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SISTEMA DE ENSINO CONECTADO

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA - 3º SEMESTRE

LUCAS DOS SANTOS CASSIANO

A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU


COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO

São Gabriel
2021
LUCAS DOS SANTOS CASSIANO
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A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU


COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO

Trabalho apresentado em requisito a Produção Textual


indidual relativa ao 3º Semestre, Portfólio 3 para as
Disciplinas:

Metodologia Científica
Prof.ª Maria Luzia Silva Mariano

Educação de Jovens e Adultos


Prof.ª Tatiane Mota Santos Jardim

Fundamentos da Educação
Prof.ª Erica Ramos Moimaz

Educação Formal e Não Formal


Prof.ª Vilze Vidotte Costa

Práticas pedagógicas: Gestão de Sala de Aula


Prof.ª Heloisa Gomes Bezerra

Didática: Planejamento de Avaliação


Prof.ª Mari Clair Moro Nascimento

Da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

São Gabriel
2021

SUMÁRIO
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1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3

2 EJA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA ........................................................................4

2.1 FATOS HISTÓRICOS,POLÍTICOS E SOCIAIS ....................................................4

3 FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA .............................................................................6

4 A EFETIVAÇÃO DO DIREITO À EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ............7

5 PROCESSO AVALIATIVO DOS ESTUDANTES DA EJA.......................................9

6 CONCLUSÃO ........................................................................................................10

REFERÊNCIAS .........................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

No trabalho será relatado como assunto principal a educação de


jovens e adutos.O uso interdisciplinar dos conteúdos para se compreender ainda
mais sobre a EJA.Na abordagem de temas como função social da escola,a
efetivação ao direito à educação EJA,também o papel do professor e por fim o
processo avaliativo da EJA.A escola e sua função social que col abora na formação
de indivíduos críticos e criativos as quais são características que formam um
cidadão.Os objetivos deste trabalho refletir sobre os direitos dos jovens e adultos e
afumentação de debates sobre o contexto histórico da EJA no brasil e como é
importante na alfabetização dos jovens e adultos.A importância desse trabalho na
aprendizagem do papel do professor, da escola e da sociedade em geral e
principalmente a relevância deste trabalho na formação acadêmica e profissional.O
aprendizado sobre a história da EJA e seu contexto histórico e desafios para ter o
mesmo direito à educação como está previsto na constiuição federal.
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2 A EJA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) se faz notável no Brasil desde a


época de sua colonização com os Jesuítas que se dedicavam a alfabetizar
(catequizar) tanto crianças indígenas como índios adultos em uma intensa ação
cultural e educacional, a fim de propagar a fé católica juntamente com o trabalho
educativo. Entretanto, com a chegada da família real e consequente expulsão dos
Jesuítas no século XVIII, a educação de adultos entra em falência, pois a
responsabilidade pela educação acaba ficando às margens do império
(STRELHOW, 2010). Somente a partir da década de 1930 é que a educação de
jovens e adultos efetivamente começa a se destacar no cenário educacional do país,
quando em 1934, o governo cria o Plano Nacional de Educação que estabeleceu
como dever do Estado o ensino primário integral, gratuito, de frequência obrigatória
e extensiva para adultos como direito constitucional (FRIEDRICH et.al, 2010). Em
1.945 surgiram muitas críticas aos adultos analfabetos. Entretanto a luta com garra e
dedicação por uma educação de qualidade para todos, fez com que a educação de
adultos ganhasse destaque na sociedade. A partir daí, a educação de adultos
assumida através da campanha nacional do povo começou a mostrar seu valor.
2.1 FATORES HISTÓRICOS,POLÍTICOS E SOCIAIS

O ensino dos jesuítas tinha como fim não apenas a transmissão de


conhecimentos científicos, escolares, mas a propagação da fé cristã. A história da
educação de jovens e adultos no Brasil no período colonial se deu de forma
assistemática, nesta época não se constatou iniciativas governamentais
significativas. Os métodos jesuíticos permaneceram até o período pombalino com a
expulsão dos jesuítas, neste período, Pombal organizava as escolas de acordo com
os interesses do Estado, com a chegada da família Real ao Brasil a educação
perdeu o seu foco que já não era amplo.Após a proclamação da Independência do
Brasil foi outorgada a primeira constituição brasileira e no artigo 179 dela constava
que a “instrução primária era gratuita para todos os cidadãos”; mesmo a instrução
sendo gratuita não favorecia as classes pobres, pois estes não tinham acesso à
escola, ou seja, a escola era para todos, porém, inacessível a quase todos, no
decorrer dos séculos houve várias reformas.
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No Brasil, o discurso em favor da Educação popular é antigo: precedeu


mesmo a proclamação da República. Já em 1882, Rui Barbosa, baseado em
exaustivo diagnóstico da realidade brasileira da época, denunciava a vergonhosa
precariedade do ensino para o povo no Brasil e apresentava propostas de
multiplicação de escolas e de melhoria qualitativa de Ensino.A constituição de 1934
não teve êxito, pois Getúlio Vargas o então presidente da república tornou – se um
ditador através do golpe militar e criou um novo regime o qual chamou de: “Estado
Novo”, sendo assim cria – se uma nova constituição escrita por Francisco Campos.A
constituição de 1937 fez o Estado abrir mão da responsabilidade para com
educação pública, uma vez que ela afirmava o Estado como quem desempenharia 
um papel subsidiário, e não central, em relação  ao ensino. O ordenamento
democrático alcançado em 1934, quando a letra da lei determinou a educação como
direito de todos e obrigação dos poderes públicos, foi substituído por um texto que
desobrigou o Estado de manter e expandir o ensino público.A constituição de 1937
foi criada com o objetivo de favorecer o Estado pois o mesmo tira a sua
responsabilidade; uma população  sem educação (educação para poucos) torna a
sociedade mais suscetível  a aceitar tudo que lhe é imposto; logo se entende que
esta constituição não tinha interesse  que o conhecimento crítico se propagasse,
mas buscava favorecer o ensino profissionalizante, naquele momento era melhor
capacitar os jovens e adultos para o trabalho nas industrias.

Um dos precursores em favor da alfabetização de jovens e adultos foi Paulo


Freire que sempre lutou pelo fim da educação elitista, Freire tinha como objetivo
uma educação democrática e libertadora, ele parte da realidade, da vivência dos
educandos.Ao longo das mais diversas experiências de Paulo Freire pelo mundo, o
resultado sempre foi gratificante e muitas vezes comovente. O homem iletrado
chega humilde e culpado, mas aos poucos descobre com orgulho que também é um
“fazedor de cultura” e, mais ainda, que a condição de inferioridade não se deve a
uma incompetência sua, mas resulta de lhe ter sido roubada a humanidade.  O
método Paulo Freire pretende superar a dicotomia entre teoria e prática: no
processo, quando o homem descobre que sua prática supõe um saber, conclui que
conhecer é interferir na realidade, de certa forma. Percebendo – se como sujeito da
história, toma a palavra daqueles que até então detêm seu monopólio. Alfabetizar é,
em última instância, ensinar o uso da palavra.
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3 FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

   A função social da escola é a formação de indivíduos críticos e


criativos que possam exercer plenamente a cidadania, participando dos
processos de transformação e construção da realidade. Ter clareza da função
social da escola e do homem que se pretende formar é essencial para que a
prática pedagógica seja competente e socialmente comprometida, assim mais
claramente as funções do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), mostram para a
sociedade atual seu valor e necessidade de existir.
 O Brasil ingressou na década de 90 com 35 milhões de brasileiros em
condição de pobreza absoluta, 30 milhões de analfabetos e 22 milhões de
pessoas fora do mercado de trabalho por absoluta desqualificação profissional.
Diante dessa realidade pretendeu-se instituir o que convém chamar de “escola-
cidadã”, que expressa uma política educacional fortemente marcada pelo
empenho em criar novos laços entre ensino e sociedade, abrangendo ideias do
que se quer ensinar, como se quer ensinar e pra quem se quer ensinar e,
sobretudo, indica uma escola onde se aprenda mais e melhor, combatendo
assim, a crise de baixa qualidade de ensino. Essa transformação equivale a por
em prática os princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional   N.º
9394/96, que sustenta o compromisso por excelência da escola brasileira com a
construção da cidadania, onde o educando não é só cidadão do futuro, mas é
cidadão hoje. Com essa visão, o que se pretende é fortalecer as manifestações
do espírito democrático, participativo e valorizador da autonomia que deve
caracterizar a educação de base em nosso país. Os longos anos de autoritarismo
que marcaram nossa história restabelece o compromisso com a consolidação da
democracia, fornecendo acesso a informações necessárias para uma opção
política consciente. Isso vai além das atitudes durante as eleições, implica
também em possibilitar maior participação e responsabilidade em todas as
dimensões da vida pública, consolidando a identidade da nossa nação e tendo
consciência de direitos e deveres, disposição para participação, para o debate de
ideias e reconhecimento de posições diferentes das suas.
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4 A EFETIVAÇÃO DO DIREITO À EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

As atuais políticas públicas voltadas para o âmbito educacional no


Brasil têm sofrido a influência cada vez mais perversa do modelo econômico vigente,
o neoliberalismo. É neste cenário que vivenciamos uma perspectiva educacional que
segrega o alunado, fragmenta o conhecimento, traduzido em um currículo
engessado, e reduz a escola a um mero processo de formação baseado apenas na
transmissão de conteúdos científicos onde poucas vezes estes são vistos como
necessários aos estudantes para sua vida cotidiana.
A oferta da educação de jovens e adultos, na esfera governamental,
sempre esteve atrelado à perspectiva assistencialista e compensatória, em que os
sujeitos excluídos do processo escolar na idade dita "regular" retornariam a escola
para ser alfabetizado e incluído no mercado de trabalho. Esta perspectiva em
relação a EJA permeou as políticas públicas da área até meados da década de 80,
onde inicia-se no país um movimento de reivindicação da oferta pública, gratuita e
de qualidade referente ao ensino do 1º grau para jovens e adultos ressaltando a
importância da construção de uma identidade própria e específica para atender a
este público.A promulgação da LDB nº 9.394/96 trouxe um grande avanço para a
educação de jovens e adultos, ao considerá-la como uma modalidade da educação
básica, nas etapas do ensino fundamental e médio. São as especificidades próprias
das pessoas jovens, adultas e idosas, no que se refere ao desenvolvimento e
aprendizagem que são reconhecidas e com elas a necessidade da escola pensar e
construir estratégias próprias para o trabalho com este público.
A EJA anteriormente, tratada numa perspectiva assistencialista e
compensatória, agora assume uma nova proposta: o compromisso com a formação
humana e o acesso à cultura geral, dos sujeitos que por diversos motivos não
concluíram seus estudos na idade própria. E, ao retornarem a escola, esta deverá
proporcionar aos educandos o desenvolvimento da consciência crítica, de atitudes
éticas e do compromisso político, oportunizando sua autonomia intelectual (DI
PIERRO, 2005).
Muitas são as expectativas acerca das políticas públicas para a EJA,
a fim de proporcionar a este público uma educação pública de qualidade que priorize
as especificidades culturais, sociais, psicológicas desses sujeitos no processo
ensino aprendizagem e de formação humana. Os espaços de reivindicação, diálogo
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e formação protagonizam relações de cooperação, debates e conflitos com os


governos objetivando influir diretamente nas políticas pensadas para esta
modalidade, inúmeras vezes numa perspectiva de negação de um direito
conquistado há décadas.
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5 PROCESSO AVALIATIVO DOS ESTUDANTES DA EJA

O processo de avaliação na Educação de jovens e adultos (EJA) se


dá numa forma de investigação com muita atenção, aproveitando tudo o que o aluno
traz consigo. Avaliar é, sobretudo, uma forma de entender a vida do aluno. Não deve
ser uma cobrança de aprendizagem, e sim entender e apreciar cada ação dos
discentes diante do aprendizado adquirido em sala de aula ou fora dela, respeitando
sua bagagem trazida e adquirida.
No processo avaliativo, pode-se assegurar que os jovens e adultos
na EJA, têm o direito de estar em sala de aula e o mestre transmitindo seus
conhecimentos adquiridos no seu dia a dia, para que estes jovens e adultos
comecem a compreender o processo avaliativo de acordo as suas necessidades.
Porém, cabe ao educador, utilizar uma metodologia eficaz e coerente, utilizando
livros didáticos que abordem conteúdos que poderá ajudar na avaliação. A avaliação
consiste em um processo de definição de objetivos, uso adequado de procedimentos
para coleta de informações, a fim de tomada de várias decisões, que podem e
devem concorrer para a melhoria e transformação de objetos a serem avaliados.
Berger (2011, p. 13) afirma que: “A avaliação é uma ação presente em nosso dia a
dia, pois sempre estamos diante de situações que exigem análise e tomada de
decisão”. Portanto, a avaliação é considerada, em sua totalidade, como um processo
do qual os educadores também participam do desenvolvimento do educando,
refletindo a respeito de sua própria atuação junto a eles. É a avaliação que se
possibilita redirecionar os objetivos dos estudantes do EJA, com a finalidade de
reestruturar na sociedade.
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6 CONCLUSÃO

A importância deste trabalho sobre a relevância deste tema a


escolarização dos jovens e adultos analfabetos e com baixa escolarização.Como
visto neste trabalho a educação dos jovens e adultos tendo como precursor Paulo
Freire que foi uns primeiros que buscou alfabetizar jovens e adultos que tinha
obetivo por fim em uma educação elitista visando ter uma educação democrática e
libertadora.Também possível perceber que a EJA tinha uma perpectiva apenas
assistencialista e compensátoria mas que a longo dos anos e principalmente pela a
busca pela efetivação ao direito à educação a EJA também começou buscar a
formação intelectual desse jovens e adultos.Em relação ao processo avaliativo deste
jovens e adultos vemos a importância da avaliação levar em consideração a
bagagem histórica e cotidiana as quais possam contribuir no processo de
aprendizagem.Entede-se,portanto,como a EJA muda a vida de jovens e adultos
através do conheciemento histórico e social podemos perceber a relevância deste
trabalho para a formação acadêmia e profissional e para sociedade em uma forma
geral que aguarda cidadão formados e letrados preparados para o mundo.
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REFERÊNCIAS

A Escola e o Ensino de Jovens e Adultos (EJA): Uma Função Social: Disponível


em http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-escola-e-o-ensino-de-jovens-e-
adultos-eja-uma-funcao-social/ Acesso em : 02 abr. 2021.

DE SOUZA,Claudenôra Maria;DO NASCIMENTO;Valter Oliveira;DOS SANTOS;


Patrícia Batista.O processo avaliativo na educação de jovens e adultos.Cadernos
de Graduação,2016,v.3,n.3,p.159-170,outubro,2016.

DE SOUZA,Thiana do Eirado Sena;GONÇALVES,Maria de Passos


Brandão;JUNIOR,Adenison Cunha.O processo histórico de consolidação da
educação de jovens e adultos:As politícas públicas voltadas para EJA e a luta
dos movmentos sociais para a efetivação do direto à educação.Disponível :
https://anpae.org.br/simposio26/1comunicacoes/ThianadoEiradoSenadeSouza-
ComunicacaoOral-int.pdf /Acesso : 02 abr.2021.

História da EJA no Brasil: Disponível: https://pedagogiaaopedaletra.com/historico-


da-eja-no-brasil/Acesso em : 02 abr.2021.

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