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e Controle de Impactos
Ambientais
Prof. Luis Augusto Ebert
2013
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof. Luis Augusto Ebert
333.714
187 p. : il
ISBN 978-85-7830- 673-1
Impacto ambiental.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico!
III
Esperamos que este estudo traga informações preciosas para que no
futuro você possa desempenhar com excelência seu papel de gestor(a) do
meio ambiente.
Bons estudos!
Autor: Luis Augusto Ebert
UNI
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E O LICENCIAMENTO
AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DE MITIGAÇÃO E CONTROLE.... 1
VII
UNIDADE 2 – AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO
DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL........................................ 51
VIII
UNIDADE 3 – AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS,
PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES...................................................................... 125
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 183
IX
X
UNIDADE 1
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades que o auxiliarão na apropriação dos conhecimentos.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Já faz algum tempo que as questões ambientais vêm sendo debatidas
com frequência e, de certa maneira, viraram “moda” em diversos segmentos da
sociedade. Desta forma, as empresas que provocam determinado impacto ao
meio ambiente, devido à competitividade ou à busca de melhor posicionamento
mercadológico, reconheceram a necessidade de reestruturar o gerenciamento
dos seus negócios. Isto ocorreu principalmente pela cobrança cada vez mais forte
da sociedade, que passou a enxergar o desrespeito com o meio ambiente, por
parte de muitos empreendimentos, e os riscos iminentes que estas imprudências
poderiam ocasionar às pessoas que estão nas proximidades das empresas. Assim,
algumas regras foram impostas para a utilização dos recursos ambientais e para
a execução de determinadas atividades. Consequentemente, empresas, marcas e
produtos que não seguem as determinações agora impostas ficam não somente
fora de normas regulatórias com apoio da legislação vigente, mas também estão
em desacordo com a sociedade, refletindo negativamente sobre a sua imagem
para a venda dos produtos comercializados.
3
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
4
TÓPICO 1 | ASPECTOS BÁSICOS DO LICENCIAMENTO E DO DIREITO AMBIENTAL
Já que estamos falando que essas normas não são apenas fundamentadas
no “achismo” ou no autoritarismo, a Carta Magna, ou Constituição Federal de
1988, (BRASIL, 2012a), estabeleceu, em seu art. 225, que a defesa do meio ambiente
é de fundamental importância, “[...] o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, [...] essencial à sadia qualidade de vida [...]”.
5
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
E
IMPORTANT
6
TÓPICO 1 | ASPECTOS BÁSICOS DO LICENCIAMENTO E DO DIREITO AMBIENTAL
Como pode ser observado, o Brasil possui uma política de meio ambiente,
amparada legalmente, que veremos em seguida, e temos ainda inúmeras leis para
a proteção de todos os tipos e formas de ecossistemas naturais. Algumas dessas
leis são da década de 80, no entanto, a preocupação com a proteção dos recursos
naturais existe muito além deste período. O grande problema é que, no Brasil,
muitas leis não são cumpridas e pouco se faz para que essas determinações sejam
seguidas à risca.
4 OS TIPOS DE AMBIENTES
De acordo com Odum e Sarmiento (1997), podemos distinguir basicamente
três tipos de ambientes: (1) o ambiente natural, que são, por exemplo, as matas
virgens ou outras regiões autossustentadas, acionadas apenas pela luz solar e
outras forças da natureza (como precipitações, ventos, neve, entre outros), e
que não dependem de qualquer fluxo de energia controlado diretamente pelos
humanos, como ocorre, nos outros tipos de ambientes citados; (2) o ambiente
artificial, constituído pelas cidades, parques industriais e corredores de
transportes, como ferrovias, rodovias e portos; e (3) o ambiente cultural, relativo
aos bens e costumes de uma comunidade.
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UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
ATENCAO
8
TÓPICO 1 | ASPECTOS BÁSICOS DO LICENCIAMENTO E DO DIREITO AMBIENTAL
fim, o meio ambiente periférico deriva da expansão desordenada das metrópoles que
empurram as populações para regiões marginais da cidade, os subúrbios.
Existe ainda o meio ambiente cultural, que é constituído por bens, valores
e tradições relevantes à comunidade, atuando diretamente na sua identidade e
formação. Poderíamos citar ainda um quarto tipo de ambiente, o do trabalho, que
pode ser definido como o lugar no qual se desenvolvem nossas atividades.
A Constituição Federal, em seu art. 59, trata apenas das normas existentes
no sistema jurídico brasileiro, não mencionando a hierarquia entre elas. A
Constituição é hierarquicamente superior às demais normas, pois o processo
de validade destas é regulado por aquela. Abaixo da Constituição encontram-
se os demais preceitos legais, cada qual com campos diversos de atuação: leis
complementares, leis ordinárias, decretos-leis (nos períodos em que existiram),
medidas provisórias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções.
10
TÓPICO 1 | ASPECTOS BÁSICOS DO LICENCIAMENTO E DO DIREITO AMBIENTAL
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UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
• Ação Civil Pública: Promulgada pela Lei nº 7.347/85, disciplina a ação civil
pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico
e paisagístico e dá outras providências. Como profissionais, devemos ficar
mais atentos ao primeiro e quinto artigo, que versam sobre o meio ambiente,
e quem pode propor uma ação civil pública. Como está escrito, um cidadão
comum pode acionar o Ministério Público (MP), mas fica claro aqui que uma
organização civil (pode-se pegar como exemplo uma ONG que trata de questões
ambientais) terá peso decisivo no que tange ao andamento da denúncia, caso
venha a ser feita, junto ao Ministério Público.
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as
ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
l- ao meio ambiente.
ll- ao consumidor.
III- a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
IV- a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.
V- por infração da ordem econômica e da economia popular.
VI- à ordem urbanística.
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer
o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.
Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando,
inclusive, evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem
urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico.
Art. 5o Tem legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I- o Ministério Público.
II- a Defensoria Pública.
III- a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
IV- a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista.
V- a associação que, concomitantemente:
a) Esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil.
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TÓPICO 1 | ASPECTOS BÁSICOS DO LICENCIAMENTO E DO DIREITO AMBIENTAL
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UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
Mas o que são Unidades de Conservação ou UCs? Como você já viu na disciplina
específica sobre o tema, essas podem ser entendidas como espaços territoriais
e seus recursos com características relevantes, com objetivos de conservação e
limites definidos. Por exemplo, se sou proprietário de uma área de terra, onde
verifico tais condições extraordinárias, posso determinar parte desta área como
sendo de uso sustentável. Neste caso, uma RPPN, ou Reserva Particular do
Patrimônio Natural.
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TÓPICO 1 | ASPECTOS BÁSICOS DO LICENCIAMENTO E DO DIREITO AMBIENTAL
CAPÍTULO II
DOS FUNDAMENTOS
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UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
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TÓPICO 1 | ASPECTOS BÁSICOS DO LICENCIAMENTO E DO DIREITO AMBIENTAL
17
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu:
• Um breve histórico das leis ambientais e para quais finalidades foram criadas.
18
AUTOATIVIDADE
( ) IBAMA.
( ) CONAMA.
( ) ICMBio.
( ) MMA.
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20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
ESTABELECIMENTO DE AÇÕES
PERTINENTES À CONSERVAÇÃO
AMBIENTAL
1 INTRODUÇÃO
Os problemas ambientais provocados pelos seres humanos, normalmente,
decorrem do uso dos recursos naturais para obter bens e/ou serviços, podendo
provocar, além do seu uso insustentável, o despejo de resíduos gerados durante
a produção. Mas isso nem sempre gerou degradação, simplesmente pelo fato de
que a escala de produção e exploração era completamente diferente das de hoje.
21
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
Se você acha que o problema não tem nada a ver com o licenciamento
ambiental, saiba que é da viabilização deste instrumento que dependem as
indústrias de agronegócios, de pecuária, entre muitas outras, e que os resíduos
gerados por estes empreendimentos são muito poluidores. Então o problema
não é a fome? Não! Existem evidências de que precisamos atacar o problema da
fome global, não apenas como uma questão de produção, mas também como
uma questão de marginalização, que aprofunda desigualdades e injustiça social.
E tudo isto está correlacionado à proteção de recursos ambientais. Uma nação
que tem educação e não está à beira da exclusão social sabe da importância dos
bens ambientais, e não joga lata de cerveja ou refrigerante pela janela do carro,
lixo nas estradas, cigarro nas matas, produtos químicos nos mananciais e rios.
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TÓPICO 2 | ESTABELECIMENTO DE AÇÕES
Nossa intenção não é colocar a lei na íntegra, mas, sim, apresentar alguns
dos artigos que tratam especificamente do alvo maior deste Caderno de Estudos,
que é o licenciamento, a avaliação e o controle dos impactos ambientais. Você pode
acessar a lei na íntegra no site <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.
htm>. Assim, seguem trechos a seguir, com destaque para os artigos 1º, 2º, 3º, 4º e 9º.
23
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
Art 1º - Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art.
225 da Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins
e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio
Ambiente (SISNAMA) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental.
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
24
TÓPICO 2 | ESTABELECIMENTO DE AÇÕES
O art. 9º trata de alguns aspectos não menos relevantes. Neste artigo ficam
definidos o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental, o zoneamento
ambiental e, sobretudo, a avaliação de impactos ambientais e o licenciamento
ambiental de atividades com potencial poluidor. Estão definidos, ainda, critérios
de Mecanismos de Produção Limpa (MDLs), ou com menor desperdício e
resíduos gerados, para que empresas e indústrias se ajustem à nova realidade
ambiental, assim como a criação de áreas de proteção integral. Estão listadas
ainda as penalidades disciplinares ou compensatórias, do não cumprimento às
regras e normativas estabelecidas para a adequada preservação ambiental.
Assim, quando se lida com atividades com maior risco de causar danos
a terceiros, deve-se considerar a possibilidade de identificar possíveis causas
de um acidente. Como veremos na Unidade 3 deste Caderno de Estudos, fazer
previsões e mapas de risco em uma empresa deve ser rotina comum. No entanto,
se pensarmos mais a fundo, nem mesmo a fiscalização sobre determinada conduta
estabelecida por normas, deveria existir. Isso deveria ser parte intrínseca de cada
25
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
ser humano. Mais uma vez, se partirmos do princípio de que estamos inseridos
no meio ambiente, e que cada ação individual afeta o todo e não somente aos
outros, nos conscientizaríamos e, com certeza, faríamos a nossa parte.
ATENCAO
4 RESPONSABILIDADE CIVIL
Antes de definirmos a responsabilidade civil, precisamos entender quem
é a pessoa definida como poluidor ou infrator. De acordo com a Lei nº 6.938, o
poluidor é a pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, responsável
direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação ambiental. Como
vimos anteriormente, para a nossa legislação, o caso fortuito ou de força maior
foi abandonado e, dessa forma, as pessoas ou empresas passam a assumir o risco
pelas atividades com potencial poluidor. Ou seja, só faz se tem capacidade para
tal. Devem assumir os riscos, no caso de algum problema ocorrer.
27
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
5 RESPONSABILIDADE PENAL
Além da ação civil, as empresas podem ser multadas na esfera
administrativa pelos órgãos de controle ambiental. Vocês se lembram da
hierarquia das instituições de controle ambiental que temos no Brasil, e que
foram viabilizadas pelo SISNAMA? Nesse caso, compete aos órgãos estaduais,
quando um problema não ultrapassa os limites do Estado, ou Federais, no caso
o IBAMA, quando determinado problema acarreta em prejuízo para mais de um
estado da federação.
6 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Toda a responsabilidade de um determinado dano ambiental pode ser
compartilhada. De acordo com a Lei nº 6.938/81, fica estabelecido o “Princípio da
Solidariedade”, no qual o causador indireto também é responsável. Este princípio
estabelece que, em caso de acidentes que causem danos ao meio ambiente ou
às pessoas que estejam sobre a área de atuação da empresa causadora do dano
ambiental, bem como na ocorrência de passivos ambientais, tanto fabricantes
quanto destinatários ficarão responsáveis pela adoção de medidas mitigadoras
do impacto, de acordo com as exigências formuladas pelo órgão ambiental. Este
tipo de responsabilidade segue o mesmo exemplo explanado ao final do item 2.3,
que define a responsabilidade civil.
A lei permite que se faça isso, pois é considerado poluidor quem direta ou
indiretamente causa o dano. A empresa pode tentar se excluir da responsabilidade,
alegando que sua culpa termina quando o produto é expedido e que não se
envolve com o transporte, que é uma atividade terceirizada. No entanto, todas
essas alegações são irrelevantes, bastando apenas estabelecer o nexo causal ou a
relação da empresa com o produto fabricado. Aí é que entra um aspecto muito
importante: quanto mais uma empresa auditar, controlar, fiscalizar, medir,
treinar os funcionários, mais ela reduz a probabilidade de um acidente acontecer.
Veremos como preparar-se para possíveis acidentes e estabelecer planos de
controle, na última unidade deste caderno, que é onde abordaremos alguns dos
instrumentos que permitem o controle de impacto ambiental.
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UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
30
TÓPICO 2 | ESTABELECIMENTO DE AÇÕES
31
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu:
32
AUTOATIVIDADE
33
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O estudo dos impactos ambientais constitui um instrumento de gestão
ambiental, sem o qual não seria possível promover a melhoria dos sistemas
produtivos em matéria ambiental. Qualquer abordagem de gestão ambiental
de uma organização, seja ela corretiva, preventiva ou estratégica, requer a
identificação e análise de impactos ambientais para estabelecer medidas para
agir em conformidade com a legislação, ou com a sua política ambiental. Esses
estudos podem ser efetuados antes ou depois de realizadas as ações, ou seja, para
produtos, atividades e empreendimentos existentes e propostos.
35
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
3 O CICLO DO PROJETO
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA), como já foi definido, é um
instrumento de gestão ambiental aplicável a projetos de empreendimentos e
atividades, para avaliar e identificar previamente os impactos e antecipar soluções
antes de implantá-los. Podemos denominar projeto o conjunto de informações
articuladas para auxiliar na tomada de decisões sobre investimentos ou as
atividades resultantes dessas decisões.
1. Fase de pré-investimento:
1.1 Identificação de oportunidades de investimento (ideias de projetos).
1.2 Estágio de seleção preliminar (estudo de pré-viabilidade).
1.3 Estágio de formulação do projeto (estudo de viabilidade técnico-econômica).
1.4 Estágio de decisão e avaliação (relatório de avaliação).
2. Fase de investimento:
2.1 Estágio de negociação e contratação.
2.2 Estágio de concepção do projeto.
2.3 Estágio de construção.
2.4 Estágio de colocação em marcha.
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TÓPICO 3 | LICENCIAMENTO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DA POLÍTICA AMBIENTAL
3. Fase operacional:
E
IMPORTANT
37
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
4 IMPACTO AMBIENTAL
O que é impacto ambiental?
Entende-se por qualquer mudança no ambiente natural e social
decorrente de uma atividade ou de um empreendimento.
Mesmo que essas mudanças possam ocorrer por causas naturais, as que
interessam aqui são as resultantes de ações humanas.
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TÓPICO 3 | LICENCIAMENTO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DA POLÍTICA AMBIENTAL
5 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Pode-se entender como impacto ambiental o resultado da intervenção
negativa do homem sobre o ambiente natural, que de certa forma se assemelha
ao conceito de poluição, que é a degradação de qualquer tipologia, tanto das
condições ambientais como do próprio habitat ou ambiente. Não existe atividade
humana que não cause algum tipo de dano ao meio ambiente, no entanto, esses
podem e devem ser identificados para que alguma medida possa ser tomada.
Existem vários mecanismos para que de alguma forma se possa minimizar,
eliminar ou até mesmo compensar os impactos gerados.
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UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
DICAS
40
TÓPICO 3 | LICENCIAMENTO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DA POLÍTICA AMBIENTAL
ATENCAO
41
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
42
TÓPICO 3 | LICENCIAMENTO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DA POLÍTICA AMBIENTAL
E
IMPORTANT
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UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
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TÓPICO 3 | LICENCIAMENTO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DA POLÍTICA AMBIENTAL
45
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
LEITURA COMPLEMENTAR
Hugo Penteado
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TÓPICO 1 | ASPECTOS BÁSICOS DO LICENCIAMENTO E DO DIREITO AMBIENTAL
47
UNIDADE 1 | POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA E
Monte ou de levantar uma oposição ferrenha contra qualquer um dos lados dessa
questão, precisamos rever nossa posição: somos uma espécie animal vulnerável
e dependente dos serviços finitos da Terra e de todos os demais seres vivos (sem
a Amazônia todos nós estaríamos mortos, por exemplo); a pressão da nossa
espécie desde há muito se tornou ameaçadora demais e pode revogar as bases
de sustentação da vida, sem tempo hábil para ser reconstituída no ciclo atual
da vida que conhecemos; já provocamos a maior extinção global da vida dos
últimos 65 milhões de anos e é muita ingenuidade achar que essa extinção não
irá se voltar contra os causadores; a causa dos problemas planetários globais e
locais é nosso modelo econômico e as decisões práticas derivadas dele; não existe
até agora nenhum exemplo relevante de economia ou sistema sustentável, com
o abandono da rota de colisão contra a Terra e da nossa mania de crescimento
quantitativo em detrimento de desenvolvimento qualitativo ou, ao menos, melhor
mensurado; o crescimento econômico não é nem salvação ecológica nem social,
na verdade é a razão das mazelas ambientais e é hoje um poderoso mecanismo
de diferenciação social que cristaliza a distância entre as classes sociais do mundo
todo; não existe tecnologia atualmente que possa limpar a sujeira a ponto de
substituir a necessidade urgente de reduzir globalmente nosso consumo, escala
e desperdício, além do nosso descarte imediato de bens, que transformou a Terra
numa lixeira e foco de contaminação; qualquer tecnologia que exista só pode ser
usada com a finalidade de redução, do contrário, insere-se na mesma filosofia
de "solucionar problemas que antes deveriam ser evitados" (um exemplo são os
mirabolantes esquemas de captura de carbono, cuja tragédia atmosférica possa até
torná-los necessários, mas que em nenhum momento eliminariam a necessidade
do sistema econômico parar de injetar carbono e metano na atmosfera).
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu:
49
AUTOATIVIDADE
50
UNIDADE 2
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS
AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO
DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades que o auxiliarão na apropriação dos conhecimentos.
51
52
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, uma das maneiras mais eficientes de valorizarmos os recursos
naturais é lidarmos com a degradação ambiental em termos econômicos. Quanto
custa a extinção de uma espécie ou o esgotamento de um recurso natural? Temos
que estimar isso monetariamente. Cada vez mais essa estratégia vem sendo
empregada no manejo dos ecossistemas naturais e é de grande importância. Se
relembrarmos o que vimos na unidade anterior, principalmente em relação à
minimização de desperdícios, à diminuição de resíduos e aos impactos ambientais
gerados, podemos perceber que só a partir do momento em que as empresas
começarem a pagar, e caro, por isso, é que realmente se adequarão. Talvez não
por vontade própria, mas, sim, pelo custo.
2 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
O desenvolvimento econômico é o enriquecimento dos países, através
da produção nacional, da acumulação de capitais e da remuneração recebida
pelos que participam da atividade econômica. Começou com o aparecimento do
capitalismo e com a Revolução Industrial.
UNI
53
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
3 VULNERABILIDADE AMBIENTAL
As relações entre os vários componentes do ecossistema e os aspectos
econômicos, sociais e culturais, vêm provocando algumas questões técnicas ou
políticas estratégicas para a conservação da natureza. Com a transformação de
áreas naturais em áreas agrícolas, o ambiente tem se tornado instável, resultando
no empobrecimento biológico, diminuição da diversidade e incremento de
espécies indesejáveis. Quando observamos uma área de pastagem de gado, por
exemplo, nos deparamos com uma paisagem antrópica, onde os fragmentos de
vegetação natural encontram-se espalhados e reduzidos (ARAÚJO, 2007).
54
TÓPICO 1 | ORIGENS DA ECONOMIA AMBIENTAL
UNI
E o que podemos entender por estágios sucessionais? Podem ser definidos como um
processo gradual em que as comunidades vão se alterando, devido às mudanças no
ambiente, até se estabelecer um equilíbrio dinâmico. As fases distintas da sucessão ecológica
são: comunidade pioneira, comunidade intermediária e comunidade clímax.
55
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
4 ECONOMIA AMBIENTAL
A economia moderna tem a sua origem no trabalho de Adam Smith, no
século XVIII. Smith estava preocupado em determinar como as ações de cada
indivíduo, movidas unicamente pelo próprio interesse, podiam levar ao bem
comum. Mas foi no século XIX, com os trabalhos de Thomas Malthus e David
Ricardo, dois economistas muito influentes, que houve uma clara união conceitual
entre ecologia e economia.
Dessa forma, a economia ambiental pode ser resumida como uma análise
econômica aplicada à sustentabilidade ambiental, ou seja, à realização de uma
gestão adequada dos recursos disponíveis no ambiente. A economia de um país,
ou mesmo do mundo, depende diretamente dos recursos ambientais, e, muitas
vezes, o progresso econômico desordenado resulta em degradação ambiental. O
contrário também é verdadeiro, a exaustão de recursos ambientais leva ao declínio
econômico, portanto, a economia ambiental visa analisar do ponto de vista
econômico as questões ambientais, buscando soluções para não comprometer
excessivamente os recursos existentes, como veremos a seguir.
56
TÓPICO 1 | ORIGENS DA ECONOMIA AMBIENTAL
DICAS
A condição da economia e destes sistemas biológicos não pode ser separada. À medida que
a economia global se expande, aumentam as pressões sobre os sistemas biológicos. Em
grandes áreas do mundo, as demandas humanas sobre estes sistemas estão atingindo um
nível insustentável, um ponto onde a sua produtividade está sendo prejudicada. Quando isso
ocorre, as indústrias pesqueiras entram em colapso, as florestas desaparecem, os campos
naturais são convertidos em ermos estéreis e as terras agrícolas se deterioram com a
qualidade do ar, da água e de outros recursos de manutenção da vida.
57
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
UNI
58
TÓPICO 1 | ORIGENS DA ECONOMIA AMBIENTAL
NOTA
Atualmente muito se tem falado em “Mercado de Carbono”, mas afinal, o que podemos
entender sobre este assunto? Uma das principais preocupações dos atuais governos é
relativa ao aquecimento global. Não devemos confundir o aquecimento com o efeito estufa,
que é de ocorrência natural. O que acontece é que as emissões de Gases do Efeito Estufa
(GEEs) têm aumentado significativamente nas últimas décadas e um dos principais vilões é
o gás carbônico ou CO2 devido a queimadas e ao aumento do consumo dos combustíveis
derivados do petróleo. Esse gás potencializa o efeito estufa que, por sua vez, faz com que
a temperatura média do planeta Terra fique mais alta, tendo inúmeras consequências
negativas. Uma das soluções encontradas para minimizar o lançamento de CO2 na atmosfera
foi através do mercado de carbono. Esse constitui um mecanismo de “sequestro de carbono
da atmosfera” ou retirada de carbono através da adoção de tecnologias limpas, como,
por exemplo, o plantio de florestas, que fixam o CO2 através da fotossíntese, ou mesmo
mecanismos de retirada do gás carbônico dos vapores lançados pelas indústrias. De acordo
com o protocolo de Quioto (1997), a todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento
foram estipuladas cotas de emissões de GEE e estes deveriam adotar estratégias para atingir
as reduções estipuladas. Porém, o que acontece é que, muitas vezes, algumas empresas
ou países não conseguem alcançar as metas de redução. Portanto, as empresas ou países
que não conseguirem cumprir os índices estabelecidos nacional e internacionalmente
são obrigados a comprar a cota de poluição que outra empresa ou país deixou de emitir,
através da compra de créditos de carbono. Vamos a um exemplo prático! Se minha cota
de emissão é de 10 toneladas de carbono ao mês, mas, através de algum mecanismo, eu
consigo baixar minhas emissões para 8 toneladas, restam-me 2 toneladas para que possa
negociar na bolsa de valores, por exemplo, a um preço variável. Ocorre, também, de países
desenvolvidos promoverem a redução de GEE em países em desenvolvimento através do
mercado de carbono quando adquirem créditos de carbono provenientes destes países, ou
seja, pagando por esses créditos, pois normalmente os países desenvolvidos, com um grau
de desenvolvimento muito grande, dificilmente conseguem alcançar as cotas estipuladas
(C&T Brasil, 2006). De acordo com Rocha (2003), a criação de um mercado de emissões é
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UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
7 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atualmente, as questões relacionadas ao futuro do planeta e à conservação
dos recursos naturais estão em alta. Podemos pensar um pouco? Como
sustentaremos a população humana em expansão exponencial e ainda assim
manter uma saudável qualidade de vida e em harmonia com o meio ambiente?
Qual será o futuro de nossa espécie? Os valores humanos são compatíveis com os
valores naturais? Com essas questões, surgem diversos programas para “limpar”
a natureza e proteger espécies ameaçadas com considerável sucesso. Muitos
países adotam legislações e acordos internacionais em questões como a poluição
do ar, o comércio de espécies ameaçadas e os direitos de propriedade para os
produtos naturais.
60
TÓPICO 1 | ORIGENS DA ECONOMIA AMBIENTAL
E
IMPORTANT
61
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
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TÓPICO 1 | ORIGENS DA ECONOMIA AMBIENTAL
• Alternativas: filtrar os gases nocivos dos efluentes das usinas de energia e dos
automóveis, encontrar alternativas energéticas para a queima de combustíveis
fósseis e reduzir a demanda total por energia. Já a biorremediação (uso de
agentes biológicos, como micro-organismos e plantas para limpar o ambiente)
é uma alternativa usada para transformar os pesticidas e outros compostos
tóxicos em subprodutos inofensivos.
63
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
NOTA
Uma coisa é certa: esta crise não pode ser totalmente resolvida até que o
crescimento populacional humano seja interrompido, o consumo da energia decline
e o desenvolvimento econômico leve os valores ecológicos em consideração.
E
IMPORTANT
• Espécies endêmicas – espécies cujas distribuições estão limitadas a uma determinada área.
Exemplo: espécies endêmicas da floresta amazônica, só ocorrem neste ambiente.
64
TÓPICO 1 | ORIGENS DA ECONOMIA AMBIENTAL
NOTA
65
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
DICAS
67
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu:
68
AUTOATIVIDADE
69
70
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico! Este tópico busca fazer o entendimento entre conceitos
utilizados dentro do ambiente corporativo e sua aplicação à avaliação e ao
gerenciamento do meio ambiente. Serão analisados os conceitos de administrar e
gerenciar um recurso, não importando se ele é um recurso financeiro ou ambiental.
Apesar da similaridade entre estes dois conceitos, podemos notar pequenas
diferenças, e que veremos ao longo da unidade. Inicialmente focaremos esses
conceitos para o ambiente empresarial, quais as diferenças entre um e o outro,
aspectos importantes para o bom funcionamento das empresas, entre outros
aspectos pertinentes. Ao final da Unidade 2 mostraremos como essas ferramentas
podem estar relacionadas com o manejo dos recursos naturais e, principalmente,
a utilização destes para a mensuração ou avaliação de impactos ambientais.
71
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
E
IMPORTANT
RECURSOS OBJETIVOS
HUMANOS
MATERIAIS PROCESSOS DE
TRANSFORMAÇÃO PRODUTOS
FINANCEIROS
INFORMAÇÃO DIVISÃO DO SERVIÇOS
ESPAÇO TRABALHO
TEMPO
72
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO, GESTÃO E O MEIO AMBIENTE: CONCEITOS E SISTEMAS
ADMINISTRAÇÃO
GERAL
PESQUISA E
OPERAÇÕES DESENVOLVIMENTO
MARKETING RH
FINANÇAS
ATENCAO
Você sabia?
Eficácia é a palavra usada para indicar que a organização realiza seus objetivos. Quanto
mais alto o grau de realização dos objetivos, mais a organização é eficaz.
73
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
• Ausência de desperdícios. • Capacidade de obter resultados.
• Uso econômico de recursos. • Grau de realização dos objetivos.
• Menor quantidade de recursos para • Capacidade de resolver problemas.
produzir mais resultados.
FONTE: Maximiano (2004, p. 32)
74
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO, GESTÃO E O MEIO AMBIENTE: CONCEITOS E SISTEMAS
E
IMPORTANT
DIVERSOS AUTORES,
HENRY E FAYOL, 1911 DÉCADA 60 EM
DIANTE
PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO
ORGANIZAÇÃO ORGANIZAÇÃO
COMANDO LIDERANÇA
COORDENAÇÃO CONTROLE
CONTROLE
75
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
Podemos notar que, desde a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX,
quando se inicia a preocupação com o entendimento da prática administrativa,
até os dias atuais, muitos dos modelos administrativos ainda empregam práticas
antigas. Porém, como dito anteriormente, a evolução é necessária e cabe aos
gestores implementar novos modelos de administração ou não.
76
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO, GESTÃO E O MEIO AMBIENTE: CONCEITOS E SISTEMAS
4 TÉCNICAS DE GESTÃO
É fato que nossa sociedade está estruturada em organizações e que, desta
forma, existe a necessidade de gestão para administrá-las. A crescente eficiência
da gestão fez das organizações o veículo escolhido para conduzir a maior parte
do trabalho da sociedade moderna. De museus de artes e agências de publicidade
até fábricas de zíper e zoológicos, a variedade reflete a amplitude dos interesses
humanos. A boa gestão faz com que as organizações funcionem bem. Podemos
notar que ao longo do século XX, a disciplina de gestão transformou a experiência
do trabalho e multiplicou sua produtividade (MAXIMIANO, 2004).
77
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
profissional apto a lidar com esse tipo de adversidade, ou seja, o que toma
iniciativa e é empreendedor, certamente saberá enfrentar situações contrárias
com maior facilidade. E isso ocorre em todos os campos de atuação, inclusive
para os setores que lidam com a proteção dos recursos naturais.
78
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO, GESTÃO E O MEIO AMBIENTE: CONCEITOS E SISTEMAS
79
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
AÇÃO
DECISÃO
CONHECIMENTO
CURIOSIDADE
INFORMAÇÃO
DADOS
Por ser apenas um modelo, não funciona como uma regra e certamente
não funciona em todos os tipos de organizações, mas nos fornece uma ideia
simples de como podemos hierarquizar essas etapas. Mais uma vez destacamos
que estamos falando de conceitos utilizados dentro do ambiente empresarial. No
nosso dia a dia, é basicamente desta forma que funciona.
80
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO, GESTÃO E O MEIO AMBIENTE: CONCEITOS E SISTEMAS
Mas quem deve tomar a decisão? Falamos até agora, e muito rapidamente,
sobre alguns dos aspectos que fazem parte da rotina de um administrador ou
gerente. Analisamos o processo sem focalizar sua principal figura, o tomador de
decisões. Muitos diriam que esta tarefa pertence ao gerente, mas isso não pode
significar que ele tome todas as decisões. Normalmente, em uma organização
estruturada e dinâmica, as decisões dizem respeito ao grau de comprometimento
e participação de toda a equipe no processo decisório. E é essa integração que
normalmente configura nos melhores resultados para a corporação como um todo.
• Uma das razões para planejar é lidar com as incertezas sobre o futuro, incertezas
provocadas pela falta de controle sobre todos os tipos de variáveis e que possam
influenciar no resultado final do nosso objetivo. É claro que muitas coisas podem
ser consideradas previsíveis, porém é preciso estar atento a todas as circunstâncias.
E
IMPORTANT
81
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
82
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO, GESTÃO E O MEIO AMBIENTE: CONCEITOS E SISTEMAS
DICAS
83
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu:
84
AUTOATIVIDADE
85
86
UNIDADE 2 TÓPICO 3
CONCEITO E FUNCIONAMENTO DE UM
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
1 INTRODUÇÃO
Anteriormente vimos as principais diferenças entre os conceitos de
administração e gestão de empreendimentos e como eles podem ser aplicados
no manejo dos recursos naturais, e no nosso caso em específico, na avaliação
de impactos ambientais. A partir deste tópico serão mostrados os princípios de
funcionamento de um Sistema de Gestão Ambiental ou SGA, que nada mais é
do que uma série de instruções normatizadas internacionalmente, e que, dentro
do ambiente corporativo, servem para direcionar o empreendedor na tomada
de decisões. Também é utilizado para melhorar o desempenho ambiental da
empresa, bem como sua adaptação junto à legislação ambiental. Como veremos,
um SGA pode ser composto por inúmeras ações, como, por exemplo, a redução
do consumo de matérias-primas, a diminuição dos resíduos sólidos e a reciclagem
de materiais.
87
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
DICAS
88
TÓPICO 3 | CONCEITO E FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
4 O CICLO PDCA
Como foi dito anteriormente, existe um instrumento comum para a
implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) dentro das empresas,
denominado Ciclo PDCA. Este pode ser entendido como uma ferramenta de
gestão e administração de todos os processos e etapas envolvidos para o bom
funcionamento do SGA.
Algo muito importante a ser observado é que o ciclo PDCA pode ser
aplicado em todas as normas de sistemas de gestão e deve ser utilizado (pelo
menos na teoria) em qualquer empresa, de forma a garantir o sucesso nos
negócios, independentemente da área ou departamento.
E isso não inclui apenas o meio ambiente, mas também a área de vendas,
compras, engenharia e outras. A figura a seguir mostra de forma clara as quatro
etapas de funcionamento do ciclo PDCA, a maneira como as informações permitem
avaliar se os objetivos estão sendo alcançados e o que deve ser consertado para
as etapas seguintes, de forma a permitir a melhoria contínua no sistema, quando
o ciclo reinicia.
89
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
Determine
métodos para
Revisar o que atingir os
deu errado? objetivos
Proporcione
educação e
Por que? treinamento
O que deu
certo?
Implemente o
"Check" O que deu trabalho "Do"
Verifique os errado? Execute o
resultados plano
alcançados
FONTE: Disponível em: <http://www.lugli.com.br/2008/02/pdca/>. Acesso em: 20 abr. 2012.
UNI
90
TÓPICO 3 | CONCEITO E FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
• Planejar (plan):
Definir as metas a serem alcançadas.
Definir o método para alcançar as metas propostas.
• Executar (do):
Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento.
Coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do
processo.
Nesta etapa são essenciais a educação e o treinamento no trabalho.
91
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
92
TÓPICO 3 | CONCEITO E FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
• Responsabilidade ambiental.
• Responsabilidade econômica.
• Responsabilidade social.
93
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
94
TÓPICO 3 | CONCEITO E FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
E
IMPORTANT
A partir disso, serão elaborados planos de ação pelos diferentes setores das
empresas e que deverão se complementar, pois em um primeiro momento poderão
parecer contraditórios ou mesmo desconexos, mas com uma administração correta
poderão ser implementados em uma ordem cronológica que os torne coesos.
Como exemplo de propostas a serem executadas, podemos citar o cumprimento
de toda a legislação ambiental pertinente ao setor, a adoção de tecnologias limpas
e a adoção de políticas ambientais que levem em consideração todas as atividades
individuais e coletivas da empresa.
95
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
7 O CONCEITO DE ECOEFICIÊNCIA
O termo ecoeficiência foi introduzido em 1992 pelo WBCSD (World
Business Council for Sustainable Development), através da publicação de seu livro
Changing Course, sendo endossado pela Conferência do Rio (ECO 92) como
uma forma das organizações implementarem a Agenda 21 no setor privado.
Desde então, tem se tornado um sinônimo da filosofia de gerenciamento que
leva à sustentabilidade, e como foi um conceito definido pelo próprio mundo
dos negócios, está se popularizando muito rapidamente entre os executivos de
todo o mundo.
E
IMPORTANT
96
TÓPICO 3 | CONCEITO E FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
NOTA
97
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
98
TÓPICO 3 | CONCEITO E FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
99
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu:
• Conceito de ecoeficiência.
100
AUTOATIVIDADE
101
102
UNIDADE 2
TÓPICO 4
GERENCIAMENTO AMBIENTAL
1 INTRODUÇÃO
Vimos anteriormente os primeiros passos para o início de um maior
comprometimento das empresas com as causas ambientais. A partir de agora,
veremos como um sistema de gestão ambiental pode ser estruturado através das
normas ISO 14000, e que outros aspectos também podem ser contemplados após a
estruturação de um SGA, como a certificação ambiental e a rotulagem ambiental.
Começaremos com uma visão geral sobre a implementação do SGA. Uma vez
fixada a noção conceitual preliminar do modelo de gestão ambiental proposto, que
é a compreensão do meio ambiente, sua fragilidade e complexidade, suas variáveis
controláveis e não controláveis, procuram-se estabelecer os conceitos e pressupostos
deste modelo de gestão (ANDRADE, TACHIZAWA; CARVALHO, 2002).
103
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
Aqui cabe a ressalva de que o EIA e respectivo RIMA já deveriam fazer parte
do processo. Ou seja, a empresa que se preocupa em assumir sua responsabilidade
ambiental, desde o projeto de viabilidade do empreendimento até o início de suas
atividades, já deveria levar em consideração as variáveis ambientais. Desta forma, a
introdução de um SGA seria consequência e não obrigação.
104
TÓPICO 4 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Revisão Geral
Política
pela Alta
Ambiental
Administração
Verificação e Planejamento
Ações Implementação Ambiental
Corretivas e Operação
105
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
Missão
Modelo de Gestão
106
TÓPICO 4 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
A resposta é não! Por que não? Vamos imaginar uma empresa com políticas
ambientais corretas e funcionando, com Sistemas de Gestão Ambiental com
resultados expressivos e, ainda, uma empresa certificada por normas técnicas.
Seria fácil pensarmos de que todos os problemas poderiam estar resolvidos.
Porém, precisamos nos dar conta de que podem ocorrer acidentes, não importa
qual o tipo e origem, e que estes são de natureza imprevisível, ou seja, não temos
como controlá-los. Assim, devemos estar preparados para contornar os problemas
dessa categoria.
DICAS
107
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
E
IMPORTANT
UNI
Uma árvore de eventos pode ser entendida basicamente como uma ramificação
em que podemos mapear a chance de um evento qualquer acontecer, assim como todas
suas etapas, ou seja, do início ao fim.
108
TÓPICO 4 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
109
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
As normas da série ISO 14000 que tratam dos Sistemas de Gestão Ambiental
compartilham de princípios comuns estabelecidos em outras normas, como a de
sistemas de qualidade, da série ISO 9000. Enquanto esses sistemas de qualidade
tratam das necessidades dos clientes, os SGAs atendem às necessidades de um
vasto conjunto de partes interessadas e às crescentes demandas da sociedade
sobre as questões relativas à proteção dos recursos naturais.
110
TÓPICO 4 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Diversas normas fazem parte da ISO 14000, entre elas a ISO 14001 e 14004.
A primeira tem a finalidade de fornecer às organizações os requisitos básicos
de um sistema de gestão ambiental eficaz. Esta norma é relativamente simples e
caso as empresas já tiverem implementado bons sistemas gerenciais, já estarão
a caminho da conformidade com os requisitos desta norma. Esse SGA deve
incluir todos os requisitos mostrados na norma ISO 14001 e está no documento
de orientação, descrito na norma ISO 14004 como um processo de cinco etapas:
E
IMPORTANT
111
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
Assim, fica claro que um Sistema de Gestão Ambiental exige uma nova
forma de gerenciar uma empresa, independente do porte e da atividade que
exerça. Como vimos anteriormente, os padrões tradicionais de administração não
são coerentes com o comportamento e estruturas necessários para o sucesso de um
SGA, na realidade do nosso mundo atual. Novas tecnologias de gerenciamento
estão surgindo exatamente para suprir a necessidade de uma gestão mais
inteligente, compatível com as exigências mundiais.
4 AUDITORIA AMBIENTAL
No âmbito das ciências do ambiente, o termo “auditoria” tem sido
utilizado para referir a quantificação das consequências ambientais dos projetos
de desenvolvimento (por exemplo, a construção de empreendimentos de qualquer
natureza), acompanhada por uma avaliação da eficácia das medidas de gestão
adotadas, a fim de prevenir ou minimizar os efeitos negativos desses projetos
(PARTIDÁRIO; JESUS, 1999). Vale destacar que no Tópico 4 estamos falando de
auditorias internas, aquelas pertinentes à verificação de procedimentos internos
112
TÓPICO 4 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
113
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
DICAS
Além disso, é bom que fique claro que, embora a certificação possa
melhorar a imagem da empresa, orientando a decisão de escolha dos clientes e
consumidores, as organizações devem estar conscientes de que essas certificações
representam um patamar intermediário para alcançar a excelência em qualquer
sistema de gestão. A certificação representa o atendimento aos requisitos mínimos
presentes nas normas, porém o fato de uma empresa ser certificada não significa
que o desempenho ambiental dessa empresa esteja acima de outra não certificada.
115
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
Deve ficar claro que esses são apenas alguns dos aspectos a serem
contemplados, porém, pode-se dizer que atualmente são os que estão em maior
evidência e, por isso, a necessidade de tentarmos entender um pouco de cada um
desses. Mais uma vez, quando falamos em avaliação de impactos ambientais, a
maior amplitude possível de variáveis deve ser levada em consideração, e todos
esses tópicos citados anteriormente estão incluídos. De maneira simplificada,
vimos que o processo se dá no início, desde a implementação do empreendimento,
passando pelo seu funcionamento e, por fim, a análise do ciclo do produto fabricado.
116
TÓPICO 4 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
117
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
– das terras emersas.” (REBOUÇAS, 1999, p. 1). Observa-se, então, que por ser
um recurso de grande importância para a sobrevivência de todos os seres vivos,
o homem sempre demonstrou interesse em manter o domínio sobre a água. Para
isso, basta observar as origens de poder sobre seu uso. Desde os primórdios das
civilizações antigas, a posse da água representava um instrumento político de
poder, por exemplo, o controle dos rios, como forma de dominação dos povos, foi
praticado pelas civilizações da Mesopotâmia, aproximadamente quatro mil anos
antes de Cristo. (op. cit., p. 17). No entanto, o homem vem utilizando as reservas
hídricas de forma desordenada, polui com práticas agrícolas perniciosas com o uso
de insumos químicos que alteram a composição da água, como os “neurotóxicos,
carcinogênicos, mutagênicos e teratogênicos” os projetos de irrigação, atividades
extrativistas agressivas, desmatamentos, queimadas, lançamentos de esgotos e
outros resíduos industriais e domésticos que, se não forem tomadas medidas para
atuações de uso da água de forma harmônica com a natureza, a qualidade deste
recurso poderá ficar cada vez mais escassa, podendo afetar a saúde do próprio
ser humano. (op. cit., p. 26). Entre as ações que podem melhorar a qualidade
e a quantidade dos recursos hídricos e também observá-lo como um fator
limitante, segundo Salati et al. (1999, p. 40-41), destacam-se: estudos científicos e
tecnológicos; amplo programa de educação ambiental; aprimoramento contínuo
e constante da legislação (gestão da demanda e da oferta); aprimorar a estrutura
institucional no manejo, utilização e fiscalização dos recursos hídricos; projetos
que envolvam o manejo de recursos hídricos, como: construção de represas,
saneamento básico, fornecimento de água e navegação fluvial, levem em conta as
influências e interações com o meio ambiente e sociedade; evitar a contaminação
das águas; formar recursos humanos; aumentar a cooperação internacional.
Ainda, segundo Tundisi et al. (1999, p. 208), para haver a exploração dos
recursos hídricos deve “haver articulação entre a base de pesquisa e conhecimento
científico acumulado”, bem como, também, as ações de gerenciamento, levando
em conta, além dos recursos hídricos, a “unidade-bacia-hidrográfica-rio-
lago ou reservatório”, Pois segundo o autor, somente assim poderá haver um
gerenciamento efetivo sobre a questão dos recursos hídricos.
3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
118
TÓPICO 4 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
119
UNIDADE 2 | AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PARTINDO DO PRINCÍPIO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL
120
TÓPICO 4 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação ambiental pode ser um dos meios mais eficazes para que haja
gestão das questões ambientais de forma adequada. A maioria dos sistemas de
gerenciamento ambiental sobre os recursos hídricos é ineficaz, pois não garante
a preservação desse recurso tão necessário. Há consideráveis inadequações das
práticas de gestão ambiental, como, por exemplo, a falta de consciência dos
cidadãos sobre as questões ambientais, por não haver uma gestão que considera
a educação ambiental como prioritária. Sendo esta capaz não só de informar, mas
também de mudar o estilo de vida. Sendo assim, o presente texto vem contribuir
para a sociedade, no sentido de levar a comunidade de Vargem do Braço a permear
uma reflexão sobre a importância da educação ambiental para melhorar o estilo
de vida atual e preservar os recursos hídricos. O processo a ser implantado levará
as pessoas a uma melhor qualidade de vida, pois a conscientização através da
educação para um ambiente sadio é uma das atitudes que pode proporcionar um
futuro com perspectivas para um desenvolvimento sustentável.
121
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu:
• Certificação ambiental.
122
AUTOATIVIDADE
123
124
UNIDADE 3
AVALIAÇÃO DE IMPACTO
AMBIENTAL: CONCEITOS,
PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade o acadêmico estará apto:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos desenvolvidos.
125
126
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Em um contexto atual, sabemos que com o nível de desenvolvimento que
encontramos na sociedade moderna, se não colocarmos e estabelecermos medidas
para um ordenamento e gestão dos nossos ambientes, estaremos comprometendo
a existência de nossa própria espécie. Fala-se em desenvolvimento sustentável,
exploração dos recursos naturais com moderação, aproveitamento de resíduos
e tantos outros termos que muitas vezes nos perguntamos, até onde vamos
chegar se não frearmos ou ao menos controlarmos de maneira eficiente nossos
sistemas de exploração. Para que isso ocorra é necessária uma mudança brusca
de paradigmas que aos poucos se torne padrão em uma sociedade acostumada a
manter níveis insustentáveis de exploração e incapaz de enxergar as consequências
de tal comportamento.
UNI
127
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
Deve sempre ficar claro que o EIA e o RIMA são estudos prévios, ou seja, são
um instrumento de planejamento de ações futuras para uma empresa que apresenta
elevado potencial poluidor. Eles estão inseridos dentro de um Sistema de Gestão
Ambiental, afinal de contas, este é um dos instrumentos que permite isso. Porém,
agora, em específico, estamos tratando de um estudo que permite a viabilização de
dados, para tomada de decisão, que é a construção ou não de um empreendimento.
128
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
129
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
AIA
Legal - Certificação -
Licenciamento ISO 14.000
FONTE: O autor
130
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
Resumindo, uma AIA pode ter dois objetivos distintos, sendo o primeiro
a Análise Ambiental, que objetiva tomar medidas das condições base, ou seja,
caracterizar as alterações no ambiente natural, ou a Avaliação Ambiental, que
visa determinar prioridades, piores impactos, valoração ecológica da área e assim
por diante. Assim, a partir do momento em que se verifica que um determinado
impacto ambiental vai ocorrer, ele precisa ser mitigado ou compensado.
132
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
133
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
Outro ponto que pode ser destacado e que é considerado requisito formal,
é a presença de uma equipe multidisciplinar habilitada, que não dependa direta
ou indiretamente do proponente do projeto e que será responsável tecnicamente
pelos resultados do projeto do EIA (Res. CONAMA 001/86, Art. 7°).
E
IMPORTANT
De acordo com Partidário & Jesus (1999), no EIA devem constar ainda:
134
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
NOTA
135
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
DICAS
136
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
137
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
138
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
139
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
DICAS
140
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
Por fim, em seu art. 3º, o decreto estabelece a finalidade dos PRAD: “A
recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de
utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo, visando
à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente”.
Em qualquer dos casos, os PRAD são muito mais voltados para aspectos
do solo e da vegetação, muito embora possam contemplar também, direta e
indiretamente, a reabilitação ambiental da água, do ar, da fauna e do ser humano.
141
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
142
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
FONTE: O autor
143
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
Como exemplo, podemos citar aqui acordos previstos na Agenda 21, que
tratam do papel do comércio e da indústria para a promoção do desenvolvimento
sustentável. Assim, essas organizações são estimuladas a informar anualmente
seus resultados ambientais, bem como o uso de energia e recursos naturais.
144
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
145
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
FONTE: O autor
146
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
147
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
148
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
ATENCAO
Caro acadêmico, você deve ficar muito atento a todos os detalhes da elaboração
de um projeto na área ambiental. Um trabalho mal planejado é garantia de fracasso e dinheiro
jogado fora.
149
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
150
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
arenoso
material
Roza de lavegetacion
Valores Negativos
Total de impactos
Valores Positivos
Extraccion
e insumos
a presion
de agua
grava
Impacto
PARAMENTROS
Rel A B C D E F G H I J K L M N O P Q R
Calidad del aire a -1 -1 -1 -1 -1 -1 -1 -1 -1 -9 -9 9
Aire
Ruidos y Vibraciones b -1 -1 -1 -1 -1 -1 -6 -6 6
Fisiografia/Geomorfologia c -1 -1 -1 -1 -4 -4 4
Suelo
FISICO
151
Calidad del agua Subterranea g -1 -1 -1 -1 -1 -5 -5 5
Disminucion del recurso Hidrico h -1 -1 -1 -1 -1 -1 -1 -1 -1 -9 -9 9
Diversidad y abundancia de especies i -1 -1 -1 -1 -1 -1 -6 -6 6
Flora
BIOLOGICO
Incremento de impuesto q 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 12 12
Incremento del indice demografico r 1 1 1 1
Educación s -1 -1 -1 -1 -4 -4 4
Social
152
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
QUADRO 6 - EXEMPLO DE TABELA PARA MAGNIFICAÇÃO DOS IMPACTOS GERADOS PARA PONDERAÇÃO DOS PESOS
ATRIBUÍDOS DENTRO DA MATRIZ DE LEOPOLD
FREQUÊNCIA OU EXTENSÃO MAGNITUDE BÔNUS/
IMPACTOS SENTIDO ORIGEM DESENCADEAMENTO REVERSIBILIDADE DURAÇÃO IMPORTÂNCIA
TEMPORARIDADE ESPACIAL (ESCALA) BENEFÍCIOS
Retirada do
Mangue
perda da
_ direta imediata contínua extensiva irreversível 9 importante socializado
biodiversidade
perda de
_ direta imediata contínua pontual irreversível 9 importante socializado
hábitat
153
perda de
10 a 50
matéria _ direta imediata descontínua pontual reversível 4 importante socializado
anos
organica
perda de
_ direta imediata contínua extensiva irreversível 10 importante socializado
berçários
alterações no
ciclo de _ indireta diferenciada descontínua extensiva reversível 1 a 10 anos 5 importante socializado
energia
alterações no
ciclo _ indireta diferenciada descontínua extensiva reversível 1 a 10 anos 5 importante socializado
biogeoquímico
FONTE: Disponível em: <http://www.monografias.com/trabajos89/impacto-ambiental-mineria-cuenca-rio-abujao/impacto-ambiental-mineria-cuenca-rio-
abujao2.shtml>. Acesso em: 17 dez. 2012.
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
154
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
Além das atividades que deverão ser licenciadas pelo órgão federal, as
seguintes atividades modificadoras do meio ambiente deverão ter o licenciamento
precedido de EIA/RIMA:
Canotilho & Leite (2007, p. 33) comentam sobre o EIA: “Cabe ao poder
público exigi-lo, na forma da lei, com o objetivo de avaliar a dimensão das possíveis
alterações que determinado empreendimento poderá causar ao meio ambiente.”
155
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
Conforme Res. CONAMA 001/86, Art. 6º e 7°, ainda deverá ele desenvolver
algumas atividades técnicas básicas, como:
156
TÓPICO 1 | ORIGEM DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA)
157
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
158
RESUMO DO TÓPICO 1
• O EIA pode ser dispensado apenas quando for diagnosticado que o tamanho e
potencial poluidor de um empreendimento seja pequeno. Neste caso, pode ser
exigido apenas um Estudo Ambiental Simplificado (EAS).
• O EIA não pode ser realizado de qualquer forma, possuindo diretrizes a serem
seguidas, e deve desenvolver algumas atividades técnicas básicas.
159
AUTOATIVIDADE
160
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Para Partidário & Jesus (1999), a análise de riscos consiste em uma
metodologia para analisar as possíveis consequências negativas para a sociedade
que podem ser provocadas por atividades humanas ou, ainda, forças da
natureza. Para que uma catástrofe ou problema ocorra, existe uma determinada
probabilidade de ocorrência. A probabilidade de ocorrência de acidentes em
larga escala é, em certas atividades, muito reduzida. No entanto, somente pelo
fato dessa probabilidade ser reduzida, será que devemos realmente correr o
risco? O mais coerente é atuar na prevenção. E, claro, muitas vezes, não podemos
abster-nos de certas atividades industriais que trazem muitos benefícios sociais
e econômicos para a sociedade, somente porque essas indústrias podem causar
algum impacto negativo.
E
IMPORTANT
161
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
2 GESTÃO DE RISCOS
A gestão de riscos é processo de avaliação e tomada de decisão com base
nas informações obtidas a partir da análise de riscos. Preocupa-se também com a
manutenção de medidas preventivas, de modo a manter as chances de ocorrência
de algum tipo de acidente quase nulas. Além disso, pertencem igualmente ao
campo da gestão de riscos o planejamento de situações de emergências e a
manutenção de um esquema de prontidão para reagir nas situações de perigo.
Para tomar suas decisões, o gestor de riscos, seja um responsável político, ou
um presidente de uma empresa qualquer, deve utilizar todas as informações
disponíveis resultantes dos Estudos de Impactos Ambientais (EIAs) e também
das análises de risco propriamente ditas.
• químicas e farmacêuticas;
• do petróleo e petroquímicas;
• do gás;
• dotadas de sistemas de refrigeração (alimentícias, de bebidas, frigoríficos etc.);
• de produção de água tratada;
• de transporte por oleodutos e gasodutos;
• usinas termelétricas a gás.
NOTA
162
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE DE RISCOS
E
IMPORTANT
A história da teoria das probabilidades teve início com os jogos de cartas, dados
e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo
da probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência
de um número ou evento em um experimento aleatório, que é aquele que, quando repetido
em iguais condições, pode fornecer resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados
ao acaso. Um exemplo: no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3
maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%.
163
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
(a) R = p X c
(c) R = {(p(i)),c(i))}
164
TÓPICO 2 | A UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE DE RISCOS
Aqui não estão sendo levados em consideração todos os fatores e varáveis que
poderiam atuar em uma determinada região industrial, que fariam estes números
aumentarem muito. Quanto ao valor usado para a vida humana, este varia, segundo
as avaliações de risco de todo o mundo, entre 100 mil US$ e 10 milhões de US$.
Ainda podemos fazer mais alguns comentários, para que você tenha noção
de que não se trata de algo tão simples. O primeiro é sobre a simplificação dos eventos
iniciadores. Na vida real, esses eventos são algo mais complexo, e, além disso, o
exemplo nos mostra as consequências de um único evento iniciador. Na verdade,
a operação de uma instalação industrial pode conter, e normalmente contém, uma
grande variedade de eventos catastróficos. Podemos ter, para uma única instalação,
diversas árvores de eventos, uma para cada um dos eventos iniciadores selecionados.
O risco desse processo será a soma de somas, isto é, depois de somarem-se os riscos
de todas as consequências de cada árvore, somam-se os subtotais de todas as árvores.
Essa soma final resultará no risco imposto pela instalação aos trabalhadores, público
e ambiente na área de influência do empreendimento.
ATENCAO
A quarta fase diz respeito ao cálculo das consequências dos efeitos físicos
calculados na fase anterior. O interesse reside, sobretudo, nas consequências
nocivas resultantes para as pessoas da área de abrangência do empreendimento.
Em alguns casos, as consequências para o meio ambiente deverão ser consideradas
como parte importante da análise.
Por vezes uma sexta fase, a apreciação dos riscos, é também considerada
parte integrante do processo de avaliação dos riscos.
E
IMPORTANT
167
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
Definição do Processo
Estudos de Perigo ou
Análise Preliminar de Risco - APR
(APP, HAZOP, FMEA, AAF, What If etc)
Avaliação de Risco
(Quantitativa) (*)
Medidas de Controle:
Recomendações para Redução do Risco
Medidas de Controle:
Recomendações para Mitigação
168
RESUMO DO TÓPICO 2
• A gestão de riscos se faz com base nas informações obtidas a partir da análise
de riscos e preocupa-se em manter medidas preventivas.
169
AUTOATIVIDADE
170
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
No âmbito das ciências do ambiente, o termo “Auditoria” tem sido
utilizado para se referir à quantificação das consequências ambientais dos
projetos de desenvolvimento (ex.: construção de empreendimentos de qualquer
natureza), acompanhada por uma avaliação da eficácia das medidas de gestão
adotadas, a fim de prevenir ou minimizar os efeitos negativos desses projetos
(PARTIDÁRIO; JESUS, 1999).
171
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
DICAS
Para o nosso caso hipotético da refinaria, após reuniões com vários atores e
segmentos da sociedade e após a determinação dos graus de importância de cada
problema, decidiu-se considerar impactos esperados para um período de 30 anos
e atribuir à área de entorno afetada pelo empreendimento um raio de até 30 km.
172
TÓPICO 3 | AUDITORIA AMBIENTAL PRÉVIA E PÓS-IMPLANTAÇÃO DE OBRAS
Em casos onde não haja uma espécie específica, mas, por exigência dos
órgãos ambientais, as condições ambientais devem ser mantidas, podemos
utilizar uma espécie qualquer, registrada no levantamento biótico e utilizá-
la como “variável-controle” de indicação da qualidade ambiental da área de
influência direta da empresa. Se a população da espécie declinar em abundância,
por exemplo, isso pode ser um indício de que as atividades do empreendimento
podem afetar o organismo e também o ambiente natural. No que diz respeito à
comunidade local, podemos proceder através do monitoramento de uma série de
variáveis, tais como, os níveis de ruído dentro e fora das habitações, as taxas de
atividade masculina e a empregabilidade nas indústrias tradicionais.
173
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
causadas pela operação da refinaria. Veja que isso irá depender dos pontos
levantados durante o monitoramento da situação atual, ou primeira fase.
E
IMPORTANT
174
TÓPICO 3 | AUDITORIA AMBIENTAL PRÉVIA E PÓS-IMPLANTAÇÃO DE OBRAS
E
IMPORTANT
175
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
176
TÓPICO 3 | AUDITORIA AMBIENTAL PRÉVIA E PÓS-IMPLANTAÇÃO DE OBRAS
LEITURA COMPLEMENTAR
177
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
178
TÓPICO 3 | AUDITORIA AMBIENTAL PRÉVIA E PÓS-IMPLANTAÇÃO DE OBRAS
179
UNIDADE 3 | AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: CONCEITOS, PROCEDIMENTOS E APLICAÇÕES
acordo com os artigos 182 e 183, que compõem o capítulo da política urbana da
Constituição Federal Brasileira. O artigo 182 da Constituição Federal Brasileira
versa que a política de desenvolvimento urbano tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade. Já o artigo 183
institui a usucapião urbana, possibilitando a regularização de extensas áreas
ocupadas por favelas, vilas, alagados, invasões e loteamentos clandestinos.
180
RESUMO DO TÓPICO 3
• Muitas vezes são necessárias ações compensatórias para mitigar impactos não
previstos na auditoria.
• Todo EIA inicia por um checklist. Quanto mais específico for esse checklist,
maiores são as chances de um Estudo Ambiental levantar todas as informações
pertinentes para o desenvolvimento sustentável.
181
AUTOATIVIDADE
1 Com base no que foi dito até agora, como autoatividade, sugerimos que você
esquematize um checklist, que servirá para nortear um EIA/RIMA de uma
PCH, ou pequena central hidrelétrica. Não esqueça que essa “listagem” não
foi fornecida pelo órgão licenciador, como procedimento padrão, e você,
como gestor ambiental, não quer colocar a credibilidade da sua competência
em risco, participando de um EIA de má qualidade. Lembre-se ainda de que
as componentes físicas, biológicas e socioeconômicas deverão ser avaliadas.
Posteriormente, se quiser mensurar os impactos do empreendimento, pode
simular uma matriz de Leopold. Mãos à obra!
182
REFERÊNCIAS
ACSELRAD, H. Vulnerabilidade ambiental, processos e relações. Disponível
em:<http://www.justicaambiental.org.br/projetos/clientes/noar/noar/UserFiles/17/
File/VulnerabilidadeAmbProcRelAcselrad.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2009.
183
______. Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm>. Acesso em: 6 dez. 2012.
______. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 29 nov. 2012.
LIMA, Ana Marina Martins de; SILVA, Antonio Carlos da; SILVA, Luciani Costa.
Proposição de Implementação de um Sistema de Gestão Ambiental no Instituto
Adolfo Lutz. (Monografia de conclusão do curso de Pós-Graduação em Gestão
Ambiental). SENAC. São Paulo 2007. Disponível em: <http://ambientedomeio.
com/2007/07/29/conceito-de-meio-ambiente/>. Acesso em: 29 nov. 2012.
MILARÉ, Edis. Direito do ambiente. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
185
PENTEADO, Hugo. Licença Ambiental de Belo Monte. Disponível em:
<http://www.oeco.com.br/es/podcast/25092-a-licenca-ambiental-de-belo-monte>.
Acesso em: 27 fev. 2012.
RICKLEFS, R.E. A Economia da natureza. 5. ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2003.
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ANOTAÇÕES
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