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Embora esta restrição alimentar não seja incomum entre crianças pequenas
com desenvolvimento típico, ela pode ser ainda mais restritiva em crianças com TEA
podendo se estender além do período da primeira infância.
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Alimentar. Nesses casos, os padrões são regidos pela aversão a alguns fatores, que
podem envolver textura, cor, sabor, forma, temperatura e cheiro do alimento.
Referências Bibliográficas:
Cermak, S. A., Curtin, C., & Bandini, L. G. (2010). Food selectivity and sensory sensitivity in children with
autism spectrum disorders. Journal of the American Dietetic Association, 110(2), 238–246.
http://doi.org/10.1016/j.jada.2009.10.032.
Marí-Bauset, S., Zazpe, I., Marí-Sanchis, A., Llopis-González, A., & Morales-Suárez-Varela, M.M. (2014).
Food selectivity in autism spectrum disorders: a systematic review. Journal of child neurology, 29 11,
1554-61.
Fonte:
https://www.grupoconduzir.com.br/o-autismo-e-seletividade-alimentar/
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SELETIVIDADE ALIMENTAR NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Por isso, quando estas alterações ocorrem no momento da refeição, dado toda
experiência sensorial presente (odores, texturas, sabores e cores), favorece a recusa
de certos tipos de alimentos pela criança.
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dificuldades em permanecer na mesa durante a refeição, por se sentir desconfortável
com os inúmeros estímulos. Já as crianças hiporesponsivas podem levar horas para
terminar a refeição, sendo um grande desafio para a família.
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Bibliografia Consultada
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. Diagnostic and statistical manual of mental disorders (DSM-
5®). American Psychiatric Pub, 2013.
CDC (2014) Prevalence of autism spectrum disorders among children aged 8 years: autism and
developmental disabilities monitoring network, 11 sites, United States, 2010. MMWR Surveillance
Summaries 63(2): 1–22.
DE CARVALHO, Jair Antonio et al. Nutrição e autismo: considerações sobre a alimentação do autista.
2012.
LEAL, Mariana et al. Terapia nutricional em crianças com transtorno do espectro autista. Cadernos da
Escola de Saúde, v. 1, n. 13, 2017.
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Fonte:
Publicado por Equipe Nutmed.
Nutricionista: Clara Machado.
https://nutmed.com.br/blog/nutricao-clinica/seletividade-alimentar-no-transtorno-do-espectro-autista
"Uma vez eu tratei uma criança que não comeu nada além de bacon e bebeu
apenas chá gelado. Dietas incomuns como estas não sustentam crianças", afirma Keith
Williams, diretora do Programa de Alimentação do Penn State Children's Hospital. Para
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ela, identificar e corrigir esses comportamentos pode ajudar a garantir que as crianças
estejam fazendo uma dieta adequada.
No entanto, Keith chama atenção para uma diferença marcante: a maioria das
crianças sem necessidades especiais irá lentamente adicionar alimentos às suas dietas
durante o desenvolvimento, mas as crianças com transtornos do espectro do autismo,
sem intervenção, geralmente permanecerão comedores seletivos. "Nós vemos
crianças que continuam a comer comida para bebês ou que não experimentam
texturas diferentes. Até vemos crianças que não conseguem fazer a transição da
mamadeira", pontua.
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Para Susan, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais rápidamente a
criança pode começar o tratamento com um analista do comportamento. Estudos
anteriores mostraram que a análise comportamental aplicada é mais eficaz se
implementada durante os anos pré-escolares, já que são utilizadas uma série de
intervenções, incluindo recompensas, para fazer mudanças positivas no
comportamento e ensinar habilidades necessárias. "Este estudo forneceu mais
evidências de que esses comportamentos alimentares incomuns são a regra e não a
exceção para crianças com autismo", finaliza Keith.
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Fonte: https://revistacrescer.globo.com/Voce-precisa-saber/noticia/2019/07/comportamentos-
alimentares-incomuns-podem-ser-um-novo-indicador-para-o-autismo-diz-estudo.html
NEOFOBIA ALIMENTAR
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Efeitos da neofobia alimentar
A neofobia alimentar precisa ser tratada já que, em casos mais graves, pode
levar à desnutrição da criança. “[Às vezes] a recusa é tão grave que o mínimo que ela
aceita de alimentos não é suficiente para suprir o gasto calórico necessário no dia a
dia”, explica a psicóloga Gabriella. Nesses casos, pode ser necessário o uso de sondas e
suplementos nutricionais.
Outro problema de saúde que a criança pode desenvolver diz respeito à própria
musculatura facial. “Crianças que preferem alimentos pastosos podem desenvolver
problemas de mastigação, pois não utilizam os músculos da face na intensidade e
frequência necessárias para fortalecê-los”, detalha Gabriella.
É por isso que a neofobia deve ser tratada o quanto antes. “Dependendo da
idade que se começa o tratamento, perde-se muita coisa. Não que a gente não consiga
recuperar, mas quanto menor a criança, mais facilidade a gente tem para estimulá-la a
ter autonomia”, incentiva Carolina.
Esse trabalho precisa ser feito de maneira gradual e orientado por especialistas.
Os pais devem incentivar os mesmo alimentos em diferentes ocasiões, momentos e
receitas, mas jamais devem forçar os filhos.
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Por fim, é importante que as escolas e os colégios entendam as condições de
cada aluno, inclusive daqueles que estão passando por um processo de neofobia
alimentar.
“Hoje as escolas estão muito cientes dessa parte de inclusão de crianças com
autismo e também com outras síndromes e transtornos, então é sempre muito
importante que a escola esteja ciente para não se perder nenhum processo
conquistado pelos pais e psicólogos”, explica Carolina.
Fonte:
Por Diego Denck, especial para a Gazeta do Povo.
https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/neofobia-alimentar-por-que-
criancas-com-autismo-resistem-certos-alimentos/