Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
a Sinistros
Prof. Maurício Saturnino Sestrem
2011
Copyright © UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Prof. Maurício Saturnino Sestrem
371.77
S494p Sestrem, Maurício Saturnino.
Prevenção no Combate a Sinistros/ Maurício Saturnino
Sestrem. Centro Universitário Leonardo da Vinci –:
Indaial, Grupo UNIASSELVI, 2011.x ;
194.p.: il
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-311-2
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) Acadêmico(a)!
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1: INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS.......................................................................... 1
TÓPICO 3: EXPLOSÕES......................................................................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 35
2 EXPLOSÃO DE GASES........................................................................................................................ 35
3 EXPLOSÕES DE PÓ.............................................................................................................................. 38
4 BLEVE...................................................................................................................................................... 39
5 EXPLOSÃO DE FUMAÇA – BACKDRAFT OU BACKDRAUGHT.............................................. 40
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 44
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 47
VII
4 ABAFAMENTO...................................................................................................................................... 52
5 ROMPIMENTO DA REAÇÃO EM CADEIA................................................................................... 53
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 53
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 57
VIII
4 INSPEÇÃO DE EXTINTORES..........................................................................................................100
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................102
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................104
IX
4.2 PROCEDIMENTOS BÁSICOS DA BRIGADA DE ABANDONO....................................... 148
5 TREINAMENTO DAS BRIGADAS............................................................................................. 149
6 SOCORRO ÀS VÍTIMAS NUM INCÊNDIO............................................................................ 149
6.1 SEGURANÇA DE CENA ......................................................................................................... 149
6.2 ANÁLISE DA VÍTIMA............................................................................................................... 150
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................151
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................ 155
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, sendo que no final de cada um
deles você encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos
desenvolvidos.
TÓPICO 3 – EXPLOSÕES
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A norma regulamentadora NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho estabelece que entre as atividades dos
profissionais integrantes do SESMT (Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho) está incluída, além das atividades
prevencionistas e de atendimento de emergência, a elaboração de planos para:
NOTA
2 A NATUREZA DO FOGO
Em primeiro lugar, é necessário conhecer o que é e como se produz o
fogo, para que se possa combatê-lo com eficácia. Entende-se que o fogo é uma
combustão, isto é, uma reação química que ocorre quando os vapores desprendidos
por uma substância combustível são combinados rapidamente com o oxigênio do
ar. Pode-se dizer que o fogo é uma manifestação energética de certas reações
químicas exotérmicas de oxidação-redução. Para que se possam produzir estas
reações químicas, é necessária a existência de uma substância combustível e um
comburente, assim como algumas condições energéticas favoráveis.
3
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
4
TÓPICO 1 | QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO
SÓLIDOS OXIGÊNIO
LÍQUIDOS
GASOSOS
5
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
UNI
De acordo com Seito (2008 p. 278), o halon não foi mais utilizado no combate
a incêndio, por ser uma substância que destrói a camada de ozônio. “A proibição do
uso, comercialização e importação do halon foi regulamentada no Brasil por meio das
Resoluções do CONAMA de número 13 de 13/12/95 e número 229 de 20/08/97, depois
substituídas pelo número 267 de 14/09/2000”.
6
TÓPICO 1 | QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO
7
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
8
TÓPICO 1 | QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO
UNI
UNI
9
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
UNI
4 TRANSFERÊNCIA DE CALOR
A compreensão do processo de transferência de calor ou energia é
importante para se estudar o comportamento dos processos dos incêndios. Para
esta compreensão, estudaremos as formas de transmissão de calor:
10
TÓPICO 1 | QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO
11
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
UNI
12
TÓPICO 1 | QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO
FIGURA 6 – MARAVALHA
UNI
13
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
14
TÓPICO 1 | QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO
6 INCÊNDIO
Segundo Distrito Federal (2006), um incêndio é a manifestação de
uma combustão incontrolada, conforme apresentado na figura a seguir. Nesta
combustão, participam os materiais combustíveis que formam parte dos
edifícios ou uma ampla gama de gases, líquidos e sólidos que são utilizados na
indústria e no comércio. Estes materiais, normalmente constituídos por carbono,
são apresentados como substâncias combustíveis. Ainda que estas substâncias
apresentem uma grande variedade de acordo com o seu estado químico e físico,
quando em combustão têm um comportamento similar, ainda que apresentem
algumas diferenças tais como:
• facilidade com que se inicia a combustão (ignição);
• velocidade com que se desenvolve a combustão (propagação da chama); e
• intensidade da combustão (velocidade de liberação de calor).
15
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
16
TÓPICO 1 | QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO
17
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
18
TÓPICO 1 | QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO
19
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
• Fogo é uma combustão, isto é, uma reação química que ocorre quando os vapores
desprendidos por uma substância combustível são combinados rapidamente
com o oxigênio do ar. Pode-se dizer que o fogo é uma manifestação energética
de certas reações químicas exotérmicas de oxidação-redução.
• Algumas fontes de calor que iniciam a reação de combustão são: naturais: Sol e
raio; elétricas: sobrecargas, curto-circuito, eletricidade estática e arcos elétricos;
químicas: reações e fermentação; processos de soldadura e corte: trabalhos com
chama aberta e faíscas.
• Para melhor compreensão do que consiste o fogo, podemos imaginar os três lados
de um triângulo, cada um dos quais está sempre em contato com os outros dois.
Para que se produza o fogo devem permanecer em contato os três componentes
do triângulo: combustível, comburente e calor.
• Há também outra teoria sobre o fogo, em que além dos três elementos do triângulo
do fogo (combustível, comburente e calor), se considera um quarto fator: a reação
em cadeia, que alimenta o fogo. Portanto, são quatro fatores que compõem o
tetraedro do fogo.
20
Estes produtos se combinam com o comburente (oxigênio), produzindo fumaça e
gases. Esta combinação também é exotérmica, ou seja, produz calor que provoca
novas decomposições do combustível. Todo este processo se caracteriza por uma
reação em cadeia que autoalimenta o fogo.
21
substância combustível gerados na superfície da fase condensada. A velocidade
de abastecimento destes vapores depende da sua velocidade de combustão na
chama de difusão. A energia se transfere da chama para a superfície, gerando,
assim, a energia necessária para produzir os vapores.
22
• No ponto de fulgor ocorre a combustão do material quando a fonte de calor se
aproxima e a chama se apaga quando a fonte de calor se afasta.
23
AUTOATIVIDADE
24
UNIDADE 1
TÓPICO 2
CLASSIFICAÇÃO DO FOGO
1 INTRODUÇÃO
A combustão ou fogo libera geralmente luz e energia em quantidade
bastante para ser perceptível. De acordo com Distrito Federal (2006), a existência
de luz em uma chama nem sempre se verificará. A queima do hidrogênio é um
exemplo que produz somente vapor d’água através da reação química com o
oxigênio. No entanto, mesmo que não seja visível a chama, muita energia se
produz neste processo. Por esta razão, o processo denomina-se combustão. Isto
demonstra que há diferentes tipos de combustão. Distrito Federal (2006) classifica
a combustão com relação à:
25
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
UNI
CH 4 + O2 = CO2 + 2H 2 O
26
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO DO FOGO
UNI
3CLASSIFICAÇÃORELATIVAÀVELOCIDADEDACOMBUSTÃO
Com relação à velocidade da combustão, a combustão é viva ou lenta.
27
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
FONTE: National Fire Protection Association (NFPA) 921 apud Distrito Federal (2006, p. 35)
28
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO DO FOGO
UNI
4 COMBUSTÃO ESPONTÂNEA
Trata-se de uma forma de combustão em que o processo de queima não
necessita de uma fonte externa de calor como nos tipos de combustão estudados
anteriormente. O início a um processo de queima neste tipo de combustão
geralmente ocorre por uma oxidação lenta do combustível com exposição ao ar.
Este tipo de combustão se desenvolve por decomposição orgânica do material
e a reação química ocorre lentamente, o que dificulta sua percepção. Em alguns
casos, esta combustão é semelhante à incandescência, isto faz com que apenas se
perceba a combustão quando a mesma for grave.
29
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
UNI
A reação química gerada nestes casos pode resultar tanto em uma combustão
lenta ou incandescência como em uma chama ou combustão viva.
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
• A combustão completa ou combustão ideal ocorre nos casos em que nas reações
químicas a totalidade das moléculas do combustível reage completamente com
as moléculas de oxigênio, resultando em substâncias estáveis.
31
• A queima total de um combustível ocorre quando todo o material combustível
existente no ambiente é atingido e a combustão completa ocorre na combinação
estequiométrica entre o oxigênio e o combustível.
• A combustão viva só pode ocorrer nos casos em que há vapor ou gás queimando,
mesmo que seja decorrente da decomposição térmica dos combustíveis líquidos
ou sólidos, pois a combustão é processada em ambiente gasoso.
• Não importa o tamanho da chama para se classificar uma reação como sendo
combustão viva. Para que ocorra a combustão viva basta a liberação de uma
quantidade tal de energia que torne perceptível esta liberação. Para que se possa
determinar se uma reação é fogo, deve-se considerar a relação entre a unidade
de volume da reação química e a energia de ativação.
32
tais como: carvão, fumo, espuma ou algodão em colchões; queima de mistura de
combustíveis como no caso de sofás em que se combinam tecidos com polímeros
ou algodão e queima em locais destinados à descarga de materiais sólidos já
queimados tais como em: carvoarias ou lixões.
33
AUTOATIVIDADE
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
EXPLOSÕES
1 INTRODUÇÃO
Uma explosão se caracteriza por uma liberação de energia repentina que
produz uma onda expansiva capaz de causar danos (DISTRITO FEDERAL, 2006).
Há explosões que ocorrem por sobrepressão e podem ser decorrentes de processos
químicos em indústrias ou simplesmente por efeitos físicos, como quando ocorre
o aquecimento na parte externa de um recipiente até atingir uma sobrepressão.
Este tipo de explosão por vapor em líquido em expansão conhecido como BLEVE
(Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion). Este termo tem sua origem relacionada
aos problemas das caldeiras a vapor. Este termo também é empregado quando,
num depósito que contém gás liquefeito de petróleo (GLP), ocorre um incêndio,
que libera o conteúdo inflamável e este conteúdo ao entrar em combustão produz
uma bola de fogo. Essa explosão gera uma onda que se expande de forma radial
em todas as direções.
2 EXPLOSÃO DE GASES
Distrito Federal (2006) classifica a explosão como deflagração ou detonação.
Uma deflagração ocorre quando a velocidade do deslocamento de ar é abaixo de
340 m/s e uma detonação ocorre quando esta velocidade é superior a 340 m/s.
Deflagrações são, por exemplo: as explosões de fumaça ou do GLP no ambiente,
pois a velocidade do deslocamento do ar é menor e abaixo de 340 m/s. As explosões
por deflagração emitem uma onda de choque tal que é capaz de abalar a estrutura
da edificação, causando a morte de quem estiver ocupando o ambiente.
35
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
36
TÓPICO 3 | EXPLOSÕES
UNI
37
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
3 EXPLOSÕES DE PÓ
Há deflagrações que são produzidas por poeiras, que podem provocar
explosões. Estas poeiras podem ser de alumínio, ou de produtos orgânicos, tais como:
grãos, pesticidas, açúcar, produtos farmacêuticos, plásticos, leite em pó, serragem etc.
38
TÓPICO 3 | EXPLOSÕES
4 BLEVE
O BLEVE – Boiling liquid expanding vapor explosion é a explosão em
recipientes que contenham líquidos que decorrem do aumento da pressão nas
superfícies externas destes recipientes provocado por aquecimento e fervura
do líquido, chegando a ultrapassar a capacidade de resistência do recipiente.
Após ultrapassar a capacidade de resistência, surgem fissuras na estrutura do
recipiente, por onde é liberado vapor de maneira violenta. Observe as fases do
desenvolvimento do BLEVE na figura a seguir.
Devido ao aumento de
pressão, a válvula de
segurança permite a
liberação do gás
A pressão do tanque
aumenta devido ao
calor
Fonte de calor
próximo aquece
o tanque
39
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
UNI
40
TÓPICO 3 | EXPLOSÕES
41
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
42
TÓPICO 3 | EXPLOSÕES
UNI
43
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
• A fricção ou choque entre materiais diferentes que gera uma diferença de potencial
nas cargas elétricas produz a eletricidade estática. Para equilibrar o número de
elétrons entre os materiais, os elétrons saltam de um material para outro na forma
de descarga elétrica. Essa forma de geração de eletricidade, embora pequena, é
poderosa e pode chegar a uma temperatura acima de 1000o C.
44
• Apesar de ser capaz de gerar calor em nível elevado, esta energia eletrostática
se dissipa muito rapidamente e não possibilita a inflamabilidade da maioria dos
combustíveis mais comuns tais como: madeira, tecido e papel. Os gases liberados
pelos líquidos inflamáveis, existentes nas distribuidoras de derivados de petróleo
e postos de gasolina podem entrar em combustão com esta energia e até mesmo
deflagrar a explosão. Por isto, devem-se adotar sistemas de aterramento e rígidas
medidas de segurança durante as operações de abastecimento dos tanques de
armazenamento de inflamáveis.
• Há deflagrações que são produzidas por poeiras, que podem provocar explosões.
Estas poeiras podem ser de alumínio, ou de produtos orgânicos, tais como: grãos,
pesticidas, açúcar, produtos farmacêuticos, plásticos, leite em pó, serragem etc.
45
• Poderá ocorrer o BLEVE devido a danos ou falhas na estrutura do cilindro. O
BLEVE pode ocorrer, também, por aquecimento de qualquer recipiente utilizado
para o armazenamento ou transporte de líquidos ou gás, tais como: caminhões
tanque ou reservatórios.
46
AUTOATIVIDADE
47
48
UNIDADE 1
TÓPICO 4
EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
1 INTRODUÇÃO
A combustão ou fogo se desenvolve por meio da combinação dos quatro
componentes: combustível, comburente, energia de ativação (calor) e reação em
cadeia. Estes componentes constituem o já conhecido tetraedro do fogo. Os métodos
de extinção estão relacionados à retirada de um ou mais destes componentes,
interrompendo a reação química e assim extinguir o incêndio. Objetivando a
extinção de incêndio, a partir destes princípios foram desenvolvidos os seguintes
métodos ou processos, apresentados por Distrito Federal (2006):
49
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
• retirada da mobília que não foi atingida por incêndio existente em ambiente
afetado pelas chamas;
• manter afastamento dos móveis que estejam próximos à parede aquecida, para
evitar que iniciem o processo de ignição;
• executar um aceiro, removendo todos os materiais existentes ao redor do
local incendiado, fazendo com que exista uma área de segurança que evite a
propagação do incêndio;
• retirada do botijão de GLP dos locais sinistrados.
3 RESFRIAMENTO
O resfriamento diz respeito às operações destinadas à retirada do calor
existente na combustão. Trata-se do método que os bombeiros mais utilizam na a
aplicação de agentes extintores buscando a redução da temperatura do incêndio
para uma temperatura abaixo do ponto de ignição do material combustível
presente no local. A figura a seguir representa uma ação de resfriamento no
combate a incêndio.
50
TÓPICO 4 | EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
UNI
51
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
4 ABAFAMENTO
A prática deste método objetiva diminuir a presença de oxigênio disponível
para a reação química da combustão até que a concentração de oxigênio não
possibilite a sua continuidade. Neste processo, estão incluídas as ações que
promovem o isolamento do combustível em relação ao comburente, dificultando
a reação do oxigênio presente no ar com os gases produzidos na combustão.
52
TÓPICO 4 | EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Claudio Betenheuser
Carlos Rodrigo Ferreira
Osvaldo Thibes Chaves de Oliveira
53
UNIDADE 1 | INCÊNDIOS: ASPECTOS BÁSICOS
FONTE: Extraído de: BETENHEUSER, Claudio; FERREIRA, Carlos Rodrigo; OLIVEIRA, Osvaldo
Thibes Chaves de. Explosão de pó em unidades armazenadoras e processadoras de produtos
agrícolas e seus derivados estudo de caso. Ponta Grossa, 2005. Trabalho de Conclusão de
Curso (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho). Departamento de Engenharia
Civil, Universidade Estadual de Ponta Grosa.
54
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você viu que:
55
• Há situações em que é muito difícil proceder à retirada de material, normalmente,
em decorrência do peso ou das dimensões dos materiais, ou ainda em virtude do
risco de se agravar as condições do incêndio com a retirada do material ou mesmo
por não haver pessoal suficiente para que se cumpra com todas as atividades
com eficiência. Nestas situações, procede-se à salvatagem. Este método destina-
se a proteção dos materiais que não podem ser retirados de um local durante as
operações de combate a incêndio. A salvatagem consiste em cobrir com lonas e
cordas os materiais para protegê-los das chamas, da fuligem, do calor e inclusive
da água utilizada no combate.
56
AUTOATIVIDADE
57
58
UNIDADE 2
INCÊNDIOS – ASPECTOS
PREVENCIONISTAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, sendo que no final de cada um
deles você encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos
desenvolvidos.
59
60
UNIDADE 2
TÓPICO 1
PREVENÇÃO E PROTEÇÃO
CONTRA INCÊNDIOS
1 INTRODUÇÃO
A causa dos incêndios costuma ser o erro humano ao possibilitar o
contato de um combustível com uma fonte de calor como, por exemplo, quando
se coloca uma vela acesa em local que possa ser alcançada por uma cortina. Para
que se produza um incêndio é necessário um combustível, uma fonte de calor
e alguma situação que ponha estes elementos em contato e na presença do ar
ou outro material oxidante. Então, baseando-se neste conhecimento é possível
reduzir o risco de ocorrência de incêndio com a adoção de estratégias de redução
da presença de combustível, de eliminação das fontes de calor, ou ainda impedir
o contato entre o combustível e a fonte de calor.
2 SEGURANÇA PATRIMONIAL
A Segurança patrimonial contempla a segurança dos bens, das pessoas e
das informações. A proteção da edificação e de seus ocupantes contra os acidentes
resultantes do fogo é dividida em medidas preventivas e medidas corretivas.
Berto (1991) citado por Mitidieri (2008) apresenta as medidas de prevenção e
proteção contra incêndios inerentes ao processo produtivo e as relativas ao uso do
edifício. Estas medidas possibilitam maior eficiência e segurança nas atividades
de combate ao incêndio e resgate das pessoas e contemplam os cuidados para:
UNI
62
TÓPICO 1 | PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
UNI
63
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
UNI
UNI
64
TÓPICO 1 | PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
65
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
3.1 SAÍDAS
A quantidade e dimensões das saídas em todos os locais devem ser
definidas para possibilitar rapidez e segurança na evacuação dos seus ocupantes
em caso de incêndio. Neste sentido, deverão ser atendidos os seguintes quesitos:
66
TÓPICO 1 | PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
UNI
3.2 PORTAS
Os tipos de portas que são admitidas para as saídas são as de batente e as
corrediças horizontais. Todas as portas de batentes, internas e de saída devem:
abrir no sentido da saída e estar situadas de modo a não obstruir as vias de
passagem, ao serem abertas.
67
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
UNI
68
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
69
de detecção e alarme de incêndio; disponibilizar sinalização de emergência;
realizar periodicamente a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos
de proteção disponibilizados; elaborar planos de atuação específicos para a
extinção inicial do incêndio; treinar todos os usuários para o combate do incêndio
na fase inicial de maneira adequada; formar e manter devidamente treinada uma
equipe de brigada de incêndio.
70
• A norma regulamentadora NR 23 – Proteção contra incêndios – determina que
todas as empresas necessitam ter proteção contra incêndios, saídas em número
suficiente e dispostas de maneira a possibilitar a rápida retirada do pessoal dos
locais de trabalho, em caso de incêndio, equipamento de combate a incêndio
em quantidade suficiente para possibilitar o combate na fase inicial e pessoas
treinadas para o correto uso dos equipamentos.
• Os tipos de portas que são admitidas, pela NR - 23, para as saídas são as de
batente e as corrediças horizontais. Todas as portas de batentes internas e de
saída devem: abrir no sentido da saída e estar situadas de modo a não obstruir
as vias de passagem ao serem abertas.
71
deverão ser dotadas de portas corta-fogo as caixas de escadas. Estas portas
deverão possibilitar que sejam abertas com facilidade pelos dois lados e fechar-
se automaticamente.
72
AUTOATIVIDADE
73
74
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A existência de um sistema de controle da fumaça, corretamente integrada
com as demais medidas comentadas no tópico anterior, proporciona uma série de
benefícios na ocorrência de incêndios entre os quais se destacam:
2 PROPAGAÇÃO DA FUMAÇA
Para melhor compreensão do sistema de controle de fumaça, estudaremos
como se processa a propagação da mesma. Cunha e Martinelli Junior (2008)
apresentam as características da propagação da fumaça desde a fase inicial do
incêndio. No início, ela sobe para o teto rapidamente, conforme demonstra a
figura a seguir.
75
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
76
TÓPICO 2 | SISTEMA DE CONTROLE DA FUMAÇA
10 segundos
100 metros
20 segundos
100 metros
30 segundos
100 metros
40 segundos
100 metros
50 segundos
100 metros
3 TIPOS DE VENTILAÇÃO
O sistema de controle da fumaça pode ser implantado por ventilação
natural ou por ventilação monitorada.
77
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
• A fluência com o ar externo pode ser prejudicada pela ação do vento exercendo
pressão para o interior da edificação, fator particularmente influenciado pela
topografia e existência de outras edificações nas vizinhanças. A figura a seguir
representa por meio de setas a ação do vento que ao se deparar com a parede da
edificação anexa à edificação em que ocorre o incêndio, exerce pressão direcionada
ao interior da mesma, dificultando a saída da fumaça.
78
TÓPICO 2 | SISTEMA DE CONTROLE DA FUMAÇA
79
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
80
• O sistema de ventilação natural funciona da seguinte maneira: ao ser aquecido,
o ar torna-se menos denso em virtude de sua expansão. Como a densidade é
menor do que a densidade do ar mais frio ao seu redor, o ar quente flutua em
relação ao ar mais frio das proximidades. Quanto mais próximo da fonte de calor,
maior será a aceleração de elevação do ar e a velocidade ao subir dependerá da
altura com relação à fonte de calor e diferença da temperatura existente entre o
ar das proximidades e o ar aquecido.
81
AUTOATIVIDADE
82
UNIDADE 2 TÓPICO 3
AGENTES EXTINTORES
1 INTRODUÇÃO
A norma regulamentadora NR – 23 – Proteção contra incêndios – determina
para as empresas a obrigatoriedade de possuírem equipamento suficiente para
possibilitar o combate do fogo quando este estiver iniciando. Esta norma estabelece
também critérios para a instalação apropriada de sistema de proteção por água
e por extintores. Nestes critérios são considerados: as classes de fogo, a classe de
ocupação segundo a tarifa de seguro incêndio do Brasil, o tipo de agente extintor,
quantidade de extintores e a localização e sinalização dos mesmos.
2 CLASSES DE FOGO
A determinação do tipo de agente extintor a ser disponibilizado para a
proteção contra incêndio em cada local será em função da classe de fogo produzida
nestes locais. A NR 23 – Proteção contra incêndios – estabelece as seguintes classes
de fogo: classe A, classe B, classe C e classe D.
83
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
UNI
84
TÓPICO 3 | AGENTES EXTINTORES
UNI
85
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
3.1 ÁGUA
Na fase líquida, a água é o agente extintor que mais se utiliza em combates
a incêndios e foi durante muito tempo o único agente extintor utilizado. Em razão
de suas propriedades químicas e físicas e, por estar disponível na natureza, ainda
é largamente empregado. Esta preferência baseia-se na sua eficiência decorrente
das seguintes características:
UNI
86
TÓPICO 3 | AGENTES EXTINTORES
UNI
• o rápido escoamento, provocado pela baixa viscosidade, faz com que a água
permaneça sobre a superfície do material por pouco tempo;
• quando utilizada no combate a incêndios em líquidos inflamáveis, a água em
razão da densidade mais alta do que a densidade do líquido inflamável, não
permanece sobre a superfície do líquido inflamável que estiver incendiando;
• por ser condutora de eletricidade, a aplicação de água é inadequada para incêndios
em equipamentos elétricos energizados pelo risco de choque elétrico inerente; e
• para o combate de incêndio em materiais pirofóricos também não é indicada
a utilização de água em virtude de que estes materiais em combustão reagem
com o oxigênio presente na água e isto favorece a ocorrência de uma violenta
liberação de calor.
3.3 ESPUMA
Trata-se do resultado da busca em encontrar um agente extintor mais
adequado do que a água para o combate a incêndios, que fosse capaz de suprir
as desvantagens apresentadas pela mesma quando, por exemplo, aplicada ao
combate a incêndio em líquidos derivados de petróleo. A espuma é resultado
da adição de agentes, que diminuem a tensão superficial da água, chamados de
agentes tensoativos. Estes aditivos melhoram a propriedade de espalhamento da
água sobre a superfície do material em combustão e facilitam sua penetração.
As espumas no estado líquido são semelhantes a bolhas, que por apresentarem
uma densidade e tensão superficial menor do que a água se espalham quando
aplicadas sobre qualquer material em chamas, promovendo o isolamento do
contato com o oxigênio do ar.
88
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
89
é largamente empregado. Esta preferência baseia-se na sua eficiência decorrente
das seguintes características: mudar o seu estado físico de líquido para vapor
a 100o C; absorver muito calor para a mudança de estado físico de líquido para
vapor.
90
pó ao ser aquecido pelo fogo se decompõe termicamente e libera dióxido de
carbono e vapor d’água, que isolam o oxigênio (comburente) da reação química
de combustão; resfriamento – o calor liberado na combustão é absorvido pelo
pó; diminuição da radiação das chamas – o combustível é protegido do calor
radiado pela nuvem produzida pelo pó sobre as chamas; rompimento da reação
em cadeia – quando aplicado sobre a chama o pó influencia a concentração de
íons resultantes da reação em cadeia diminuindo sua capacidade de reação com
o comburente e como resultado a chama se apaga.
• Por possuir água em sua composição também não é indicado o uso da espuma
para combate a incêndios em equipamentos elétricos energizados e em produtos
pirofóricos.
91
AUTOATIVIDADE
2 Discorra sobre o que são os agentes extintores e as condições que devem ser
atendidas para sua comercialização no Brasil.
92
UNIDADE 2
TÓPICO 4
EXTINTORES PORTÁTEIS
1 INTRODUÇÃO
A norma regulamentadora NR 23 – Proteção contra incêndios – estabelece
que todos os estabelecimentos deverão possuir extintores portáteis para
possibilitar o combate ao fogo em sua fase inicial. Estabelece também que os
aparelhos devem ser adequados à classe de fogo a ser extinto e esta informação
consta nos rótulos dos extintores, conforme demonstra a figura a seguir.
93
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
94
TÓPICO 4 | EXTINTORES PORTÁTEIS
95
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
FIGURA 27 – EXTINTOR DE PÓ
96
TÓPICO 4 | EXTINTORES PORTÁTEIS
O balde de areia poderá ser usado como variante para extinção por
abafamento nos fogos de classes B e D e a limalha de ferro fundido poderá ser
usada como variante para extinção por abafamento nos fogos de classe D.
97
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
UNI
98
TÓPICO 4 | EXTINTORES PORTÁTEIS
O extintor deve ser instalado em local assinalado por uma seta larga
vermelha com bordas amarelas ou por um círculo vermelho. No piso abaixo do
extintor, deverá ser pintada uma área de no mínimo 1m x 1m. Esta área do piso
nunca poderá ser obstruída. A parte superior do extintor não deverá estar a mais
de 1,60 metros do piso. Estas condições estão representadas na figura a seguir.
FONTE: O autor
99
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
4 INSPEÇÃO DE EXTINTORES
A NR 23 estabelece que cada extintor existente na empresa deverá ter uma
ficha, representada na figura a seguir, para registrar as informações de controle
de inspeção.
100
TÓPICO 4 | EXTINTORES PORTÁTEIS
• O balde de areia poderá ser usado como variante para extinção por abafamento
nos fogos de classes B e D e a limalha de ferro fundido poderá ser usada como
variante para extinção por abafamento nos fogos de classe D.
102
• O extintor deve ser instalado em local assinalado por uma seta larga vermelha
com bordas amarelas ou por um círculo vermelho. No piso abaixo do extintor,
deverá ser pintada uma área de no mínimo 1m x 1m. Esta área do piso nunca
poderá ser obstruída. A parte superior do extintor não deverá estar a mais de
1,60 metros do piso.
• Os rebordos dos baldes, contendo material para a extinção do fogo, não poderão
estar a uma distância acima do piso menor do que 0,60 m e nem maior do que
1,50 m.
103
AUTOATIVIDADE
104
UNIDADE 2
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
A extinção por meio de água é exigida pela norma regulamentadora NR – 23
– Proteção contra incêndios para os estabelecimentos que desenvolvem atividades
industriais com 50 empregados ou mais, para que se possa extinguir o fogo de
classe A na fase inicial, a qualquer tempo. Para isto, este sistema de proteção por
água deverá contar com uma reserva de água específica e pressão adequada.
Ainda de acordo com a NR 23, nunca poderá ser empregada a água para
o combate aos fogos:
105
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
O efeito extintor da água, que melhor absorve o calor, pode ser aumentado
ou diminuído, dependendo do modo como é direcionada sobre o fogo. Os
métodos de extinção que podem ser aplicados são: jato compacto, neblina e vapor.
(FERREIRA 1987 apud OLIVERIA, GONÇALVES e GUIMARÃES 2008)
106
TÓPICO 5 | EXTINÇÃO POR MEIO DE ÁGUA
107
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
• as mangueiras (figura 35) com juntas de engate rápido tipo storz (figura 36);
• chaves de mangueira de engate rápido tipo storz, podendo ser simples, dupla ou tripla
(figura 37);
• esguichos podendo ser: tipo agulheta (figura 38) para jato sólido, tipo regulável
(figura 39) formador de jato compacto ou de neblina.
108
TÓPICO 5 | EXTINÇÃO POR MEIO DE ÁGUA
109
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
110
TÓPICO 5 | EXTINÇÃO POR MEIO DE ÁGUA
FIGURA 40 – MANGOTINHOS
111
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
112
TÓPICO 5 | EXTINÇÃO POR MEIO DE ÁGUA
113
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
LEITURA COMPLEMENTAR
114
TÓPICO 5 | EXTINÇÃO POR MEIO DE ÁGUA
115
UNIDADE 2 | INCÊNDIOS – ASPECTOS PREVENCIONISTAS
FONTE: COSTA NETO, Felício Pedro da; MAINIER, Fernando B. A utilização da tecnologia de
água atomizada (water mist) como agente extintor de incêndio em instalações offshore. In:
V Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2008, Resende/RJ. Anais do V Simpósio de
Excelência e Gestão em Tecnologia, 2008.
116
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você viu que:
• A água deverá ser captada por pontos situados em locais de fácil acesso e
mantidos protegidos contra qualquer possibilidade de serem danificados.
Estes pontos disponíveis para a captação da água e as tubulações do sistema
deverão ser testados com frequência com o objetivo de se evitar a acumulação
de resíduos.
• Ainda de acordo com a NR 23, nunca poderá ser empregada a água para o
combate aos fogos: de Classe B, exceto se for pulverizada na forma de neblina;
de Classe C, exceto quando se tratar de água pulverizada; e de Classe D.
• O efeito extintor da água, que melhor absorve o calor, pode ser aumentado ou
diminuído, dependendo do modo como é direcionada sobre o fogo. Os métodos
de extinção que podem ser aplicados são: jato compacto, neblina e vapor. O
jato compacto é produzido à alta pressão, trata-se de um jato forte de água
proporcionado por um esguicho que possui um orifício (requinte) de descarga
117
de forma circular. Este método precede a extinção por resfriamento e o sucesso
na extinção depende da imediata proximidade da água ao objeto incendiado
e resultando na vaporização da mesma. O jato, na forma de vapor, é obtido
com a fragmentação da água em partículas de diâmetro microscópico, também
chamada de neblina. Nesta forma de neblina, a água abrange o máximo de
superfície em comparação com ela mesma no estado líquido. Isto possibilita na
máxima capacidade de absorção do calor existente. A água na forma de neblina
quando utilizada no combate a incêndio é transformada em vapor, e neste
estado continua atuando na extinção por abafamento. Desta forma, o poder de
extinção do incêndio por água passa a ser aumentado principalmente em locais
confinados. A água na forma de neblina aplicada pelo sistema de hidrantes e
de mangotinhos proporciona maior eficiência ao combate a incêndios tanto em
locais confinados como em locais abertos, bem com em líquidos inflamáveis.
118
função do menor tempo decorrido entre ser detectado o incêndio e o início do
seu combate, tem a sua eficácia reconhecida. Além de dispensar a ação humana
para o início do combate ao incêndio, este sistema possui outra característica
importante relativa ao acionamento do alarme de maneira simultânea com o
início do combate, possibilitando a saída dos usuários da edificação do local
sinistrado com segurança.
119
AUTOATIVIDADE
2 O efeito extintor da água, que melhor absorve o calor, pode ser aumentado
ou diminuído, dependendo do modo como é direcionada sobre o fogo. Os
métodos de extinção que podem ser aplicados são: jato compacto, neblina e
vapor. Descreva cada um destes métodos.
120
UNIDADE 3
AÇÕES EM SINISTROS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, sendo que no final de cada
um deles, você encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os respectivos
conhecimentos.
121
122
UNIDADE 3
TÓPICO 1
PLANOS DE EMERGÊNCIA
PARA INCÊNDIOS
1 INTRODUÇÃO
Qualquer interrupção nas atividades de uma empresa afetará
negativamente a produção. Esta interrupção decorrente de um incêndio ou
uma explosão pode chegar a ser muito prolongada ou até mesmo paralisar as
atividades da empresa sinistrada. Embora os seguros ofereçam indenizações à
maior parte dos prejuízos decorrentes de um incêndio, não há garantias para a
continuidade da produção e para a continuidade dos níveis de negócio com os
clientes após um longo período de interrupção.
• estabelecimento da equipe;
• análise dos riscos e da capacidade de combate a incêndios;
• desenvolvimento do plano de emergências;
• implementação do plano;
• gestão da emergência.
123
UNIDADE 3 | AÇÕES EM SINISTROS
UNI
• diretoria;
• gerência;
• recursos humanos;
• manutenção e engenharia;
• segurança e saúde do trabalho e meio ambiente;
• segurança patrimonial;
• relacionamento com a comunidade;
• recursos orçamentários, financeiros e de marketing;
• jurídico;
• compras e
• financeiro.
124
TÓPICO 1 | PLANOS DE EMERGÊNCIA PARA INCÊNDIOS
125
UNIDADE 3 | AÇÕES EM SINISTROS
UNI
126
TÓPICO 1 | PLANOS DE EMERGÊNCIA PARA INCÊNDIOS
UNI
127
UNIDADE 3 | AÇÕES EM SINISTROS
128
TÓPICO 1 | PLANOS DE EMERGÊNCIA PARA INCÊNDIOS
2.2.1.2 Probabilidade
Trata-se de uma avaliação subjetiva da probabilidade de ocorrência
relativa a cada emergência.