vestígios de sua existência. Algumas delas veremos nas aulas seguintes. Dentro dessa
velho cheira mal, mas ela profere coisas boas e salutares”. E o que seria salutar?
reconstituição os historiadores usaram um artifício que está longe de ser consensual, sendo motivo de polêmicas, de
divergências.
Em uma Qual foi esse com
sociedade artifício?
grande apego aos seus antepassados, a memória é o sentido da vida, é a linha mestra que
dirige os povos, por meio da qual são transmitidos valores como honra e religiosidade, perpetuando-se alianças ou
rivalidades.
A descrição de uma sociedade, seja no passado ou no presente, necessita de conceitos. A historiograKa europeia criou termos
como povo, nação, reino, Estado e Império, por exemplo. Se dentro do quadro europeu esses conceitos são difíceis, pense,
então, quando são transpostos para a África. Assim, a polêmica deve-se ao uso de um “sistema eurocêntrico de análise”
(MOURA, 2017). 

Como o exposto, nenhum desses conceitos faria o menor sentido para os povos africanos pré-coloniais. As fronteiras do que é
um povo e um reino, por exemplo, são muito euídas, pouco sólidas.

Povo Nação Reino Império


No caso africano, o Nação tem relação Quando um povo tem Quando, por motivos
termo povo aproxima- direta com a ideia de um chefe que une diversos — captura de
se do conceito de etnia, que por sua vez política, militarismo, pessoas para
nação, que aqui não signiKca coesão de religiosidade, escravidão; acesso à
tem relação com o tribos por identidade administração ou tem o terra; tradição — um
sistema europeu de baseada na língua, na poder de delegar tais reino acaba se
povos heterogêneos religiosidade, na cultura, tarefas a terceiros, expandindo em direção
estarem conKnados em na terra, nos mitos temos a constituição de a outros ou a povos
um Estado (“Estado- ancestrais. Essa coesão um reino. Dessa forma, descentralizados temos
nação”). foi destruída com o você pode sintetizar a a constituição de um
imperialismo do século ideia de reino com o império. Logo, associe
XIX. conceito de poder o termo a conquistas
centralizado. militares.

Mais uma vez é bom ressaltar: esses termos foram adaptados daquilo que empregou-se em uma realidade (europeia) para
outra (africana) de forma distinta. Assim, não é fácil identiKcar fronteiras Kxas de um reino; caracterizar uma nação a partir de
uma tribo ou padronizar as ações de um chefe de um império para todos os casos semelhantes.

Atividade
1. Leia a reportagem do link a seguir e estabeleça uma relação com a visão eurocêntrica sobre a África, que aponta a
superioridade do povo branco letrado em confronto com o povo negro iletrado, ignorante e sem ser sujeito da sua própria história.

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-48210712

2. Leia atentamente o trecho a seguir e depois responda à indagação: qual o papel da memória nos estudos acerca da África e
quais cuidados devem ser tomados com seu uso?

[...] o conceito de memória é crucial porque na memória se cruzam passado, presente e futuro: temporalidades e
espacialidades; monumentalização e documentação; dimensões materiais e simbólicas; identidades e projetos. É crucial
porque na memória se entrecruzam a lembrança e o esquecimento; o pessoal e o coletivo; o indivíduo e a sociedade; o público
e o privado; o sagrado e o profano. Crucial porque na memória se entrelaçam registro e invenção; Kdelidade e mobilidade; dado
e construção; história e Kcção; revelação e ocultação. (NEVES apud MATTOS, 1998, p. 2013-220)
3. (Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia da Paraíba - PB (SEE/PB) 2017 - Cargo: Professor de Educação
Básica - Área: Educação Física)

No início de 2003, após debates em âmbito nacional, houve alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação com a sanção da
conhecida Lei nº 10.639, determinando que: 

a)Os conceitos de ancestralidade, luta, sedução, jogo e território devem ser evitados como pilares de uma ciência africana.
b) Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira sejam ministrados no âmbito do Ensino Médio nas áreas de educação
artística.
c) Fique a cargo de cada estabelecimento a inclusão do 20 de novembro como "Dia Nacional da Consciência Negra.
d) Seja obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileira nos estabelecimentos oficiais de ensino fundamental.
e) Não seja obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileira nos estabelecimentos oficiais de ensino fundamental.

Notas
Referências

CENSO DEMOGRÁFICO 2010. Características da população e dos domicílios: resultados do universo. Rio de Janeiro: IBGE,
2011. Acompanha 1 CD-ROM. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010
/caracteristicas_da_populacao/resultados_do_universo_pdf. Acesso em: 30 set. 2020.

MOURA, R. P. História da África pré-colonização. Rio de Janeiro: SESES, 2017.

SILVA, A. C. Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro: Nova Fronteira/UFRJ, 2003.

Próxima aula

• Analisar o signiKcado da África como “berço da humanidade”;

• IdentiKcar aspectos gerais da geograKa africana;

• Relacionar a geograKa do continente africano com as diversidades de seus povos.

Explore mais

• BURKE, P. Escola dos Annales 1929-1989: a revolução francesa da historiograKa. São Paulo: Unesp, 2010.

• BUSSOTTI, L.; NHAUELEQUE, L. A. A invenção de uma tradição: as fontes históricas no debate entre afrocentristas e seus
críticos. História [online]. 2018, vol.37. Epub 07-Jun-2018. ISSN 0101-9074.

• UNESCO. A UNESCO no Brasil: o projeto de 1950 e a Coleção História Geral da África. Unesco Multimedia. Disponível em:
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-o•ce/single-view/news
/general_history_of_africa_collection_in_portuguese_pdf_only/. Acesso em: 30 set. 2020.

Você também pode gostar