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BIOQUÍMICA CLÍNICA VETERINÁRIA

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SUMÁRIO
NOSSA HISTÓRIA ...................................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2. PRINCÍPIOS DA LÓGICA MOLECULAR DA VIDA .............................................. 5
3. FUNDAMENTOS DA LÓGICA DA ORGANIZAÇÃO DO UNIVERSO E A
MANIFESTAÇÃO DA VIDA. ........................................................................................ 6
4. TRANSFORMAÇÕES DE ENERGIA NOS SERES VIVOS .................................. 9
5. EQUILÍBRIO VERSUS HOMEOSTASIA ............................................................ 11
6. TEMPERATURA E CALOR ................................................................................ 13
7. A TERMOREGULAÇÃO CORPORAL ................................................................ 18
8. AMINOÁCIDOS, PROTEÍNAS E ENZIMAS ....................................................... 18
9. AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS ......................................................................... 19
9.1 Ligações Peptídicas ..................................................................................... 21

10. ENZIMAS ............................................................................................................ 23


11. LIPÍDEOS ........................................................................................................... 23
12. CARBOIDRATOS ............................................................................................... 26
13. ÁCIDOS NUCLEICOS ........................................................................................ 30
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 36

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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1. INTRODUÇÃO

A bioquímica é uma das disciplinas mais complexas, e até mesmo uma das
mais difíceis do curso de medicina veterinária. Isso por que a maioria das pessoas
não gostam de estudar química no colégio, ou não entende a matéria. E a base da
bioquímica é a química.
Mas seu estudo é fundamental, já que a bioquímica (também chamada de
bioquímica clínica, atualmente), vem acompanhando diversos avanços no campo da
veterinária. Essa evolução permite mais conhecimento em áreas muito importantes e
desenvolvimento de novas tecnologias de análises, permitindo o aprofundamento de
conhecimentos em áreas como: Fisiologia animal, nutrição, toxicologia,
endocrinologia e doenças metabólicas e carenciais dos animais.
A bioquímica, como o próprio nome já diz (etimologia da palavra), é a ciência
que estuda a química da vida (“bio”=vida + “Química”).
Antigamente já foi conhecida como Química Biológica ou fisiológica, mas
atualmente é mais comumente chamada de Bioquímica Clínica, que estuda as
estruturas moleculares, os mecanismos e os processos químicos responsáveis pela
vida (o metabolismo celular).
Nesse conteúdo são estudadas as propriedades e funções das
macromoléculas vitais a sobrevivência celular e os fenômenos bioquímicos que
ocorrem tanto nas células saudáveis quando nas acometidas por alguma doença.
Na vida prática e multidisciplinar de um profissional veterinário é indispensável
o conhecimento em bioquímica. Sem esse conhecimento ele não vai conseguir se
manter atualizado e entender como funciona o metabolismo dos animais, o que vai
dificultar na hora de pensar em nutrição ou mesmo agir com segurança nas suas
decisões clínicas, na escolha de análises e tratamentos.

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2. PRINCÍPIOS DA LÓGICA MOLECULAR DA VIDA

1. Todo Organismo vivo é formado por MACROMOLÉCULAS ORGÂNICAS


construídas de acordo com um plano comum.

- Há uma simplicidade básica na estrutura das macromoléculas, apesar de serem, por


exemplo, cerca de 1000000000000,0 os tipos de proteínas existentes em 10 milhões
de espécies de seres vivos.

- Todos os organismos vivos são formados pelas mesmas espécies de moléculas


fundamentais e, portanto, parecem ter um ancestral comum.

2. Os organismos vivos trocam ENERGIA E MATÉRIA com o meio ambiente e entre


si.

- Os organismos vivos criam e mantém suas estruturas organizadas e complexas


extraindo, transformando e utilizando energia do seu ambiente.

- As células vivas são máquinas químicas muito complexas e organizadas, que


funcionam a base de energia química.A energia de todo ser vivo vem, direta ou
indiretamente, do Sol.

- Os organismos vivos fabricam substâncias capazes de REGULAR todo o seu


conjunto complexo de reações químicas.

- As ENZIMAS são proteínas muito especializadas, capazes de realizar e controlar


todos os processos bioquímicos que caracterizam um organismo vivo.

- Os processo metabólicos são regulados para operar no princípio da economia


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3. Os organismos vivos são capazes de se REPRODUZIR com incrível precisão ao
longo de milhares de gerações, através de um sistema de replicação auto-reparável.

- Toda a informação necessária para a construção de um novo ser vivo está


armazenada e codificada no DNA de todas as células que o compõe.

- Esta informação cabe em 0,000000000006 g de DNA, para a célula do ser humano.

3. FUNDAMENTOS DA LÓGICA DA ORGANIZAÇÃO DO UNIVERSO E A


MANIFESTAÇÃO DA VIDA.

A física quântica revelou que é o universo não é estável quanto supunha os


princípios mecânicos e atômicos. As leis da natureza, imutáveis e previsíveis na
perspectiva clássica das dimensões macroscópicas, não se aplicam à dimensão
microscópica, o que sugere que, a nível subatômico, a realidade é probabilística.
A ruptura decisiva da física quântica com a física clássica, ocorrido em 1927,
com os princípios da incerteza e da complementaridade. O princípio da incerteza de
Heisenberg estabelece que não se pode conhecer, ao mesmo tempo, a posição e a
velocidade de uma dada partícula. O princípio da complementaridade afirma que a
matéria ora se apresenta como partícula , ora como onda. Ao contrário do que
formulava a visão clássica essas propriedades não são excludentes, mas
complementares. Em suma, há mais conexões do que do que exclusões entre os
fenômenos que o racionalismo cartesiano pretende distintos e contraditórios.
Um universo que foi, a princípio, considerado pela ciência como dominado por
uma ordem imperturbável: estável, regular e previsível. Neste universo, onde as
estrelas estavam sempre nos mesmos lugares; os planetas descreviam,
incessantemente, as mesmas órbitas; os ciclos de vida, tanto animal quanto vegetal,
se reproduziam, de forma repetitiva, ao longo dos tempos, na multiplicação e na
renovação das espécies.
Entretanto, num segundo olhar, a ciência desvendou uma outra realidade: a de
um universo - desde a sua origem - sujeito à dispersão, à expansão, sujeito a
revoluções e em contínua evolução. Nele, as estrelas nascem, explodem e morrem e
acidentes ecológicos e geo-climáticos ocasionam perdas e destruição, perturbando e

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modificando a evolução das espécies e as interações nos ecossistemas. Entretanto,
esses incidentes que, a princípio, pareciam só desordem, propiciam uma nova ordem
no comportamento do universo.
Paul Valery afirma que duas calamidades ameaçam o mundo: a ordem e a
desordem. Na verdade, tanto uma quanto à outra, isoladas, seriam catastróficas. Um
universo determinista, em que reinasse a ordem pura, seria semelhante a uma
máquina, sem novidades, sem criação, sem devir, enfim engessado, e com poucas
possibilidades de crescimento. Da mesma forma, um universo regido pela desordem
não chegaria à organização, pois seria incapaz de manter e conduzir a novidade e,
por conseguinte, seria incapaz de levar uma evolução para frente. “Um mundo
absolutamente determinado, tanto quanto um completamente aleatório, é pobre e
mutilado; o primeiro, incapaz de evoluir, e o segundo de nascer” (Edgar Morin).
O cosmos e a vida surgiram em condições de turbulência, de erupção e de
tormenta, portanto em condições de desordem. Essa desordem, derivada de um calor
intenso, significa uma agitação desordenada das partículas e dos átomos, que,
aleatoriamente se encontram, dando origem à formação de galáxias e da própria vida.
Somos todos vivos e não-vivos constituídos da mesma essência. Os seres
vivos são constituídos de moléculas desprovidas de vida. Essas moléculas, quando
isoladas e examinadas individualmente comportam-se de maneira idêntica a matéria
inanimada. Apesar disso, os organismos vivos apresentam atributos peculiares, os
quais não são encontrados nos aglomerados de matéria inanimada.
Alguns atributos são inerentes aos seres vivos: são complexos e altamente
organizados em relação à matéria inanimada; cada parte componente de um
organismo vivo tem função específica; tem capacidade de extrair e transformar a
energia de seu meio ambiente , a qual eles usam para construir e manter suas
intricadas estruturas, a partir de materiais primários simples (são negentrópicos); tem
capacidade de efetuar auto-replicação.
A matéria inanimada não tem essa capacidade de utilizar a energia externa
para manter sua própria organização estrutural. Ao absorver energia a matéria
inanimada geralmente passa para uma situação de maior desordem (são entrópicos).
Como os organismos vivos constituídos de moléculas intrinsecamente
inanimadas, difere tão radicalmente da matéria não-viva?
Por que razão os organismos vivos parecem ser mais do que a soma de seus
componentes inanimados?

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Os filósofos antigos responderiam que os organismos vivos são dotados de
uma força vital (vitalismo), que tem sido rejeitada pela ciência moderna. Na atualidade
a bioquímica e a biofísica molecular tem como objetivo central determinar como os
agregados de moléculas inanimadas, que constituem os seres vivos, interagem entre
si para manter e perpetuar a condição vital.
As moléculas encontradas na matéria viva, denominadas de biomoléculas,
apresentam composição química qualitativamente diferente do meio físico em que
vivem. A maioria dos componentes químicos dos organismos vivos é de natureza
orgânica. Essas moléculas são ricas em carbono, oxigênio e nitrogênio. Em contraste,
os elementos carbono e nitrogênio não são abundantes na matéria inanimada.
Os compostos orgânicos presentes na matéria viva ocorrem numa
extraordinária variedade e muitos deles são extremamente complexos. Mesmo uma
bactéria, uma célula bastante simples, como a Escherichia coli contém cerca de 5 mil
compostos. No organismo humano, deve existir cerca de 100 mil proteínas diferentes.
Além disso, existe uma grande diversidade protéica nos diferentes organismos, de
maneira que nenhuma das moléculas protéicas da bactéria E. coli é idêntica a
qualquer uma das proteínas encontradas no homem, ainda que algumas funcionem
de maneira muito semelhante. De fato, cada espécie de organismo tem seu conjunto
próprio, quimicamente distinto, de moléculas de proteínas e ácidos nucléicos.
Considerando o número de espécies de seres vivos existentes, é uma tentativa inútil
tentar isolar, identificar e sintetizar todas as moléculas orgânicas encontradas na
matéria viva. Por outro lado, a bioquímica e a biofísica molecular tem mostrado que
as biomoléculas são formadas por uma lógica bastante simples. As proteínas, por
exemplo, consistem de cadeias de aminoácidos ligados covalentemente. São
compostos pequenos e de estrutura conhecida e somente vinte categorias diferentes
deles são encontrados nas proteínas, que ao se organizarem em diferentes
seqüências podem formar a enorme variedade de proteínas existentes nos seres
vivos. De maneira similar, todos os diferentes ácidos nucléicos (DNA e RNA)
encontrados nos seres vivos são feitos somente por oito monômeros primários,
denominados nucleotídeos. Portanto, a lógica molecular da condição vital, parece
obedecer aos seguintes axiomas: existe uma simplicidade básica na organização
molecular dos seres vivos e existe um princípio básico de economia molecular, que
permite ao seres vivos conter as moléculas mais simples possíveis e o menor número

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possível delas. Existe só o suficiente para permitir a aquisição dos atributos da vida e
da identidade específica nas condições ambientais vigentes para ela.
4. TRANSFORMAÇÕES DE ENERGIA NOS SERES VIVOS

A complexidade molecular e a ordem estrutural dos organismos vivos, em


contraste com a estrutura ao acaso da matéria inanimada, têm implicações profundas
na maneira como o ser vivo transforma a energia absorvida do seu meio para se
manter organizado.
Uma breve revisão dos princípios da termodinâmica será realizada como o
objetivo de mostrar como o ser vivo utiliza a energia do meio ambiente na sua
organização molecular. Isto é contrária, a matéria inanimada que ao absorver energia
se desorganiza.
A Termodinâmica surgiu com o advento da revolução industrial, onde o
interesse principal era a possibilidade de transformação de calor em trabalho, assim
como, à eficiência das máquinas térmicas nesse processo. O princípio da equivalência
descoberto por Mayer (1842), foi fundamental na compreensão da relação quantitativa
entre calor e trabalho, e portanto nos processos de produção de trabalho a partir do
calor. Segundo este princípio, num processo termodinâmico cíclico, a quantidade total
de trabalho dividida pela quantidade total de calor é igual a um valor constante,
denominado equivalente mecânico do calor. Se o trabalho e o calor forem medidos
em Joule a sua razão é igual à unidade.
W total / Qtotal = 1, ou Qtotal - W total = 0, ou seja a diferença entre o calor total e o
trabalho total num processo termodinâmico cíclico é zero.
Num processo cíclico termodinâmico, quando a variação de uma certa
grandeza é nula, diz-se que tal grandeza é uma função de estado. Portanto, Qtotal -
Wtotal é uma função de estado e é denominada de energia interna.
Clausius chamou o princípio da equivalência entre calor e trabalho de primeiro
princípio da termodinâmica e o enunciou nos seguintes termos: “Em todos os
processos cíclicos em que o calor produz trabalho, consome-se uma quantidade de
calor igual ao trabalho produzido, e vice-versa, ao gastar uma certa quantidade de
trabalho, obtém-se uma mesma quantidade de calor”.
A primeira lei da termodinâmica é também chamada lei da conservação da
energia e é, comumente, anunciada na seguinte forma:
 E = Q – W,

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Onde E é a energia interna do sistema e Q o calor fornecido e W o trabalho
realizado pelo sistema.
O primeiro princípio da termodinâmica nada afirma a respeito da possibilidade
de uma dada transformação se realizar e nem informa sobre o sentido em que tal
transformação pode evoluir.
O segundo princípio da termodinâmica afirma , segundo o enunciado de
Clausius, que “é impossível que uma máquina cíclica possa produzir, como único
efeito, a transmissão contínua de calor de um corpo de menor temperatura a outro de
maior temperatura.”
Considerando uma fonte quente e uma fonte fria como um sistema, podese
escrever:
( Q fonte quente  Tfonte quente) + (Q fonte fria  sistema / Tfonte quente) = 0
A quantidade Q / T é denominada de entropia, é também uma função de estado
termodinâmica, ou seja é nula num processo cíclico.
A segunda lei da termodinâmica , do ponto de vista da mecânica estatística,
estabelece que os processos físicos e químicos tendem para um aumento da
desordem no universo ou da sua entropia. Por exemplo, se é colocado uma gota de
um soluto num solvente a tendência natural é a gota se difundir dentro do solvente.
Desta maneira, a gota ao se espalhar no interior do solvente não pode mais se
organizar em forma de uma gota, aumentando a desordem do sistema. Nesse caso
diz-se que o sistema (solvente + soluto) teve sua entropia aumentada. Observe que
gota ao se difundir teve sua energia (armazenada no gradiente químico) transformada
em energia cinética para difusão do soluto, e portanto o gradiente de energia
armazenada se perde no decorrer do processo. Os processos naturais nunca ocorrem
de modo a reduzir a desordem global do universo, ou a sua entropia . Como é então
que os seres vivos podem criar e manter sua estrutura extremamente ordenada e
complexa num meio ambiente que é está sempre aumentando a sua desordem?
Os organismos vivos não constituem exceções às leis da termodinâmica. Eles
incorporam, de seu meio ambiente, uma forma de energia que pode ser utilizada por
eles nas condições especiais de temperatura e pressão nas quais vivem (energia livre)
e, em seguida, repõe ao meio ambiente uma quantidade equivalente de energia em
forma, menos utilizável (calor e outras formas de energia). A modalidade utilizável de
energia que as células incorporam é denominada energia livre, que pode, ser definida

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como o tipo de energia capaz de produzir trabalho em condições de temperatura e
pressão constantes.
No formalismo termodinâmico a energia livre (de Gibbs) é uma função de
estado definida pela combinação das seguintes funções de estado: G = E + PV - TS ,
onde E é a energia interna , PV o produto da pressão pelo volume e TS o produto da
temperatura pela entropia. Portanto, num sistema onde a temperatura e a pressão
estão constantes ou seja, onde possam variar somente a energia interna, o volume e
a entropia, a variável pertinente na avaliação da espontaneidade e do equilíbrio é a
energia livre G. Essa grandeza quando expressa por mol, recebe o nome de potencial
químico, e será bastante usado no estudo do transporte de substâncias, seja em
meios homogêneos ou heterogêneos.
O meio ambiente dos seres vivos é absolutamente essencial para eles, não
somente como uma fonte de energia livre, mas também como uma fonte de matérias-
primas. Os organismos vivos são sistemas abertos, pois trocam tanto energia como
matéria com o meio ambiente e, ao fazerem isso, transformam ambos. É uma
característica dos sistemas abertos o fato deles não estarem em equilíbrio com os
seus meios ambientes. Ainda que os organismos vivos pareçam estar em equilíbrio,
uma vez que eles não apresentam modificações visíveis, em realidade, eles se
encontram em estado estacionário.

5. EQUILÍBRIO VERSUS HOMEOSTASIA

Na natureza, os diversos processos, como por exemplo, a queda de um corpo


no campo gravitacional, o movimento de uma carga positiva no sentido do campo
elétrico e a difusão de um corante num líquido, ocorre sem a influência de um agente
externo e sempre no sentido que é o da espontaneidade. Os processos espontâneos
buscam os estados de mínima energia e máxima entropia (são entrópicos). Por outro
lado, os processos não espontâneos, como por exemplo, a subida de um corpo no
campo gravitacional, o movimento de uma carga positiva contraria ao sentido de um
campo elétrico, não ocorrem natureza, a menos que agentes externos aos processos
tenham participação. Esses processos não espontâneos não levam o sistema ao
equilíbrio e são negentrópicos. Processos com essas características, ocorrem sempre
acoplados a processos espontâneos. Quando dois processos estão acoplados aquele

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que evolui no sentido da espontaneidade recebe o nome de processo movente e o
que evolui no sentido não-espontâneo é denominado processo movido.
Um processo só ocorre na natureza, ou seja só há movimento de matéria se
existirem “forças” associadas a esses processos. O processo movente evolui a favor
da força ao qual ele está relacionado e o processo movido no sentido contrário dela.Se
as forças forem iguais tem-se o equilíbrio do sistema, caracterizado pela ausência da
evolução no tempo de qualquer um dos dois processos (movente e movido).
Os seres vivos não se encontram em equilíbrio com o seu meio ambiente,
porém em estado estacionário. Esse estado se caracteriza por uma condição de
equilíbrio aparente de uma parte do sistema, onde as variáveis de estado
características (concentração, densidade, temperatura, volume, etc.), se mantêm
inalteradas com o tempo às custas de outros processos. Assim, o nível da água num
reservatório poderá não mudar com o tempo porque não entra nem sai água do
mesmo (equilíbrio) ou porque a quantidade de água que sai é bombeada de volta
(estado estacionário).
As células mantêm seus gradientes eletroquímicos as custas de um processo
dinâmico (estacionário), onde a degradação do gradiente eletroquímico de cada íon é
compensada por transporte ativo desse íon (com consumo de ATP). Esse processo
dinâmico que ocorre nos seres vivos é denominado de homeostasia. A vida se
mantém devido a processos homeostásicos e não a processos envolvendo o equilíbrio
com o meio ambiente. Equilíbrio celular significa a sua morte. Viver é lutar contra a
condição de equilíbrio.
A maquinaria de transformação de energia dos seres vivos é construída
inteiramente de moléculas orgânicas frágeis e instáveis, que são incapazes de resistir
a temperaturas elevadas, correntes elétricas intensas, ou condições extremamente
ácidas ou básicas. A célula viva é também essencialmente isotérmica; a qualquer
tempo, todas as partes da célula têm praticamente a mesma temperatura. Além disso,
não existem diferenças significantes de pressão entre uma parte e a outra da célula.
Por essas razões, as células são incapazes de utilizar o calor como fonte de energia.
As células vivas, portanto, não se assemelham às máquinas térmicas ou elétricas,
com as quais estamos familiarizados. Ao contrário, elas obedecem a um outro
importante axioma da lógica molecular da condição vital: as células funcionam como
máquinas isotérmicas. A energia que as células absorvem de seu meio ambiente é
armazenada na forma de energia química, cuja utilização permite a realização do

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trabalho químico envolvido na biossíntese de componentes celulares, o trabalho
osmótico necessário para o transporte de materiais na célula, o trabalho mecânico da
contração e locomoção.

6. TEMPERATURA E CALOR

O conceito de temperatura é intuitivo e está sempre associado à sensação de


quente e frio e sua medida é realizada observando-se a expansão de uma coluna de
mercúrio, instrumento denominado de termômetro. A idéia de expansão de um
determinado volume associado com o aumento da temperatura induz à
proporcionalidade entre temperatura (T) e energia cinética translacional média das
moléculas (EC) do material que se expande na coluna do termômetro. Considerando,
por simplicidade, um termômetro a gás a relação entre a temperatura (T) e a energia
cinética média translacional das moléculas do gás (EC)m pode ser expressa da
seguinte forma:
(EC) m = (3/2) kT,
onde k é constante de Boltzmann. Portanto, a temperatura de um sistema está
relacionada à energia cinética média translacional das suas moléculas.
A temperatura de um corpo varia quando ele recebe ou fornece “calor”. As
moléculas de um corpo estão em constante agitação térmica e são responsáveis por
sua energia térmica. Quando o corpo recebe ou cede calor, há um aumento ou
diminuição dessa energia térmica, indicado pela variação de sua temperatura. Quando
um sistema mantém sua temperatura constante é porque sua energia térmica não
varia, e portanto o corpo nem cedeu nem recebeu “calor”. Então, o calor pode ser
entendido como a energia que transita entre corpos de diferentes temperaturas
colocados em contato, reduzindo a energia térmica de uns e aumentando a energia
térmica de outros.
O calor sempre flui do corpo quente para o frio e a quantidade de calor trocada
Q, durante a variação de temperatura  t de um corpo depende de sua massa, da
própria variação da temperatura e do material de que ele é constituído. Assim,
Q= mc Q
Onde a constante c é denominada de calor específico e varia de um material
para outro. O calor específico é a quantidade de calor necessária para elevar 1 grama

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de uma certa substância de 1 oC . O calor específico da água é 1 cal / (g. oC) enquanto
o calor específico do ar é 0,17 cal / (g. oC).
Como o homem mantém sua temperatura corporal? O homem mantém, a
despeito das variações da temperatura ambiente, a sua temperatura interna entre 36,7
e 37oC, quando medida na boca, ou entre 37,3 e 37,6 oC para medições retais. Isso
se deve à existência de mecanismos reguladores que controlam eficientemente a
produção e a eliminação do calor corporal. Em ambientes frios, o calor gerado no
interior do corpo deve ser conservado, enquanto nos ambientes quentes deve ser
dissipado para o meio. A temperatura interna do corpo depende, assim, desse
balanço. Os animais que são capazes de controlar a própria temperatura interna são
chamados homeotermos.
O homem é um animal homeotermo (sangue quente). Claude Bernard (1876),
demonstrou que, nos animais expostos ao frio, o calor corporal era produzido pela
contração muscular (termogênese mecânica) e pelas reações bioquímicas
exotérmicas (termogênese química).
A termogênese mecânica está baseada na produção de calor que ocorre
durante o calafrio. O calafrio é uma resposta muscular apresentada por muitos
animais, entre os quais o homem, quando são subitamente expostos ao frio. Pode
também ser observado nos estados febris, quando a temperatura corporal ascende
rapidamente.
O calafrio é caracterizado por uma contração desordenada dos músculos
esqueléticos. Trata-se de uma resposta involuntária e, durante a sua ocorrência, o
consumo de oxigênio pode elevar-se de 2 a 5 vezes. O calafrio é resultante de uma
atividade nervosa descontrolada. Isso foi mostrado, por Cottle & Carlson, (1954),
quando aboliram o calafrio bloqueando a transmissão neuromuscular, usando o
curare. Além disso, o uso da fenesina, droga que atua principalmente na medula,
abole também o calafrio, por inibir os neurônios motores (Griggio, 1982).
Os animais homeotermos nem sempre utilizam a termogênese mecânica
durante a adaptação ao frio. Pequenos animais (ratos) , aclimatados ao frio
conseguem produzir calor suficiente para suas necessidades térmicas, pelo uso da
termogênese química, ou seja, aumentando seu metabolismo interno. O próprio
homem, quando submetido a um ambiente que se esfria vagarosamente, pode
compensar a sua demanda de calor, por esse mecanismo.

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A termogênese química, apesar de mais lenta do que a termogênese mecânica,
é o meio mais importante para manutenção da temperatura corporal. O calor é
produzido no corpo humano pelas reações exotérmicas que ocorrem no metabolismo
das gorduras, dos açucares e das proteínas. As gorduras são uma fonte importante
de energia térmica, sobretudo aquelas localizadas no tecido adiposo marrom. As
células desse tecido convertem com facilidade a energia dos seus estoques. O tecido
adiposo marrom existe em camundongo, hamster, macacos, humanos e outros
animais.
Alguns animais não utilizam a termogênese mecânica durante a adaptação ao
frio. Entre eles o cão, o coelho e a cobaia. O coelho faz a aclimatação ao frio, eriçando
os pêlos, com o objetivo de criar uma camada de ar que funciona como isolante
térmico.
Nos animais pecilotérmicos (sangue frio), grande parte da regulação da
temperatura corporal consiste em alterações do comportamento, como a procura de
locais quentes quando a temperatura cai. Isso implica restrições tanto do
comportamento quanto do ambiente em que esses animais podem viver.
A produção de calor em situação de metabolismo basal é de aproximadamente
1,5 Kcal / min para um homem adulto com 70 Kg e com 1,8 m2 de superfície corporal.
O calor é gerado principalmente no fígado, cérebro, coração e músculos esqueléticos.
Quando em atividade essa produção de calor pode elevar-se até 9,0 Kcal / min para
um esforço muito elevado.
O corpo humano perde calor (termólisis) pelos seguintes mecanismos:
Vaporização; Radiação; Convecção; Condução.
Vaporização é a passagem de uma substância do estado líquido para o estado
gasoso. A vaporização pode ocorrer por:i. ebulição que é uma vaporização rápida e
turbulenta observada quando o líquido atinge a sua temperatura de ebulição;ii.
calefação observada quando o líquido entra em contato com uma superfície
superaquecida. Nesse caso, a vaporização é muito rápida e a temperatura do fluido
permanece menor do que sua a sua temperatura de ebulição;iii. evaporação processo
lento e realizado a baixa temperatura. No corpo humano, a vaporização se faz por
evaporação da água pela pele e pelos pulmões.
A perda de calor corporal por evaporação normalmente equivale à cerca de 20
a 25% do calor total perdido pelo corpo humano. Para cada grama de suor o corpo
perde 0,58 Kcal. Nas febres e nas doenças onde ocorrem hiperventilação pulmonar

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por taquipnéia (respiração curta e acelerada), essa perda é muito aumentada. Nos
grandes queimados, ao contrário, a perda de calor por evaporação está prejudicada.
Isso ocorre porque a quantidade de líquido que chega à superfície do corpo é muito
grande e não há tempo suficiente para sua completa evaporação. Ainda mais, o líquido
é rico em proteínas, sobretudo albuminas, o que aumenta sua tensão superficial e
prejudica, assim, a sua evaporação. Nesses pacientes, a redução da termólise por
evaporação colabora para hipertermia que eles costumam apresentar.
Na radiação o calor é dissipado por meio de ondas eletromagnéticas. Cerca de
60% da perda de calor corporal é feita por radiação. Todo corpo com temperatura
maior do que 0 o C emite radiações eletromagnéticas (raios infravermelhos) devido a
sua temperatura. O fluxo de calor resultante se dirige do corpo mais quente para o
mais frio. Assim, a taxa de resfriamento de um corpo depende do seu poder emissivo.
O fluxo de calor para o meio circundante será tanto maior, quanto maior for a área do
emissor e maior for o gradiente térmico entre ele e o meio. A capacidade que a pele
tem para receber calor do corpo e, em seguida, dissipá-lo sob forma de radiação
eletromagnética é fundamental na transferência de calor entre o corpo e o meio.
Um fator importante na perda de calor por radiação é poder emissivo ou
potência emissiva (P) de um corpo que é a razão entre o fluxo () de calor que o
corpo emite e a quantidade de calor por unidade de tempo(n) que seria emitida pelo
corpo negro se estivesse submetido às mesmas condições experimentais, ou seja:
(P = () /(n))
O corpo negro tem as propriedades de absorver totalmente as radiações
recebidas, seja ela ultravioleta, luz visível ou infravermelho e emitir radiação de acordo
com sua temperatura.
A pele humana, funciona como um irradiador de calor, emite raios
infravermelhos m. A pele humana tem uma potênciacom comprimentos de onda que
vão de 5 a 20 de irradiação igual a 97% daquela do corpo negro, independente da
sua cor. Isso mostra que ela tem um excelente poder emissivo.
A pele é a principal fonte de radiação calorífica do corpo humano. O suprimento
sanguíneo para esse órgão é abundante e está sob o controle do sistema nervoso
central. Nas extremidades, em particular, existem muitas comunicações entre artérias
e veias de pequeno calibre. Isso cria condições para a formação de grande fluxo
sanguíneo, pois não tendo o sangue que percorrer os capilares, a resistência ao fluxo

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é baixa. Por esta razão, nas extremidades ocorre grande troca de calor com o meio
ambiente.
As mudanças na temperatura ambiente alteram a circulação do sangue na
superfície do corpo e isso se deve à liberação de mediadores químicos, tal como a
acetilcolina. A temperatura da pele também pode ser alterada por reflexos nervosos.
As informações, captadas pelos receptores de frio e de calor situados na pele, chegam
ao cérebro através dos nervos sensitivos. Esses sinais são então processados e
retornam aos vasos que estão na região do estímulo. Os nervos simpáticos e
parassimpáticos conduzem esses estímulos e, assim, controlam a circulação
sanguínea da região.
A convecção é a transferência de energia térmica de um sistema para outro
que se faz através da movimentação de massas de fluido. Esse movimento provém
da diferença entre o empuxo do meio e o peso das partículas do fluido. Quando o ar
é aquecido, ele se expande, aumentando o seu volume e reduzindo sua densidade.
Isso faz com que a força de empuxo do meio se torne maior do que o peso da massa
de ar expandido e, por conseguinte, a camada de ar é empurrada para cima. O inverso
ocorre, quando o ar é resfriado. Assim, quando as moléculas de ar entram em contato
com a pele e são aquecidas (por condução), elas se expandem rarefazendo o meio e
criando os gradientes de temperatura necessários à formação das correntes de
convecção. Por este mecanismo, o ar aquecido sobe e é substituído por uma massa
de ar mais fria. O efeito refrigerador, que a convecção do ar exerce sobre a pele, foi
chamado de clima privado.
Condução é a forma de transferir calor quando há contato direto entre um corpo
frio e outro quente. A condução é importante quando se estuda a perda de calor
através das roupas e em situações especiais, como as que ocorrem nos trabalhos ou
nos esportes sob a água.
Uma equação para o fluxo de calor pode ser estabelecida. Considere uma
barra condutora de calor, isolada do ambiente, ligada a dois corpos mantidos a
temperaturas diferentes. A equação que permite calcular o fluxo ( ) do calor que se
propaga do corpo mais quente para o mais frio é :
 = -k.S.dT/dX,
onde k é a constante de condutividade térmica da barra, S é a área da barra e
dT/dX é o gradiente de temperatura ao longo da barra.. A condutividade térmica
depende do material onde a condução está ocorrendo. A condutividade térmica do ar

17
é igual a 0,026 cal/ m.s. o C, da borracha 0,372 cal/ m.s. o C, do cobre 401 cal/ m.s. o
C e da pele 0,898 cal/ m.s. o C. Portanto, a condutividade do cobre é 15423,08 vezes
maior que a do ar e a da pele 34,54. O ar tem uma baixíssima condutividade.

7. A TERMOREGULAÇÃO CORPORAL

A regulação da temperatura corporal depende do ajuste adequado entre a


termogênesis e a termólisis. Para isto, o organismo possui sensores que registram a
temperatura superficial e interna e através dos centros de processamento
disponibilizam os efetores adequados e induzem a adoção de comportamentos
próprios às diversas condições ambientais e do organismo.
Num ambiente confortável em repouso e com o corpo desnudo, a maior perda
de energia se produz por radiação. Quando o organismo se encontra num ambiente
de temperatura elevada ou durante o exercício, aumenta o fluxo da circulação
periférica por vaso dilatação, o qual favorece o transporte de calor do interior para a
superfície corporal por convecção. O esquentamento da pele produz uma maior
irradiação. Além disso, diminui a circulação de retorno dos membros pelas veias
profundas e, portanto, se reduz a troca de calor em contracorrente, aumentando a
temperatura interna e provocando aumento da sudorese.
A resposta ao frio consiste em vaso constricção periférica, desvio da circulação
de retorno dos membros através das veias profundas, aumento da atividade muscular
e da taxa metabólica. No homem a proteção contra o frio mais importante se constitui
no abrigo, o qual é resultado de um comportamento.

8. AMINOÁCIDOS, PROTEÍNAS E ENZIMAS

A respiração celular, o código genético e o processo metabólico são algumas


dentre as funções vitais que ocorrem em nosso organismo. A respiração só é possível
pela presença da Hemoglobina, que é responsável pelo transporte de oxigênio para
as células do corpo humano. Adicionalmente, as enzimas controlam processos como
a replicação do DNA e outras transformações do metabolismo.

18
As proteínas são moléculas constituídas por aminoácidos, de centenas a
milhares destes, que se ligam um a um para formar a estrutura de macromolécula da
proteína. Para entender melhor, imagine um certo número de indivíduos, que se ligam
pelas mãos, para formar uma imensa cadeia de pessoas. Nesta analogia, cada
pessoa seria um aminoácido (diferente um do outro), e a cadeia como um todo seria
a molécula da proteína.

9. AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS

Aminoácidos podem ser entendidos separadamente, ou ligados a proteínas.


Após ligação à proteína, ocorre uma pequena modificação em sua composição, a
perda de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (perda de água após realização
da ligação peptídica), e a mudança de função química, que passa a ser amida.
Entendamos a estrutura de um aminoácido fora do contexto de uma proteína.
Todo aminoácido pode contar com mais de dois grupos funcionais, porém dois
sempre existirão em sua estrutura. O grupo amino (-NH2), e o grupo carboxila (-
COOH), que caracterizam, respectivamente, as funções amina e ácido carboxílico. A
presença dessas duas funções na mesma molécula esclarece a nomenclatura
utilizada, “aminoácido”.
Figura 1: Molécula de aminoácido

Fonte: http://educacao.globo.com/quimica/assunto/quimica-organica/proteinas-aminoacidos-e-
enzimas.html

Observe na figura a presença de diversos grupos na composição dos


aminoácidos. Cada molécula de aminoácido é composta de um átomo de C, que se
ligará a um hidrogênio, a um grupo amino, a uma carboxila e a um grupo orgânico que

19
chamaremos de resíduo. Este grupo residual difere de aminoácido para aminoácido e
determina sua propriedade.
Existem 20 aminoácidos no total, sendo doze são naturais e oito, essenciais.
Observe:

Figura 2: 20 tipos de aminoácidos formadores de proteínas

Fonte: http://educacao.globo.com/quimica/assunto/quimica-organica/proteinas-aminoacidos-e-
enzimas.html

20
Aminoácidos naturais são aminoácidos já produzidos por nosso corpo, de forma
natural. Aminoácidos essenciais são aminoácidos que não são produzidos por nosso
corpo, e que devemos ingerir na alimentação para obtê-los.

9.1 Ligações Peptídicas

A ligação peptídica ocorre com a liberação de um hidrogênio do grupo amino


de um aminoácido, e da hidroxila do grupo carboxila do outro, liberando água (H2O),
e formando uma nova ligação, entre o N de um aminoácido e o carbono da carbonila
do outro envolvido na reação. Note a figura abaixo, com o antes e o depois da
formação da ligação. Esta ligação faz surgir um novo grupo funcional, que caracteriza
a função amida na proteína.

Figura 3: Processo de formação da ligação peptídica

Fonte: http://educacao.globo.com/quimica/assunto/quimica-organica/proteinas-aminoacidos-e-
enzimas.html

- Estrutura

Quatro são os níveis para a estrutura de uma proteína. Estrutura primária,


secundária, terciária e quaternária. A sequência linear de uma proteína caracteriza
sua estrutura primária. Por exemplo, ...Val-Ser-Thr...

21
Obs.: Se a ordem dos aminoácidos mudar na ordem linear, a proteína será diferente.
Uma proteína que contenha a sequência “Val-Hys-Val” no lugar de “Hys-Val-Val”, será
diferente, com outras propriedades.

A forma como os aminoácidos interagem, com pontes de hidrogênio (interação física),


ponte dissulfeto (ligação química) ou outros tipos, dependendo das propriedades dos
resíduos de aminoácidos, irá determinar a forma segundo a qual cada “pedaço” da
proteína irá se arranjar espacialmente (estrutura secundária). Duas são as formas
possíveis, α-hélice ou β-pregueada.

O enrolamento destas formas irá determinar a estrutura terciária da proteína.


Realizando-se uma analogia, este “enrolamento” é similar ao “emaranhado” dos fios
antigos de telefone. A estrutura quaternária acontece quando duas ou mais proteínas
se unem para desempenhar alguma função, como é o caso da hemoglobina. A figura
formada pela interação das proteínas será a estrutura quaternária da proteína.
Figura 4: Níveis de Estruturas Proteicas

Fonte: http://educacao.globo.com/quimica/assunto/quimica-organica/proteinas-aminoacidos-e-
enzimas.html

22
10. ENZIMAS

São proteínas que se ligam a substratos específicos e permitem a ocorrência


de reações metabólicas por aceleração de suas velocidades. Essa especificidade
entre substrato-enzima é usualmente associada ao modelo chave-fechadura, onde
para cada “fechadura” (enzima), uma única “chave” (substrato) seria capaz de se ligar.

- Fatores que afetam a atividade enzimática


Primeiro fator - temperatura: cada enzima tem uma temperatura ótima para sua
atividade. Além disso, existem de temperatura, que, caso alcançado, provocam a
desnaturação da proteína, uma alteração em sua forma que redunda em sua
desativação. É válido lembrar que a forma da proteína é fundamental para o “encaixe”
com o substrato.
Segundo fator - pH: cada enzima tem um pH ideal para atividade. Extremos de
pH provocam a desnaturação da enzima, promovendo alterações em sua forma. O pH
do estômago, por exemplo, apresenta o pH ideal para a atividade das enzimas
digestivas ali presentes.
Terceiro fator - concentração de substratos: a atividade enzimática varia de
acordo com a concentração de substrato disponível no meio. Considere duas
situações: o substrato está em baixas concentrações. O substrato está em
concentrações mais elevadas. O segundo caso será aquele que tenderá a apresentar
a maior atividade enzimática, uma vez que é maior a concentração dos reagentes,
com maior probabilidade de ocorrência para reação
Obs.: Existe uma concentração onde a atividade da enzima chega ao seu
máximo. Isso significa que o aumento posterior da concentração de substrato não
elevará a velocidade, uma vez que esta atingiu seu máximo.
11. LIPÍDEOS

Os lipídios ou gorduras são moléculas orgânicas insolúveis em água e


solúveis em certas substâncias orgânicas, tais como álcool, éter e acetona.
Também chamados lípidos ou lipídeos, essas biomoléculas são compostas por
carbono, oxigênio e hidrogênio.

23
Podem ser encontrados em alimentos de origem vegetal e de origem animal e
seu consumo deve ser feito de forma equilibrada.
- Funções dos Lipídios
Os lipídios apresentam funções importantes para o organismo, confira a seguir:
 Reserva de energia: utilizada pelo organismo em momentos de necessidade,
e está presente em animais e vegetais;
 Isolante térmico: nos animais as células gordurosas formam uma camada que
atua na manutenção na temperatura corporal, sendo fundamental para animais que
vivem em climas frios;
 Ácidos graxos: estão presentes nos óleos vegetais extraídos de sementes,
como as de soja, de girassol, de canola e de milho, que são usados na síntese de
moléculas orgânicas e das membranas celulares.
 Absorção de vitaminas: auxiliam a absorção das vitaminas A, D, E e K que
são lipossolúveis e se dissolvem nos óleos. Como essas moléculas não são
produzidas no corpo humano é importante o consumo desses óleos na alimentação.

- Estrutura dos Lipídios


Os lipídios são ésteres, isso quer dizer que são compostos por uma molécula
de ácido (ácido graxo) e uma de álcool (glicerol ou outro).
São insolúveis em água porque suas moléculas são apolares, ou seja, não
têm carga elétrica e por esse motivo não possuem afinidade pelas moléculas polares
da água.

- Tipos de Lipídios e Exemplos

- Carotenoides
São pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as plantas que
participam na fotossíntese junto com a clorofila, porém desempenha papel acessório.
Um exemplo de fonte de caroteno é a cenoura, que ao ser ingerida, essa
substância se torna precursora da vitamina A, fundamental para a boa visão.
Os carotenoides também trazem benefícios para o sistema imunológico e
atuam como anti-inflamatório.
- Ceras

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Estão presentes nas superfícies das folhas de plantas, no corpo de alguns
insetos, nas ceras de abelhas e até mesmo aquela que há dentro do ouvido humano.
Esse tipo de lipídeo é altamente insolúvel e evita a perda de água por
transpiração. São constituídas por uma molécula de álcool (diferente do glicerol) e 1
ou mais ácidos graxos.
- Fosfolipídios
São os principais componentes das membranas das células, é um glicerídeo
(um glicerol unido a ácidos graxos) combinado com um fosfato.

- Glicerídeos
Podem ter de 1 a 3 ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol (um álcool,
com 3 carbonos unidos a hidroxilas-OH). O exemplo mais conhecido é o triglicerídeo,
que é composto por três moléculas de ácidos graxos.

Figura 5: Representação da estrutura da molécula de colesterol e do triglicerídio.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-lipidios-funcoes-e-tipos/

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- Esteroides
São compostos por 4 anéis de carbonos interligados, unidos a hidroxilas,
oxigênio e cadeias carbônicas.
Como exemplos de esteroides, podemos citar os hormônios sexuais
masculinos (testosterona), os hormônios sexuais femininos (progesterona e
estrogênio), outros hormônios presentes no corpo e o colesterol.

Figura 6: Esquema representando a estrutura das lipoproteínas HDL e LDL.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-lipidios-funcoes-e-tipos/

As moléculas de colesterol associam-se às proteínas sanguíneas


(apoproteínas), formando as lipoproteínas HDL ou LDL, que são responsáveis pelo
transporte dos esteróides.
As lipoproteínas LDL carregam o colesterol, que se for consumido em excesso
se acumula no sangue. Já as lipoproteínas HDL retiram o excesso de colesterol do
sangue e levam até o fígado, onde será metabolizado. Por fazer esse papel de
"limpeza" as HDL são chamadas de bom colesterol.

12. CARBOIDRATOS

Os carboidratos são importantes biomoléculas, conhecidas também


como hidratos de carbonos, glicídios, ou açúcares, formadas fundamentalmente por
átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. São as biomoléculas mais abundantes na
natureza e sua maioria apresenta a seguinte fórmula geral:

26
(CH2O)n

Vale salientar que alguns carboidratos possuem outros elementos em sua


composição. Esse é o caso da quitina, por exemplo, que possui em sua fórmula
também átomos de nitrogênio.

- Função dos carboidratos


Os carboidratos apresentam como principal função a função energética.
Entretanto, os carboidratos possuem funções que vão além de garantir a energia para
as células, estando eles relacionados também com a estrutura dos ácidos nucleicos e
funções estruturais, por exemplo.
No que diz respeito à função estrutural, podemos citar a celulose e a quitina. A
celulose é um importante componente da parede celular da célula vegetal, enquanto
a quitina faz parte do exoesqueleto presente nos artrópodes.

- Classificação dos carboidratos


Os carboidratos podem ser divididos em três classes. A seguir, falaremos mais
a respeito de cada uma delas.
Tabela 1: Carboidratos

Tipos de
Características Exemplos
carboidratos

Carboidratos
simples que atuam
como blocos
(monômeros) a partir
dos quais serão
Monossacarídeos formados os outros Glicose, galactose e frutose.
carboidratos mais
complexos, como os
dissacarídeos e os
polissacarídeos. Os
monossacarídeos

27
podem ser
classificados de
acordo com a cadeia
principal de carbono
(veja mais sobre o
tema abaixo).

Carboidratos Sacarose (formada por


formados por dois glicose e frutose), maltose (formada
Dissacarídeos monossacarídeos por por duas moléculas de glicose) e
meio de ligações lactose (formada por glicose e
glicosídicas. galactose).

Carboidratos
complexos formados
por vários
Polissacarídeos Amido, celulose e glicogênio.
monossacarídeos
unidos entre si por
ligações glicosídicas.

- Classificação dos monossacarídeos

Figura 7: Fórmula da Glicose.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/carboidratos.htm

28
A glicose é um importante monossacarídeo.
Os monossacarídeos podem ser classificados de acordo com o número de
carbonos que possuem em suas moléculas. Os monossacarídeos mais simples são
as trioses, as quais possuem três carbonos em sua molécula. Após as trioses, temos
as tetroses (quatro carbonos), pentoses (cinco carbonos), hexoses (seis carbonos) e
assim por diante. Os principais monossacarídeos são as pentoses e as hexoses. Entre
as pentoses, destaca-se a ribose, enquanto nas hexoses, destaca-se a glicose.
Carboidratos simples e complexos
Os carboidratos podem ser classificados em simples e complexos. Os
carboidratos simples são facilmente absorvidos pelo nosso corpo, enquanto os
complexos apresentam um processo de absorção mais demorado. De acordo com a
Sociedade Brasileira de Diabetes, os carboidratos simples são formados por açúcares
simples ou por um par deles, enquanto os complexos são formados por cadeias mais
complexas de açúcares.
São exemplos de alimentos que possuem carboidratos simples o mel, a
rapadura, balas e doces em geral. Como exemplo de alimentos que possuem
carboidratos complexos, podemos citar pães, massas, feijões e lentilha.
Exemplos de carboidratos
A seguir, falaremos a respeito de alguns importantes carboidratos.
Glicose: é um carboidrato simples e também o monossacarídeo mais comum.
A glicose é fundamental para a realização do processo de respiração celular, em que
a energia será produzida para a célula. Os principais polissacarídeos são formados
pela polimerização da glicose.
Amido: é a principal substância de reserva de energia dos vegetais. Ele é
formado por dois tipos de polímeros de glicose: a amilopectina e a amilose. Os grãos
de amido das plantas ficam armazenados no interior dos plastos, organelas típicas da
célula vegetal.
Glicogênio: é a principal reserva energética dos animais e é formado pela
união de várias moléculas de glicose. Esse glicogênio é encontrado armazenado no
nosso fígado e também nos nossos músculos. Quando necessitamos de energia, o
glicogênio é quebrado em glicose, que será utilizada pelas células.
Celulose: é encontrada na parede celular da célula vegetal e é formada por
unidades de glicose. É um carboidrato fibroso, resistente e insolúvel em água. Um fato

29
interessante é que a madeira é formada quase que 50% de celulose, enquanto as
fibras de algodão são praticamente 100% celulose.
Quitina: é um polissacarídeo encontrado na parede celular das células de
alguns fungos e também na composição do exoesqueleto de artrópodes, como insetos
e crustáceos.

13. ÁCIDOS NUCLEICOS

Os ácidos nucleicos podem ser definidos como polímeros (macromoléculas


formadas a partir de unidades menores) compostos por moléculas conhecidas
como nucleotídeos. Os dois ácidos nucleicos existentes são o ácido
desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA). Eles são responsáveis por
codificar e traduzir as informações que determinam a síntese das várias proteínas
encontradas nos seres vivos.

- Função dos ácidos nucléicos

Os ácidos nucleicos são moléculas complexas responsáveis por armazenar


e transmitir as informações genéticas, bem como garantir sua tradução. O
armazenamento e a transmissão dessas informações são garantidos por meio do
DNA. A tradução, por sua vez, é um papel do RNA e nada mais é do que a síntese de
proteínas, a qual é orientada pelas informações genéticas fornecidas pelo DNA.
Algumas moléculas de RNA também apresentam capacidade enzimática, sendo
conhecidas como ribozimas.

- Estrutura dos ácidos nucléicos

Os ácidos nucleicos são formados pelos nucleotídeos, moléculas compostas


por três componentes:

 Grupo fosfato;
 Açúcar de cinco carbonos (pentose);
 Base nitrogenada (base contendo nitrogênio).

30
Figura 8: Estrutura dos ácidos nucléicos

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/acidos-nucleicos.htm

Observe os três componentes do nucleotídeo.


O DNA e o RNA, que são os dois tipos de ácidos nucleicos existentes,
apresentam diferenças em seus nucleotídeos. O açúcar de cinco carbonos pode ser
a ribose ou a desoxirribose. Esses açúcares diferenciam-se pelo fato de que a
desoxirribose apresenta um átomo de oxigênio a menos que a ribose. A desoxirribose
está presente no DNA, enquanto a ribose é encontrada apenas no RNA.
As bases nitrogenadas de um nucleotídeo são também variadas. São bases
nitrogenadas a adenina, a guanina, a timina, a citosina e a uracila. Elas estão
agrupadas em dois grupos: pirimidinas e purinas. Cada base nitrogenada possui um
ou dois anéis com átomos de nitrogênio.
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Nas pirimidinas, observa-se a presença de um anel de seis átomos, incluindo
carbono e nitrogênio. Já nas purinas, verifica-se a presença de um anel de seis átomos
fusionado a um anel que contém cinco átomos. Citosina, timina e uracila são
pirimidinas, enquanto a adenina e a guanina são purinas. No DNA, estão presentes
as bases nitrogenadas citosina, guanina, adenina e timina. No RNA, por sua vez, a
timina está ausente e, no seu lugar, encontramos a uracila.

Figura 9: Na figura, alguns nucleotídeos. A letra D representa a desoxirribose, e a letra R, a


ribose. As letras T, U, A, C e G representam, respectivamente, timina, uracila, adenina, citosina
e guanina.

31
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/acidos-nucleicos.htm

Os nucleotídeos ligam-se por meio de ligações fosfodiéster, ou seja, um grupo


fosfato ligando dois açúcares de dois nucleotídeos. Essa ligação é responsável por
formar um padrão de unidades de açúcar-fosfato.
Quando os nucleotídeos se ligam, observa-se que as duas extremidades livres
do polímero ficam diferentes uma da outra. Em uma das extremidades, está o grupo
fosfato, ligado ao carbono 5´; na outra, temos um grupo hidroxila ligado ao carbono
3´. Essas extremidades são chamadas de extremidades 5´e 3´. Ao longo da cadeia
de açúcar-fosfato, estão ligadas as bases nitrogenadas.

- O DNA
O DNA é o ácido nucleico responsável por armazenar as informações
hereditárias. As informações genéticas nessa molécula estão organizadas em
unidades chamadas de genes, os quais são herdáveis.

32
Figura 10: O esquema de uma molécula de DNA.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/acidos-nucleicos.htm

Esse ácido nucleico é formado por dois polinucleotídios dispostos de maneira


espiralada em torno de um eixo imaginário (dupla-hélice). As cadeias de açúcar-
fosfato estão organizadas mais externamente e estão unidas por meio de ligações de
hidrogênio estabelecidas entre os pares de bases nitrogenadas dispostos mais
internamente. O açúcar encontrado nos nucleotídeos do DNA é a desoxirribose.
Vale salientar que as bases nitrogenadas dos nucleotídeos pareiam-se de
maneira específica. A adenina só se pareia com a timina, enquanto a guanina sempre
se pareia com a citosina. Com isso, temos que as duas cadeias na dupla-hélice do
DNA são complementares, assim, ao sabermos a sequência de base de uma cadeia,
sabemos imediatamente as bases da outra cadeia.
Um fato curioso é que as moléculas de DNA são muito longas, sendo formadas
por vários nucleotídeos. O DNA é a maior macromolécula da célula.

33
- O RNA
O RNA é um ácido nucleico relacionado com a síntese de proteínas. Além
disso, algumas moléculas de RNA apresentam função catalítica, sendo denominadas
de ribozimas.

Figura 11: O esquema de uma molécula de RNA.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/acidos-nucleicos.htm

As moléculas de RNA, diferentemente das moléculas de DNA, apresentam-se


como cadeias simples. Em algumas situações, o pareamento ocorre, mas com bases
presentes em uma mesma cadeia. Essas combinações conferem ao RNA a formação
de estruturas tridimensionais. O açúcar do RNA é a ribose e suas bases nitrogenadas
são a citosina, guanina, adenina e uracila. A adenina só se pareia com a uracila, e a
guanina sempre se pareia com a citosina.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora os seres vivos sejam todos muito diferentes ao nível macroscópico,


verifica-se que exibem semelhanças muito pronunciadas ao nível da sua bioquímica,
nomeadamente na forma que utilizam para guardar e transmitir a informação genética
(no DNA) e na série de reações que utilizam na produção de energia, síntese e
degradação de blocos constituintes/biomoléculas (as vias metabólicas).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

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2006. Vol. 2.

LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica, 4ª.


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MASTROENI, M. F., GERN, R. M. M. Bioquímica: Práticas Adaptadas. Atheneu,


São Paulo – SP, 2008.

PAVIA, D. L., LAMPMAN, G. M., KRIZ, G. S., ENGEL, R. G. Química Orgânica


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PETKOWICZ et. al. Bioquímica:Aulas Práticas. 7ª. Ed. Editora UFPR, Curitiba – PR,
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C3%ADnas%3A%20Estrutura%2C%20Classifica%C3%A7%C3%A3o%2C%20Propri
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