Você está na página 1de 10

12 Meses

12 Temas
SCIE - Segurança
Contra Incêndios em
Edifícios

SST – Setembro de 2019


Comarca do Porto

Segurança Contra Incêndio nos Edifícios


Ocorrência vs Prevenção

A ocorrência de cerca 90% dos incêndios está relacionada, direta ou indirectamente,


com a intervenção humana.
No entanto, a participação humana é, igualmente, fundamental para a prevenção,
controle e atuação após o incêndio.
A legislação existente em termos de segurança contra o risco de incêndios em edifícios
pretende assegurar a protecção de pessoas e bens, reduzir a probabilidade de ocorrência de
incêndios, limitar o seu desenvolvimento, facilitar a evacuação e salvamento dos ocupantes e
permitir a atuação segura e eficaz dos meios de socorro.
De forma a sistematizar as informações relevantes no que refere a estas temáticas
encontram-se, actualmente, em fase de apreciação as medidas de autoprotecção de cada
edifício da Comarca.
Entretanto e, considerando que contra o fogo todos contam iniciou-se, no decorrer de
2019, com a colaboração dos quartéis de bombeiros da área dos diversos núcleos, acções de
sensibilização sobre estas temáticas.
Segue, neste formato, um breve apontamento sobre prevenção e intervenção em caso de
incêndio.

Elaboração: Gabinete SST 12 Meses, 12 Temas – Tema 9/2019 Verificação e aprovação: Ad. Judiciário
Comarca do Porto

Fontes de ignição mais comuns

Podem ser várias as causas de deflagração de um incêndio. No entanto, as fontes de


ignição mais comuns são as que se seguem:

Origem Térmica
• Chama nua (fósforo, isqueiro, maçarico);
• Associadas ao ato de fumar;
• Equipamentos que produzem calor (aquecedores, escalfetas);
• Trabalhos a quente (soldadura);
• Radiação solar e condições térmicas ambientais.

Origem eléctrica
• Sobreaquecimento de contactos;
• Sobrecarga de fichas e tomadas;
• Equipamentos defeituosos ou indevidamente utilizados;
• Eletricidade estática;
• Ausência de manutenção;
• Descarga atmosférica.

Origem mecânica
• Chispas provocadas por ferramentas, colisões ou equipamentos em movimento;

Origem química:
• Reação exotérmica;
• Reação de substâncias oxidantes;
• Explosivos.

Elaboração: Gabinete SST 12 Meses, 12 Temas – Tema 9/2019 Verificação e aprovação: Ad. Judiciário
Comarca do Porto

Intervenção Humana

As causas decorrentes da intervenção humana encontram-se, normalmente,


relacionadas com o não cumprimento das regras de segurança, descuido ou desconhecimento:
• Fumar em locais onde não é permitido fumar (locais de trabalho);
• Fumar em locais onde é expressamente proibido fumar e foguear (arquivos,
armazenagem de produtos químicos, locais com carga térmica elevada);
• Sobrecarga das instalações eléctricas;
• Confeção de refeições (fogões, sistemas de exaustão);
• Lareiras, braseiros, fogueiras e outras situações em que verifique a utilização de chama
nua;
• Fogo posto.

Elaboração: Gabinete SST 12 Meses, 12 Temas – Tema 9/2019 Verificação e aprovação: Ad. Judiciário
Comarca do Porto

Fenomenologia da Combustão

Na origem do fogo está a reacção química de combustão.

Triângulo do Fogo

De forma simplista, são necessários três elementos para exista fogo. É necessária a
presença de um combustível (tudo o que propaga o fogo: madeira, papel, tecido, óleo, gases),
de um comburente (que intensifica o fogo: oxigénio, o mais comum) e da energia de ativação
(inicia, mantém e incentiva a propagação).

Tetraedro do fogo

A fenomenologia do fogo é bastante complexa, pelo que, o conceito do triângulo do fogo


não descreve satisfatoriamente as condições necessárias para que se inicie uma combustão.
Iniciada a combustão, a própria energia de reação ao libertar-se pode fornecer a energia
de ativação necessária ao envolvimento de mais matéria combustível e comburente na reação,
garantindo que o processo se mantenha. A auto-sustentação da combustão e a sua expansão
são garantidas pela reação em cadeia descrita, o que originou a expansão do conceito de
triângulo do fogo para tetraedro do fogo.

Elaboração: Gabinete SST 12 Meses, 12 Temas – Tema 9/2019 Verificação e aprovação: Ad. Judiciário
Comarca do Porto

Desenvolvimento e propagação de um incêndio

Um incêndio é uma combustão (fogo) que se desenvolve de forma descontrolada no


espaço e no tempo e pode ocorrer de uma das seguintes formas:

Condução
Transmissão de energia de uma molécula para as moléculas vizinhas. Processa-se numa
mesma substâncias ou em substâncias de contacto, no sentido das temperaturas mais
elevadas para as mais baixas. Não existe movimento de matéria.
Ocorre nos sólidos.

Ilustração 1 - Transmissão de calor por condução

Convecção
Transmissão do calor através de massas e gases aquecidos, que se movimentam no sentido
ascendente (matéria aquecida) ou descendente (matéria com menor temperatura), levando
para outros locais quantidades de calor suficiente para iniciar novos focos de incêndio.
Ocorre apenas nos líquidos e nos gases.

Ilustração 2 - Transmissão do calor por convecção

Elaboração: Gabinete SST 12 Meses, 12 Temas – Tema 9/2019 Verificação e aprovação: Ad. Judiciário
Comarca do Porto

Radiação
Forma de transferência de energia produzida por um incêndio através do espaço sem
necessidade de suporte material, em todas as direcções (como a luz e a radiação solar). Ao
encontrar um corpo, as ondas são absorvidas, reflectidas ou transmitidas.

Ilustração 3 - Transmissão do calor por radiação

Elaboração: Gabinete SST 12 Meses, 12 Temas – Tema 9/2019 Verificação e aprovação: Ad. Judiciário
Comarca do Porto

Mecanismos de extinção de incêndios

Qualquer medida tendente a extinguir um incêndio passará, necessariamente, pela


eliminação de um ou mais elementos componentes do tetraedro do fogo.
Os mecanismos de extinção são, pois, os seguintes:
• Arrefecimento. Redução da energia de ativação, pela diminuição da temperatura do
combustível e do espaço físico envolvente;
• Carência ou diluição. Redução ou eliminação do combustível envolvido na reação de
combustão;
• Asfixia ou abafamento. Redução ou eliminação do comburente;
• Catálise negativa ou inibição. Corte da reação em cadeia.

O extintor, equipamento de primeira intervenção, é assim denominado por ser o


primeiro meio a utilizar numa fase inicial. É um equipamento que contém um agente extintor,
o qual pode ser projetado e dirigido para um fogo por ação de uma pressão interna. Esta
pressão pode ser produzida por prévia compressão ou pela libertação de um gás auxiliar. A
substância contida no extintor, que provoca a extinção, designa-se por agente extintor. A
seleção dos agentes extintores deve ser efectuada tendo por base o risco a proteger
considerando o tipo e a quantidade de material combustível existente no local.

Elaboração: Gabinete SST 12 Meses, 12 Temas – Tema 9/2019 Verificação e aprovação: Ad. Judiciário
Comarca do Porto

Classes de Fogo e Agentes Extintores

Elaboração: Gabinete SST 12 Meses, 12 Temas – Tema 9/2019 Verificação e aprovação: Ad. Judiciário
Comarca do Porto

Utilização de um extintor

Mantenha-se atento:
 Se observar algum equipamento em situação irregular (danificado ou em sobrecarga);
 Se observar comportamentos de risco…
NÃO IGNORE! INFORME!

LEMBRE-SE QUE A SEGURANÇA DEPENDE DE TODOS NÓS.


Bom trabalho!

Nota: As imagens utilizadas foram retiradas da internet apenas a título ilustrativo

Elaboração: Gabinete SST 12 Meses, 12 Temas – Tema 9/2019 Verificação e aprovação: Ad. Judiciário

Você também pode gostar