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COMPETÊNCIA PENAL

1) JURISDIÇÃO
1.1) Conceito: poder atribuído ao Judiciário para
decidir o litígio
1.2) Princípios
a) Juiz natural (CF, art. 5º, LIII)
b) Investidura (CF, art. 94)
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c) Inércia
d) Indeclinabilidade (CF, art. 5º, XXXV)
e) Improrrogabilidade
f) Indelegabilidade
g) Irrecusabilidade
h) Unidade
i) Correlação
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1.3)
Características

Órgão
Contraditório Procedimento
adequado
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•Cognitio
1.4) •Vocatio
Elementos •Judicium
•Executio
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1.5) Classificação
a) Quanto à graduação

b) Quanto à matéria

c) Quanto ao organismo jurisdicional

d) Quanto ao objeto

e) Quanto à função
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f) Quanto à competência
◼ Plena (juiz decide em todos os casos – vara
única) ou limitada (juiz decide sobre
determinadas hipóteses – vara criminal, cível)
◼ Exclusiva (tribunal do júri – somente crimes
dolosos contra a vida) ou cumulativa (justiça
comum – demais os crimes)
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2) REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA

2.1) Espécies
a) Ratione materiae

b) Ratione personae

c) Ratione loci
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2.2) Competência ratione materiae
2.2.1) Jurisdição Especial
a) Justiça Eleitoral (CF, arts. 118 a 121 –
julgamento de crimes eleitorais)
b) Justiça Militar (estadual e federal, CF, arts. 124
e 125, § 4º)
c) Justiça Trabalhista (CF, art. 114)
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2.2.2) Jurisdição Comum
a) Justiça Federal (CF, arts. 108 e 109)

b) Justiça Estadual (competência residual)

2.2.3) Juizado Especial Criminal


a) Lei nº 9.099/95, art. 62

b) Lei nº 10.259/01, art. 2º


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2.3) Competência ratione personae
a) Órgão jurisdicional responsável pelo
julgamento
b) Verificação da condição pessoal do imputado

c) Exemplos
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2.4) Competência ratione loci (juízo competente
para o julgamento da ação)
a) Lugar do crime (CPP, art. 70, caput)

b) Domicílio do réu (CPP, arts. 72 e 73)

c) Prevenção (CPP, art. 83)

d) Distribuição (CPP, art. 75)


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2.4.1) Lugar do crime (CPP, art. 70, caput)

a) Teoria do resultado (regra)

◼ Cheque de Diadema emitido em Santo André é


devolvido por insuficiência de fundos?
◼ Falto testemunho por carta precatória?
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◼ ENTENDIMENTO DIVERSO STJ: CONFLITO DE
COMPETÊNCIA Nº 115.314 - RS (2010/0226538-0)
RELATOR : MINISTRO GILSON DIPP SUSCITANTE :
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL SUSCITADO : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
DA 4A REGIÃO INTERES. : JUSTIÇA PÚBLICA EMENTA
CRIMINAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. FALSO
TESTEMUNHO. DEPOIMENTO REALIZADO PERANTE
O JUIZ ESTADUAL POR CARTA PRECATÓRIA
EXPEDIDA PELA JUSTIÇA FEDERAL. TESTEMUNHO
CUJOS EFEITOS IMPORTAM AO JULGAMENTO DA
CAUSA PRINCIPAL. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA 4.ª REGIÃO.
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b) Teoria da atividade (exceção)
◼ STJ (entendimento contrário): A jurisprudência desta Corte
Superior de Justiça firmou já entendimento no sentido de que a
competência para o conhecimento e julgamento do crime de
homicídio, em regra, é determinada pelo lugar em que se
consumou a infração, ou seja, pelo lugar onde ocorreu a morte da
vítima, sendo esta passível de modificação na hipótese em que
outro seja o local que melhor sirva para a formação da verdade
real (CC, 34.557/PE, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, j.
26.06.2002).
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◼ STJ, HC Nº 95.853 – RJ, RELATOR : MINISTRO OG FERNANDES IMPETRANTE :
TOMOMI SAGAE DE VASCONCELLOS MELLO DUMANS E OUTRO
IMPETRADO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PACIENTE : NADJA FRAGOZO ALBINO EMENTA HABEAS CORPUS .
HOMICÍDIO CULPOSO. COMPETÊNCIA. ATOS EXECUTÓRIOS. CONSUMAÇÃO
DO DELITO EM LOCAL DIVERSO. BUSCA DA VERDADE REAL. FACILITAÇÃO
DA INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. JULGAMENTO EM FORO DIVERSO.
IMPOSSIBILIDADE. 1. Nos termos do art. 70 do CPP, a competência para o
processamento e julgamento da causa, será, de regra, determinada pelo lugar em que se
consumou a infração. 2. Todavia, a jurisprudência tem admitido exceções a essa regra, nas
hipóteses em que o resultado morte ocorrer em lugar diverso daquele onde se iniciaram os
atos executórios, determinando-se que a competência poderá ser do local onde os atos foram
inicialmente praticados. 3. Tendo em vista a necessidade de se facilitar a apuração dos fatos e
a produção de provas, bem como garantir que o processo possa atingir à sua finalidade
primordial, qual seja, a busca da verdade real, a competência pode ser fixada no local de
início dos atos executórios. 4. In casu, embora a consumação do delito tenha se dado na
Comarca de São João do Meriti, conforme já assentado pelo Tribunal de origem, “o lugar
onde está situada a casa de saúde revela-se, sem dúvida, o mais adequado para a produção
das provas, tais como: oitiva de testemunhas, juntada de laudos médicos e documentação
referente ao procedimento cirúrgico”.
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c) Teoria da Ubiquidade (exceção):
◼ Crimes à distância: a execução inicia em um país
e a consumação ocorre em outro
◼ Conjugação da teoria do resultado e da atividade
(CPP, art. 70, §§ 1º e 2º, e CP, art. 6º)
COMPETÊNCIA PENAL
2.4.2) Domicílio do réu
a) Quando não for sabido o local onde foi
praticada a infração (CPP, art. 72)
b) Hipótese de ação penal exclusivamente privada
(CPP, art. 73)
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2.4.3) Prevenção (CPP, art. 83)
a) Critério residual

b) Juízes igualmente competentes (oficiam na mesma


comarca)
c) Juízes com jurisdição cumulativa (oficiam em
comarcas distintas – crimes continuados)
d) Competência do juiz que antecedeu aos outros na
prática de algum ato no processo
e) Infração praticada em divisa (art. 70, § 3º)

f) Crime continuado ou permanente (art. 71)


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2.4.4) Distribuição (CPP, art. 75)
a) Já estabelecida a comarca competente

b) Mais de uma Vara no mesmo foro

c) Ex.: Fórum Ministro Mário Guimarães (32


varas criminais)
d) Qualquer diligência anterior à denúncia ou
queixa (CPP, art. 75, § único)

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