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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUDAMENTAL E MEDIO PROF.

FRANCISCO DA SILVA NUNES


TÉCNICO EM ENFERMAGEM

1- Dayanne Amaral
2- Larissa Lima
3- Sara Wemily
5- Susany santos
4- Viviann Leticia

MAL DE PARKINSON

BELÉM
2022
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1- Dayanne Amaral
2 - Larissa Lima
3- Sara Wemily
5- Susany santos
4- Viviann Leticia

MAL DE PARKINSON

Trabalho apresentado no curso de


técnico em enfermagem da Escola
de Ensino Fundamental e Médio
Prof. Francisco da Silva Nunes.

Orientador: Suellen Moura

BELÉM
2022

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................... 4

2 DESENVOLVIMENTO ......................................................... 4

3 FISIOPATOLOGIA............................................................... 5

4 QUADRO CLÍNICO ........................................................... 5

5 DIAGNÓSTICO.................................................................... 5-6

6 TRATAMENTO..................................................................... 6

7 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM...................................... 6-7

REFERÊNCIAS ........................................................................ 8
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Doença de Parkinson
Introdução
A doença neurológica é definida como uma lesão ou dano do sistema
nervoso Central (SNC) ou periférico que evolui de forma progressiva e
irreversível, limitando as funções vitais, principalmente as de classe neurológica
e osteomuscular com impacto na pessoa e em sua família (1). Dentre as doenças
neurodegenerativas destaca-se a Doença de Parkinson (DP), resultante da perda
de células nervosas da substância negra compacta e outros núcleos pigmentados
do tronco encefálico, definida como um esgotamento do neurotransmissor
dopamina (1).
Desenvolvimento
Doença neurodegenerativa é um conceito que abrange uma série de lesões
nos neurônios do encéfalo. Com o decorrer da idade o número de células
cerebrais regride, levando em consideração que células nervosas não se
regeneram. Em alguns estudos tem-se observado que no sistema nervoso, em
certas doenças, há um aumento da concentração de ferro na substância negra (6).
A substância negra é localizada na parte central do seguimento mesencéfalo,
onde se acumula o ferro e esse aumento implica em um mecanismo oxidativo,
que contribui para a degeneração neural (6). A DP foi descrita por James
Parkinson em 1817 e era chamada de paralisia agitante por cerca de 50 anos, até
que Jean Martin Charcot atribuísse à doença o epônimo de seu descritor (1). A
prevalência da doença é de 85 a 187 casos para cada 100.000 habitantes. O perfil
epidemiológico, entre 60 e 75 anos, incide sobre três homens para cada duas
mulheres. Apesar de raro, os jovens podem ser acometidos e a doença recebe o
nome de Parkinson Juvenil ou de Parkinson Precoce quando atinge indivíduos
entre 21 a 40 anos (3). A diminuição dos níveis de dopamina é responsável pelo
surgimento dos sintomas motores e a morte das células nervosas, no entanto
fatores ambientais como as toxinas podem estar ligadas ao processo
neurodegenerativo, acarretando falência mitocondrial e estresse oxidativo. A
etiologia pode estar relacionada aos seguintes fatores de forma isolada ou
associada: a ação de neurotoxinas-ambientais, produção
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Fisiopatologia
A doença de Parkinson está associada à morte de neurônios
dopaminérgicos presentes na região compacta da substância negra, ocorrendo
uma diminuição da quantidade de dopamina. Tal fato compromete os
movimentos realizados pelo indivíduo acometido, uma vez que ocorrem
alterações nos circuitos dos núcleos da base, mais especificamente na via
nigroestrial.
Nesse contexto, essas modificações fisiopatológicas estão relacionadas aos
sintomas motores observados nessa doença(5). Além disso, na doença de
Parkinson, pode-se observar um acúmulo de proteína alfassinucleína no tecido
neuronal, caracterizando o surgimento de corpos de Lewi. Tais componentes se
espalham de forma lenta e progressiva, causando danos e morte neuronais e,
consequentemente, ocasionando a perda de neurônios dopaminérgicos, fato que
promove alterações no movimento.
Acredita-se que alguns fatores estão relacionados à ocorrência de doença
de
Parkinson, como predisposição genética, contato com neurotoxinas ambientais,
estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais e excitotoxicidade.
Quadro clínico da DP
Sinais cardinais da doença de Parkinson são o tremor de repouso, a
bradicinesia, a rigidez e a instabilidade postural. O tremor de repouso, como o
próprio nome já sugere, é mais evidente em momentos de inatividade,
apresentando um padrão típico de “rolar pílulas” quando afeta as mãos(5). Tal
sinal cardinal é o menos incapacitante, se comparado aos outros sinais, uma vez
que costuma ser amenizado com a movimentação. Além disso, torna-se mais
evidente em momentos de ansiedade, excitação emocional e estresse(5).
Diagnóstico da DP
O diagnóstico da DP é realizado através do exame clínico, com base nos
sinais e sintomas apresentados pelo paciente e através de exames de imagem,
como Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM), que
possibilita ver o tecido neural e possíveis perda de massa (4). O tratamento é
ajustado de acordo com as necessidades de cada paciente, é paliativo e busca
proporcionar qualidade de vida, podendo ser medicamentoso ou cirúrgico. O
tratamento medicamentoso varia de acordo com a necessidade de cada portador
de Parkinson, a opção por uma droga ou drogas específicas são influenciadas
pelo estágio da doença (4). Nos estágios I e II da DP a droga mais utilizada no
tratamento é o deprenil com dose de 5 mg duas vezes ao dia. Acredita-se que seja
inibidor da monoamino-oxidase B e tenha capacidade de lentilicar a progressão
da patologia. Nos estágios III, IV, V e VI torna-se necessária a introdução da
Levodopa no tratamento de forma isolada ou associada a outras drogas. A
Levodopa é o antecessor da dopamina e age aumentando seus níveis, restaurando
o equilíbrio de neurotransmissores entre a dopamina e a acetilcolina, além de
diminuir a acinesia que resulta na perda dos movimentos
5
involuntários e a rigidez muscular (2). Os procedimentos cirúrgicos que podem
ser realizados para o tratamento da DP envolvem as áreas do cérebro mais
atingidas pela doença, devido à redução dos níveis de dopamina decorrente da
falência de neurônios na área e compreendem: cirurgia ablativa (envolve o globo
pálido); estimulação cerebral-profunda (bloqueio de descargas elétricas anormais
no globo pálido e tálamo) e transplante de células produtoras de dopamina nos
dois lados do cérebro, sendo indicados quando o paciente não corresponde ao
tratamento medicamentoso e desde que os movimentos não estejam
comprometidos (2).
Tratamento da DP
O tratamento da doença de Parkinson se dá por duas formas: a não
medicamentosa e a medicamentosa. O tratamento não farmacológico envolve a
educação do paciente e sua família sobre a condição encontrada, o uso de suporte
psicológico, a realização de atividade física, a presença de terapia ocupacional, a
execução de práticas de meditação e a promoção de uma nutrição adequada com
uma dieta rica em fibras. O tratamento farmacológico pode incluir alguns
fármacos e tem, como objetivo, reduzir os sintomas e manter a funcionalidade do
paciente, proporcionando a ele maior qualidade de vida. Levodopa, a medicação
mais conhecida, é uma precursora da dopamina e pode ser associada a um
inibidor da descarboxilase para prevenir a metabolização periférica. Ela age
melhorando o tremor e a rigidez. Alguns pacientes, entretanto, podem apresentar
uma resposta que envolve flutuações motoras e discinesia. Agonistas
dopaminérgicos, como o pramipexol, também podem ser usados. Entre seus
efeitos colaterais, encontram-se hipotensão postural e náusea, que podem
comprometer a terapia. A terapia adjuvante pode ser realizada com inibidores da
COMT, como o entacapone, inibidores da MAO-B, como a selegilina, e, por fim,
a amantadina.
A assistência de enfermagem ao paciente com a DP
É complexa, nesse sentido o enfermeiro deve desenvolver ações a fim de
cuidar do paciente conforme sua sintomatologia, prevenindo o agravo e
desenvolvendo promoção à saúde. Essas ações exigem que a equipe
multidisciplinar foque amplamente a reabilitação do indivíduo, envolvendo o
contexto familiar, sociocultural e psicoespiritual (7). Para que o profissional
exerça seu trabalho é importante ter como base o conhecimento técnico-
científico, a partir daí o enfermeiro estabelece os cuidados específicos para o
paciente. Para o enfermeiro aprimorar seus cuidados há uma ferramenta chamada
de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que auxilia de forma
significativa, melhorando a qualidade da assistência prestada, trazendo
autonomia para que tome decisões e faça estratégias de cuidado efetivando a
segurança do paciente (6). O enfermeiro deve realizar a sistematização da
assistência de enfermagem, na qual deve conter todas as prescrições dos cuidados
que serão prestados. A partir da consulta de enfermagem é realizado o
diagnóstico, para as possíveis intervenções (7).
6
A SAE deve ser implantada em todos os âmbitos da assistência de enfermagem.
O processo de enfermagem deve ser realizado de modo determinado e
sistemático, constituindo-se de cinco etapas: coleta de dados de enfermagem (ou
histórico de enfermagem), diagnóstico de enfermagem, planejamento,
implementação da assistência e avaliação de enfermagem (8). Faz-se necessário
estabelecer uma comunicação efetiva com o paciente, capaz de interferir na
relação paciente-enfermeiro, facilitar e promover o desenvolvimento e o
amadurecimento das pessoas e influenciar comportamentos. É primordial
desenvolver medidas de enfrentamento positivo da doença, proporcionando
conforto emocional ao paciente e à família. É imprescindível que haja um
comprometimento de toda uma equipe multidisciplinar nos cuidados ao paciente
portador da doença (9). Os profissionais de enfermagem devem disponibilizar
maior tempo para o acolhimento do paciente e familiares, sendo assim, faz-se
necessário que na sua atuação, a postura profissional e a responsabilidade pelo
processo de cuidar sejam de base de uma boa formação. O autocuidado é de vital
importância em qualquer idade, devendo a assistência do profissional de
enfermagem acontece de modo contínuo, de forma que na medida do possível
estimule o portador da doença a se autoconhecer e auto cuidar-se (10). Deve-se
sempre orientar o paciente e os familiares sobre qualquer procedimento a ser
realizado, pois se o for no âmbito domiciliar os cuidados e responsabilidades
serão da família e profissionais envolvidos no cuidado (13). O enfermeiro precisa
ter consciência do estado mental e capacidade funcional do idoso, só assim para
estabelecer os cuidados de acordo com seu estado de saúde (14).
7
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
Ferraz HB. Doença de Parkinson: prática clínica e terapêutica. São Paulo:
Editora Atheneu; 2005. p. 1-35.
(2) Souza CFM, Almeida HCP, Souza JB, Costa PH, Silveira YSS, Bezerra
JCL. A Doença de Parkinson e o Processo de Envelhecimento Motor: Uma
Revisão de Literatura. Rev. Neurocienc. 2011;19(4):718-723.
(3) Galvão TDLA, Oliveira KKDD, Maia CAADS, Miranda FAND. Assistência
à pessoa com Parkinson no âmbito da estratégia de saúde da família. Rev. pesqui. cuid.
Fundam. 2016;8(4):5101-5107.
(4) Belo LR, Lins SC, Cunha DA, Lins O, Amorim CF. Eletromiografia de
superfície da musculatura supra-hióidea durante a deglutição de idosos sem doença
neurológica e idosos com Parkinson. Rev. CEFAC. 2009;11(2):268-280.
(5) Academia de Medicina Geriátrica e gerontologia de Sobral
(6) Alho ATDL. Caracterização da substância negra humana durante o
envelhecimento [Tese de doutorado]. Universidade de São Paulo; 2011.
(7) Tosin MHS, Campos DM, Blanco L, Santana RF, Oliveira BGRB.
Mapeamento dos termos da linguagem de enfermagem na doença de Parkinson. Rev
Esc Enferm USP. 2015; 49(3):411-418.
(8) Passos VCS, Volpato ACB. Técnicas básicas de enfermagem. 4º ed. São
Paulo: Martinari; 2014. p. 71-82.
(9) Brasil. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 358/2009
(BR). Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação
do Processo de Enfermagem em ambientes públicos ou privados, em que ocorre o
cuidado profissional de enfermagem e dá outras providências. Conselho Federal de
Enfermagem. 2009.
(10) Cunha JXP, Oliveira JB. Autonomia do idoso e suas implicações éticas de
enfermagem. Saúde em Debate. Rio de Janeiro. 2012;36(95):657-664.
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