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De acordo com uma pesquisa elaborada pela Associação Brasileira das Entidades dos
Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), aproximadamente 69% da população brasileira
das classes A e B deixam de enriquecer todos os dias.
Segundo o relatório, essas pessoas, que detêm a maior concentração de renda no Brasil, não
buscam estratégias para manter ou aumentar o próprio patrimônio. Ou seja, ainda se mostram
passivas e não se protegem dos efeitos da inflação do país, que atualmente supera a taxa
anual de 11%.
O estudo revelou ainda que 46% dos entrevistados se mostraram inseguros para criar metas
de longo prazo. A avaliação dos especialistas é de que a ausência de conhecimento da área e
as limitações de orçamento são os principais responsáveis pela dificuldade dos brasileiros em
planejar o futuro.
Para reduzir a burocracia fiscal e otimizar a organização dos ativos, muitos têm encontrado na
estruturação de uma Holding a estratégia definitiva para melhor aproveitar o próprio
patrimônio.
As Holdings vem sendo cada vez mais utilizadas pelos brasileiros para a proteção de bens ou
multiplicação do capital. Podemos entender essa estrutura jurídica como a responsável pela
gestão de um determinado tipo de patrimônio, conjunto de bens de um indivíduo ou
grupo/família.
Apesar do início recente no Brasil (a oficialização data de 1976 pela Lei n.º 6.404/76), a
atuação das Holdings tem registros desde meados do século XVII na Europa. Ao longo dos
anos, o conceito evoluiu para uma empresa de participações ou sociedade controladora,
tornando-se referência no mundo dos negócios e influenciando toda a cultura empresarial
nacional e internacional.
A depender do objetivo, da principal atividade do negócio, classe de bens administrados e
público, o tipo de Holding a ser estruturada pode variar. Entre os modelos podemos citar:
Holding Pura; Holding Mista; Holding Patrimonial; Holding Familiar; Holding de Controle;
Holding de Participações; Holding Imobiliária; Holding Matrimonial; Holding Offshore;
Holding de Investimentos; e Holding Rural.
Na prática, o que diferencia a natureza da Holding são os bens, ativos e títulos que serão
integralizados. Por se tratar de uma estratégia a longo prazo, os detalhes devem ser analisados
de forma minuciosa, considerando todos os cenários possíveis com o objetivo de assegurar o
acesso a todas as vantagens.
Com a gestão centralizada proporcionada por uma Holding Patrimonial e/ou Familiar, por
exemplo, a controladora realiza o papel de responsável máximo pelos bens, estruturando e
isolando todo o patrimônio de forma mais efetiva.
Com a isonomia fiscal alcançada por uma Holding Patrimonial e/ou Familiar, a gestão dos
bens tende a se mostrar muito mais efetiva. Isto acontece pois a centralização simplifica todos
os processos fiscais, jurídicos e tributários. Assim, os riscos ao patrimônio são reduzidos de
forma significativa.
Para ter acesso a essas vantagens, a estrutura controladora realiza o processo da sucessão
familiar a partir de três etapas: constituição da empresa; integralização dos bens; e o acordo
de acionistas.
Por fim, as regras de sucessão são desenvolvidas através do acordo de acionistas, documento
responsável por oficializar todo o processo. Na declaração, cada regra e ordenamento são
especificados para evitar qualquer conflito entre os herdeiros.
Todas as etapas de criação de uma Holding devem ser seguidas à risca, do planejamento à
execução, incluindo a manutenção da estrutura. Devido à complexidade do processo, é
fundamental contratar o serviço de uma empresa especializada para evitar imprecisões
durante a constituição.