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OBRAS LITERÁRIAS PAES 2022

PARTE I - A ESCRAVA

Questão 01
O conto A Escrava, da autora maranhense Maria Firmina dos Reis, expõe uma perspectiva inovadora da questão
da escravidão, rompendo o estigma vitimista do escravizado. Essa mudança é marcada pelo
a) olhar do escravizado, onde passa a narrar as suas histórias.
b) olhar do escravizado, onde passa a ser secundário às suas histórias.
c) olhar do feitor, onde passa a narrar as histórias dos escravizados.
d) olhar do aristocrata, onde passa a ser primário às histórias dos escravizados.
e) olhar do aristocrata, onde passa a ser secundário às histórias dos escravizados.

Questão 02
O conto é um gênero textual marcado, dentre outras características, por menor complexidade em relação ao
romance. Contudo, em seus contos, Firmina parece ultrapassar essa descrição à medida de
a) discorrer de maneira superficial os seus contos.
b) discorrer de maneira rasa os seus contos.
c) discorrer de forma plana os seus contos.
d) discorrer de modo parecido os seus contos.
e) discorrer de meio analista os seus contos.

Questão 03
Em um salão onde estavam reunidas muitas pessoas distintas e bem colocadas na sociedade, depois de conversarem
sobre diversos assuntos mais ou menos interessantes, a conversa recaiu-se sobre o elemento servil.
O assunto era sem dúvida de alta importância. A conversação era geral; as opiniões, porém, divergiam. Começou a
discussão.

O fragmento inaugural de A Escrava, de Maria Firmina, demostra para o leitor a maneira como a narradora
denota a escravidão, não somente sob viés econômico e político, mas
a) moral e ético.
b) moral e sagrado.
c) moral e filosófico.
d) político e moral.
e) político e ético.

Questão 04
Em um salão onde estavam reunidas muitas pessoas distintas e bem colocadas na sociedade, depois de conversarem
sobre diversos assuntos mais ou menos interessantes, a conversa recaiu-se sobre o elemento servil.

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Sem prejuízo de sentido desse trecho do conto, os termos “distintas e bem colocadas” e “elemento servil”,
baseados na sociedade colonial, poderiam ser substituídos, respectivamente, por
a) da nobreza e servo.
b) da nobreza e escravo.
c) dos servos e feitor.
d) da aristocracia e servo.
e) da aristocracia e escravo.

Questão 05
O assunto era sem dúvida de alta importância. A conversação era geral; as opiniões, porém, divergiam. Começou a
discussão.
— Admira-me, — disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas, — faz-me até pasmar, que se
possa sentir e expressar sentimentos escravocratas no presente século, no século dezenove! A moral religiosa, e a moral
cívica aí se erguem, e falam bem alto esmagando a hidra que envenena a família no mais sagrado santuário seu, desmoraliza
e deprecia a nação inteira!

Considerando a hidra – um monstro venenoso da mitologia grega, nesse fragmento do conto como ameaça à
nação, cabe afirmar que
a) há uma metáfora sobre os males da sociedade.
b) há uma metáfora sobre os benefícios da sociedade.
c) há uma hipérbole sobre os males da sociedade.
d) há uma hipérbole sobre os benefícios da sociedade.
e) há uma metonímia sobre os males da sociedade.

Fragmento para as questões 6 e 7


Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:
— Para que se deu em sacrifício, o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro atento? Ah!
Então não era verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue
comprado a liberdade!? E depois, olhai a sociedade... Não percebes que a corrói constantemente!... Não sentes a
desmoralização que a enerva, o câncer que a destrói?

Questão 06
Outro aspecto ideológico a esse discurso, além do aspecto religioso, numa perspectiva atual seria o (a)
a) busca do bem-estar social.
b) enaltecimento de caráter social.
c) enaltecimento de comportamentos.
d) discussão sobre princípios éticos.
e) permanência de um sistema.

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Questão 07
“Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:”
O verbo imperativo levantai revela um teor de
a) um aviso.
b) um pedido.
c) um suspiro.
d) um desgosto.
e) uma declaração.

Fragmento para as questões de 8 a 12


O escravo é olhado por todos como vítima — e o é.
O senhor, que papel representa na opinião social? O senhor é o algoz — e esta qualificação é hedionda.
Eu vos narrarei, se quiserem prestar atenção em mim, um fato que ultimamente se deu. Poderia citar uma infinidade
deles; mas este basta para provar o que acabo de dizer sobre o algoz e a vítima.

Questão 08
“O escravo é olhado por todos como vítima — e o é”. Possui caráter
a) afirmativo.
b) comovente.
c) confessional.
d) duvidoso.
e) negacionista.

Questão 09
“O escravo é olhado por todos como vítima — e o é”. Para a narradora, diante desse trecho do conto, vítima seria o
mesmo de
a) primário à sua história.
b) destacado à sua história.
c) desnecessário à sua história.
d) desgostado à sua história.
e) secundário à sua história.

Questão 10
“O senhor, que papel representa na opinião social? O senhor é o algoz — e esta qualificação é hedionda”. Para a
narradora, hedionda é
a) repugnante.
b) inocente.
c) recatada.

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d) honesta.
e) modesta.

Questão 11
“Poderia citar uma infinidade deles; mas este basta para provar o que acabo de dizer sobre o algoz e a vítima”. Sem perca
de entendimento, os termos “o algoz” e “a vítima”, poderiam ser substituídos, respectivamente, por
a) o senhor e o servo.
b) o servo e o senhor.
c) o senhor e o senhor.
d) o senhor e o aristocrata.
e) o senhor e o escravo.

Questão 12
“Eu vos narrarei, se quiserem prestar atenção em mim, um fato que ultimamente se deu”. O trecho dá índice de uma
narradora
a) personagem, onde se mostra em segunda pessoa.
b) personagem, onde se mostra em primeira pessoa.
c) observadora, onde se mostra em segunda pessoa.
d) observadora, onde se mostra em terceira pessoa.
e) onisciente, onde se mostra em terceira pessoa.

Questão 13
O fato de a narradora de A Escrava, de Firmina, ser uma mulher, demonstra a sua
a) apatia às mulheres em relação aos seus aparecimentos nas obras da época.
b) desgosto às mulheres em relação aos seus aparecimentos nas obras da época.
c) descaso às mulheres em relação aos seus aparecimentos nas obras da época.
d) afeição às mulheres em relação aos seus aparecimentos nas obras da época.
e) menosprezo às mulheres em relação aos seus aparecimentos nas obras da época.

Questão 14
E ela começou:
Era uma tarde de agosto, bela como um ideal de mulher, poética como um suspiro de virgem, melancólica, e suave
como sons longínquos de um alaúde misterioso.

Diante desse trecho, os traços atribuídos à tarde, manifestam


a) prosopopeia nítida.
b) metáfora nítida.
c) denotação nítida.
d) metonímia nítida.
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e) eufemismo nítido.

Questão 15
Eu cismava embevecida na beleza natural das alterosas palmeiras, que se curvavam tristes, ao sopro do vento que
gemia na costa.
E o sol, dardejando seus raios multicores, pendia para o ocaso como se tivesse pressa.

Os traços atribuídos às palmeiras, ao vento, e ao sol denotam


a) sinédoque.
b) assonância.
c) denotação.
d) hipérbato.
e) prosopopeia.

Questão 16
Não sei que sensações desconhecidas me agitavam, não sei!... mas sentia-me com disposições para o pranto.

O uso das reticências no trecho


a) designam uma indução.
b) designam uma inferência.
c) denotam uma elucidação.
d) denotam uma alucinação.
e) denotam um enigma.

Questão 17
De repente, acalmou meu terror; olhei-o e, do medo, passei à consideração, ao interesse.

O término do trecho revela um tom de


a) contradição.
b) condicionalidade.
c) comparação.
d) finalidade.
e) conformidade.

Questão 18

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Aquela atitude comovedora despertou-me compaixão; apesar do medo que nos causa a presença de um calhambola,
aproximei-me dele, e perguntei de forma protetora e amiga:
— Quem és, filho? O que procuras?

O termo calhambola, está relacionada aos


a) escravos fugidos.
b) escravos de alugueis.
c) escravos dos feitores.
d) escravos libertos.
e) escravos marceneiros.

Fragmento para as questões 19 e 20


— Quem és, filho? O que procuras?
— Ah! Minha senhora, — exclamou erguendo os olhos ao céu, — eu procuro minha mãe, que correu nesta direção,
fugindo do cruel feitor que a perseguia. Eu também agora sou um fugido: porque há uma hora deixei o serviço para procurar
minha pobre mãe, que além de doida está quase a morrer. Não sei se ele a encontrou; e o que será dela. Ah! Minha mãe! É
preciso que eu corra, a ver se acho antes que o feitor a encontre. Aquele homem é um tigre, minha senhora, uma fera.

Questão 19
Qual era a perspectiva dos escravos sobre os feitores, baseado no fragmento?
a) temerosa.
b) depreciativa.
c) comovente.
d) descuidada.
e) distraída.

Questão 20
“Aquele homem é um tigre, minha senhora, uma fera.”
Qual a figura predominante?
a) sinédoque.
b) metonímia.
c) denotação.
d) metáfora.
e) prosopopeia.

Fragmento para as questões 21 e 22


Ouvia-o, sem o interromper, tanto interesse me inspirava o mísero escravo.

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— Amanhã, — continuou ele, — hei de ser castigado; porque saí do serviço, antes das seis horas, hei de ter trezentos
açoites; mas minha mãe morrerá se ele a encontrar. Estava no serviço, coitada! Minha mãe caiu, desfalecida; o feitor lhe
impôs que trabalhasse, dando-lhe açoites; ela saiu a correr gritando. Ele correu atrás. Eu corri também, corri até aqui porque
foi esta a direção que tomaram. Mas, onde está ela, onde estará ele?

Questão 21
Em “Mas, onde está ela, onde estará ele?”, a pergunta de retomada, em relação ao argumento, produz um sentido
de
a) ratificar.
b) retificar.
c) reiterar.
d) definir.
e) indefinir.

Questão 22
Em “Mas, onde está ela, onde estará ele?”, o termo onde, dá ideia de
a) lugar.
b) tempo.
c) compartimento.
d) ponto.
e) senzala.

Questão 23
Senti-me tocada de veneração em presença daquele amor filial, tão singelamente manifestado.
Diante do trecho, amor filial, dá o mesmo sentido de
a) amor fraternal.
b) amor conjugal.
c) amor maternal.
d) amor materialista.
e) amor platônico.

Questão 24
O título A Escrava, de Maria Firmina dos Reis, sugere
a) o protagonismo da mulher, diante de seu conto.
b) o protagonismo da mulher, diante de sua fábula.
c) a mulher em meio secundário, diante de seu conto.
d) a mulher em meio secundário, diante de seu romance.
e) a mulher em meio plano, diante de seu conto.

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Questão 25
Sim, a punição da lei; lei que infelizmente ainda perdura, lei que garante ao forte o direito abusivo, e execrando de
oprimir o fraco.
Mas, deixar de prestar auxílio àqueles desgraçados, tão abandonados, tão perseguidos, que nem para a agonia
derradeira, nem para transpor esse tremendo portal da Eternidade, tinham sossego, ou tranquilidade! Não.
Tomei com coragem a responsabilidade do meu ato: a humanidade me impunha esse santo dever.

Qual traço de caráter é manifestado no trecho?


a) Desonestidade.
b) Orgulho.
c) Piedade.
d) Dignidade.
e) Dolo.

Questão 26
Sorriu-se e murmurou.
— Ainda há neste mundo quem se compadeça de um escravo?
— Há muita alma compassiva, — retorqui-lhe, — que se condói do sofrimento de seu irmão.

Comparando-se as duas falas, percebe-se um teor


a) metafórico.
b) paradoxal.
c) mentiroso.
d) duvidoso.
e) temeroso.

Questão 27
— Gabriel! — Disse ela — não. Eu mesma. Ainda posso falar. E começou:
Minha mãe era africana, meu pai de raça índia; mas eu de cor fusca. Era livre, minha mãe era escrava.

Qual a voz dada à Joana por Firmina em sua obra?


a) Sem nexo ao período.
b) Sem posicionamento ao período.
c) Sem técnica ao período.
d) Sonhada ao período.
e) Outrora habilidosa ao período.

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Questão 28
Sobreveio-lhe febre ardente, delírios, e três dias depois estava com Deus.

Percebe-se no fragmento a marca de um (a)


a) metáfora.
b) sinestesia.
c) sinédoque.
d) eufemismo.
e) hipérbato.

Questão 29
Fiquei só no mundo, entregue ao rigor do cativeiro.
“... rigor do cativeiro” pode ser uma metáfora para
a) orfanato.
b) senzala.
c) cárcere.
d) casa.
e) masmorra.

Questão 30
Ah! minha senhora! — abriu os olhos. — Que espetáculo! Tinham metido adentro a porta da minha pobre casinha,
e nela entrado meu senhor, o feitor, e o infame traficante.

“— Que espetáculo!”. Pode-se inferir dessa exclamação


a) notoriedade.
b) sinceridade.
c) submissão.
d) contraste.
e) coerência.

Questão 31
Maria Firmina dos Reis ou “Diliquinha” pode ser considerada por meio de suas obras
a) a primeira mulher negra romancista abolicionista da sociedade brasileira.
b) a primeira mulher negra realista abolicionista da sociedade brasileira.
c) a segunda mulher negra realista abolicionista da sociedade brasileira.
d) a segunda mulher negra romancista abolicionista da sociedade brasileira.
e) a última mulher negra romancista abolicionista da sociedade brasileira.

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Questão 32
— Cala-te! — gritou meu feroz senhor. — Cala-te ou te farei calar.

O contexto ressalta a ideia de


a) vivência piedosa.
b) servilismo enganoso.
c) intimidade partilhada.
d) altruísmo devocional.
e) companheirismo autêntico.

Questão 33
Cumprimentou-me com maneiras da alta sociedade, e disse-me:
— Desculpe-me, querida senhora, se me apresento em sua casa, tão brusca e desajeitadamente; entretanto...
— Sem cerimônia, senhor, — disse-lhe, procurando abreviar aqueles cumprimentos que me incomodavam. — Sei
o motivo que aqui o trouxe, e podemos, se quiser começar já o assunto.

O rompimento de perspectiva do cumprimento ocorre em função de uma


a) relação hierárquica.
b) relação burocrática.
c) relação manipuladora.
d) relação histórica.
e) relação amorosa.

Questão 34
Rasgou o subscrito, e leu-os. Nunca em sua vida tinha sofrido tão extraordinária contrariedade.
— Sim, minha cara senhora, — redarguiu, terminando a leitura; — o direito de propriedade, conferido outrora por
lei a nossos avós, hoje nada mais é que uma burla...
— A lei retrocedeu, hoje protege-se escandalosamente o escravo, contra seu senhor; hoje qualquer indivíduo diz a
um juiz de órfãos.

O propósito comunicativo do trecho é


a) aderir o leitor ao salto dos direitos dos negros à época.
b) aderir todos os personagens ao salto dos direitos dos negros à época.
c) reincidir ao leitor o salto dos deveres dos negros à época.
d) reiterar aos personagens o salto os deveres dos negros à época.
e) negar o salto dos direitos dos negros à época.

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Questão 35
O título da obra está diretamente relacionado a (à)
a) Gabriel.
b) Senhora.
c) Firmina.
d) Joana.
e) Feitor.

Questão 36
O termo “o olhar do outro”, sendo a perspectiva da autora em seu conto, mostra a intencionalidade de
a) dá voz aos aristocratas.
b) dá voz aos feitores.
c) dá voz aos mercadores.
d) dá voz aos escravos.
e) dá voz às mulheres.

Questão 37
O termo “o olhar do outro”, sendo a perspectiva da autora em seu conto, mostra a intencionalidade de
a) mostrar personagens primários à época.
b) mostrar personagens secundários à época.
c) mostrar mulheres primárias à época.
d) mostrar mulheres terciárias à época.
e) mostrar feitores primários à época.

Questão 38
Denúncias marcantes de A Escrava, de Firmina, são
a) o amor e violência da escravatura.
b) o selo e violência da escravatura.
c) o ideal e violência da escravatura.
d) a injustiça e violência da escravatura.
e) a misericórdia e violência da escravatura.

Questão 39
Qual a principal decisão da senhora a respeito de Gabriel?
a) Denunciá-lo.
b) Ama-lo.
c) Distanciá-lo.
d) Liberta-lo.
e) Oprimi-lo.
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Questão 40
De maneira literal, a diferença entre Castro Alves e Maria Firmina seria
a) Castro mostra os negros de cima do navio, Firmina os do porão.
b) Castro mostra os negros debaixo do navio, Firmina os do porão.
c) Castro mostra os negros do porão, Firmina os do meio do navio.
d) Castro mostra os negros do porão, Firmina os de cima do navio.
e) Castro mostra os negros do mar, Firmina os do porão do navio.

Questão 41
O assunto era sem dúvida de alta importância. A conversação era geral; as opiniões, porém, divergiam. Começou a
discussão.

“Começou a discussão.” dá índice de


a) oração coordenada substantiva.
b) oração coordenada sindética.
c) oração subordinada sindética.
d) oração subordinada subordinada.
e) oração principal.

Questão 42
Qual o recurso funcional nítido ao fato de a narradora (a senhora) contar a sua própria história dentro do conto?
a) Fático.
b) Poético.
c) Paradoxal.
d) Denotativo.
e) Metalinguístico.

Questão 43
O fato de Firmina ter obtido diversos direitos, mas ser desconhecida pela maioria da sociedade mostra
a) o mínimo descaso às mulheres.
b) o ausente descaso às mulheres.
c) o rigoroso descaso às mulheres.
d) o diminuto descaso às mulheres.
e) o permanente descaso às mulheres.

Questão 44

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O fato de Firmina ter obtido diversos direitos, mas ser desconhecida pela maioria da sociedade maranhense
destaca
a) o aumento da sociedade em estudar os seus autores.
b) o retrocesso da sociedade em estudar os seus autores.
c) a imobilidade da sociedade em estudar os seus autores.
d) o adiantamento da sociedade em estudar os seus autores.
e) o aperfeiçoamento da sociedade em estudar os seus autores.

Questão 45
E ela começou:
Era uma tarde de agosto, bela como um ideal de mulher, poética como um suspiro de virgem, melancólica, e suave
como sons longínquos de um alaúde misterioso.

O trecho do conto possui traços do


a) Cordel.
b) Cubismo.
c) Realismo.
d) Romantismo.
e) Fauvismo.

Trecho para as questões 46 e 47


O assunto era sem dúvida de alta importância. A conversação era geral; as opiniões, porém, divergiam. Começou a
discussão.
— Admira-me, — disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas, — faz-me até pasmar, que se
possa sentir e expressar sentimentos escravocratas no presente século, no século dezenove! [...]

Questão 46
A colocação pronominal de “admira-me” sugere
a) Ênclise.
b) Próclise.
c) Paradoxo.
d) Mesóclise.
e) Sinédoque.

Questão 47
O uso do ponto de exclamação no fragmento “no século dezenove!” serve
a) para acentuar a fala.
b) para omitir a fala

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c) para disfarçar a fala.
d) para definhar a fala.
e) para aumentar a fala.

Questão 48
E depois, o caráter que nos imprime, e nos envergonha!

O trecho possui tom


a) paradoxal.
b) enigmático.
c) pessimista.
d) descoberto.
e) vacilante.

Questão 49
[...] por isso que o estigma da escravidão, pelo cruzamento das raças, estampa-se na fronte de todos nós. Em vão procurará
um de nós para convencer ao estrangeiro que em suas veias não gira uma só gota de sangue escravo...

O que a narradora quis dizer com “o estigma da escravidão”?


a) O mesmo que as marcas desse sistema.
b) O mesmo que os artifícios desse sistema.
c) O mesmo que os enigmas desse sistema.
d) O mesmo que as deformidades desse sistema.
e) O mesmo que o caráter desse sistema.

Questão 50
Não sei que sensações desconhecidas me agitavam, não sei!... mas sentia-me com disposições para o pranto.
De repente uns gritos lastimosos, uns soluços angustiados feriram-me os ouvidos, e uma mulher correndo, e em
completo desalinho, passou por diante de mim, e como uma sombra desapareceu.

O trecho denota um (a)


a) Quebra de perspectiva.
b) Quebra de clímax.
c) Quebra de narrativa.
d) Quebra de diálogo.
e) Quebra de cena.

Questão 51
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E dizendo isto, indiquei-lhe com um aceno a brecha que ficava a mais de cem passos de distância, aquém do morro
em que me achava.
Minhas palavras inexatas, o ardil de que me servi, visavam a fazê-lo retroceder: logrei o meu intento.

O que a narradora quis dizer com “logrei o meu intento”?


a) Que atingiu o seu objetivo.
b) Que atingiu a sua artimanha.
c) Que atingiu o seu pensar.
d) Que atingiu o seu ideal.
e) Que atingiu o seu desatino.

Questão 52
Franziu o cenho, e sua fisionomia traiu a cólera que o assaltou. Mordeu os beiços e rugiu:
— Maldita negra! Esbaforido, consumido, a meter-me por estes caminhos, pelos matos à procura da preguiçosa...
[...]

“Esbaforido” é o mesmo de
a) Desatino.
b) Ofegante.
c) Feroz.
d) Passivo.
e) Diligente.

Questão 53
— Foge sempre?
— Sempre, minha senhora. Ao menor descuido foge. Quer fazer acreditar que é doida.
— Doida! — Exclamei involuntariamente, num tom que traía os meus sentimentos.

Qual o debate notório diante do trecho?


a) Escravidão e lucidez.
b) Escravidão e estigma.
c) Escravidão e permanência.
d) Escravidão e loucura.
e) Escravidão e ódio.

Questão 54

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Eu bem conhecia a gravidade do meu ato: recebia em meu lar dois escravos foragidos, e escravos talvez de algum
poderoso senhor; era expor-me à punição da lei; mas em primeiro lugar o meu dever, e o meu dever era socorrer aqueles
infelizes.

Qual a perspectiva de dever abordada no trecho?


a) Da alteridade.
b) Da ideologia.
c) Da metafísica.
d) Deontológica.
e) Gnosiológica.

Questão 55
Qual a perspectiva de outro olhar abordada por Firmina?
a) Do escravizado.
b) Do feitor.
c) Do político.
d) Da elite.
e) Da aristocracia.

Questão 56
Qual traço realista é notório no conto?
a) O sentimentalismo da senhora e Gabriel.
b) O dualismo do bem e do mal do desfecho.
c) Posturas críticas aos costumes do século.
d) O descritivismo da obra.
e) O nacionalismo crítico.

Questão 57
Qual o gênero, tempo, e narrador da obra estudada?
a) Romance, Brasil Colônia, narrador-personagem.
b) Romance, Brasil Joanino, narrador-personagem.
c) Romance, Brasil Regencial, narrador-onisciente.
d) Conto, Brasil Império, narrador-personagem.
e) Conto, Brasil República, narrador-observador.

Questão 58
O fato do conto de Firmina ser publicado um ano antes da abolição, de maneira literal, denota
a) O enraizamento dessa problemática.
b) O descuido dessa problemática.
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c) O descaso dessa problemática.
d) O grito dessa problemática.
e) O alvoroço dessa problemática.

Questão 59 (adaptada de FUNDATEC)


Qual a alternativa cuja informação NÃO encontra respaldo na vida de Firmina?
a) Maria Firmina dos Reis foi pioneira como mulher escritora e abolicionista, fora o fato de ter nascido no
Maranhão, longe da Corte.
b) Pela amostra de Maria Firmina se percebe o tom dramático e indignado com que denuncia as condições
de viagem nos navios negreiros.
c) A literatura de Maria Firmina não se restringiu ao romance Úrsula, embora este seja a obra mais
conhecida dela.
d) O fato de haver crescido em um ambiente com acesso à literatura pode ter influenciado Maria Firmina
a se tornar, ela própria, escritora.
e) A denúncia das crueldades da escravidão, no texto de Maria Firmina, tem um tom realista pelo fato de
a autora haver sofrido na própria pele tais crueldades.

Questão 60 (de Simulado Enem 2010)


A pouca divulgação também impediu que a maranhense Maria Firmina dos Reis (1825-1917) viesse a constar dos
manuais clássicos de nossa historiografia literária. A escritora, num fato inédito naquela época para uma mulher
humilde, mulata e bastarda, conseguiu, em 1847, ser aprovada em concurso público para a cadeira de Instrução
Primária, tendo exercido o magistério ao longo de boa parte dos seus noventa e dois anos de vida. De acordo com Zahidé
Lupinacci Muzart (2000, p. 264), Maria Firmina publica Úrsula, em 1859, sendo este o “primeiro romance abolicionista
e um dos primeiros escritos por mulher brasileira”, tendo ainda colaborado em diversos jornais, inclusive com o
romance-folhetim Gupeva, de 1861, e o conto A escrava, em 1887. Muzart apoia-se na biografia elaborada por José
Nascimento Morais Filho e em outros estudos, como de Luiza Lobo e Maria Lúcia de Barros Mott, para asseverar que
“pela primeira vez o escravo negro tem voz e, pela memória, vai trazendo para o leitor uma África outra, um país de
liberdade”. E destaca a personagem Mãe Susana, cuja inserção vai dar o tom de inovação e ousadia de Úrsula frente às
demais narrativas abolicionistas: Mãe Susana vai contar como era sua vida na África, entre sua gente, de como se deu
a prisão pelos caçadores de escravos e de como sobreviveu à terrível viagem nos porões do navio. É mãe Susana quem
vai explicar a Túlio, alforriado pelo Cavaleiro, o sentido da verdadeira liberdade, que essa não seria nunca a de um
alforriado num país racista (2000 : 266).

DUARTE, Eduardo de Assis. Notas sobre a literatura brasileira afrodescendente. In: SCARPELLI, Marli Fantini e
DUARTE, Eduardo de Assis (org). Poéticas da diversidade. UFMG, Belo Horizonte, 2002.

De acordo com o texto e realizando uma correspondência histórica com o período nele assinalado, podemos
afirmar que

a) houve um silêncio a respeito de uma literatura produzida no século XIX por afrodescendentes que
atuaram de forma contrária ao movimento abolicionista que teve curso por meio de leis antiescravistas.
b) Maria Firmina dos Reis produziu o primeiro romance abolicionista brasileiro, que foi fruto da falta de
participação dos negros e mestiços no movimento contrário ao regime escravocrata.
c) a obra Úrsula afirmou um protesto em defesa da liberdade do escravo negro no continente africano, a
exemplo do que ocorria no Brasil na primeira metade do século XIX por meio de alforrias.

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d) a historiografia literária ignorou a obra de uma escritora mestiça que defendeu o abolicionismo, mas o
defendeu de forma distinta dos outros abolicionistas, em uma época em que crescia a crítica ao regime
escravocrata brasileiro.
e) Mãe Suzana expressa o descontentamento com a política de alforrias que constituiu o caminho mais
conhecido de emancipação do escravo no Brasil do Segundo Reinado, opondo-se ao caminho da
quebra da ordem escravista.

Questão 61
— Admira-me, — disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas, — faz-me até pasmar, que se
possa sentir e expressar sentimentos escravocratas no presente século, no século dezenove! A moral religiosa, e a moral
cívica aí se erguem, e falam bem alto esmagando a hidra que envenena a família no mais sagrado santuário seu, desmoraliza
e deprecia a nação inteira!
Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:
— Para que se deu em sacrifício, o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro atento? Ah!

Qual o tipo de discurso predominante no fragmento?


a) Direto.
b) Genuíno.
c) Coerente.
d) Indireto.
e) Indireto livre.

Questão 62
O conto é um gênero textual marcado, dentre outras características, por menor complexidade em relação ao
romance. Contudo, em seus contos, Firmina parece ultrapassar essa descrição à medida de
a) discorrer de maneira vaga.
b) discorrer de maneira rasa.
c) discorrer de meio analista.
d) discorrer de forma plana.
e) discorrer de modo parecido.

Questão 63
De repente, acalmou meu terror; olhei-o e, do medo, passei à consideração, ao interesse.

O término do fragmento revela um tom de


a) paradoxo.
b) contradição.
c) condicionalidade.
d) finalidade.
e) conformidade.
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Questão 64
Cumprimentou-me com maneiras da alta sociedade, e disse-me:
— Desculpe-me, querida senhora, se me apresento em sua casa, tão brusca e desajeitadamente; entretanto...
— Sem cerimônia, senhor, — disse-lhe, procurando abreviar aqueles cumprimentos que me incomodavam. — Sei
o motivo que aqui o trouxe, e podemos, se quiser começar já o assunto.

Quebrando-se a perspectiva se percebe uma possível


a) relação hierárquica.
b) relação burocrática.
c) relação manipuladora.
d) relação histórica.
e) relação amorosa.

Questão 65
Questões notórias nas obras de Firmina estão diretamente relacionadas, sobretudo, à
a) Questões políticas e de gênero.
b) Questões étnicas e de gênero.
c) Questões étnicas e cívicas.
d) Questões éticas e de gênero.
e) Questões éticas e morais.

Questão 66
Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:

Considerando o sentido contextual que a preposição “em” apresenta no trecho do conto, a relação semântica
que se estabelece entre os termos ligados por ela é de
a) meio.
b) matéria.
c) assunto.
d) tempo.
e) finalidade.

Questão 67
Por causa do teor de suas obras, similar à fase de transição para o Realismo, Firmina pode ser considerada
a) Romancista crítica.
b) Romancista culta.
c) Romancista social.
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d) Romancista romântica.
e) Romancista única.

Questão 68
Qual a principal diferença de A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, e A Escrava, de Maria Firmina dos Reis?
a) Bernardo continua a retratar uma personagem primária à época à medida de sobrepor uma escrava
branca, Firmina resgata uma personagem secundária à medida de sobrepor uma escrava negra.
b) Bernardo continua a retratar uma personagem primária à época à medida de sobrepor uma escrava
branca, Firmina resgata uma personagem secundária à medida de sobrepor uma escrava branca.
c) Bernardo continua a retratar uma personagem primária à época à medida de sobrepor uma escrava
negra, Firmina resgata uma personagem terciária à medida de sobrepor uma escrava branca.
d) Bernardo continua a retratar uma personagem terciária à época à medida de sobrepor uma escrava
branca, Firmina resgata uma personagem secundária à medida de sobrepor uma escrava negra.
e) Bernardo continua a retratar uma personagem terciária à época à medida de sobrepor uma escrava
branca, Firmina resgata uma personagem primária à medida de sobrepor uma escrava negra.

Questão 69
Qual o teor das obras de Firmina?
a) Sedentário.
b) Diligente.
c) Descansado.
d) Culto.
e) Inerte.

Questão 70
De maneira literal, o título da obra está diretamente relacionado a
a) um personagem secundário ao longo da história.
b) um personagem terciário ao longo da história.
c) um personagem dinâmico ao longo da história.
d) um personagem destacado ao longo da história.
e) um personagem deletado ao longo da história.

Questão 71
Qual o ponto em comum de O Cortiço, de Aluísio Azevedo, A Escrava, de Maria Firmina dos Reis, e Canaã, de
Graça Aranha?
a) O engano sofrido pelas mulheres retratadas.
b) O direito visível às mulheres.
c) O preconceito racial.
d) O mesmo estilo de escrita.
e) O mesmo tipo de discurso.
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Questão 72
Qual a lei abolicionista do período mais se destaca por meio da postura da senhora ao libertar Gabriel?
a) Lei Bill Aberdeen.
b) Lei Eusébio de Queirós.
c) Lei do Ventre Livre.
d) Lei dos Sexagenários.
e) Lei Áurea.

Questão 73
Que tipo de pensamento a senhora representa durante o conto?
a) O pensamento abolicionista.
b) O pensamento aristocrata.
c) O pensamento moral.
d) O pensamento nacionalista.
e) O pensamento revolucionário.

Questão 74
O fato de Firmina dá voz a uma escrava negra, a protagonista Joana, por meio de uma senhora branca e da
elite demonstra o seu teor de escrita
a) preconceituoso.
b) amoroso.
c) crítico.
d) habilidoso.
e) clássico.

Questão 75
Qual o teor diferente de olhar na obra de Firmina?
a) O olhar do escravizado, onde passa a narrar as suas histórias.
b) O olhar do escravizado, onde passa a ser secundário às suas histórias.
c) O olhar do feitor, onde passa a narrar as histórias dos escravizados.
d) O olhar do aristocrata, onde passa a ser primário às histórias dos escravizados.
e) O olhar do aristocrata, onde passa a ser secundário às histórias dos escravizados.

Questão 76
O conto estudado demostra a maneira como a narradora denota a escravidão, não somente sob viés econômico
e político, mas
a) moral e ético.
b) moral e comum.
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c) moral e filosófico.
d) político e moral.
e) político e ético.

Questão 77
“Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:”

O verbo imperativo levantai revela um teor de


a) um aviso.
b) uma súplica.
c) um suspiro.
d) um desgosto.
e) uma declaração.

Questão 78
“Eu vos narrarei, se quiserem prestar atenção em mim, um fato que ultimamente se deu”. O fragmento dá índice de uma
narradora
a) personagem, onde se mostra em segunda pessoa.
b) personagem, onde se mostra em primeira pessoa.
c) observadora, onde se mostra em segunda pessoa.
d) observadora, onde se mostra em terceira pessoa.
e) onisciente, onde se mostra em terceira pessoa.

Questão 79
Era uma tarde de agosto, bela como um ideal de mulher, poética como um suspiro de virgem, melancólica, e suave
como sons longínquos de um alaúde misterioso.

Diante desse fragmento, os traços atribuídos à tarde, manifestam


a) personificação nítida.
b) metáfora nítida.
c) denotação nítida.
d) metonímia nítida.
e) eufemismo nítido.

Questão 80
Ouvia-o, sem o interromper, tanto interesse me inspirava o mísero escravo.
— Amanhã, — continuou ele, — hei de ser castigado; porque saí do serviço, antes das seis horas, hei de ter trezentos
açoites; mas minha mãe morrerá se ele a encontrar. Estava no serviço, coitada! Minha mãe caiu, desfalecida; o feitor lhe
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impôs que trabalhasse, dando-lhe açoites; ela saiu a correr gritando. Ele correu atrás. Eu corri também, corri até aqui porque
foi esta a direção que tomaram. Mas, onde está ela, onde estará ele?

Em “Mas, onde está ela, onde estará ele?”, a pergunta de retomada, em relação ao argumento, produz um sentido
de
a) confirmar.
b) corrigir.
c) reincidir.
d) definir.
e) indefinir.

Questão 81
— Gabriel! — Disse ela — não. Eu mesma. Ainda posso falar. E começou:
Minha mãe era africana, meu pai de raça índia; mas eu de cor fusca. Era livre, minha mãe era escrava.

Qual a voz dada à Joana por Firmina em sua obra?


a) Sem nexo ao período.
b) Sem posicionamento ao período.
c) Sem técnica ao período.
d) Sonhada ao período.
e) Outrora habilidosa ao período.

Questão 82
Rasgou o subscrito, e leu-os. Nunca em sua vida tinha sofrido tão extraordinária contrariedade.
— Sim, minha cara senhora, — redarguiu, terminando a leitura; — o direito de propriedade, conferido outrora por
lei a nossos avós, hoje nada mais é que uma burla...
— A lei retrocedeu, hoje protege-se escandalosamente o escravo, contra seu senhor; hoje qualquer indivíduo diz a
um juiz de órfãos.

O teor comunicativo do trecho é


a) agregador de direitos.
b) agregador de deveres.
c) reincidente da moral.
d) retirante da discussão.
e) negacionista de direitos.

Questão 83
Qual o recurso funcional nítido ao fato de a narradora (a senhora) contar a sua própria história dentro do conto?
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a) Fático, à medida de testar os seus próprios argumentos diante dos outros personagens.
b) Poético, à medida de se declarar amorosa diante de todos os personagens.
c) Paradoxal, à medida de se contrariar diante de seus próprios argumentos.
d) Denotativo, à medida de se mostrar egocêntrica em sua postura.
e) Metalinguístico, à medida que relata um acontecimento seu dentro do conto.

Questão 84
E depois, o caráter que nos imprime, e nos envergonha!

O fragmento possui tom


a) contraditório.
b) enigmático.
c) pessimista.
d) descoberto.
e) vacilante.

Questão 85
Minhas palavras inexatas, o ardil de que me servi, visavam a fazê-lo retroceder: logrei o meu intento.

O que a narradora quis dizer com “logrei o meu intento”?


a) Que atingiu o seu intento.
b) Que atingiu a sua artimanha.
c) Que atingiu o seu pensar.
d) Que atingiu o seu ideal.
e) Que atingiu o seu desatino.

Questão 86
Apesar de a narrativa do conto A Escrava, de Firmina, possuir determinados narradores-personagens o seu foco
narrativo é intercalado por
a) 1ª e 2ª pessoa.
b) 1ª e 3ª pessoa.
c) 1ª e 1ª pessoa.
d) 2ª e 3ª pessoa.
e) 3ª e 1ª pessoa.

Questão 87
Calhambola foi um termo muito utilizado durante o período da escravidão no Brasil para se referir a escravos
fugidos que, sem meios de sobrevivência, vagavam pelas áreas rurais do país. O termo é uma variação de
canhembora, originado de cor de quilombola.
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Diante do processo formativo de “Calhambola”, tem-se a/o


a) Derivação Imprópria, à medida da conversão da categoria adjetiva da palavra em substantivo.
b) Derivação Prefixal, à medida da prefixação com total modificação do sentido primitivo da palavra.
c) Composição por aglutinação, à medida da aglutinação de termos com perda da autonomia fonética de um
deles.
d) Hibridismo, à medida da junção de termos de origens distintas para formação de vocábulo inusitado.
e) Redução, à medida da abreviação de partes das duas palavras, mantendo o significado primitivo das
palavras.

Trecho para as questões 88, 89 e 90.


Franziu o cenho, e sua fisionomia traiu a cólera que o assaltou. Mordeu os beiços e rugiu:
— Maldita negra! Esbaforido, consumido, a meter-me por estes caminhos, pelos matos à procura da preguiçosa...
Ora! Hei de encontrá-la; mas, deixa estar, eu te juro, será esta a derradeira vez que me incomodas. No tronco... no tronco:
e de lá foge!

Questão 88
Qual o teor possível para “esbaforido”?
a) Desatino.
b) Ofegante.
c) Feroz.
d) Passivo.
e) Diligente.

Questão 89
Pode destacar dentre as possíveis predominantes figuras de linguagem no fragmento “Franziu o cenho, e sua
fisionomia traiu a cólera que o assaltou. Mordeu os beiços e rugiu:”,
a) metáfora e traço de onomatopeia.
b) metáfora e traço de personificação.
c) personificação e traço onomatopeia.
d) personificação e traço de hipérbole.
e) onomatopeia e metonímia.

Questão 90
“... pelos matos à procura da preguiçosa...”.

Diante do fragmento, o feitor


a) adjetiva a senhora.
b) adjetiva Gabriel.
c) adjetiva Joana.
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d) substantiva a senhora.
e) substantiva Joana.

Fragmento para as questões 91 e 92


— Gabriel! — Disse ela — não. Eu mesma. Ainda posso falar. E começou:

Questão 91
Qual o teor literário gritante desse fragmento?
a) O surgimento da voz de um personagem outrora secundário.
b) O surgimento da voz de um personagem outrora primário.
c) O surgimento da postura de um personagem outrora secundário.
d) O surgimento da postura de um personagem outrora omitido.
e) O surgimento da crítica de um personagem outrora terciário.

Questão 92
Qual a mudança de perspectiva a partir do posicionamento de Joana?
a) Com este recurso, Joana passa a ser a protagonista da história narrada pela protagonista anônima
(“uma senhora”) do conto.
b) Com este recurso, Joana passa a ser a antagonista da história narrada pela protagonista anônima (“uma
senhora”) do conto.
c) Com este recurso, Joana passa a ser a secundária da história narrada pela protagonista anônima (“uma
senhora”) do conto.
d) Com este recurso, Joana passa a ser a terciária da história narrada pela protagonista anônima (“uma
senhora”) do conto.
e) Com este recurso, Joana passa a ser omitida da história narrada pela protagonista anônima (“uma
senhora”) do conto.

Questão 93
Ao procurar contar sua história, a mestiça inicia sua fala afirmando uma condição: “- Minha mãe era africana, meu pai de
raça índia, mas eu de cor fusca. Era livre, minha mãe era escrava.”.
A Escrava (Conto) – Revista Maranhense, Ano 1, Nº 3, Novembro De 1887*

Pode-se considerar o teor de narrativa dado por Firmina em seu conto à Joana, mediante a literatura brasileira
oitocentista como
a) o teor de narrar suas memórias a partir da noção de estigma.
b) o teor de narrar suas memórias a partir da noção de liberdade.
c) o teor de narrar suas memórias a partir da noção de loucura.
d) o teor de narrar suas memorias a partir da noção de amor.
e) o teor de narrar suas memórias a partir da noção de paradoxo.

Questão 94

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Nunca a meu pai passou pela ideia, que aquela suposta carta de liberdade era uma fraude; nunca deu a ler a ninguém; mas,
minha mãe, à vista do rigor de semelhante ordem, tomou o papel, e deu-o a ler, àquele que me dava as lições. Ah! Eram
umas quatro palavras sem nexo, sem assinatura, sem data! Eu também a li, quando caiu das mãos do mulato. Minha pobre
mãe deu um grito, e caiu estrebuchando.
Sobreveio-lhe febre ardente, delírios, e três dias depois estava com Deus.

Qual temática, mediante o teor angustiante e violento, é notória no trecho?


a) Escravidão e lucidez.
b) Escravidão e loucura.
c) Escravidão e honra.
d) Escravidão e ódio.
e) Escravidão e permanência.

Questão 95
Sobreveio-lhe febre ardente, delírios, e três dias depois estava com Deus.

Percebe-se no fragmento a marca de uma figura de linguagem que pode suavizar um momento, conhecida por
a) metáfora.
b) sinestesia.
c) sinédoque.
d) eufemismo.
e) hipérbato.

Fragmento para as questões 96, 97 e 98.


— Sim, minha cara senhora, — redarguiu, terminando a leitura; — o direito de propriedade, conferido outrora por
lei a nossos avós, hoje nada mais é que uma burla...
— A lei retrocedeu, hoje protege-se escandalosamente o escravo, contra seu senhor; hoje qualquer indivíduo diz a
um juiz de órfãos.
Em troca desta quantia exijo a liberdade do escravo fulano — haja ou não aprovação do seu senhor.
Não acham isto interessante?
Desculpe-me, senhor Tavares, — disse-lhe — em conclusão, apresento-lhe um cadáver e um homem livre.

Questão 96
Tendo em mente que a carta de alforria era o documento que libertava um escravo de sua condição durante o
período anterior à abolição, é correto afirmar que, neste fragmento, a senhora ao libertar Gabriel demostra
caráter
a) opressor.
b) contraditório.
c) mentiroso.
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d) digno.
e) paradoxal.

Questão 97
Em troca desta quantia exijo a liberdade do escravo fulano — haja ou não aprovação do seu senhor.

Baseado no fragmento, mesmo em meados do oitocentismo brasileiro, nomear os escravos de “fulano”


permanecia à medida de
a) Os escravos serem considerados instrumentum vocali no período, não eram humanos, eram
instrumentos, não poderiam ser considerados pessoas e, consequentemente, sujeitos de direitos
básicos.
b) Os escravos não serem considerados instrumentum vocali no período, não eram humanos, eram
instrumentos, não poderiam ser considerados pessoas e, consequentemente, sujeitos de direitos
básicos.
c) Os escravos serem considerados instrumentum non semi vocalis no período, não eram humanos, eram
instrumentos, não poderiam ser considerados pessoas e, consequentemente, sujeitos de direitos
básicos.
d) Os escravos serem considerados instrumentum semi vocalis no período, não eram humanos, eram
instrumentos, não poderiam ser considerados pessoas e, consequentemente, sujeitos de direitos
básicos.
e) Os escravos obterem direitos básicos.

Questão 98
Em troca desta quantia exijo a liberdade do escravo fulano — haja ou não aprovação do seu senhor.

Qual o teor da senhora ao nomear o termo “fulano”?


a) Confessional.
b) Convencional.
c) Comovido.
d) Depreciativo.
e) Vacilante.

Questão 99
Qual a perspectiva de outro olhar abordada por Firmina?
a) Do escravizado.
b) Do feitor.
c) Do político.
d) Da elite.
e) Da aristocracia.

Questão 100
Qual a principal decisão da senhora a respeito de Gabriel?

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a) Denunciá-lo.
b) Ama-lo.
c) Distanciá-lo.
d) Liberta-lo.
e) Oprimi-lo.

Questão 101
Para responder à questão 101, leia os fragmentos abaixo.

Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo
Senhor padeceu na cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de
três. Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez servindo para o centro de
escárnio, e outra vez servindo para o centro de escárnio, e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de
Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias dias. Cristo
despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os
ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for
acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio.
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado).

Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:


— Para que se deu em sacrifício, o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro atento? Ah! Então não era verdade
que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado a liberdade!? E
depois, olhai a sociedade… Não percebes que a corrói constantemente!… Não sentes a desmoralização que a enerva, o
câncer que a destrói?
REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.

Fazendo uma comparação entre os dois textos, observa-se que o primeiro e o segundo adotam uma visão
a) abolicionista, pois ambos os textos expressam a resistência contra a escravidão.
b) ufanista, pois tanto Vieira quanto Reis possuem um orgulho exagerado de algo.
c) antirracista, já que ambos os textos adotam uma concepção contra o racismo.
d) denunciadora, uma vez que ambos os autores são contra a escravidão.
e) discrepante, visto que o primeiro é favor/justifica a escravidão e o segundo adota uma
postura crítica diante da escravidão.

Questão 102
A Escrava, conto de Maria Firmina dos Reis, publicado no auge do movimento abolicionista brasileiro, em 1887
na Revista Maranhense, é uma excelente introdução à autora, que por muito tempo ficou esquecida na nossa
história. É inegável que, nas histórias de Maria Firmina, temos pela primeira vez
a) um romance brasileiro em que africanos escravizados e seus descendentes passam a desfrutar
privilégios em um contexto escravista.
b) um romance brasileiro em que africanos escravizados e seus descendentes são retratados com um
olhar de desprezo e vitimismo.
c) um romance brasileiro em que africanos escravizados e seus descendentes são descritos como servos
de, uma vez que seus sofrimentos se igualam ao de Jesus Cristo.

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d) um romance brasileiro em que africanos escravizados e seus descendentes são percebidos como seres
humanos e contam a sua própria história.
e) um romance brasileiro em que africanos escravizados e seus descendentes conseguem ascender
socialmente através da meritocracia.

Questão 103
No trecho: “De repente uns gritos lastimosos, uns soluços angustiados feriram-me os ouvidos, e uma mulher correndo, e
em completo desalinho, passou por diante de mim, e como uma sombra desapareceu.”, expressões gritos lastimosos e
soluços angustiados, são exemplos claros de
a) metáfora.
b) catacrese.
c) antítese.
d) prosopopeia.
e) hipérbole.

Questão 104
Em “Mas onde está ela, onde estará ele?”, a frase apresenta uma ênfase quando utiliza o termo “onde” duas vezes.
Nesse sentido, essa repetição caracteriza-se como
a) análise.
b) anacoluto.
c) anáfora.
d) aliteração.
e) anfibologia.

Questão 105
Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e sempre será um grande mal. Dela a decadência do comércio;
porque o comércio, e a lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu
trabalho é forçado. Ele não tem futuro; o seu trabalho não é indenizado; ainda dela nos vem a desonra pública, a vergonha;
porque defronte altiva e desassombrada não podemos encarar as nações livres; por isso que o estigma da escravidão, pelo
cruzamento das raças, estampa-se na fronte de todos nós. Em vão procurará um de nós para convencer ao estrangeiro que
em suas veias não gira uma só gota de sangue escravo…

O teor do fragmento é
a) religioso.
b) político.
c) cultural.
d) universal.
e) crítico.

Questão 106
Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:
— Para que se deu em sacrifício, o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro atento? Ah! Então não era verdade que
seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado a liberdade!? E depois,
olhai a sociedade… Não percebes que a corrói constantemente!… Não sentes a desmoralização que a enerva, o câncer
que a destrói?
REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.
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Para o meu bisavô, disseram que ele deveria ser um bom escravo, que a abolição logo viria. Para meu avô, prometeram
que se ele trabalhasse bastante, teria condições de vida. Para o meu pai, disseram que depois do ginásio, viria a CLT.
Para mim, foi o ensino superior. Mas graduado, sou parado pela polícia e não tenho emprego. Até quando vou acreditar
nas promessas?

Fonte: CULT - Revista Brasileira de Cultura. Nº.235. São Paulo Ano 21, junho 2018. Adaptado.

Mediante a interpretação dos dois textos, percebemos que ainda perdura a/o
a) preconceito religioso.
b) racismo reverso.
c) tolerância racial.
d) racismo estrutural.
e) escravidão.

Questão 107
Leia o texto para responder a questão a seguir.
Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e sempre será um grande mal. Dela a decadência do comércio;
porque o comércio, e a lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu
trabalho é forçado. Ele não tem futuro; o seu trabalho não é indenizado; ainda dela nos vem a desonra pública, a vergonha;
porque de fronte altiva e desassombrada não podemos encarar as nações livres; por isso que o estigma da escravidão, pelo
cruzamento das raças, estampa-se na fronte de todos nós. Em vão procurará um de nós para convencer ao estrangeiro que
em suas veias não gira uma só gota de sangue escravo… E depois, o caráter que nos imprime, e nos envergonha!
O escravo é olhado por todos como vítima — e o é.
O senhor, que papel representa na opinião social? O senhor é o algoz — e esta qualificação é hedionda.
Eu vos narrarei, se quiserem prestar atenção em mim, um fato que ultimamente se deu. Poderia citar uma infinidade
deles; mas este basta para provar o que acabo de dizer sobre o algoz e a vítima.

REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.

Sem prejuízo do entendimento do texto, as palavras algoz e vítima, mediante ao contexto referem-se a/aos
a) servo e vassalo.
b) plebeus e escravos.
c) senhor feudal e servo.
d) senhor e escravo.
e) clero e burguesia.

Questão 108
Surpresa com a aparição daquela mulher, que parecia foragida, daquela mulher que um minuto antes quebrara a solidão
com seus uivos lamentosos, com gemidos magoados, com gritos de suprema angústia, permaneci com a vista alongada e
olhar fixo no lugar que a vi ocultar-se.
REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.

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No contexto, o fragmento “seus uivos lamentosos, com gemidos magoados, com gritos de suprema angústia” são
exemplos de
a) metáfora.
b) antítese.
c) prosopopeia.
d) anacoluto.
e) paradoxo.

Questão 109
Surpresa com a aparição daquela mulher, que parecia foragida, daquela mulher que um minuto antes quebrara a solidão
com seus uivos lamentosos, com gemidos magoados, com gritos de suprema angústia, permaneci com a vista alongada e
olhar fixo no lugar que a vi ocultar-se.
REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.

No fragmento, observa-se a repetição “daquela mulher”, a figura de linguagem responsável pela ênfase é
a) anáfora.
b) catacrese.
c) metáfora.
d) paradoxo.
e) anacoluto.

Questão 110
— Maldita negra! Esbaforido, consumido, a meter-me por estes caminhos, pelos matos à procura da preguiçosa… Ora! Hei
de encontrá-la; mas, deixa estar, eu te juro, será esta a derradeira vez que me incomodas. No tronco… no tronco: e de lá
foge!

Sem prejuízo do entendimento do texto, esbaforido poderia ser substituído por


a) tranquilo.
b) perdido.
c) loquaz.
d) inquieto.
e) irado.

Questão 111
Aquela atitude comovedora despertou-me compaixão; apesar do medo que nos causa a presença de um calhambola,
aproximei-me dele, e perguntei de forma protetora e amiga.
O termo “calhambola” foi muito utilizado no
a) período da ditadura militar para falar sobre os comunistas.
b) período regencial para falar sobre os balaios.
c) período escravocrata para falar sobre escravos alforriados.
d) período da escravidão para falar sobre escravos fugidos que vagavam pelo sertão.
e) período do Império para falar sobre homens livres.

Questão 112
Maria Firmina publica o conto “A escrava” em 1887, no auge da Campanha Abolicionista. No texto, aborda a
questão da escravidão através de uma perspectiva inovadora. A perspectiva que M.F.R. adota é a

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a) Do escravizado (“o olhar do outro”), que no relato ficcional são protagonistas, têm voz, narram suas
histórias, denunciando a injustiça e violência da escravatura.
b) Do colonizador, que no relato ficcional apresenta a concepção colonizadora, a partir do olhar dos
portugueses.
c) Da autora, uma vez que há um estigma vitimista do escravizado, construído por diversos escritores.
d) Do escravizado (“o olhar do colonizador''), que no conto apresenta uma visão apática dos escravizados.
e) Do escravo (“o olhar do outro”), do ponto de vista dos capuchinhos, visto que são apatico pela
escravidão.

Questão 113
O termo “o olhar do outro”, se refere aos
a) colonizadores.
b) padres Capuchinhos.
c) personagens.
d) escravos.
e) senhores.

Questão 114

No trecho “O senhor, que papel representa na opinião social? O senhor é o verdugo – e esta qualificação é hedionda”, a
palavra verdugo significa
a) uma pessoa corcunda devido aos fardos pesados que carregava sobre as costas.
b) uma metáfora atribuída a um indivíduo que é imaturo e "verde" em seu caráter.
c) um repúdio preconceituoso atribuído aos escravos durante o período colonial.
d) um indivíduo cruel, desumano: que maltrata ou aplica castigos corporais em outra pessoa.
e) uma pessoa considerada apática e difícil de lidar em situações delicadas.

Questões 115
O conto A escrava, da escritora Maria Firmina dos Reis, possui personagens que dão desenvoltura a história.
Esses personagens são
a) a escrava, Gabriel, o senhor e a senhora.
b) o senhor, o escravo, a senhora e a vítima.
c) Gabriel, a senhora, a escrava e o português.
d) a senhora, Gabriela, escravo e o camponês.
e) senhor feudal, senhorinha, vassalo e o servo.

Questão 116
A essência do discurso abolicionista, no conto A Escrava, gira em torno da palavra
a) escravidão.
b) liberdade.
c) consciência.
d) luta.
e) humanidade.

Questão 117
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Leia o fragmento abaixo e responda a questão a seguir.
A linguagem, segundo Koch, é concebida como lugar de interação que possibilita aos membros de uma sociedade a prática
dos mais diversos tipos de atos, que vão exigir dos semelhantes reações e / ou comportamentos, levando ao estabelecimento
de vínculos e compromissos anteriormente inexistentes (1997, p. 9-10)
As especificidades de fala e escrita mas nas quais ocorrem interações originam diferentes níveis de linguagem, que variam
de acordo com o arranjo que se dá à sintaxe, ao vocabulário e à pronúncia. Segundo Vanoye, no interior da língua falada
comum, formada por um conjunto de palavras, expressões e construções mais usuais.

Baseado nisso, o nível de linguagem utilizada no conto A escrava, de Maria Firmina dos Reis é
a) cuidada.
b) familiar.
c) científica e técnica.
d) coloquial.
e) formal.

Leia o trecho para responder às questões 118, 119 e 120 a seguir.


Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:
— Para que se deu em sacrifício, o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro atento? Ah! Então não era verdade
que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado a liberdade!? E depois,
olhai a sociedade… Não percebes que a corrói constantemente!… Não sentes a desmoralização que a enerva, o câncer que
a destrói?
REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.

Questão 118
O referido trecho da obra A escrava, da escritora Maria Firmina dos Reis, mescla concepções de viés
a) histórico e político.
b) sagrado e filosófico.
c) religioso e escravista.
d) racionalista e psicológico.
e) místico e empirista.

Questão 119
O fragmento do texto tece uma crítica
a) a sociedade patriarcal, altamente preconceituosa com os mulatos.
b) ao proletariado que depende do clero para sobreviver ao status quo.
c) a burguesia que era antirreligiosa e a favor da desigualdade social.
d) aos padres capuchinhos que defendiam os escravos africanos.
e) a sociedade elitista que usa a religião a favor da exclusão social.

Questão 120
Em “Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me”, pressupõe, necessariamente,
um comportamento de
a) memorização e inferência.
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b) investigação e focalização.
c) reflexão e ponderar.
d) ação e reação.
e) convencimento e alienação.

Trecho para responder às questões 121 à 123.


“Aquele homem é um tigre, minha senhora, é uma fera. Ouvia-o, sem o interromper, tanto interesse me inspirava o mísero
escravo.”

Questão 121
As palavras tigre e fera denotam na referida frase a figura de linguagem conhecida como
a) personificação.
b) prosopopeia.
c) anacoluto.
d) paradoxo.
e) metáfora.

Questão 122
Os termos tigre e fera referem-se à/ao
a) Gabriel.
b) Joana.
c) escravo.
d) mulher de bons costumes.
e) feitor.

Questão 123
A figura de linguagem utilizada serviu para dar ênfase a
a) estado emocional que se encontrava o(a) personagem.
b) estado místico que o corpo daquele homem assumiu.
c) estado genético da evolução a partir dos animais.
d) estado químico dos neurônios selvagens.
e) estado espiritual dos escravos africanos.

Questão 124
Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e sempre será um grande mal. Dela a decadência do comércio; porque
o comércio, e a lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu trabalho é
forçado. Ele não tem futuro; o seu trabalho não é indenizado. Ainda dela nos vem o opróbrio, a vergonha; porque de fronte
altiva e desassombrada não podemos encarar as nações livres; por isso que o estigma da escravidão, pelo cruzamento das
raças, estampa-se na fronte de todos nós. Embalde procurará um dentre nós, convencer ao estrangeiro que em suas veias
não gira uma só gota de sangue escravo… (REIS:2004,242)
REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004
A personagem principal, que não possui seu nome exposto na obra, se trata de uma senhora da alta sociedade.
O próprio fato de ser uma mulher que clama contra a escravidão, já é singular, pois percebe-se que

a) a voz abolicionista na obra é feminina.


b) a voz abolicionista na obra é mista.
c) a voz absolutista é feminina.
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d) a voz anti-racista é masculina.
e) a voz lírica é subliminar.

Questão 125
“A escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães, se diferencia da fala abolicionista de “A escrava”, de Maria Firmina
dos Reis, já que a voz presente na obra

a) está na boca dos personagens femininos.


b) está na boca dos personagens femininos e masculinos.
c) está na obra dos personagens inanimados.
d) está na obra dos personagens masculinos.
e) está na obra dos personagens fictícios.

Questão 126
O conto A escrava, de Maria Firmina dos Reis, inicia-se pela narrativa de

a) um senhor que representa os interesses da classe aristocrática elitista.


b) uma juiz de fora que defende os privilégios da burguesia sulista.
c) uma senhora que defende os ideais abolicionistas, a qual adota uma postura humanizadora.
d) uma criança que está presente como narradora-observadora.
e) um espírito guerreiro que representa todos os escravos trazidos da África.

Questão 127
“O Mulato”, de Aluísio Azevedo, em 1881, já denunciava o caráter elitista e racista da sociedade ludovicense.
No entanto, anos depois, a crítica firminiana de 1887, no conto A Escrava, recaí sobre essa mesma sociedade,
que tratavam o escravo como um (a)

a) coisa.
b) animal.
c) servo.
d) herói.
e) picaresco.

Questão 128
Maria Firmina dos Reis construiu uma voz dissonante na literatura do século XIX, principalmente por ser uma
mulher escritora, em um período no qual a escrita pública era quase exclusivamente masculina, já que

a) é uma voz de consonância também por ser mestiça, auto-didata e por escrever sobre os escravos em
uma perspectiva completamente igual a de José de Alencar.
b) é uma voz de consonância também por ser mestiça, auto-didata e por escrever sobre os escravos em
uma perspectiva completamente igual a de Bernardo Guimarães.
c) é voz dissonante também por ser mulata, auto-didata e por escrever sobre os estrangeiros em uma
perspectiva completamente diferente de Aluízio de Azevedo.
d) é uma voz de consonância também por ser mestiça, auto-didata e por escrever sobre os escravos em
uma perspectiva completamente igual a da obra a Escrava Isaura.
e) é voz dissonante também por ser mulata, auto-didata e por escrever sobre os escravos em uma
perspectiva completamente não vitimista.
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Questão 129
Joana e Gabriel são protegidos por um (a)

a) senhora de sentimentos abolicionistas.


b) senhor de sentimentos abolicionistas.
c) senhora escrava que luta contra a escravidão.
d) senhora que representa o espírito do povo africano.
e) senhor ex-escravo que luta a favor da liberdade.

Questão 130
O ano de publicação da obra A escrava, de Maria Firmina dos Reis é

a) 1888, no mesmo ano de abolição da escravidão no Brasil.


b) 1887, um ano anterior a abolição da escravidão no Brasil.
c) 1886, dois anos antes da abolição da escravidão no Brasil.
d) 1890, dois anos após da abolição da escravidão no Brasil.
e) NDA.

Questão 131
Em pleno século XXI, tanto a história pessoal de Maria Firmina dos Reis quanto às personagens criadas por
ela presentes na obra A escrava, são relevantes em nosso contexto atual, pois lembretes inspiradores de como
é importante

a) dar espaço somente para segmentos privilegiados da sociedade para que possam contar a sua história.
b) dar espaço para que segmentos distintos da sociedade possam contar a sua própria história.
c) dar espaço para que segmentos da superestrutura da sociedade possam contar a sua própria história.
d) dar espaço somente para que segmentos marginalizados da sociedade possam contar a sua própria
história.
e) dar espaço para que segmentos marginalizados da sociedade possam contar a sua própria história.

Questão 132
No trecho: “No fundo do coração daquele pobre rapaz, devia haver rasgos de amor, e generosidade”, a figura de
linguagem presente é

a) eufemismo.
b) metáfora.
c) hipérbole.
d) gradação.
e) ironia.

Questão 133
[...] O rosto negro e descarnado, salpicado de suor, seus membros alquebrados de cansaço, seus olhos rasgados, ora
lânguidos pela comoção de angústia visível em sua expressão, ora deferindo luz errante, e trêmula, agitada, e incerta
traduzindo a excitação, e o terror, tinham um quê de altamente interessante. [...]
REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.

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No contexto, o fragmento “Ora lânguidos pela comoção de angústia visível em sua expressão, ora deferindo luz
errante[...]’’, de acordo com as relações sintático-semânticas, contém o sentido equivalente à

a) condicionalidade.
b) oposição.
c) conformidade.
d) comparação.
e) finalidade.

Questão 134
[...] O rosto negro e descarnado, salpicado de suor, seus membros alquebrados de cansaço, seus olhos rasgados, ora
lânguidos pela comoção de angústia visível em sua expressão, ora deferindo luz errante, e trêmula, agitada, e incerta
traduzindo a excitação, e o terror, tinham um quê de altamente interessante. [...]
REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.
No contexto, o fragmento “Ora lânguidos pela comoção de angústia visível em sua expressão, ora deferindo luz
errante[...]’’, indica ser uma oração

a) coordenada sindética aditiva.


b) coordenada sindética adversativa.
c) coordenada sindética explicativa.
d) coordenada sindética alternativa.
e) coordenada assindética.

Questão 135
Em: “Por fim a vi desaparecer, internando-se na espessura, muito além do caminho que ali se abre”, é perceptível na
construção da frase a presença de

a) ênclise.
b) vocativo.
c) próclise.
d) mesóclise.
e) aposto enumerativo.

Questão 136
Então não era verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado
a liberdade!? E depois, olhai a sociedade… Não percebes que a corrói constantemente!… Não sentes a desmoralização que
a enerva, o câncer que a destrói?
Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e sempre será um grande mal. Dela a decadência do comércio; porque
o comércio, e a lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu trabalho é
forçado. Ele não tem futuro; o seu trabalho não é indenizado; ainda dela nos vem a desonra pública, a vergonha; porque de
fronte altiva e desassombrada não podemos encarar as nações livres; por isso que o estigma da escravidão, pelo cruzamento
das raças, estampa-se na fronte de todos nós. Em vão procurará um de nós para convencer ao estrangeiro que em suas veias
não gira uma só gota de sangue escravo.

A fala da personagem, antes mesmo de encerrar seu argumento contra a escravidão, faz duas interrogativas
que corroboram com sua argumentação. Logo, as interrogativas retóricas e o seu argumento, produzem no
texto, um sentido de

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a) retificação.
b) ratificação.
c) negação.
d) reiteração.
e) indefinição.

Questão 137
Era uma tarde de agosto, bela como um ideal de mulher, poética como um suspiro de virgem, melancólica e suave
como sons longínquos de um alaúde misterioso.

A repetição da conjunção “como” equivale a figura de linguagem

a) personificação.
b) metáfora.
c) comparação.
d) anáfora.
e) aliteração.

Questão 138

Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo
Senhor padeceu na cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de
três. Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez servindo para o centro de
escárnio, e outra vez servindo para o centro de escárnio, e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de
Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias dias. Cristo
despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os
ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for
acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio.
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado).

Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:


— Para que se deu em sacrifício, o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro atento? Ah! Então não era verdade
que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado a liberdade!? E
depois, olhai a sociedade… Não percebes que a corrói constantemente!… Não sentes a desmoralização que a enerva, o
câncer que a destrói?
REIS, M. F. dos. Úrsula. A Escrava. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.

Fazendo-se uma entre os dois textos, observa-se que o primeiro e o segundo adotam uma visão

a) convergente, pois ambos os textos expressam a resistência contra a escravidão.


b) igual, pois tanto Vieira quanto Reis possuem um orgulho exagerado de algo.
c) humanizadora, já que ambos os textos adotam uma concepção contra o racismo.
d) positiva, uma vez que ambos os autores são contra a escravidão.
e) divergente, pois o primeiro texto possui um ideal religioso positivo acerca da escravidão e o segundo
texto adota uma postura crítica diante da escravidão.

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Questão 139
Toma, e guarda, com cuidado, é a carta de liberdade de Joana. Meu pai não sabia ler; de agradecido beijou as mãos daquela
fera. Abraçou-me, chorou de alegria, e guardou a suposta carta de liberdade.

O termo “fera” possui um tom metafórico no contexto da frase como também denota um sentido

a) literal.
b) comparativo.
c) conotativo.
d) misto.
e) utópico.

Questão 140
Dentre os diferentes aspectos que a obra A escrava, de Maria Firmina, aborda em sua essência literária, pode-
se tirar como lição para a contemporaneidade que

a) os antigos valores da sociedade escravista.


b) a escravidão deveria ser visualizada somente pela óptica do colonizador.
c) a escravidão deveria ser apenas analisada pelo olhar decolonial.
d) a sociedade deve ter um olhar e atitude mais humanista com as pessoas de classes subalternas.
e) a burguesia e o proletariado sempre coabitam na pirâmide socioeconômica.

Questão 141
“Levantai os olhos ao Calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me.”

O verbo imperativo “Levantai”, mediante ao contexto da frase supracitada denota ser

a) uma ordem.
b) uma sugestão.
c) uma crítica.
d) um aviso.
e) uma advertência.

Questão 142
“O escravo é olhado por todos como uma vítima — e o é”. A frase possui caráter e sentido

a) negacionista e metafórico.
b) duvidoso e comparativo.
c) vitimista e eufemístico.
d) conotativo ou metafórico.
e) denotativo e comparativo.

Questão 143
— Cala-te! — gritou meu feroz senhor. — Cala-te ou te farei calar.

A expressão “Cala-te” possui teor no contexto de

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a) submissão.
b) sugestão.
c) ordem.
d) promessa.
e) chantagem.

Questão 144
— Cala-te! — gritou meu feroz senhor. — Cala-te ou te farei calar.

A frase supracitada em relação ao contexto: o senhor e a escrava, denotam em sua ação verbal ser uma voz
do tipo

a) ativa e passiva.
b) passiva e analítica.
c) reflexiva e ativa.
d) analítica e reflexiva.
e) ativa e reflexiva.

Questão 145
“Tinha cessado de sofrer.” é um (a)

a) metáfora.
b) conotação.
c) denotação.
d) eufemismo.
e) vocativo.

Questão 146
“Gabriel ergue a fronte, Gabriel és livre!”

Mediante ao contexto da frase, o sentido de erguer a frente, possui sentido de

a) deixar a postura errônea e ajustar a coluna ereta.


b) abandonar a postura de submissão e ser um homem livre.
c) levantar o rosto em direção a Deus, pois agora não é mais um homem pecaminoso.
d) distanciar os seus pensamentos sobre o passado e assumir uma nova vida.
e) parar de temer os oficiais de justiça que lhe concederam a sua liberdade.

Questão 147
Quais foram as atitudes da senhora em relação a Gabriel?

a) Opressão e repressão.
b) Amor e ódio.
c) Protegê-lo e libertá-lo.
d) Cuidar e hospedá-lo.
e) Prendê-lo e libertá-lo.

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Questão 148
Mediante ao contexto da obra A Escrava, leia e complete as afirmações a seguir.

Joana teve um pai indígena e uma mãe negra escrava. O pai dela, com muito esforço, compra a liberdade da
filha. Após a morte dele, a menina Joana é escravizada. Nesse momento, a mãe dela percebe que ela e o
marido, sob o jugo (do/a) , foram enganados, quando deram crédito à palavra do senhor Tavares
(senhor de engenho e escravocrata): o papel escrito, representando a alforria de Joana, na verdade, não
possuía valor legal algum.

a) Desigual.
b) Econômico.
c) Analfabetismo.
d) Falta de conhecimento.
e) Alienação.

Questão 149
É possível estabelecer um duplo viés de observação a partir do papel que cada personagem desempenha
dentro da trama. Desse modo, tanto se pode ver o perfil do , na perspectiva das ações do
, como também se pode observar o perfil do , na perspectiva das ações do
. A função articuladora da narradora permite tal processo e colabora para a constante recuperação
temática.

a) Colonizador, colonizado, colonizador; colonizado.


b) Colonizado, colonizador; colonizado; colonizador.
c) Colonizado, colonizado, colonizador; colonizado.
d) Colonizado, colonizador, colonizador; colonizado.
e) Colonizador, colonizado, colonizador e colonizado.

Questão 150
É inegável afirmar que, nas histórias, em especial à A Escrava, de Maria Firmina, temos pela primeira vez

a) um romance brasileiro em que africanos escravizados e seus descendentes são percebidos como
vítimas e não possuem o direito de contar a sua própria história.
b) um romance nacional em que africanos escravizados e seus descendentes são percebidos como
menosprezo e a sua história é narrada com teor.
c) uma obra realista em que os escravizados e seus filhos são percebidos como seres humanos doidos e
analfabetos.
d) um romance brasileiro em que africanos escravizados e seus descendentes são percebidos como seres
humanos e contam a sua própria história.
e) um romance épico em que africanos escravizados e seus descendentes são percebidos como seres
animais maltratados e se envergonham da sua própria história.

Questão 151
Marque a assertiva correta.

Maria Firmina dos Reis foi a romancista brasileira e uma das pioneiras da

a) a segunda / literatura maranhense.


b) a primeira / nordestina.
c) a segunda / literatura afrodescendente.
d) a primeira / afro-latina.
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e) a última / maranhense.

Questão 152
Em um salão onde estavam reunidas muitas pessoas distintas e bem colocadas na sociedade, depois de conversarem sobre
diversos assuntos mais ou menos interessantes, a conversa recaiu-se sobre o elemento servil.

As pessoas reunidas no salão que tratavam de assuntos diversos eram da classe

a) trabalhadora.
b) servil.
c) subalterna.
d) nobreza.
e) elitista.

Questão 153
— Admira-me, — disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas, — faz-me até pasmar, que se
possa sentir e expressar sentimentos escravocratas no presente século, no século dezenove! A moral religiosa, e a moral
cívica aí se erguem, e falam bem alto esmagando a hidra[1] que envenena a família no mais sagrado santuário seu,
desmoraliza e deprecia a nação inteira!

A hidra que envenena, destrói e desmoraliza todo o pedestal dos daquela sociedade, era nada mais do que um

a) mostro.
b) escravo.
c) lei.
d) ordem.
e) princípio.

Questão 154
Então não era verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado
a liberdade!? E depois, olhai a sociedade… Não percebes que a corrói constantemente!… Não sentes a desmoralização que
a enerva, o câncer que a destrói?

Os termos "corrói" e "câncer" ressaltam a ideia no contexto como algo

a) doentio.
b) agressivo.
c) benéfico.
d) paradoxal.
e) bom.

Questão 155
Era uma tarde de agosto, bela como um ideal de mulher, poética como um suspiro de virgem, melancólica, e suave como
sons longínquos de um alaúde misterioso.

No fragmento retirado do conto A Escrava, apresenta a seguinte figura de linguagem

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a) metáfora.
b) eufemismo.
c) paradoxo.
d) comparação.
e) ironia.

Questão 156
De repente uns gritos lastimosos, uns soluços angustiados feriram-me os ouvidos, e uma mulher correndo, e em completo
desalinho, passou por diante de mim, e como uma sombra desapareceu.

No fragmento é perceptível a presença de

a) vocativo.
b) aposto explicativo.
c) voz ativa.
d) próclise.
e) voz passiva.

Questão 157
As expressões preconceituosas como “preguiçosa” e “doida fingida” foram atribuídas maldosamente a

a) senhora.
b) pessoa de sinceros sentimentos abolicionistas,
c) Joana.
d) burguesa.
e) empregada.

Questão 158
Em “A noite se aproxima, e se a deixa ir mais longe, difícil será encontrá-la”, possui como colocação pronominal a/o

a) mesóclise.
b) ênclise.
c) próclise.
d) aposto explicativo.
e) vocativo.

Questão 159
— Ah! Minha senhora, — exclamou erguendo os olhos ao céu, — eu procuro minha mãe, que correu nesta direção, fugindo
do cruel feitor que a perseguia. Eu também agora sou um fugido: porque há uma hora deixei o serviço para procurar minha
pobre mãe, que além de doida está quase a morrer. Não sei se ele a encontrou; e o que será dela. Ah! Minha mãe! É preciso
que eu corra, a ver se acho antes que o feitor a encontre. Aquele homem é um tigre, minha senhora, uma fera.

Os termos “feitor” e “fera” referem-se ao personagem

a) Gabriel.
b) Félix.
c) Carlos.
d) Urbano.
e) Antônio.

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Questão 160
"Esta negra era alguma coisa monomaníaca, de tudo tinha medo, andava sempre foragida, nisto consumiu a existência.
Morreu, não lamento esta perda; já para nada prestava.”

O termo “consumiu” possui sentido

a) pejorativo.
b) denotativo.
c) literal.
d) conotativo.
e) paradoxal.

Questão 161
Nunca a meu pai passou pela ideia, que aquela suposta carta de liberdade era uma fraude; nunca deu a ler a ninguém; mas,
minha mãe, à vista do rigor de semelhante ordem, tomou o papel, e deu-o a ler, àquele que me dava as lições. Ah! Eram
umas quatro palavras sem nexo, sem assinatura, sem data! Eu também a li, quando caiu das mãos do mulato. Minha pobre
mãe deu um grito, e caiu estrebuchando.

Nesse trecho, é perceptível que a família de Joana foi

a) alienada.
b) enganada.
c) persuadida.
d) influenciada.
e) violada.

Questão 162
A obra A Escrava foi publicada no ano de

a) 1888.
b) 1887.
c) 1881.
d) 1898.
e) 1886.

Questão 163
O livro A escrava, de Maria Firmina dos Reis chama a atenção para

a) os escravos africanos, uma vez que são vistos como vítimas.


b) as condições subumanas dos cativos renegados concedendo-lhes o direito de ter voz.
c) a classe elitista e seus valores religiosos e escravocratas.
d) o colonizador e o colonizado, a qual a voz dada pela autora se restringe a superestrutura.
e) a miscigenação ocorrida no Brasil e a imigração alemã nas regiões interioranas.

Questão 164
A hora permitida ao descanso, aconcheguei a mim meus pobres filhos, extenuados de cansaço, que logo adormeceram. Ouvi
ao longe rumor, como de homens que conversavam. Alonguei os ouvidos; as vozes se aproximavam. Em breve reconheci
a voz do senhor. Senti palpitar desordenadamente meu coração; lembrei-me do traficante… Corri para meus filhos, que
dormiam, apertei-os ao coração. Então senti um zumbido nos ouvidos, fugiu-me a luz dos olhos e creio que perdi os
sentidos.
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O fragmento retirado da obra A Escrava, de Maria Firmina dos Reis aponta um relato do (a) personagem

a) senhora.
b) Gabriel.
c) feitor.
d) Joana.
e) Tavares.

Questão 165
“Senti-me tocada na veneração em presença daquele amor filial, tão singelamente manifestado.”

No trecho, amor filial, equivale a amor

a) líquido.
b) platônico.
c) fraternal.
d) profundo.
e) materno.

Questão 166
Um fato ocorrido no passado é que explica o desespero e o transtorno psicológico da protagonista Joana foi

a) descobrir que sua carta de liberdade não passava de uma farsa.


b) ver Gabriel sofrendo com os meus sacrificios da escravidão.
c) assistir seus pais sendo enganados e mortos pelos os feitores do engenho.
d) ter seus dois filhos Carlos e Urbano, violentamente separados e vendidos a um traficante de escravos.
e) ter sido violentada e estrupada pelo seu feitor Tavarez, ao qual nasceu Gabriel.

Questão 167
Qual o nome do personagem que perseguia a Joana?

a) Gabriel.
b) Tavares.
c) Antônio.
d) Luís.
e) Carlos.

Questão 168
O conto A escrava se encerra com a cena do

a) escravo sendo libertado e com a morte da senhora que ajudou carinhosamente Gabriel e a sua mãe.
b) Gabriel sendo livre e senhor Tavares esbravejando por perceber que não poderia mais levar ele cativo.
c) com a morte de Joana e a infelicidade de Gabriel sendo levado cativo sem poder ao menos velar o corpo
de sua mãe.
d) com o casamento entre a senhora elitista e Gabriel, e posteriormente com o falecimento de Joana.
e) com a prisão do feitor Antônio e a felicidade de Gabriel ter reencontrado e libertado seus irmãos.

Questão 169
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O conto A escrava se inicia com

a) o casamento de Gabriel.
b) a morte de Joana.
c) o feitor perseguindo a escrava.
d) a reunião da alta sociedade no salão.
e) o culto religioso na capela da cidade.

Questão 170
Em troca desta quantia exijo a liberdade do escravo fulano — haja ou não aprovação do seu senhor.

O termo “fulano” possui sentido

a) pejorativo.
b) irônico.
c) Engraçado
d) consueto.
e) amigável.

Questão 171
— com este negro a coisa muda de figura: minha querida senhora, este negro está fugido: espero, me entregará, pois sou o
seu legítimo senhor, e quero corrigi-lo.

O termo “este” corresponde no contexto

a) o que está perto da pessoa com quem se fala.


b) o que está um pouco distante com quem se fala e ouve.
c) o que está perto de quem fala.
d) o que está perto de quem se ouve.
e) o que está distante da pessoa que fala e da pessoa que ouve.

Questão 172
A escritora Maria Firmina dos Reis tinha valores humanitários e o seu legado e luta são extremamente
relevantes para nossos dias atuais. Partindo de seu conto “A Escrava”, essa obra pode ser compreendida como
uma mensagem de e , na qual a liberdade é patrimônio da própria essência humana,
independentemente de cor, raça ou religião.

a) esperança e luta.
b) resistência e apatia.
c) tolerância e solidariedade.
d) amor e paixão.
e) orgulho e preconceito.

Questão 173
Ele mordeu os beiços para tragar o insulto, e desapareceu.

A palavra “tragar” pode ser substituída sem causar prejuízo no sentido da frase por

a) suspirar.
b) esperar.
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c) engolir.
d) denegrir.
e) temer.

Questão 174
Eu, e este desolado filho, ocupamo-nos em cerrar os olhos à infeliz, a quem o cativeiro, e o martírio despejaram tão depressa
na sepultura.

Além do teor crítico do personagem é perceptível um tom em relação a morte de sua mãe.

a) metafórico.
b) paradoxo.
c) literal.
d) denotativo.
e) eufêmico.

Questão 175
Os pais de Joana foram enganados com a carta de liberdade, dentre tantos favores, foi devido

a) a seus pais são deficientes visuais.


b) a carta ter passado por grilagem.
c) a eles serem analfabetos.
d) a extrema submissão e confiança ao feitor.
e) o temor dos escravos.

Questão 176
“Estas palavras inconvenientes mereceram o meu desdém; não lhe retorqui.”

O termo “desdém” pode ser trocado por

a) admiração.
b) apego.
c) amor.
d) consideração.
e) desprezo.

Questão 177
O conto A escrava, de Maria Firmina dos Reis é um

a) romance regionalista.
b) realismo brasileiro.
c) romance brasileiro.
d) romance pré-modernista.
e) realismo utópico.

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Questão 178
A obra A escrava retrata o

a) clero e a nobreza.
b) escravo e o imigrante.
c) o servo e o vassalo.
d) colonizador e colonizado.
e) feitor e a meretriz.

Questão 179
Joana foi uma escrava libertada aos cinco anos de idade e, após dois anos de vivência como liberta, foi

a) assassinada.
b) valorizada.
c) amada.
d) presa.
e) reescravizada.

Questão 180
O conto se passa em um salão com pessoas “da sociedade” discutindo diversos temas até que se inicia um
debate sobre a/o

a) servilismo piedoso.
b) escravidão.
c) comércio de escravos
d) elemento servil.
e) aristocracia.

Questão 181
O conto A Escrava é narrado por uma senhora
a) branca.
b) mestiça.
c) mulata.
d) parda.
e) negra.

Questão 182
Com o estilo direto e crítico de Maria Firmina dos Reis à crueldade da escravidão, A Escrava mostra os
dos escravos e a coragem dos na luta para ajudar a causa.
a) ódio / colonizadores.
b) amor / africanos.
c) sentimentos / abolicionistas.
d) preconceito / guerreiros.
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e) empatia / heróis.

Questão 183
Além de questões étnico-raciais, a escolha de narradoras e protagonistas femininas que enfrentam
escravocratas nos faz pensar sobre o lugar dos/das
a) escravos.
b) homens.
c) servos.
d) mestiços.
e) mulheres.

Questão 184
Maria Firmina registra sua obra num contexto revolucionário e apresenta, no conto, sua atitude
na busca pela eliminação imediata da escravidão, onde podemos constatar que seus escritos são
carregados de sentimento, demonstrando sua indignação contra a elite oitocentista.
a) racial.
b) revolucionária.
c) abolicionista.
d) escravocrata,
e) religiosa.

Questão 185
Logo, sua narrativa de Maria Firmina dos Reis aborda sobre o/a a partir de suas próprias experiências
a) embranquecimento.
b) miscigenação.
c) colorismo.
d) negritude.
e) mulato.

Questão 186
Há uma quebra do estigma
a) vitimista do escravizado.
b) vitimista do colonizador.
c) religiosa.
d) vitimista de Joana.
e) vitimista do clero.

Questão 187

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Maria Firmina dos Reis, onde podemos constatar que seus escritos demonstram sua indignação contra a
a) meritocracia.
b) burguesia.
c) sociedade.
d) elite.
e) cidade.

Questão 188
“Uma senhora”, personagem da narrativa, assim como aparece no conto, em uma reunião social, revela a sua
posição frente a
a) sociedade.
b) escravidão.
c) servilismo.
d) religiosidade.
e) hipocrisia.

Questão 189
A perspectiva que M.F.R. adota é a do
a) colonizador.
b) servo.
c) elite.
d) escravizado.
e) imigrante.

Questão 190
Maria Firmina publica o conto “A escrava” em 1887, no auge da Campanha Abolicionista. No texto, aborda a
questão da escravidão através de uma perspectiva
a) ultrapassada.
b) arcaica.
c) medieval.
d) atual.
e) inovadora.

Questão 191
Maria Firmina no decorrer de sua narrativa, ela constrói a imagem do
a) feitor.
b) eunuco.
c) escravo.
d) imigrante.
e) Gabriel.
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OBRAS LITERÁRIAS PAES 2022

Questão 192
A escritora Maria Firmina dos Reis rompeu com inúmeras barreiras
a) sociais.
b) medievais.
c) religiosas.
d) culturais.
e) educacionais.

Questão 193
O narrador em A Escrava é
a) testemunha.
b) observador.
c) narrador-personagem.
d) distante.
e) onipresente.

Questão 194
Gabriel era um homem
a) elitista.
b) vassalo.
c) feitor.
d) escravo.
e) alforriado.

Questão 195
O personagem Gabriel que aparece diversas vezes na história era
a) esposo de uma senhora branca.
b) neto de dona Joana e filho bastado de Antônio.
c) escravo e filho da escrava Joana.
d) amante da senhora francesa.
e) imigrante Alemão.

Questão 196
O personagem Gabriel foi livre no
a) começo da narrativa.
b) meio da narrativa.
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c) término da narrativa.
d) antes do término do clímax da narrativa.
e) depois do começo da narrativa.

Questão 197
A senhora de sentimentos abolicionistas era uma pessoa
a) religiosa.
b) clerical.
c) apática.
d) empática.
e) maldosa.

Questão 198
A senhora que ajuda Gabriel é
a) elitista.
b) escrava alforriada.
c) serva.
d) feitora.
e) imigrante.

Questão 199
O termo “cor fusca” refere-se a pessoa miscigenada que possui o tom de pele
a) escura.
b) claro.
c) esbelta.
d) mulata.
e) mestiça.

Questão 200
A carta de liberdade de Joana era
a) falsa.
b) verdadeira.
c) grilada.
d) adversa.
e) complexa.

GABARITO OFICIAL – PARTE I

01 A 02 E
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03 A 58 D 113 D
04 E 59 E 114 D
05 A 60 B 115 A
06 E 61 A 116 E
07 B 62 C 117 D
08 A 63 D 118 C
09 E 64 A 119 E
10 A 65 B 120 C
11 E 66 E 121 E
12 B 67 C 122 E
13 D 68 A 123 A
14 A 69 B 124 A
15 E 70 A 125 D
16 E 71 A 126 C
17 D 72 E 127 A
18 A 73 A 128 E
19 A 74 D 129 A
20 D 75 A 130 B
21 C 76 A 131 E
22 A 77 B 132 C
23 C 78 B 133 B
24 A 79 A 134 B
25 D 80 C 135 A
26 B 81 E 136 D
27 E 82 A 137 C
28 D 83 E 138 E
29 B 84 A 139 C
30 D 85 A 140 D
31 A 86 B 141 B
32 B 87 C 142 E
33 A 88 B 143 C
34 A 89 C 144 A
35 D 90 C 145 D
36 D 91 A 146 B
37 B 92 A 147 C
38 D 93 B 148 C
39 D 94 B 149 D
40 A 95 D 150 D
41 E 96 D 151 D
42 E 97 A 152 E
43 E 98 B 153 A
44 C 99 A 154 B
45 D 100 D 155 D
46 A 101 E 156 E
47 A 102 D 157 C
48 A 103 D 158 C
49 A 104 C 159 E
50 A 105 E 160 D
51 A 106 D 161 B
52 B 107 D 162 B
53 D 108 C 163 B
54 D 109 A 164 D
55 A 110 D 165 E
56 C 111 C 166 D
57 D 112 A 167 C

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198 A
199 B
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