Você está na página 1de 98
ssh no Present & Eatorinchle -—_Axeeutive Vice President & Publisher Ch Raeeative alte PT Sener Eater Aston iter Cedi A Dire Co Design Direct Art Direct Desaner VL WiSEeetive Bieter LL Weefinance m Operations Li WPeegnsed Publishing CNP Managing ate ‘Senior VP-Advertising & Promations reeutive Diestor-Manufecturing CTT Fe General Counsel atrial Directer-wileStorm NP Ceneral Manager-WidStorm CL WPebireet Sales TE MOUSE ON THE BORDERLANO. Publ by OC Comey. 1700 Eacanoy, Ne York NY 10539 Copy © J0O0 Semon Revo aed Pahutd Corben. todocson Copyeht © 2060 An Noor A Fs Rene ERT a uric ltr nn mop Be Acie eres thre! and ead ncaa waders OC Cees. Te dere chron wd ects mere ope dr eet son teen eye ip Freed Cae 19 Cons A draco Ware ro {ere Wrper Eerie Corp Do Raver Artist [it “ever Enlr/ Separator CT Tiga Design De William Hope Hodgson Adaptacéo Simon Revelstroke L Richard Corben Desenhos Richard Corben Traducio Hettor Pitombo Digitagao Michele Letras & Revisio Warlord Cores Lee Loughridge WILLIAM HOPE HODGSON'S - sa H Fim do Mundo *: eet Antes de comecar esta introducio, é necessdrio fazer uma confisséio franca e deixar as coisas as claras desde o princi- pio: esta no é uma introducto para a obra que esta em suas maos, a qual, na verdade, o autor desta introducdo nao viu em suo totalidade. (Ele, no entanto, viu o suficiente para perceber que este album representa o seu artista, Richard Corben, na sua melhor forma visiondria, a de um gigante genuino do veiculo quadrinhos. Mas por outro lado, se vocé j@ comprou este livro, certamente nao precisa de uma intro- dugao para informa-lo do fato.) Esta introdugao, portanto, diz menos respeito 4 adaptacao em questdo do que co material que Ihe serviu de fonte: a magnifica obra fantastica do comeco do século 20, The House on the Borderland. Este livro, junto com seu autor e alguns de seus contempordneos ou quase contemporiine- os, representam um fesouro enterrado da literatura que pode enriquecer incamensuravelmente nosso atual panorama cul- tural profundamente moribundo, se ele simplesmente nao estivesse enterrado — se nao houvesse sido cruelmente en- terrado vivo em primeira instancia. Por “enterrado”, lé-se esquecido, marginalizado, desqualificado. Parece que, com a chegada de Jane Austen ao mapa literario, houve um consenso subito e undnime junto a fraternidade critica de que os dramas socialmente realistas “de sala de estar” e as vivazes comédias de costu- mes nao seriam meramente o ponto mais alto que todas as obras deveriam aspirar, eles eram a dnica forma de escri- fa que poderia ser considerada como literatura séria e ge- nuino. Com isso, de um sé golpe, todos os géneros de fic- G0 e fontasia foram rotulados como impuros e destinados aos guetos distantes e afastados das torres de marfim da respeitabilidade literaria. E bem verdade que existem alguns poucos nomes que so- breviveram de alguma forma ao purgatorio: Poe, Lovecraft (apenas). Talvez Bram Stoker, devido apenas ao sucesso permanente de Dracula. Talvez um ou outro cujos nomes me escapam 4 meméria neste momento, o que, de qual- quer maneira, serve para sublinhar o ponto basico: Enter- rado. Desqualificado. Esquecido. 0 que falar de Lord Dunsany, com suas fabulas curtas e per- feitas de uma ou duas paginas? E quanto a Clark Ashton Smith, seu estilo iridescente de prosa, cujo retiro foi parcial- mente usado para lapidar seixos na forma de visdes sugesti- vas e fantasticas cabecas de deménio, e depois joga-los fora, talvez para serem encontrados décadas mais tarde por al- gum estranho, que com certeza ficaria maravilhado pelo resto do vida? O que dizer de Arthur Machen, com The Three Impostors ov The Great God Pan, que se juntou a len- daria irmandade de magia Golden Dawn, e teve visdes de Sion se erguendo por sobre os quarteirdes e os terracos de Holbourn, onde o vento nao bate? E quanto a M. P. Shiel, “o mago da gema incrustada”, que vivio muito acima do peso e fugia da sadde rondando as ruas de Londres na penumbra, usando trajes com luzes alimentadas por baterias, para alertar os cocheiros e os pedestres de sua presenca? E 0 que pode ser dito sobre William Hope Hodgson? Hodgson nasceu em 1877 numa aldeia rural de Essex, um dos doze filhos de um severo pastor da Igreja Anglicana. Embora trés dos filhos tivessem morrido durante a infancia, pode-se imaginar as tens6es e provacoes pelas quais uma familia tao grande, simples e empobrecida do periodo teve de passar. Evidentemente, aos 14 anos, Hodgson sentia a necessidade de se libertar de suas origens, e por isso virou aprendiz de criado de camarote de navio e passou os oito anos seguintes no mar, em condicdes que fariam sua vida anterior e congestionada ao lado da familia parecer um idilio perdido, Hodgson abandonou a vida de marinheiro em 1899 e se dedicou a seus outros interesses, a literatura e a foto- grafia, como meio de sobrevivéncia, submetendo historias para as revistas populares da época. Seu primeiro romance, The Books Of The “Glen Carrig”, foi publicado pela primeira vez em 1907. Sua obra-prima reconhecida, The House On The Borderland, apareceu em 1908. Nao é tarefa facil descrever seu trabalho, a aura e o carisma que o rodeiam, evidentes antes mesmo do livro ser aberto. 0 sorvedouro louco de imagens retoricas e fantasticas, as nocdes violentas e apocalipticas que ele contém. 0 ranco que deixa na mente, é como o de um conhaque que pertence a uma boa safra. Por que é tao poderoso e tao memoravel? Talvez a ressonéncia ligubre do romance de Hodgson pos: sa ser, em grande parte, atribuida ao perfil obscuro, pro- vavel e inconscientemente psicoldgico e intuitivo que ele traca, tanto de Hodgson como autor da obra, quanto de nds como leitores dvidos. Jungiano sem recorrer a Jung, 0 prédio oscilante e cheio de andares do qual a historia pega o seu nome, com seres suinos selvagens que bro- tam dos abismos ancestrais que estdo debaixo do ultimo porto, é uma metafora perfeita da consciéncia humana; Os torres do sdtdo da mente cujas janelas dao para pro- fecias e visdes, e o subsolo do sonhar em trevas que fica embaixo. Os impulsos selvagens da visdo dos porcos que Gs vezes vém a tona. O autor e poeta lain Sinclair, que viajava pela costa ocidental da Irlanda, passou perto de uma ruina quase idéntica, posicionada quase que no mesmo lugar da casa do livro de Hodgson. A verdadeira localizacdo da casa e da fronteira em cima da qual ela se ergue, entre 0 pensamento desperto e o reino noturno do inconsciente, esté dentro de nos. Espalhadas pela norrativa, ha estranhas evasivas, insinua- (Ges abscuras, sussurros na mente do protagonista, talvez até mesmo na do autor. A irma, apavorada, trancada em seu quarto, aparentemente tem mais medo do proprio reclu- so do que dos horrores e dos guinchos que fervilham das fundacdes do casa que ambos dividem. Alguém pode querer imaginar, talvez de um jeito fantasmagérico, a vida familiar na zona rural de Essex, com doze ou treze pessoas numa sé casa. A experiéncia de Hodgson como criado de camarote de navio durante aqueles oito anos. Homens resmungando, com olhos pequenos e redondos como os dos porcos. Toda essa experiéncia, seja ela real ou imagindria, vai sendo filtrada no construcdo dessa casa de pesadelos, até que esta ganhe sua arquitetura sombria. Porém, evidentemente, em meio aos horrores, ha maravi- thas arrebatadoras e irresistiveis: a casa subitamente trans- Portada, postada no meio de um platé alienigena, parecido com uma arena, cercado, @ distancia, pelas formas monta- nhosas e imoveis dos deuses com cabecas de feras. A visio do tempo se acelerou até que a passagem do dio e da noite se fornasse um borrio estroboscopico. Primeiro a casa, de- pois a propria Terra e, finalmente, o Universo entrando em colapso até se extinguir de forma cadtica, caindo num “sol negro” ndo totalmente dessemelhante a nossa compreenstio moderna dos buracos negros e de suas propriedades incomuns. Para um escritor de fantasia, acabar com o Uni- verso no decorrer de um romance equivale mais ou menos a Jerry Lee Lewis pér fogo num piano para terminar seu ato: algo dificil de ser superado, de acordo com qualquer linha de conduta. Mas, depois que a historia 6 concluida, é a imagem dos horrores que permanece; vestigios das criaturas suinas re- virando ruinas em chamas numa visdo de algum futuro nao especificado, ov de um rosto enorme espiando através das janelas do andar de baixo. Olhando para tras, conside- rando o periodo no qual o autor colocou esses pensamen- tos inquietos e imagens exageradas no papel pela primei- ra vez, é dificil, mesmo com uma percepcao tardia, nao pegar um sopro de profecia na visdo que Hodgson tem do fim do mundo: em 1913, depois de publicar o notavel Carnacki The Ghost Finder (1910) e sua extraordind- ria fantasia épica The Night Land (1912), Hodgson se casou e mudou-se durante um tempo para o sul da Franca, voltando para casa quando eclodiu a Primeira Grande Guer- ra. Em 1915, Hodgson se alistou no exército britanico e recebeu uma patente como membro do pelotao de artilha- tia de campo da Gra-Bretanha. Primeira Guerra Mundial. Formas meio-humanas correm arqueadas e agachadas através da luz intermitente irradia- da por capsulas de cartuchos de municéo. Tudo e todos aca- bam sendo sugados para dentro da guerra, da lama das trin- cheiras, do sol negro. Ao ser jogado no chao por um cavalo em 1916, Hodgson poderia, honrosamente, ter deixado a guerra para tras, voltado a Inglaterra usando seu ferimento como um bilhete de ouro para seu retorno ao lar e escrito suas memorias. Parecia, no entanto, que a influéncia do sol negro sobre ele era muito intensa. Assim que se recuperou, realistou-se e, no ultimo ano da guerra, em abril de 1918, foi morto em aco perto de Ypres, numa explosao. Este homem fascinante e sua obra extraordindria nao de- vem ser enterrados, nao podem ser mal representados nos arquivos das correntes literarias, e nem merecem deixar de ser requisitados nas bibliotecas. Tampouco qualquer grande escritor de fantasia merece ser banido para o submundo da cultura, para que sua reputacao fique pegando poeira por conto de um decreto autoritario qualquer, feito por um siste- ma literario sem representatividade, e que so age em pro- veito proprio. Leia este album e depois corra atras da obra original. Se ainda estiver interessado, procure uma copia de Carnackie, se quiser, busque outros autores que facam par- te do circulo de malditos de Hodgson, sejam os de sua gera- Go (possivelmente Algernon Blackwood, ou David Lindsay, autor da alegoria sobrenatural Voyage to Arcturus), ov de ficcionistas de periodos posteriores como Angela Carter, M. John Harrison, Jack Trevor Story, Mervyn Peake ou Maurice Richardson. A fantasia, por si so, é uma fronteira entre aquilo que é pal- pavel e real e o que é imaginario. Num certo sentido, todos 0s escritores que trabalham com este género montam suas casas no tal territorio eqiiidistante. Eles se tornam reclusos, canalizando suas visdes, tentando descrever os rangidos e os baques que sdo ouvidos ocasionalmente das adegas do in- constiente. As obras estranhas e maravilhosas que produ- Zem sao, normalmente, artificios de uma beleza enorme e cativante, para serem apreciados e valorizados. Elas repre- sentam a imaginacdo solta e sem restricées, talvez a dnica defesa que tenhamos contra as criaturas suinas que ainda bufam e estdo enraizadas por entre as tabuas do chao de nossa cultura. A casa de Hodgson ainda esta de pé, seja dentro da tiragem pequena de um catalogo de livros de segunda mao, ou res- suscitada de uma forma diferente, como a deste album. Nao sdo necessarias visitas. Reserve hoje o seu quarto. Alan Moore Northampton ‘Agosto de 2000 MEU RELGSTO ve BOLO, TALVEz AcHas- SEM MERDAL EU PULSO ESTA QUEIMANDO! HO QUE ME APASTAR RATIOS DA Lud, € MAIS LMA SENDA PARA AGUILO! Ce a rs Oo i A © CHEIRO DE uRzE, AQUELES SILENGIOS DE - ‘SONHO ESMERALDA, aa! MALTA (\ oxeoro! esrava \\ auase me esque- AMM MUA? CALIF! estou COM SEDE, CAMARADAL ESTA COM Se0e DESDE GUE FOMOS EXPULEOS DE ‘OXFORD, ED! PENSE! GUE UM PASSEIO *CULTURALY APE PELs MONOLITOS TRLANDESES PUDESSE NOS TRAZER DE VOLTA, ALEMA DO Mais, NAO SINTO NENHUMMA ‘SAUDADE DA. £ 1660 MESMO QUE SOMOS AGORA, : PLIBUSTETROS & ESPIRITOS LIVRES. VAMOS, SAGUEAR O MUNGO... OU PELO MENDS AGUELE VILAREJO. VOCE ACHA GUE ELES JA DECOBRIRAM CALIMA! © PROPRIO VALERAY JA DEVE TER ACENDIDO UMA CHAMA EM CADA LAREIRA. VAMOS! Be 0: 176) FOr 0 LIVER DO MOVIMENTO REPUBLICANO SIN FEIN, PEPLBLICA DA TRLANDA 10 ESTADISTA TRLANDES EAMION DE VALERA (1662-I © CHEGOLI A PRIMEIRO-MINISTRO & PRESIDENTE no se Teara ve uM Waki NOS EN- FlaNnco? GANGUIE © CERVE.JIA] JA ME DISSERAM, ACABAIA COM £5 GUALDADES. SE LEMBRA 00 ESTRONDO | ue ouvimos vinoo DAGUELE ABISMO? LIDADO, COLIN! UM GRITO DAS AcuAS, VAsTO ESTA BEIRADA NAO ME COMO A PROPRIA CRIACAO, PARECE SEGURA POSS0 OUVI-LO AGORA. ‘OUI O REDEMOINHO SOTERRAR OS OLITROS GONE. HO QUE NOS LIVRAMOS b08 cAES. 04, EOWA auisena NN TER L100 AQUEL INTRODUGAO. NOSSO SENHOR, ‘a6... Sou tum f youn UMA FOLEADA FIQL € OLHO EM NosE0S Para registrar os graves 6 terriveis incidentes que se abateram sobre si priprioe Sud companheira, A CASA DO FIs Do MUNDO" on homem velho, Vivo aqui nesta casa antiga, cercada de jard mal cutda ins enormes e FAcordei, palido e m do de sibr e, para d teresse di todos 0s son ime e5ct rose mudo nu feitica Como hai significados Ga Sager io, er ais hit 0 nos atingi ng enda coluna de mA et Wy > Sion ea hy (SE), Meu Deus ext estava muito distantel, RJ a 7] i... > Led eI LP E ix VOQ, hy rroys reat 2 transformou sum matadouro, ATs NYY , umsom “e miturnes com bal atingndo carne doente celana, xe despedagava’ D orincio “ft a inarto de "Stary. Orespirar it tranguilizou. Como minha inna me tirou-- de sinats de arron mas cts tudo et surpreendentemente, em orden. eee ‘meus sonhos? Quem huria preparado esta ratacira e com que objetivo? rar por um bom tempo ‘do ovevi nenkun Sony de impacto, ‘Eu devo ter offiado Fundo” Sn parses pana aoa aria end aot tieetd empithel vdNes petacas di rochas on cina da tame coraga treme aa rece ee stor Oe ‘ashen na font, O resaar da Sante tomar ecile uma gargalhada ni- niga, distante potin crescent J de tarde quando ‘volte ad jardin. Fiquet muito ssurpreso ao ver Matty alt sen- com ui Pepper sem for- ‘Estava animiade: Ela ia sor amesm pessoa. quanto-eu me, aproximava, no jeito FR 24 pepper treme enquanto a indo de He 1 0 alhar: 2 treiro que el “3 y ime dirigia en- i) i y EN Yamais sairei deste , a Paso vol ligar!"Disse sob ‘Mas havi tomado uma ees ‘protesto. "famais! Disse a ela que tafee= rperada. Seremos parte _fosse mellior desistir de alugar ile até 0 fin ‘aquela residéncia dos tempos” ie =f Pray antes que os soins eas cs extrgeugancas a ela relacionados | ss 3 ee Jetbassem ‘nese, jue minhas note dos sonhos, 0 paver sotto nivel de crs _Comecei passa boa parte fo tempo fduentandou cova, i add abntatarel Gert tava tremendamente Fado ro que dis: ‘Um dia, muni cordase elas, decid? mda tudo. Nao podia poli ‘tine! tno gus fa havia subido acim nivel da entrada da gr deria visti brar no fund olhos Purptireos. ras que se pidamente Nm — perigoso da crlatura a. Nk ee fi yend Enrolado na roupa de cama, me espanter portal ‘se abrindo| Acabei, no Mesmo fioje, anos agit depoi oud ne tive depots que me Mary cant. Jamais 0 acaso de uma alma foi abracado com tanta voracidade, posso ire ainda. ter a sensacao de ‘sua presenca, que por $i so torng ria minha vida suportavel? fuminosa indi tinta pairot na mints r toguet ma coisa eu sabta: a criajura da arena havian ido por sH ex acordado ow sonfiando novamente, nao teria como saber: A visao parecia bas- tante real Sentia : chao frio sob as meus pés descalgos exiquanto euvaa a fu da tua seguro sua rota ‘va te um inovimentdimcitoclag @-minha volta. Tnvernos se passaram em instantes. Verbes radiantes se sucediam rapidamente, antes que) ‘mais flocas de neve cafssem no- vamerite. O coi fd que a noite ¢ o dia competiam arg ver quem passava mats rap) Logo tue vi em pé nura praia opalescente, ouevtn gua respirar sob urn céu 3sse somho ow uma fantasia das mortos, 70 era bem vinds : Em minha mente eu owvia sua re- tikka gi ‘primenda cheia de arrependiment: tinica, um po "Volte, meu amor, e fata o que tem distante na area. Banh de ser feito. Oreste atengao e rwumn ardor perfumado, ela | espere na soleira até andava pura'e imaculada 0 proprio tempo expi- pelo mar rar. Al loucura € a piédade ndo podem domina-lo presie alencao e bsper acorde mas a melodia, paris ‘mim, estava periida. aguele sér hornpilante meus sonhos- ua me Oar tremia em grunhidos ritmados, En- quanto eu assistia d cena, a assuania uma expressdo, s familiar. E entao notej uma agitagao 4 minha volte ‘Uma escuridéo pavgrisd Pinta do alto. camuflando 0 céu, silenci-, ando 0 mar da vida, 0 mat era irradi em feixes de BS Mary. tragada por aguele brifid hédiondo, desaparécia como ‘Se jamais tivesse estado enas para Om Fria, como sb fvvidir bm 06 do meio das es pias fur- castigou a costa necida. Sentia-me rtigens, E (Nao, ndo havia mais areia! Estava de volta @ casa, ¢ Sentig estremecer ddevido aos ventos ‘Acasa gemia Paviméntos se elevavam, ldavam e desmoy ronavam, Esfolado e ensanguen- tado, levantet-me cam fastroc O céu ainda palpitava ao tremor dos raios do sol. pes ei wna Levant. torg em brasa, como se fosse ma efragil defesa. a Logo, 0 horize Grido'foi sibitae desa- Naguele iftaminads, elas dancavam para mim. rad, fosse brotar um grito Oe ne criaturas” Mas s6 havia siléncto— Ea neve que caia delicadamente. ee Soe ey ais a Eentao brotow As hrordas palidas se i sum grito de lamento, aproximavam: ‘Meu destino estava selado. bel que ania ‘ond, aM Sentio ar glade mudar instantancamente, ‘Era sol, que havia voltado~ Mas muito modyficade. ora rg umn evtrela verde fora, mas tntunescidr ficar na ose arrastavat vem ebulicto, perdbra ae raeadaem que atngia se apo- ‘Un fence celestial gloro- ‘car wma inte da terra, Pe “fomos todos rego do cosmos? De repente, os céus forma dila- cerades pelas con- ulsoes solares, Vouces desa tunadas ai ‘mentavam a terra, “A neve ¢ 0 gelo de apare fa tua aporisaiao, instantinea, Als criaturas Suinas urravam enguanto ‘as rajadas causticantes Caiam sobe clas. i fo bem. natural sobre 0 mal das trevas exterio- tes: Sera que enfim q criatura do meu sons havia sido derrotada? Fiquei rindo que nem um. foucd-- Ao vé-las queimando, amurcian e vrando czas mesmo quando sajam cor- rendo nd diregdo das ruinas casa e do refiigio suspeito N cova. A Bem no mreio da caya, subs tama do tina mais ‘vo: para rir, Estava VA criatura da areng. ‘Depois de ter negado ‘oseu ingresso, ela estava se remodelan- do para me atacar wha tilrima ves, Iria sorver a minha alma. Era, portanto, 0 meu destino— TE esta visdo estava me revelando 0 triunfo das trevas exterio esp a ultima aterra, ado um baralho ensurdecedor, a casa se estilla cow juss win grands segoes do cout buracado que ficava embai x0 desmororiavam, [ib rando as chamas purifica-' das da terra. Carbonizadas fom meio as Tuinas, as bestas desaparec Uma vibracdo emativa me percorreu. Voltet meus ioflios para 0s céus, dhscrente, Os raios rs! A es a camtnho, dia era ‘ogo me ve jo a nosao ; a de fue mina vida na Ce aa aqlela casa havia se ; Mary? ‘passado como win . Mary? somho. Ou ser bge este era mais um de seus muttos rec Ni, ainda jpodia ome dauela risada, asagetra, sentir. ruold ncenso de ‘mofo e podndao, ele uivo! Pe fe eu fel camarada também ado poetra. Seri que era outra inves ‘da em fora de sono para chamar. JE minha atengdo? do fragilidade. mente vagava, tentan- \ do de: desaparecido de um ‘monstro que no... Q cachorro latin, de novo. £ tomei uma decisac Ognimal arfevaem sud casinha, sstionava tudo, eiiguanto eu cambalearva pelo meu reino de ferru- igeme tejas de aranha. Quanto tempo ha- Daa se pasado? Ee (jue realidade eu tshapa spor mana of agua que foi conpurada, ‘pelo, meu adver- Sirtee Agueles mesinos jpassos tineidos-- Agora fem ao lew alcance, 0 buscou refiigio. nos meus fracosee puude derdeperiod ongem de stu torment jento infec. \ quadril m fe un ciona calava im $i theiro pode Estava erto, ito perto! ‘De volta & biblio- teca, nap conseguia eg pavarde chor. Agora et sabia 0 ‘nome do mew inimigo. que veto par consoldra minha dor Sinto seu toque, ¢ tono do poder djstinguir ‘oghe ¢ reale oue é desejado, Meu antagonisia € habil.. ‘Como é macia a sua pele. EM Como suas lagrimase sua vida eram afetuosas ne ‘sabedoria todos agua no meu digo, paki que uma outra possoa se valer dagiulo que aprendi, Seu sorriso me distrat ‘Eu set S6 ha uma "Voce esta pronto para, unica satda. ‘abracar novamen- 1e? Esta pronto paral me Minha visao, mais confusa, A Many Bota agi tentdndo me distra devo olhar para sei olhos. ‘Nao serei enganado de novo. engracado: O vereno (ose-espalha a toma Tn Pre -a subindo, 10 enquantto eSCreU0, ‘Meu pulso SERA QUE Esse GAULT ERA ce QUE =SCONDERIIO € SUSPEMTO. O QUE DEVEMOS FAZER? ESPERAR PELO MELHOR, IDADE NAO PODE TER S100 TOTALMENTE ENTERRADA NA NOVA REPLELICA, BEM, BEM... SERA QUE ESTOU OLVINDO UM INGLES FINO E ARISTOCRATICO? DE APOIO ESCORREGADIOS. ‘ACH GUE NAO RESPIRAMOS... S ERA A- 1S FORMAS GUE DAVAM GOLDES NO MEIO 0A NEVOA. FOMOS RECEBIDOS PE DERRAMADO, POCAS ALEDAS OE VOMITOS, E UM O9OR PUNGENTE E INDIFINIGO, CO) DE UM MATADOURO. DILACERAL MEIC DA NEBLINA. ADMITO QUE NOS PERDEMOS ELE 8) NOS Ni LABIRINTO INTRICAS GAL SE INSLIRGIA COW TROS COM AS UNHAS APLAD, ‘A CADA CURVA, me “tome 1660 WwoTAL Od Meu vEUS! Od MEU DEUS! Od MEU DEUS! OH MEW DEUS! é TOCA, EN- GUANTO © VIA TOMBANDO (20 MEU LADO. EU Vi. MAS NAO DISSE LIMA PALAVRA SEQUER, eS Boies fr SE MEXIA. -Luzes aru- marcas BOTAS. HO" FALANDO NLM TOM ABAEADO. ‘MEU DEUS! VEJAM O Que ELE FEZ! MATOU 000 MUNDO! OLHEM PARA (0 POBRE JOCK! & MELHOR COMLNICAR AS AUTORIDADES DE ARORAHAN. ESSE SIIJEITO PERDELI COMPLE- TAMENTE A CABECA EU CONHEGI A ESCURIDAO DA QUAL GAULT DEVE TER FICADO INTIMO. Nio fid portas neste lugar. “Nenfiush som penetra para rrurbar a minha concen fracao, embora as vezes as| patedes tremam por causa grandes néiquinas que sb amontoam [a fora, Veja aquilo que esta em cima.da mesa na_ minha frente. Aquele que confeceu 9 médo go ver esse talisma tuminoso. esas Peters “Tul igo aconteceu hd muito tempo no passad ‘Eu, para todos éfeitos, io envelheg. Hvivo aqui, isolado nesta metropole decadente, como con objetivo. Lk aia 0 sinto fome, sede, desejo ou desespero. Sem sequer durnio, " entadd num silencio de pedra, observando e esperando. Mas ndo hd saldas daqui para o mundo eMenor nenhara, saida aproveitave "Aquilo que tirer fis treoas exteriores ui comigo. ofhios dele az a “Ogu reside em shit interior. sof muazasdores e perdas aun encontret meu. desting. Sou o vigia do himtar. Algo menos gue tmortal ¢ ‘mats que 2 itn 4 confecido este lugar— Sal @ omedoia me tentar Tarte, do ele devorou o tiftimo farrapo de sua consciéncia, ela tertha me ‘seu tlitmo pres a pes serve © equilibrio -entre a ordem 0s, vida ea morte a fitz ea escuridao- e ‘mantido. O medo esta em seu higar. Nada pode me. , em quand, desciar de caminko e fa veqo agiela cova enor- = fa de drvores.e ma- ria, nom a 4 a. Eu veo son da dgua se eleva, ¢. @ espe ; om 0s outros ruiddos 4 Lis, enguanto, acima de tudo, pairalum manto g “vterno, Tomara que uanca retorne np me tempo, aquele lugar. Simon Revelstroke escreveu The Black Profund, o assustador Moist Imaginings e a tola série Amber Headache, Com Richard Corben, ele coloborou em The Bodyssey, Den: Dreams & Elements e em historias curtos para as antologias da Vertigo HEARTHROBS, WEIRDWAR TALES e GANGLAND. Como Carnacki Fellow, Revelstroke atualmente dé aulos no Glen Carrig Schoo! of Nautical Horticulture na remota Highlands, na Escdcio, Nascido na rural Anderson, no Estado de Missouri, USA, Richard Corben cresceu numa vila operdria, a poucas jardas de uma fabrica de munisdo de guerra, no Kansas. Civiliza- ¢Go ndo era algo muito freqiiente naquela area remota, porém uma de suas poucas alegrias eram as revistas em quadrinhos, Elas tiveram uma profunda e duradoura influén- cia no jovem Corben: quadrinhos de guerra, faroeste, romance, aventura, ficgéio cientifica e, especialmente, quadri- nhos de terror. Realizador em quase tudo, ele logo comecou «a desenhor seus proprios quadrinhos Sua primeira série original foi Trail Comics, uma aventura com Trail, um cachorro. Durante esse tempo, o jovem artista também tentou 0 cinema de animagdo com figuras de gesso, filmadas em 8 mm, quadro a quadro. O desenho ¢ a onimaco continuaram em seu tempo de escola e colégio de arte em Kansas City (para 0 desgosto de seus professores), na época em que serviu o exércilo no periodo curto em que trabalhou numa empresa de cinema de Kansas. Amostras de seus quadrinhos eram enviadas constantemente para os editores e, nos anos 70, 0 trabalho de Corben comecou a aparecer em publicagdes como Skull, Slow Death, Creepy, Eerie e na Heavy Metal. A devocdo de Corben aos quadrinhos continua, com incursées ocasionais a outras dreas relacionadas, como a ilustragdo, a animagdo computadorizada e o cinema.

Você também pode gostar