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PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA

UNIDADE 4

NEUROFARMACOLOGIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM

PROFESSOR

ANAÏS EULÁLIO BRASILEIRO

2019

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RESUMO DA UNIDADE

A neurofarmacologia é o estudo de como os medicamentos afetar a função celular


no sistema nervoso e mecanismos neurais que influencia o comportamento. Existem
dois principais ramos da neurofarmacologia: comportamentais e moleculares. A neu-
rofarmacologia comportamental concentra-se no estudo de como as drogas afetam o
comportamento humano, incluindo o estudo de dependência e vício em drogas como
afetam o cérebro humano. A neurofarmacologia molecular envolve o estudo de neu-
rónios e as suas interações neuroquímicas, o objetivo principal do desenvolvimento
de fármacos que têm efeitos benéficos sobre a função neurológica. Ambos os cam-
pos estão intimamente relacionados, uma vez que ambos estão preocupados com as
interações de neurotransmissores, neuropeptídeos, neuro-hormônias, neuromodu-
ladores, enzimas, co-transportador de segundos mensageiros, canais iônicos e dos
receptores de proteínas no sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. Ao
estudar essas interações, desenvolve-se medicamentos para tratar muitas doenças
neurológicas, incluindo dor, doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkin-
son e doença de Alzheimer, distúrbios psicológicos, vício, entre outros.

Palavras-chave: neufarmacologia; neurotransmissores; neuromoduladores.

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

CAPÍTULO 1 – ESTUDO DA NEUROANATOMIA FUNCIONAL


Conceitos de Neuroanatomia
Neuroanatomia do sistema nervoso periférico

CAPÍTULO 2 – PRINCÍPIOS DE NEUROFARMACOLOGIA: CARACTERÍSTICAS E


APLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM
2.1 Conceitos e aplicações da neurofarmacologia
2.2 Neurofarmacologia na aprendizagem

CAPÍTULO 3 - NEUROTRANSMISSORES E NEUROMODULADORES: ACETIL-


COLINA, NORADRENALIDA E GLUTAMATO
3.1 Conceitos de Neurotransmissores
3.2 Principais neurotransmissores e neuromoduladores

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

A neurofarmacologia aparece no campo científico no início do século XX, por-


que finalmente os cientistas foram capazes de entender as bases do sistema nervoso
e como os nervos se comunicam entre si, antes desta descoberta foram encontradas
drogas que de alguma forma demonstraram a influência do seu efeito no sistema
nervoso.

No ano de 1930, cientistas franceses começaram a trabalhar com um


composto chamado fenotiazina, com o objetivo e a esperança de sintetizar uma dro-
ga capaz de combater a malária. No entanto, essa foi uma tentativa fracassada de
ciência. No entanto, demonstrou ter efeitos sedativos com o que pareciam ser efeitos
benéficos para pacientes com doença de Parkinson.

No final de 1940, os cientistas já conseguiam identificar neurotransmissores,


como a noradrenalina (envolvida na contração dos vasos sanguíneos e no aumento
da frequência cardíaca e da pressão sanguínea). A dopamina (substância cuja es-
cassez está presente na doença de Parkinson), a serotonina (conhecida pela sua
vantagem sobre depressões) da invenção da fixação de voltagens em 1949 e o po-
tencial de ação do nervo foram eventos históricos em neurofarmacologia permitindo
os cientistas estudam como um neurônio processa informações dentro dele.

Veremos que esta área é muito ampla e abrange muitos aspectos do sistema
nervoso desde a manipulação de um neurônio simples até áreas inteiras do cérebro,
medula espinhal e nervos periféricos. Para uma melhor compreensão das bases do
desenvolvimento de uma droga, primeiro você precisa entender como os neurônios
se comunicam uns com os outros.

Finalmente, a neurologia é baseada no estudo de como as drogas afetam a


função celular no sistema nervoso e os mecanismos neuronais nos quais ela influen-
cia o comportamento, existem dois ramos principais da neurologia: comportamental:
ela é baseada no estudo de como drogas afetam o comportamento do ser vivo e
molecular: envolve o estudo de neurônios e suas interações neuroquímicas, com o
objetivo de criar drogas que beneficiem o sistema neurológico do cérebro.

Ambos os campos estão relacionados, pois estão relacionados às relações de


neurotransmissores, neurolépticos, neuro-hormônios, neuromoduladores, enzimas,
entre outros.
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Por outro lado, veremos ao longo deste estudo a respeito da Os neuro-


transmissores são um grupo de substâncias que participam de sinapses químicas,
cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa resposta.

A descoberta destas substâncias permitiu entender muito bem como funciona


o sistema nervoso, podendo descobrir as bases moleculares de diversas patologias
e a criação de tratamentos específicos para elas. Os neurônios têm prolongamentos
que permitem uma comunicação eficaz entre eles, mas nunca se comunicam direta-
mente. Ou seja, eles nunca se tocam, pois há sempre um pequeno espaço conhecido
como fenda sináptica.

Essa fenda sináptica é o espaço natural entre dois neurônios relacionados.


Então, como esses neurônios se comunicam se nunca se tocam? Veremos mais
detalhadamente ao longo do texto, mas é através de sinapses, que é definido como
comunicação funcional e não física entre dois neurônios. Este processo pode ser de
dois tipos: elétrico ou químico. Por várias razões moleculares que incluem o controle
e regulação adequados das funções corporais, a sinapse química é a mais comum
no sistema nervoso central.

A principal característica deste tipo de sinapse é que ela é mediada por uma
série de substâncias chamadas neurotransmissores. Como discutido acima, eles são
moléculas projetadas para permitir a comunicação entre dois ou mais neurônios. Isto
é conseguido pela liberação de um neurotransmissor de um neurônio pré-sináptico,
que interage com receptores específicos localizados no neurônio pós-sináptico.

Por fim, esse processo simples desencadeia uma série de respostas no


segundo neurônio que permite um efeito de “cadeia” que termina com a execução de
qualquer função corporal.

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CAPÍTULO 1

ESTUDO DA NEUROANATOMIA FUNCIONAL

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CAPÍTULO 1 – ESTUDO DA NEUROANATOMIA FUNCIONAL

1.1 Conceitos de Neuroanatomia

É a parte da Anatomia que trata do estudo das diferentes partes do Sistema


Nervoso e dos órgãos dos sentidos, especialmente nos aspectos clínicos,
descritivos e topográficos, bem como uma grande conversão de textos harmônicos.
A neuroanatomia abrange um dos tópicos mais importantes e complexos que a
anatomia estuda, e é elementar para o estudo correto da medicina formal, seja ela
humana ou veterinária. O estudo da neuroanatomia tornou-se uma disciplina em si,
embora também represente uma especialização dentro das neurociências. (SOBO-
TTA, 2000)

A delimitação das diferentes estruturas e regiões do cérebro serve principalmen-


te para saber como funciona. Por exemplo, muito do que os neurologistas aprende-
ram vem da observação de como o dano ou “lesão” em áreas específicas do cérebro
afeta o comportamento ou outras funções nervosas. (SOBOTTA, 2000)

O estudo da neuroanatomia consiste em uma base que é em si um conjunto,


chamado Sistema Nervoso (SN). Disto descem dois ramos principais onde o SN foi
estudado como Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP).
Esta divisão de SN é chamada Divisão Neuroanatômica Estrutural. Portanto, pode-
mos designar o seguinte, segundo Sobotta (2000):

Divisão Neuroanatômica Estrutural

SNC: Consiste no encéfalo, na Medula Espinhal, nos nervos cranianos I e II e


nos núcleos segmentados da Medula Espinhal.

SNP: Consiste nos nervos cranianos e espinhais, assim como nos gânglios as-
sociados a eles.

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O SNC é constituído anatomicamente por:

• Cérebro

• Mesencéfalo

• Bulge

• Cerebelo

• Bulbo espinhal.

• Medula espinhal (porções cervical, dorsal, lombar, sacral e coccígea).

• Nervos Cranianos I e II.

IMPORTANTE

Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que par-


ticipam de sinapses químicas, cuja interação com receptores
específicos permite provocar uma certa resposta.

O SNP é constituído por:

Nervos Cranianos III a XII.

Nervos Espinhais (Entre eles 2 plexos que destacam-se no plexo braquial e lom-
bossacral).

Divisão Neuroanatômica Funcional

A Divisão Funcional SN consiste no Sistema Nervoso Autônomo (SNA), subdivi-


dido na Divisão Neuroanatômica Funcional, estruturada pelo Sistema Nervoso Sim-
pático (SNS) e pelo Sistema Nervoso Parassimpático (SNPS).

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SNS: É a divisão simpática do sistema autônomo que prepara o corpo para agir
em uma emergência.

SNPS: É a divisão parassimpática do sistema autônomo que prepara o corpo


para conservar e restaurar a energia.

Em relação Arquitetura da medula espinhal, está localizado dentro do canal


medular e é cercado por três meninges:

Dura mater

Aracnoide

Piamater

O líquido cefalorraquidiano está localizado no espaço subaracnóideo. A arqui-


tetura da medula espinal é aproximadamente cilíndrica, e inicia-se o buraco occipital
no crânio, onde se continua com a medula omoblonga, e termina abaixo da região
lombar do eixo em forma de no cone medular, a partir dos quais desce um vértice é
formado extensão piamádrica formando o filo terminal ou Filum terminalis. Os neu-
rotransmissores são um grupo de substâncias que participam de sinapses químicas,
cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa resposta.

Ao longo do caminho da medula espinal 31 pares de nervos espinhais ligados


por raízes anterior ou do motor, e raízes subsequentes ou sensoriais estão localiza-
dos. A estrutura da medula espinal consiste na sua parte central por matéria cinzenta,
e na sua periferia pela matéria branca. No corte transversal pode ser visto formar
uma substância cinzenta semelhante a uma forma de borboleta. A substância branca
é dividida em cordões anteriores brancos, laterais e posteriores.

A arquitetura da medula espinhal muda de acordo com a sua posição, e tam-


bém é importante reconhecer não só a sua forma, mas também a sua quota de subs-
tância branca e cinzenta, de acordo com Sobotta (2000):

Região Cervical:

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Forma: Oval

Substância Branca: Fascículo Cuneiforme e Fascículo Grácil Presente.

Substância cinzenta:

Asa cinzenta anterior: grupo medial de células para os músculos do pescoço,


para fixação de núcleo frênico de células lateralmente para os músculos do membro
superior grupo.

Asa cinzenta posterior: substância gelatinosa, núcleo espinhal, próprio núcleo,


núcleo de Clark.

Asa Cinza Lateral: Ausente.

Região dorsal:

Forma: redonda

Substância Branca: Fascículo Cuneiforme e Fascículo Gracioso Presente.

Substância cinzenta:

Asa cinzenta Anterior: Grupo medial de células para os músculos do tronco.

Asa cinzenta traseira: Substância próprio núcleo gelatinosa, núcleo Clark, nú-
cleo aferente visceral.

Cinza Lateral Asta: Presente dando origem às fibras simpáticas pré-gangliona-


res.

Região lombar:

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Forma: pseudo-ovalizada.

Substância Branca: Fascículo Gracioso.

Substância cinzenta:

Asa cinza anterior: Grupo Medial de células para os músculos dos membros
inferiores, o grupo central de células nervosas lombossacrais para.

Asa cinza traseira: Substância próprio núcleo gelatinosa, núcleo Clark, núcleo
aferente visceral.

Asa cinzenta lateral: Dá origem a fibras simpáticas pré-ganglionares.

Região Sacro:

Forma: redonda

Substância Branca: Fascículo Gracioso.

Substância cinzenta:

Substância Cinza Anterior: Grupo medial de células para os músculos exinos


inferiores e perineais.

Substância Cinza Subsequente: Substância gelatinosa e núcleo próprio.

Substância Cinza Lateral: Grupo de células eferentes parassimpáticas.

Encéfalo

Está localizado na cavidade craniana e continua com a medula espinhal atra-


vés do forame magno. Está rodeado por três meninges. O encéfalo é dividido em três
partes principais, estas são:

Rombencéfalo: Encéfalo posterior.

Bulbo espinhal.

Protuberância

Cerebelo

Mesencéfalo: Encéfalo Médio.

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Prosencéfalo: encéfalo anterior.

Diencéfalo e Cérebro.

Neurociências

O estudo da neuroanatomia tornou-se uma disciplina em si, embora também


represente uma especialização dentro das neurociências. A delimitação das diferen-
tes estruturas e regiões do cérebro serve principalmente para saber como funciona.
Por exemplo, muito do que os neurologistas aprenderam vem da observação de
como o dano ou “lesão” em áreas específicas do cérebro afeta o comportamento ou
outras funções nervosas. (SOBOTTA, 2000)

Os neuroanatomistas trabalham principalmente com dissecção anatômica, exa-


mes de imagem como ressonância magnética, tomografia computadorizada, PET,
realizados in vivo e com histologia.

Neuroanatomia Celular

A neuroanatomia celular é a anatomia dos neurônios e da glacia, incluindo a


ramificação dos dendritos e a estrutura detalhada das sinapses. É estudado com as
técnicas de histologia e microscopia, muitas vezes acompanhadas de engenharia
genética, que identifica proteínas específicas com rótulos. (SOBOTTA, 2000)

FIQUE ATENTO

A descoberta destas substâncias permitiu entender muito


bem como funciona o sistema nervoso, podendo descobrir
as bases moleculares de diversas patologias e a criação de
tratamentos específicos para elas.

Um dos pais da neuroanatomia moderna foi o espanhol Santiago Ramón e Ca-


jal, Prêmio Nobel de Medicina em 1906. Logo, como visto, O sistema nervoso central
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inclui as estruturas do sistema nervoso onde efetuadas a maioria das atividades de


processamento de informação, estas são revestidas por uma série de membranas
denominadas meninges produção de fluido cerebrospinal, o que lhes permite cobrir
todos o espaço formado pelas estruturas ósseas em que estão contidos, que têm a
função de fornecer proteção. (SOBOTTA, 2000)

Desta forma, o cérebro, o cerebelo e o tronco cerebral estão localizados dentro


do crânio, enquanto a medula espinhal está localizada dentro do canal medular que
está localizado no interior da espinha. O cérebro é a estrutura mais importante do
sistema nervoso central. Consiste em duas partes ou hemisférios que são unidos por
uma estrutura chamada corpo caloso, que por sua vez é composta de milhões de
conexões que vão de um hemisfério ao outro. (SOBOTTA, 2000)

É possível identificar dois tipos de tecidos, que pela sua cor à primeira vista são
chamados de massa cinzenta e substância branca. A massa cinzenta está localizada
cobrindo a superfície do cérebro e, organizada na forma de conglomerados chama-
dos núcleos internos, é composta dos corpos dos neurônios. (SOBOTTA, 2000)

A substância branca circunda a massa cinzenta, é integrada pelas projeções


dos neurônios que as comunicam entre si. Do ponto de vista de seu funcionamento,
o cérebro é dividido em segmentos chamados lobos, os lobos frontais que regulam
fala, comportamento, personalidade, pensamentos e atenção; os lobos parietais que
integram a informação sensorial e sensível do corpo; os lobos temporais que regu-
lam a linguagem e a memória e os lobos occipitais que integram a informação visual.
(SOBOTTA, 2000)

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Nas estruturas cerebrais profundas chamados gânglios da base que rege o


movimento e controle motor do corpo, o tálamo é o centro onde todas as informações
processadas pelo cérebro especialmente as vias que transmitem informação sobre
a dor chega e está localizada e o hipotálamo é a entidade que integra o sistema ner-
voso ao sistema endócrino, de onde as informações relativas à produção de vários
hormônios, e temperatura corporal. (SOBOTTA, 2000)

Em se tratando do cerebelo, ele está localizado na parte inferior e posterior do


cérebro, essa estrutura regula a coordenação de movimentos e equilíbrio. É forma-
do por dois hemisférios unidos por um verme, que dão origem a três lóbulo, o lóbulo
anterior, o lóbulo médio e o lóbulo floculonodular. Como no cérebro, o córtex ou ca-
mada externa é formado por substância cinzenta, enquanto no interior é a substância
branca e os grupos de substância cinzenta conhecidos como núcleos intracerebrais.
(SOBOTTA, 2000)

Por sua vez, o cérebro ou tronco cerebral da haste, é uma estrutura que está
localizada abaixo do cérebro e cerebelo à frente, é constituído por três partes cima
e para baixo compreendem a medula, ponte, e mesencéfalo. Neste segmento dos
núcleos de neurónios, formando os doze nervos cranianos são um grupo de nervos
que regulam os órgãos, os movimentos dos olhos, a sensibilidade, e a mobilidade
do rosto e do pescoço e função parassimpática estão localizados (nervo vago). No
tronco cerebral estão localizados os centros que regulam a respiração e o estado de
consciência. (SOBOTTA, 2000)

1.2 Neuroanatomia do sistema nervoso periférico

O sistema nervoso periférico é formado pelos prolongamentos dos neurônios


localizados no sistema nervoso central e nos gânglios da raiz dorsal, ou seja, por
seus axônios e / ou dendritos. Essas extensões constituem os nervos periféricos que
são de dois tipos, os nervos cranianos originados no tronco cerebral e os nervos es-
pinhais originados na medula espinhal. (GRAY, 1998)

Os nervos periféricos podem transmitir três tipos de informação: motor que per-
mite a execução de movimentos sensoriais que permitem ao cérebro conhecer a
localização espacial de qualquer estrutura do corpo (propriocepção) e perceber sen-
sações como dor, alterações de temperatura e toque e finalmente, informações do
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sistema autônomo que regula o funcionamento de órgãos e estruturas que ocorrem


automaticamente e não podem ser controladas pela vontade (como respiração, pres-
são sanguínea, evacuações, etc.) (GRAY, 1998)

O sistema nervoso periférico é formado por todos os nervos periféricos que


correm pelo corpo e é dividido em, de acordo com Gray (1998):

1- O Sistema Nervoso Somático (SNS)

O sistema somático é a parte do sistema nervoso periférico responsável por


transportar informações sensoriais e motoras de e para o sistema nervoso central.

...sistema nervoso somático vem da palavra grega soma, que sig-


nifica “corpo” e é responsável por transmitir tanto a informação
sensorial quanto o movimento voluntário que é derivado dessa in-
formação após ser avaliado pelo cérebro. O sistema consiste dos
nervos dos receptores sensoriais do corpo, com ramos nervos
aferentes transportar informação de receptores do SNC e fibras
eferentes somáticas que transportam uma impulsos nervosos do
sistema nervoso central para o corpo.

(GRAY, 1998, p. 115)

Os dois principais tipos de neurônios que encontram-se no SNS são chamados


de, de acordo com Gray (1998):

 Neurônios sensoriais (ou neurônios aferentes): transportam informações dos nervos para o sis-
tema nervoso central. São esses neurônios sensoriais que nos permitem coletar informações
sensoriais e enviá-las ao cérebro e à medula espinhal.

 Neurônios motores (ou neurônios eferentes): que transportam informações do cérebro e da


medula espinhal para as fibras musculares por todo o corpo. Esses neurônios motores nos per-
mitem fazer medições físicas em resposta a estímulos no ambiente.

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2 - O Sistema Nervoso Autônomo (SNA)

O sistema autonômico é a parte do sistema nervoso periférico responsável por


regular as funções corporais involuntárias, como fluxo sanguíneo, batimento cardía-
co, digestão e respiração. Em outras palavras, é o sistema autônomo que controla os
aspectos do corpo que geralmente não estão sob controle voluntário. Este sistema
permite que estas funções sejam executadas sem a necessidade de pensar ou ocor-
rer conscientemente. (GRAY, 1998)

Este sistema é dividido em dois ramos:

O sistema nervoso simpático

O sistema simpático é responsável por regular as respostas de luta ou fuga. Ele


mobiliza o corpo para responder em uma situação perigosa e prepara o corpo para
gastar energia e lidar com possíveis ameaças ao meio ambiente. Quando é precisa
agir, o sistema simpático desencadeia uma resposta aumentando a frequência car-
díaca e respiratória, aumentando o fluxo sanguíneo dos músculos, ativando a secre-
ção de suor e dilatando as pupilas. Isso permite que o corpo responda rapidamente
em situações que exigem ação imediata.

FIQUE ATENTO

Os neurônios têm prolongamentos que permitem uma comu-


nicação eficaz entre eles, mas nunca se comunicam direta-
mente. Ou seja, eles nunca se tocam, pois há sempre um pe-
queno espaço conhecido como fenda sináptica. Essa fenda
sináptica é o espaço natural entre dois neurônios relaciona-
dos. Então, como esses neurônios se comunicam se nunca se
tocam? Através de sinapses, que é definido como comunica-
ção funcional e não física entre dois neurônios.

Em alguns casos, podemos permanecer e combater a ameaça, enquanto em


outros casos podemos escapar do perigo. (GRAY, 1998)

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O sistema nervoso parassimpático

O sistema parassimpático ajuda a manter as funções normais do corpo e a


conservar recursos físicos e energia. Ele controla as operações normais do corpo,
como digestão, pressão arterial e frequência cardíaca. Ele também nos retornará à
atividade normal após uma emergência. (GRAY, 1998)

Depois de uma ameaça ou situação perigosa, este sistema irá reduzir o ritmo
cardíaco e respiratório, reduzir o fluxo sanguíneo, relaxar os músculos. Isso nos per-
mite retornar nosso corpo a um estado normal de descanso. (GRAY, 1998)

Em se tratando dos nervos do sistema nervoso periférico, os nervos que com-


põem o SNP são, na verdade, os axônios ou feixes de axônios das células neuronais.
Em alguns casos, esses nervos são muito pequenos, embora alguns feixes de ner-
vos sejam tão grandes que o olho humano possa vê-los. (GRAY, 1998)

Existem 12 pares de nervos cranianos, que deixam o crânio através de várias

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aberturas cranianas. Existem 31 pares de nervos espinhais, cada um identificado por


sua associação com a vértebra de onde o nervo sai do canal vertebral. (GRAY, 1998)

Nervos cranianos

Os nervos cranianos são 12 pares de nervos que passam por pequenos orifí-
cios na base do crânio. Esses nervos são responsáveis por transportar informações
e conectar o cérebro a diferentes partes do corpo (órgãos sensoriais, motores, mús-
culos, órgãos etc.). (GRAY, 1998)

O que torna os nervos cranianos únicos e especiais é que eles deixam o cére-
bro diretamente sem passar pela medula espinhal, ou seja, eles estão localizados na
parte inferior do cérebro e passam por buracos na base do crânio para chegar ao seu
destino. Curiosamente, esses nervos não são direcionados apenas para áreas como
a cabeça, mas também se estendem a outras partes, como o pescoço ou a área to-
rácica (nervo vago). (GRAY, 1998)

Cada nervo craniano é pareado e está presente em ambos os lados do crânio,


hemisfério direito e esquerdo. Estes doze nervos foram atribuídos aos numerais ro-
manos I-XII.
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A numeração dos nervos cranianos é baseada na ordem em que eles surgem


do cérebro e da função que desempenham.

12 pares de nervos cranianos de acordo com sua posição

Os nervos cranianos que emergem:

No tronco encefálico são par I e par II



Do mesencéfalo estão os pares III e IV

Da plataforma (ou ponte de Varolius) estão os nervos cranianos V, VI, VII

e VIII.
Dos nervos cranianos do bulbo espinhal IX, X, XI e XII.

12 pares de nervos cranianos de acordo com sua função

Função sensorial: formada pelos nervos cranianos I, II, VI e VIII.

Associada à mobilidade ocular e pálpebras: nervos cranianos III, IV e VI.

Relacionado com a ativação do músculo do pescoço e da língua: nervos cra-


nianos XI e XII.

Função mista considerada: pares cranianos V, VII, IX e X.

Como fibras parassimpáticas: III, VII, IX e X.

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De acordo com (GRAY, 1998), destaca-se respeito da função dos 12 nervos


cranianos

I- Olfatório

É o primeiro dos 12 pares de nervos cranianos. É um nervo sensorial, encarregado


de transmitir estímulos olfativos do nariz para o cérebro. Sua origem real é dada pelas
células do bulbo olfatório. É o par craniano mais curto de todos.

II - Óptico

É o segundo dos 12 pares e é responsável por trazer estímulos visuais do olho


para o cérebro. É feito de axônios das células ganglionares da retina, que transportam

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informações dos fotorreceptores para o cérebro, onde será posteriormente integrado


e interpretado. Sai do diencéfalo.

III- Oculomotor

Este nervo craniano também é conhecido como o nervo motor ocular comum.
É o terceiro e controla o movimento dos olhos e também é responsável pelo tamanho
do aluno. Origina-se no mesencéfalo.

IV- Troclear

Este nervo tem funções motoras e somáticas que estão conectadas ao mús-
culo oblíquo superior do olho, podendo fazer com que os globos oculares se movam
e girem. Seu núcleo também se origina no nervo motor mesencéfalo e ocular. É o
quarto dos 12 pares de nervos cranianos.

V-Trigêmio

É um nervo craniano misto (sensitivo, sensitivo e motor), sendo o maior de


todos os nervos cranianos, é o quinto dos 12 pares de nervos. Sua função é trazer
informações sensíveis para o rosto, para transmitir informações para o processo de
mastigação. As fibras sensoriais transmitem sensações de toque, dor e temperatura
da parte frontal da cabeça, incluindo a boca e também das meninges.

VI- Abducente

É também conhecido como o nervo craniano do motor ocular externo e é o


sexto dos 12 pares. É uma cabeça de torque, responsável por transmitir o músculo
rectus motores de estímulos externos e, por conseguinte, permite que o olho se mo-
ver para o lado oposto de ter no nariz.
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VII- Facial ou Intermediário

Este é outro par craniano misto, pois consiste em várias fibras nervosas que
desempenham diferentes funções, como ordenar os músculos da face para criar ex-
pressões faciais e também enviar sinais para as glândulas salivares e lacrimais. Por
outro lado, coleta informações de sabor através da linguagem. É o sétimo dos 12
pares de nervos cranianos.

VIII- Vestíbulo-Coclear ou Auditivo

É um nervo craniano sensorial. É também conhecido como o nervo auditivo


e vestibular, formando assim vestibulococlear. Ele é responsável pelo equilíbrio e
orientação no espaço e na função auditiva. É o oitavo dos 12 pares.

IX - Glossofaríngeo

É um nervo cuja influência está na língua e na faringe. Recolhe informação


das papilas gustativas (língua) e informação sensorial da faringe. Tome ordens para
a glândula salivar e vários músculos do pescoço que ajudam a engolir. Ele também
monitora a pressão arterial. É o nono dos 12 pares de nervos.

X-Vago

Esse nervo também é conhecido como pneumogástrico. Ele deixa a medula


oblonga e fornece nervos para a faringe, esôfago, laringe, traqueia, brônquios, cora-
ção, estômago e fígado. Como o nervo anterior, ele influencia a ação da deglutição,
mas também no envio e transmissão de sinais para o nosso sistema autônomo, para
ajudar a regular a ativação e controle dos níveis de estresse ou enviar sinais direta-
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mente para o sistema simpático. É o décimo dos 12 pares de nervos cranianos.

XI-Acessório

O décimo primeiro nervo craniano é chamado nervo espinhal. Ele regula os


movimentos da cabeça e ombros, fornecendo os músculos esternocleidomastóideo
e trapézio nas regiões (anterior e posterior) do pescoço. O nervo espinhal também
nos permite jogar nossas cabeças para trás. Portanto, diríamos que intervém nos
movimentos da cabeça e ombros.

XII-Hipogloso

É o décimo segundo e último par craniano, é um nervo motor que, como o vago
e o glossofaríngeo, está envolvido nos músculos da língua, na deglutição e na fala.

Por fim, em se tratando dos nervos espinhais, de cada segmento da medula


espinhal surge um nervo espinhal e são nomeados de acordo com a área em que
emerge e passa através dos ossos nas vértebras da coluna vertebral.

Os 31 pares de nervos espinhais são, de acordo Gray (1998):

 8 nervos cervicais (C1-C8) que saem da coluna cervical; Existem 8 nervos cervicais,
mas apenas 7 vértebras cervicais.
 12 nervos torácicos (T1-T12) que saem da coluna torácica.
 5 nervos lombares (L1-L5) saem a coluna lombar, isto é, da região inferior das costas.
 5 nervos sacrais (S1-S5) que saem do osso sacral, a placa óssea na base da coluna
vertebral.
 1 nervo coccígeo que emerge do osso coccígeo ou cóccix.
 nervos espinhais

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Cada nervo espinhal é preso à medula espinhal por duas raízes: uma raiz sen-
sitiva dorsal (aferente) e uma raiz motora ventral (eferente). As fibras da raiz sensorial
transportam impulsos sensoriais para a medula espinhal: dor, temperatura, tato e
senso de posição (propriocepção), dos tendões, articulações e superfície do corpo.
(GRAY, 1998)

Do nervo espinhal, os axônios saem através de um ramo dorsal e ventral, que


então formam nervos periféricos, proporcionando inervação motora e sensitiva a todo
o corpo. (GRAY, 1998)

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CAPÍTULO 1 – RECAPITULANDO

QUESTÕES DE CONCURSOS

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª REGIÃO (SE) Prova: FCC - 2016 - TRT -
20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Fisioterapia

O nervo fibular profundo origina-se das raízes nervosas L4-S1 e inerva os seguintes
músculos:

Tibial anterior, flexor longo do hálux, flexor longo e curto dos dedos.

Fibular longo e curto, extensor longo e curto dos dedos.

Tibial posterior, flexor longo do hálux, flexor longo e curto dos dedos.

Tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor longo e curto dos dedos.

Fibular longo e curto, flexor longo do hálux, flexor longo e curto dos dedos.

Ano: 2016 Banca: IF-CE Órgão: IF-CE Prova: IF-CE - 2016 - IF-CE - Fisioterapeuta

Na região do terço mediodistal da coxa, a porção fibular do nervo ciático torna-se um


nervo individual, o nervo fibular comum, que desce em direção à fossa poplítea, iner-
vando a cabeça curta do músculo bíceps femoral. O nervo fibular comum posterior
da cabeça da fíbula se divide em nervo fibular superficial e nervo fibular comum. São
músculos inervados pelo nervo fibular profundo:

fibular longo e terceiro.

extensor longo dos dedos e extensor longo do hálux.

flexor curto dos dedos e fibular longo

abdutor do hálux e Interósseos.

adutor do hálux e abdutor do dedo mínimo.

Ano: 2012 Banca: FUNIVERSA Órgão: PC-DF Prova: FUNIVERSA - 2012 - PC-DF -
Perito Criminal - Biológicas
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Em relação aos conceitos gerais da farmacologia, assinale a alternativa correta. 

A farmacocinética é o ramo da farmacologia que estuda as modificações que o orga-


nismo exerce sobre um fármaco.

A farmacodinâmica é o ramo da farmacologia que estuda a velocidade de atuação de


fármacos no organismo.

A toxicologia é o ramo da farmacologia que estuda especificamente a ação de toxinas


no organismo.

Toda droga pode ser considerada também um fármaco, desde que utilizada na dose
correta.

Cápsulas, drágeas, géis e injeções são exemplos de formas farmacêuticas.

Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFC Provas: Instituto AOCP - 2014 -
UFC - Enfermeiro - Assistencial

Considerando a farmacologia e a farmacocinética da teofilina, assinale a alternativa


correta.

A teofilina relaxa diretamente o músculo estriado dos brônquios e dos vasos sanguí-
neos pulmonares.

Este medicamento inibe as fosfodiesterases, aumentando a concentração de AMP


cíclico.

A teofilina bloqueia os receptores para ATP.

A teofilina absorvida une-se irreversivelmente às proteínas plasmáticas em 30 a 45%.

Sua biodisponibilidade é aproximadamente 20% da biodisponibilidade da teofilina


anidra.

4. Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFC Provas: Instituto AOCP -
2014 - UFC - Enfermeiro - Assistencial

A farmacologia é a ciência que estuda o fármaco e como ele age no organismo desde
a sua administração até a sua eliminação. Para facilitar o seu estudo, a farmacologia
pode ser dividida em dois grandes grupos de estudo. Assinale, das alternativas abai-
xo, aquela que compreende o estudo do mecanismo de ação e efeitos terapêuticos
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do fármaco:

Farmacognosia.

Farmacotécnica.

Farmacocinética.

Farmacodinâmica

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Leia atentamente o trecho abaixo e, em seguida, faça o que se pede.

O estudo da neuroanatomia consiste em uma base que é em si um conjunto, chama-


do Sistema Nervoso (SN). Disto descem dois ramos principais onde o SN foi estuda-
do como Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). Esta
divisão de SN é chamada Divisão Neuroanatômica Estrutural. Portanto, podemos
designar o seguinte, segundo Sobotta. Nesse sentido, descreva a Divisão Neuroa-
natômica Estrutural

TREINO INÉDITO

Acerca dos neurotransmissores, assinale a alternativa correta.

Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que participam de sinapses


químicas, cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa res-
posta.

Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que participam da estruturação


química, cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa res-

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posta.

Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que participam de ações sinóti-


cas químicas, cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa
resposta.

Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que participam de simbioses


químicas, cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa res-
posta.

Todas as alternativas estão corretas.

NA MÍDIA

Por que estudar Farmacologia

A Farmacologia é uma área diretamente ligada ao mercado farmacêutico, e é


um mercado que só tende a crescer com o envelhecimento da população. Se você
gostava de química na escola, essa talvez seja uma boa área de atuação para você.
Leia a seguir algumas informações sobre a área para decidir se a Farmacologia seria
uma boa graduação para você.

Fonte: Universia

Data: 01/04/2017

Leia a notícia na íntegra: http://noticias.universia.com.br/destaque/noti-


cia/2017/03/01/1149974/estudar-farmacologia.html

NA PRÁTICA

O princípio da bioequivalência comprova a equivalência farmacêutica entre produtos


apresentados sob a mesma forma farmacêutica, com idêntica composição de princí-
pios ativos e com comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo
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desenho experimental. O registro de medicamentos genéricos é um exemplo de uti-


lização dos estudos de bioequivalência, feitos com seres humanos. Uma pesquisa
de doutorado da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), desenvolvida entre 2009
e 2012 com três medicamentos contendo fármacos que agem no sistema nervoso
central (SNC), mostrou que os três estudos de bioequivalência foram obtidos com
sucesso do ponto de vista estatístico e dentro dos parâmetros de aceitação da Agên-
cia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da norte-americana Food and Drug
Administration (FDA). O farmacêutico Roberto Fernandes Moreira, autor do estudo,
concluiu que esses fármacos – a clorpromazina (antipsicótico), a ondansentrona (an-
tiemético) e a imipramina (antidepressivo) – eram bioequivalentes ao medicamento
de referência, apresentando como vantagens o fato de apresentarem métodos bioa-
nalíticos mais sensíveis, robustos e com menor tempo de análise, além de terem um
limite de quantificação baixo para este tipo de pesquisa.

Isabel Gardenal. Campinas, 13 de abril de 2015 a 26 de abril de 2015 – ANO 2015 –


Nº 622

PARA SABER MAIS

Filme sobre o assunto: O óleo de Lorenzo

Peça de teatro: https://youtu.be/ahzcg6dy5MM

Acesse os links: https://youtu.be/i9rplRKJyWc, https://youtu.be/3tP-


vpo0Ad-I

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CAPÍTULO 2

PRINCÍPIOS DE NEUROFARMACOLOGIA: CARACTERÍSTICAS E APLICA-


ÇÕES NA APRENDIZAGEM

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CAPÍTULO 2 – PRINCÍPIOS DE NEUROFARMACOLOGIA: CARACTERÍSTI-


CAS E APLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM

2.1 Conceitos e aplicaçoes da neurofarmacologia

Os termos fármaco, medicamento e droga são usados de forma intercambiável,


embora haja diferenças de definição muito sutis. Droga é qualquer substância capaz
de produzir uma mudança biológica através de uma ação química; portanto, a água
e o oxigênio são drogas, enquanto uma rocha que cai sobre um ser vivo não é uma
droga, pois, mesmo quando produz uma ação biológica, não há ação química. (GO-
LAN, 2014)

Quase sempre essa ação química é conseguida através da interação com uma
molécula específica no sistema biológico, uma molécula chamada receptor: em 98%
das situações farmacológicas essa substância tem que entrar em contato com outra
substância no corpo para desencadear uma ação química; Eu não poderia fazer isso
de outra maneira senão através deste receptor. (GOLAN, 2014)

Embora os termos sejam praticamente sinônimos, a palavra droga tem uma co-
notação muito negativa em nosso meio, porque em geral é usada para essas subs-
tâncias para uso recreativo; Por outro lado, os americanos chamam drogas para
tudo, seja cocaína, álcool, nicotina ou labetalol e se dedicam a estudar e descrever
todos os seus efeitos, benéficos ou tóxicos. (GOLAN, 2014)

FIQUE ATENTO

Este processo pode ser de dois tipos: elétrico ou químico. Por


várias razões moleculares que incluem o controle e regulação
adequados das funções corporais, a sinapse química é a mais
comum no sistema nervoso central. A principal característica
deste tipo de sinapse é que ela é mediada por uma série de
substâncias chamadas neurotransmissores.

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Nesse sentido, a água e o oxigênio podem ter os dois tipos de efeitos: quando
um paciente desidratado é dado água, que neste caso é usado como droga, agindo
por conta própria, já que está dentro dos excepcionais 2% de substâncias que exer-
cem seu efeito sem interagir com qualquer receptor químico. O mesmo acontece com
o oxigênio: quando um paciente hipoxíaco recebe oxigênio, que neste caso é um
medicamento ou droga, ele é melhorado. (GOLAN, 2014)

Entretanto, se o oxigênio for administrado em concentrações muito altas, mais


de 60%, fibrose pulmonar e dano oxidativo, isto é, um efeito tóxico, ocorrerá; e se um
volume excessivo de água for administrado, pelo menos um edema pulmonar ocor-
rerá. Um martelo é usado para pregar um prego ou matar uma pessoa, tudo depende
da força com que é usado e do que ou quem é usado: o mesmo vale para as drogas.
(GOLAN, 2014)

Qualquer substância química pode ser considerada como uma droga. Os adi-
tivos que contêm alimentos e atuam como conservantes também funcionam como
fármacos, pois produzem uma interação química; O mesmo se aplica aos detergen-
tes, pesticidas, resíduos industriais, etc. Ao contrário disso, drogas psicoativas ou
psicotrópicas são consideradas drogas em nosso meio, ou seja, modificam o com-
portamento ou o humor e podem causar abuso ou dependência. Neste curso, este
tipo de substância não será tratado especificamente, embora as propriedades físico-
-químicas, farmacológicas, farmacodinâmicas e farmacocinéticas sejam as mesmas.
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(GOLAN, 2014)

A capacidade de uma substância para atuar como uma droga é dada pela sua
natureza física, que por sua vez é dada pelo seu estado: sólido, líquido ou gasoso;
pelo tipo da macromolécula em causa: hidratos de carbono, lípidos, proteínas ou os
seus componentes (por exemplo, a heparina é uma molécula de hidrato de carbono
grande associada com uma pequena proteína); e por sua característica química:
base ácida ou fraca, que torna essas substâncias capazes de ionizar, liberar ou acei-
tar um hidrogênio, que é fundamental para o comportamento da droga no organismo.
(GOLAN, 2014)

A ação da droga também depende do tamanho: não é o mesmo que uma molé-
cula pequena como uma proteína de tamanho molecular gigantesco; o primeiro entra
no corpo, em vez disso, a proteína salta, porque as membranas biológicas do orga-
nismo têm um efeito de barreira suficientemente poderoso para evitá-lo. (GOLAN,
2014)

A droga não só tem que ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao
corpo, mas deve também ser capaz de interagir com o seu receptor, o que pode ocor-
rer através da formação de ligações hidrofóbicas, electrostáticas e covalentes. Quan-
do uma droga interage com seu receptor formando ligações covalentes, elas nunca
podem ser quebradas novamente, então é uma interação definitiva. As interações
eletrostáticas são forças elétricas que atuam entre o receptor e a droga e podem ser
muito poderosas, mas podem se romper facilmente, isto é, não são definitivas. (GO-
LAN, 2014)

IMPORTANTE

São moléculas projetadas para permitir a comunicação entre


dois ou mais neurônios. Isto é conseguido pela liberação de
um neurotransmissor de um neurônio pré-sináptico, que in-
terage com receptores específicos localizados no neurônio
pós-sináptico. Esse processo simples desencadeia uma série
de respostas no segundo neurônio que permite um efeito de
“cadeia” que termina com a execução de qualquer função cor-
poral.
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As ligações hidrofóbicas são fracas e correspondem à maioria das interações


que as drogas estabelecem com seus receptores; a fraqueza da interação é dada
porque a união só é probabilisticamente, mas se o destinatário é capaz de estabele-
cer essa força de interação é dito que o receptor tem uma elevada afinidade para a
droga e não vai deixar ir facilmente. Finalmente, a forma da droga também influencia,
uma vez que os receptores aceitam moléculas de uma maneira específica, o que
“lhes serve” perfeitamente. (GOLAN, 2014)

Na medicina existem muitos casos em que o isômero é necessário, porque é o


que age; Um exemplo é a droga carvedilol, que tem quatro isômeros, quatro formas
diferentes e apenas uma ou duas delas têm efeito, as outras duas se antagonizam e
se anulam mutuamente. (GOLAN, 2014)

Por sua vez, a farmacologia é a ciência que estuda as drogas em todos os seus
aspectos: suas origens ou de onde vêm; sua síntese ou preparação, de origem na-
tural ou não; suas propriedades físicas e químicas, através de ferramentas de quí-
mica orgânica, analítica e teórica; todas as suas ações, do molecular ao organismo
completo: fisiologia, biologia celular, biologia molecular; seu modo de situar-se e mo-
ver-se no organismo, um ramo que se chama farmacocinérica; suas formas de admi-
nistração; suas indicações terapêuticas; seus usos e ações tóxicos. A farmacologia
clínica é a aplicação no paciente de todo este conhecimento: é o estudo das aplica-
ções benéficas de agentes químicos para prevenir, diagnosticar ou tratar doenças ou
processos fisiológicos indesejáveis. (GOLAN, 2014)

Existem várias etapas do conhecimento farmacológico. O comprimido que é ad-


ministrado a um paciente é o resultado final da participação de muitas pessoas em
um longo período de pesquisa, que na maioria das vezes é frustrante e muito dis-
pendioso; por exemplo, custou 500 milhões de dólares para colocar a lovastatina no
mercado. (GOLAN, 2014)

A primeira dessas etapas é a observação do uso popular de um produto natu-


ral; no caso da lovastatina, observou-se que um produto de fungos poderia produzir
mudanças nos níveis de colesterol; depois vêm investigações clínicas sistemáticas
do efeito terapêutico de um produto natural em uma doença particular; então o ingre-
diente ativo é isolado e purificado, neste caso, lovastatina; então sua estrutura quí-
mica e a relação entre ela e sua atividade são determinadas; a lovastatina inibe uma
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enzima importante na síntese do colesterol; Finalmente, análogos sintéticos mais


eficientes são sintetizados, como, neste caso, a sinvastatina. (GOLAN, 2014)

Saiba mais:

Filme sobre o assunto: Colegas (2012)

Filme sobre o assunto: Hoje eu quero voltar sozinho (2014)

Acesse os links: https://youtu.be/Wj4Naoc1RJA e https://youtu.


be/lpHKXyko358

Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno note


a relevância do assunto dentro do seu campo de atuação.

Do exposto, deduz-se que o desenvolvimento de novos medicamentos é muito


dispendioso: primeiro, a descoberta, o isolamento e a purificação dos princípios ati-
vos são necessários; então os estudos pré-clínicos vêm; então, estudos clínicos fase
1 a 3; Finalmente, a vigilância pós-comercialização deve ser feita nos pacientes que
recebem a droga, a fim de determinar reações adversas, padrões de uso e possíveis
novas indicações. (GOLAN, 2014)

Nessa busca sistemática por atividades e compostos, uma grande quantidade


de material e dinheiro é investida e descartada, pois de cada 300.000 compostos
químicos que entram nesse processo, apenas 2 a 3 se tornam fármacos úteis. Isso
não justifica necessariamente os custos excessivos da indústria farmacêutica, mas
explica por que é cada vez mais difícil obter novos medicamentos que representem
um avanço significativo no tratamento de doenças comuns. (GOLAN, 2014)

Os medicamentos podem ter origem natural, sintética ou semi-sintética. Fárma-


cos de origem natural pode ser de origem dos animais (veneno de cobra, a poeira
da tiróide, etc.), vegetais (ópio, beladona, cocaína, etc) ou mineral (bicarbonato de
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sódio, hidróxido de alumínio, etc.). Os semissintéticos são obtidos tomando um pro-


duto natural e fazendo pequenas modificações químicas para melhorá-lo; O exemplo
mais claro é o salicilato, que é extraído do salgueiro e é muito amargo. Há cem anos,
a Bayer criou o acetil salicilato e produziu aspirina, que é amarga, mas é tolerada.
(GOLAN, 2014)

Vale destacar que a farmacologia lida com várias áreas de estudo, vejamos de
acordo com Golan (2014):

O estudo da droga em si: origem, síntese, estrutura química, propriedades físi-



co-químicas, apresentação farmacêutica, etc. É a primeira área de interesse da
farmacologia, seu ponto de partida.

O estudo da interação da droga com organismos vivos: das ações moleculares



e celulares ao efeito sobre os organismos inteiros, isto é, o que a droga faz ao
organismo, que é o campo da farmacodinâmica, até a análise da o que o corpo
faz com a droga, que constitui a farmacocinética.

Farmacologia clínica: estuda as propriedades e efeitos das drogas em indiví-



duos saudáveis ​​e doentes; para isso, reúne os estudos de farmacocinética,
farmacodinâmica, eficácia, potência, reações adversas e farmacovigilância.

A farmacoterapia investiga o uso médico de drogas para tratar ou prevenir doen-



ças; para isso, relaciona o mecanismo de ação, ou seja, a farmacodinâmica,
com o evento fisiopatológico que se deseja modificar; quantifica os benefícios e
riscos do uso de drogas; e estabelece as diretrizes para uso racional e esque-
mas de dosagem para medicamentos. Nesse aspecto, não se deve esquecer
que isso não deve ser tomado como receita culinária, pois há grande variabili-
dade na resposta entre diferentes indivíduos.

A toxicologia é outra área importante: estuda os efeitos nocivos das drogas,


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bem como os mecanismos e circunstâncias que favorecem sua aparência.

A farmacoepidemiologia estuda os efeitos benéficos ou prejudiciais das dro-



gas nas populações e responde a questões muito interessantes, como a forma
como os antecedentes genéticos de uma população podem explicar por que
respondem de uma forma ou de outra. Um exemplo disso é o fato de os ja-
poneses estarem intoxicados com pequenas quantidades de álcool, como as
mulheres em geral, devido às características farmacogenéticas que os levam a
produzir menos quantidade de enzima metabolizadora de etanol, embora essa
enzima possa ser induzida , aumentando assim a resistência do indivíduo aos
efeitos do álcool.

A farmacoeconomia é a área mais difícil de lidar, porque às vezes pode ir con-



tra a opinião de médicos e usuários. Ele estuda o impacto do custo do medi-
camento em relação ao custo da doença, do ponto de vista individual e social,
o que significa que também analisa o custo de desenvolvimento, elaboração e
promoção do medicamento.

2.2 Neurofarmacologia na aprendizagem

Com poucas exceções, as dificuldades de aprendizagem e atenção não têm


cura. Isso não significa que os caras que os possuem não possam progredir. Com o
apoio certo, seu filho pode aprender a administrar suas dificuldades e tirar proveito
de seus pontos fortes para seu benefício. (METRING, 2011)

Ninguém sabe com certeza o que causa as dificuldades de aprendizagem e


atenção, mas sabemos que não se trata apenas de uma coisa. Por exemplo, parece
haver um componente genético hereditário em muitas crianças. Mas as dificuldades
de aprendizado e atenção também podem advir de algumas condições médicas,
como distúrbios convulsivos, doença de Lyme e lesões cerebrais. (METRING, 2011)

Dificuldades de aprendizado e atenção também podem ser um efeito colateral


de tratamentos ou medicamentos usados em ​​ certas condições médicas. Nesses ca-

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sos, as dificuldades de aprendizagem e atenção poderiam ser “curadas”, no sentido


de que, ao suspender o tratamento ou curar a condição médica que as causa, elas
poderiam desaparecer. (METRING, 2011)

Algumas crianças podem ter dificuldades de aprendizagem e atenção porque


perderam muito a escola e, consequentemente, têm lacunas na sua aprendizagem.
Outros alunos podem ter problemas na escola porque ainda não falam inglês. Ensi-
ná-los em sua língua nativa, melhorando a sua compreensão do inglês ou dando-lhes
aulas de recuperação poderiam resolver suas dificuldades de aprendizagem e aten-
ção. (METRING, 2011)

Para milhões de crianças, as dificuldades de aprendizagem e atenção são o


resultado de como o cérebro funciona. Pesquisadores têm usado imagens cerebrais
e outras ferramentas para entender as diferenças na estrutura e na química do cé-
rebro. Isso melhorou nossa compreensão das dificuldades de aprendizagem e aten-
ção, mas não levou a uma cura. (METRING, 2011)

É preciso lembrar de que há muitas coisas que os pais e professores podem


fazer para ajudar as crianças com dificuldades de aprendizagem e atenção a progre-
direm.

De acordo com Metring (2011), as estratégias eficazes incluem:

 Fornecer acomodações que mudem a maneira como o aluno é ensinado ou avaliado. As aco-
modações podem incluir coisas como dar-lhe tempo extra nos exames ou mudar onde você
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está sentado na sala.

 Ensinar estratégias específicas que você pode usar quando algo é difícil para você. Podem ser
estratégias como contar a um adulto quando ele não entende algo ou precisa de ajuda para
organizar seus suprimentos e tempo. Ou, para crianças com processamento sensorial ou difi-
culdades de atenção, elas podem ser estratégias para se movimentar enquanto estão sentadas
sem distrair seus colegas.

 Usar tecnologia assistencial ou ferramentas que ajudam você a gerenciar seus desafios. Um
exemplo comum de tecnologia de assistência avançada é usar o recurso de conversão de texto
em fala em um computador ou telefone celular para ajudar na leitura. Um exemplo comum de
baixa tecnologia seria usar um lápis mais grosso quando houver dificuldades com habilidades
motoras finas.

 Usar terapia educacional ou treinamento para ajudar o aluno a entender sua maneira de apren-
der e seu comportamento. Isso inclui ajudá-lo a controlar suas ações e defender-se contra
adultos e colegas.

 Considerar o uso de medicamentos para tratar as dificuldades de atenção. Estratégias com-


portamentais podem ser muito úteis, mas algumas crianças se beneficiam mais quando essas
estratégias são combinadas com medicamentos.
a)
 Essas intervenções podem ajudar as crianças com dificuldades de aprendizado e atenção a
serem bem-sucedidas. Mas isso não é o mesmo que dificuldades de cura. Os pais devem ficar
muito céticos se alguém alegar que um produto ou tratamento pode curar dificuldades de apren-
dizagem e atenção.

FIQUE LIGADO

Se o caso de qualquer neurotransmissor, como a serotonina,


for analisado, é possível encontrar um grande número de re-
ceptores específicos para essa substância. A ativação de al-
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guns receptores mediará uma resposta, enquanto a ativação


de outros mediará uma resposta totalmente diferente.

Dessa forma, quando as dificuldades de aprendizado e atenção são um obstá-


culo, seu filho se sentirá confiante de que há coisas que são boas, que também são
apreciadas e respeitadas pelos outros. (METRING, 2011)

A seguir, veremos a respeito da neurofarmacologia aplicada diretamente a um


transtorno, o TDAH. Algumas formas leves de Transtorno do Déficit de Atenção e Hi-
peratividade podem às vezes ser controladas com tratamento não farmacológico. No
entanto, os especialistas indicam que o tratamento mais eficaz para o TDAH é a inter-
venção multimodal, ou seja, a combinação de tratamento farmacológico, intervenção
psicológica, intervenção familiar e intervenção na escola. O uso de medicação é,
portanto, outro pilar do tratamento para o TDAH. (PASTURA, 2004)

Crianças com TDAH têm um desequilíbrio químico de dopamina e neurotrans-


missores noradrenalina (substâncias químicas do cérebro), causando desequilíbrios
no funcionamento do cérebro. Principalmente afetou o lobo frontal e as áreas pré-
-frontais, afetando funções executivas, causando alterações na atenção, controle de
impulso, inibição de respostas e de tomada de decisão. (PASTURA, 2004)

Existem vários tipos de mediações disponíveis hoje que ajudam crianças com
TDAH. É principalmente de medicamentos estimulantes, tais como metilfenidato (em
outros países, existem outros medicamentos, tais como dextroanfetamina e Pemo-
lide) e não estimulante, tais como atomoxetina e do grupo dos antidepressivos tri-
cíclicos. As drogas estimulantes aumentam os níveis de dopamina no cérebro e a
Atomoxetina aumenta os níveis de norepinefrina. (PASTURA, 2004)

É necessário saber que a medicação é segura e que os efeitos colaterais são


poucos e não sérios. Tais drogas são prescritos de acordo com a critério do médico e
com a aprovação dos pais e de acordo com as circunstâncias e as características de
cada caso, sempre executar antes da administração do fármaco em estudo médico.
(PASTURA, 2004)

É bem verdade que os medicamentos estimulantes estão entre os medicamentos


psicotrópicos mais seguros e eficazes disponíveis e com uma longa história de uso em
crianças. Entre os estimulantes, o metilfenidato (MPH) é o tratamento farmacológico
de escolha para o TDAH. O metilfenidato é um estimulante que melhora tanto a
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hiperatividade quanto a desatenção em crianças com TDAH. Mais de 60 anos de


experiência com este medicamento e mais de 150 estudos em vários países confirmam
que ele é eficaz e seguro no tratamento do transtorno de hiperatividade. (PASTURA,
2004)

Já os medicamentos não estimulantes como a atomoxetina é a medicação an-


fetamina derivada de primeira escolha em pacientes com TDAH. Seu efeito positivo
dura o dia todo e pode ser administrado de uma só vez pela manhã. (PASTURA,
2004)

Entre os benefícios apresentados contra tratamentos psicoestimulantes é que


ele tem potencial para abuso, a ansiedade pode melhorar e não piorar a tiques e seu
efeito se mantém constante entre os disparos, o que não significa um declínio do co-
meço ao Eu esqueço um tiro como no caso de estimulantes. (PASTURA, 2004)

O metilfenidato e a atomoxetina são os medicamentos atualmente recomendados


para o tratamento do TDAH em crianças e adolescentes, por sua eficácia e segurança
nas doses recomendadas.

Em se tratando da supervisão e monitoramento do tratamento farmacológico, o


tratamento farmacológico deve ser iniciado e continuado por um médico adequada-
mente qualificado e especialista no tratamento do TDAH e suas comorbidades mais
frequentes. (PASTURA, 2004)
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O pediatra e o médico responsável pela medicação devem realizar acompa-


nhamento e revisões periódicas de tamanho, efeitos da medicação e avaliação do
funcionamento geral da criança. Embora o metilfenidato seja geralmente bem tolera-
do, sendo um estimulante, às vezes pode produzir alguns efeitos colaterais comuns,
como diminuição do apetite ou do sono, facilmente reversíveis, reajustando as doses.
No caso de falta de apetite ou alteração nos ritmos das refeições, especialmente
quando encontramos o caso de que a criança tem um tamanho mínimo ou abaixo
do índice de normalidade, é necessário rever o tipo e dose de medicação e aplicar
medidas específicas, como um estudo do estilo de alimentação, uso de suplementos
vitamínicos, adaptações nutricionais, etc. (PASTURA, 2004)

IMPORTANTE

O tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hipera-


tividade (TDAH) deve ser abordado a partir de uma abordagem
multidisciplinar e multimodal. Devido ao impacto do distúrbio
nas diferentes áreas da vida da pessoa afetada, é necessário
participar e intervir nos aspectos cognitivo, comportamental,
educacional, afetivo, familiar e social.

Já em relação à supervisão de tratamento farmacológico na escola, se um


aluno é medicado e os professores da criança o conhecem, eles podem colaborar
observando e registrando se há melhorias ou não no desempenho acadêmico, no
comportamento e no relacionamento com seus pares. Suas informações podem ser
muito úteis para os pais e para o médico que trata esse aluno ao avaliar a eficácia
do tratamento farmacológico ou a necessidade de ajustar a dose. (PASTURA, 2004)

Além disso, a partir do centro escolar pode colaborar na observação de pos-


síveis efeitos colaterais, como irritabilidade, dor de cabeça, náuseas, diminuição do
apetite, etc, e transferir as informações para os pais. É importante que quando o alu-
no apresente resultados positivos após a administração do medicamento, o professor
reforce seu bom comportamento ou bom desempenho e não o atribua ao medica-
mento; como você faria com “você percebe que hoje você se lembrou de tomar a pílu-
la” ou “como você trabalha bem quando você toma a pílula” frases. (PASTURA, 2004)
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Às vezes, as crianças progridem sem medicação, mas talvez tenham muitos


apoios que as fazem perder a autonomia. Isso pode gerar estresse na família; já que
os esforços aos quais estão sujeitos são muitos. Além disso, na escola existe o risco
de outras crianças rotulá-las como “criança diferente”. (PASTURA, 2004)

Vale destacar que é importante ressaltar que muitas crianças se beneficiam


desses tratamentos farmacológicos e que isso é necessário em 80% dos casos, mas
sempre combinado com outras intervenções psicoeducativas e sócio-familiares para
melhorar a autonomia da criança, déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade.
(PASTURA, 2004)

É bem verdade que todos os medicamentos devem ser levados para a escola
por um adulto e entregues a outro adulto. Não permita que seu filho tome a medicação
a menos que tenha idade e maturidade suficientes para ter essa responsabilidade.
Além disso, certifique-se de que é permitido pela escola.

As crianças não devem ter medicamentos em sua posse durante o horário es-
colar, a menos que você, o médico e a escola acreditem que é necessário ter acesso
imediato à medicação de emergência. As crianças mais novas, em geral, não têm
a maturidade necessária para carregar seus próprios medicamentos, mas a escola
deve garantir o acesso imediato aos medicamentos de emergência.

Todos os medicamentos prescritos ou não prescritos (como as vitaminas) que


são administrados nas escolas devem ser autorizados por escrito pelo médico da
criança, bem como ter o consentimento por escrito dos pais. Esta é uma exigên-
cia das regras que os profissionais de enfermagem (enfermeiros) devem seguir em
quase todos os estados. É necessário pedir a escola para fornecer os formulários /
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formulários que eles usam para administração de medicamentos.

Todos os medicamentos devem ser trazidos para a escola em seu recipiente


original rotulado e preparados pelo farmacêutico, médico ou empresa farmacêutica
(por exemplo, não é permitido trazê-los em envelopes, sacos ou embrulhados em
papel alumínio). O rótulo deve ter as seguintes informações:

• Nome da criança

• Nome da medicação

• Dosagem do medicamento a ser administrado

• Freqüência com a qual administrar

• Rota pela qual deve ser administrada

• Nome do médico que autoriza a medicação

• Data da receita / prescrição

• Data de vencimento

Em relação às instruções sobre medicação para o pessoal da escola, a equipe


da escola que administra medicamentos recebe treinamento especial e trabalha com
orientação de uma enfermeira ou outro consultor de saúde. O médico deve incluir as
seguintes instruções com o medicamento:

• Data do pedido

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• Nome da criança

• Razão para a medicação

• Nome do medicamento a ser administrado

• Dosagem

• Hora de ser administrado

• Rota pela qual deve ser administrada

• Período de tempo para administrar a medicação

• Possíveis efeitos colaterais

• Requisitos especiais como “levar com comida”

• Se o medicamento deve ser administrado diretamente pelo paciente ou não

O pessoal da escola não está autorizado a decidir quando uma medicação


rotulada “administrar quando necessário” deve ser administrada. São necessárias
instruções específicas (por exemplo, a cada 4 horas, quando necessário para tratar
uma dor de cabeça). Para crianças com doenças crônicas, isso pode ser confirmado
com o aconselhamento de uma enfermeira.

Já os medicamentos que não são usados ​​ou que expiraram, estes ​​devem ser
devolvidos ao pai / responsável para tê-los. No caso em que o medicamento não
pode ser devolvido ao pai ou responsável, ele deve ser descartado de acordo com
as recomendações da Vigilância Sanitária e o fármaco e submetido ao processo de
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incineração.

Deste modo, anotar as datas de vencimento e descobrir qual procedimento a


escola deve comunicar aos pais quando os medicamentos vencidos devem ser subs-
tituídos.

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RECAPITULANDO

QUESTÕES DE CONCURSOS

Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco da Amazônia Prova: CESGRANRIO


- 2014 - Banco da Amazônia - Técnico Científico - Medicina do Trabalho

A Farmacologia estuda o mecanismo pelo qual os agentes químicos afetam as fun-


ções dos sistemas biológicos de forma ampla. Envolve o estudo da interação dos
compostos químicos (drogas) com os organismos vivos, atuando, em maioria, atra-
vés da influência das 3 moléculas das drogas em constituintes das células. A Farma-
cologia é utilizada com 3 objetivos: terapêuticos (curar, controlar doenças ou aliviar
sintomas), preventivos (vacinação e fluoração da água) e diagnósticos (contrastes
iodados). Um dos seus ramos estuda o movimento da droga atra- vés do organismo,
envolvendo sua absorção, distribuição, biotransformação e eliminação; já o outro es-
tuda o local de ação, o mecanismo de ação e os efeitos dessas drogas no organismo. 

Esses dois ramos da Farmacologia chamam-se, respectivamente,

Farmacocinética e Farmacodinâmica

Farmacotécnica e Farmacocinética 

Farmacovigilância e Farmacoterapia

Farmacoterapia e Toxicologia

Farmacoepidemiologia e Farmacoeconomia

Ano: 2014 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC - 2014 - UFF - Médico
anestesiologista

O conhecimento da farmacologia do sistema nervoso autônomo é fundamental para


uma anestesia segura. Neste sentido, é correto afirmar que:

a taquicardia que pode acontecer com a suspensão abrupta dos ß bloqueadores re-
presenta um fenômeno de downregulation.

apenas os simpaticomiméticos de ação indireta podem causar tolerância e taquifila-


xia.
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a fenilefrina é uma catecolamina com efeito seletivo em a1.

os receptores a2 são exclusivos do sistema nervoso central e periférico.

o bolus venoso de dexmedetomidina pode causar hipertensão e bradicardia reflexa.

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: UFPR - 2010 - UFPR - Psicólogo

O psicólogo não está autorizado a prescrever medicamentos, mas o conhecimento


dos conceitos fundamentais da farmacologia é importante para acompanhar clientes
usuários de drogas psicoativas legais e ilegais. Sobre o uso dessas drogas, assinale
a alternativa INCORRETA.

A eliminação de fármacos ocorre por diferentes vias e varia conforme as característi-


cas físicoquímicas da substância a ser excretada.

A meia-vida é o tempo que um determinado fármaco necessita para que sua concen-
tração plasmática seja reduzida pela metade.

A farmacocinética estuda os processos metabólicos de absorção, distribuição, bio-


transformação e eliminação das drogas.

A dose de manutenção é utilizada na terapia de dose única para que se mantenha


uma concentração plasmática efetiva de determinado fármaco.

Os fármacos pouco lipossolúveis apresentam baixa capacidade de permear mem-


branas biológicas, sofrendo assim restrições em sua distribuição.

Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTITUTO AOCP -
2015 - EBSERH - Farmacêutico

A farmacologia é a ciência que estuda o processo de interação dos fármacos com o


organismo, a qual está dividida em farmacocinética e farmacodinâmica. O farmacêu-
tico, lendo a bula de um determinado medicamento, pode encontrar nas informações
farmacodinâmicas o seguinte conteúdo descrito:

metabolização do fármaco pelo citocromo P450.

transferência do fármaco através das membranas.

ligação do fármaco às proteínas plasmáticas.

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ligação do fármaco ao receptor, gerando um potencial de ação.

filtração glomerular do fármaco.

Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: IBFC - 2016 - EBSERH - Farmacêu-
tico (HUAP-UFF)

Um dos princípios básicos da farmacologia afirma que, as moléculas dos fármacos


precisam exercer alguma influência química sobre um ou mais constituintes das cé-
lulas, para produzir uma resposta farmacológica. Sobre os fármacos e seus alvos
farmacológicos, assinale a alternativa correta:

A ocupação de um receptor, por uma molécula de um fármaco, deve sempre resul-


tar na ativação desse receptor. Esse efeito ocorre porque ele é decorrente da obri-
gatoriedade de que todo o fármaco, que se liga a esse receptor, deve apresentar
especificidade (afinidade pelo sítio de ligação) e atividade intrínseca (capacidade de
desencadear uma resposta)

Ao interpretar uma curva de concentração, versus efeito, é preciso lembrar que, a


concentração do fármaco junto aos receptores na solução que banha a preparação
é, invariavelmente, equitativa à concentração do fármaco na corrente sanguínea do
indivíduo, após administração endovenosa

Receptores ligados à proteína G possuem um domínio intracelular que liga e ativa


quinases citosólicas, quando o receptor é ocupado. Todos os receptores ligados à
proteína G compartilham uma arquitetura comum, que consiste em um grande domí-
nio extracelular de ligação ao ligante, conectado ao domínio intracelular através de
uma única hélice transmembrana

Os receptores nucleares podem ser do tipo que estão presentes no citoplasma e


formam homodímeros na presença de seus ligantes, migrando até o núcleo; seus li-
gantes são principalmente de natureza endócrina, como, por exemplo, os hormônios
esteroidais

Os receptores do tipo canais iônicos compreendem estruturas transmembranas com-


plexas, constituídas por sete α-hélices que atravessam a membrana e, normalmente,
estão ligadas a uma alça intracelular maior do que as demais. O principal represen-
tante dessa classe é o receptor muscarínico da acetilcolina, o primeiro receptor a ser
descrito no final da década de 1960
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QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

A água e o oxigênio podem ter os dois tipos de efeitos. Nesse sentido ,descreva
a possibilidade destas duas substâncias serem consideradas drogas.

TREINO INÉDITO

Acerca dos conceitos de fármacos, assinale a alternativa correta.

a. Os termos fármaco, medicamento e droga são usados de


​​ forma intercambiável, embora haja
diferenças de definição muito sutis.
b. Droga é qualquer substância capaz de produzir uma mudança biológica através de uma ação
química;
c. Água e o oxigênio são drogas,
d. Uma droga quando produz uma ação biológica, não há ação química
e. Todas alternativas estão corretas

NA MÍDIA

Os tipos de neurotransmissores

Neurotransmissores são definidos como mensageiros químicos que transpor-


tam, estimulam e equilibram os sinais entre os neurônios, ou células nervosas e ou-
tras células do corpo. Esses mensageiros químicos podem afetar uma ampla varie-
dade de funções físicas e psicológicas, incluindo frequência cardíaca, sono, apetite,
humor e medo. Bilhões de moléculas de neurotransmissores trabalham constante-
mente para manter o funcionamento do nosso cérebro, gerenciando tudo, desde a
respiração até o batimento cardíaco, até os níveis de aprendizado e concentração.

Fonte: VITTUDE

Data: 26/06/2018

Leia na íntegra: https://www.vittude.com/blog/neurotransmissores/

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NA PRÁTICA

Os tipos de neurotransmissores

Os neurotransmissores são substâncias químicas criadas pelo corpo que trans-


mitem sinais (isto é, informações) de um neurônio para o próximo através de pontos
de contato chamados sinapses. Quando isso acontece, a substância química é libe-
rada pelas vesículas do neurônio pré-sináptico, atravessa o espaço sináptico e atua
alterando o potencial de ação no neurônio pós-sináptico. Existem diferentes neuro-
transmissores, cada um com diferentes funções. De fato, o estudo dessa classe de
substâncias é fundamental para entender como a mente humana funciona. Como
exemplo, tem-se a serotonina, este neurotransmissor é sintetizado a partir de tripto-
fano, um aminoácido que não é fabricado pelo organismo, por isso deve ser fornecido
através da dieta. A serotonina (5-HT) é comumente conhecida como o hormônio da
felicidade, porque os baixos níveis dessa substância estão associados à depressão
e à obsessão.

Fonte: https://www.infoescola.com/neurologia/neurotransmissores/

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CAPÍTULO 3

NEUROTRANSMISSORES E NEUROMODULADORES: ACETILCOLINA,


NORADRENALIDA E GLUTAMATO

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CAPÍTULO 3 – NEUROTRANSMISSORES E NEUROMODULADORES: ACE-


TILCOLINA, NORADRENALIDA E GLUTAMATO

1.1 Conceitos de Neurotransmissores

A célula nervosa (neurônio) tem duas funções principais, a propagação do poten-


cial de ação (impulso ou sinal nervoso) através do axônio e sua transmissão para
outros neurônios ou células efetoras para induzir uma resposta. As células efetoras
incluem o músculo esquelético e cardíaco e as glândulas exócrinas e endócrinas
reguladas pelo sistema nervoso. A condução de um impulso através do axônio é um
fenômeno elétrico causado pela troca de íons Na + e K + ao longo da membrana. Em
contraste, a transmissão do impulso de um neurônio para outro ou para uma célula
efetora não neuronal depende da ação de neurotransmissores específicos (NT) em
receptores específicos. (LIU, 2012)

Cada neurônio individual gera um PA idêntico após cada estímulo e o conduz a


uma taxa fixa ao longo do axônio. A velocidade depende do diâmetro axonal e do
grau de mielinização. Nas fibras mielinizadas, a velocidade em metros / segundo (m /
s) é aproximadamente 3,7 vezes o seu diâmetro (m); Por exemplo, para uma grande
fibra mielinizada (20 m), a velocidade é de cerca de 75 m / s. Nas fibras não mielini-
zadas, com um diâmetro entre 1 e 4 m, a velocidade é de 1 a 4 m / s. (LIU, 2012)

Um dado neurônio recebe um grande número de estímulos


simultaneamente, positiva e negativamente, de outros neurônios
e os integra em vários padrões de impulsos diferentes. Estes via-
jam através do axônio até a próxima sinapse. Uma vez iniciada a
propagação axonal do impulso nervoso, certas drogas ou toxinas
podem modificar a quantidade de NT liberada pelo axônio termi-
nal. Por exemplo, a toxina botulínica bloqueia a liberação de acetil-
colina. Outros produtos químicos influenciam a neurotransmissão,
modificando o receptor; em anticorpos para miastenia gravis blo-
queiam receptores nicotínicos de acetilcolina.

(LIU, 2012, p. 35)

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As sinapses são estabelecidas entre o neurônio e o neurônio e, na periferia, entre


um neurônio e um efetor (por exemplo, o músculo); No SNC existe uma disposição
mais complexa. A conexão funcional entre dois neurônios pode ser estabelecida en-
tre o axônio e o corpo celular, entre o axônio e o dendrito (a zona receptiva do neurô-
nio), entre um corpo celular e outro ou entre um dendrito e outro. A neurotransmissão
pode aumentar ou diminuir para gerar uma função ou responder a mudanças fisioló-
gicas. Muitos distúrbios neurológicos e psiquiátricos são devidos a um aumento ou
diminuição da atividade de certos NT e muitas drogas podem modificá-lo; alguns (por
exemplo, alucinógenos) produzem efeitos adversos e outros (por exemplo, antipsicó-
ticos) podem corrigir algumas disfunções patológicas. (LIU, 2012)

FIQUE ATENTO

O tratamento do TDAH deve ser individualizado e planejado


por um especialista ou grupo de especialistas baseado nas
características sintomatológicas e nas circunstâncias que en-
volvem o caso (problemas associados, meio ambiente, esco-
la, etc.) e a família.

O desenvolvimento e a sobrevivência das células do sistema nervoso dependem


de proteínas específicas, como o fator de crescimento nervoso, o fator neurotrófico
cerebral e a neurotrofina.

Em se tratando dos princípios básicos de neurotransmissão, destaca-se de acor-


do com Liu (2012), que o corpo neuronal produz certas enzimas envolvidas na sín-
tese da maioria dos NTs. Estas enzimas atuam em certas moléculas precursoras
capturadas pelo neurônio para formar o NT correspondente. Isso é armazenado na
extremidade do nervo dentro das vesículas.

O conteúdo do NT em cada vesícula (geralmente vários milhares de moléculas) é


quântico. Algumas moléculas de neurotransmissores são liberadas consistentemente
na terminação, mas em quantidade insuficiente para produzir uma resposta fisiológi-
ca significativa. Um PA que atinge a terminação pode ativar uma corrente de cálcio e
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simultaneamente precipitar a liberação do NT das vesículas por fusão da sua mem-


brana com a da terminação neuronal. Assim, as moléculas de NT são expelidas para
a fenda sináptica por exocitose. (LIU, 2012)

A quantidade de NT nas terminações permanece relativamente constante e in-


dependente da atividade nervosa por uma regulação apertada da sua síntese. Esse
controle varia de um neurônio para outro e depende da modificação na captação de
seus precursores e da atividade enzimática responsável pela sua formação e cata-
bolismo. A estimulação ou bloqueio de receptores pós-sinápticos pode aumentar ou
diminuir a síntese pré-sináptica do NT. (LIU, 2012)

O NT difunde-se através da fenda sináptica, liga-se imediatamente aos seus re-


ceptores e ativa-os induzindo uma resposta fisiológica. Dependendo do receptor, a
resposta pode ser excitatória ou inibitória. (MOORE, 2014)

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A interação do receptor NT deve também concluir imediatamente, para que o mes-


mo receptor possa ser ativado repetidamente. Para isso, o NT é rapidamente captu-
rado pela terminação pós-sináptica por um processo ativo (recaptação) e é destruído
por enzimas próximas aos receptores, ou difunde-se na área adjacente. Alterações
na síntese, armazenamento, liberação ou degradação da NT, ou a mudança no nú-
mero ou atividade dos receptores, podem afetar a neurotransmissão e produzir cer-
tos distúrbios clínicos. (MOORE, 2014)

1.2 Principais neurotransmissores e neuromoduladores

Para Moore (2014), um neurotransmissor (NT) é um produto químico libertado se-


lectivamente a partir de um terminal do nervo pela acção de um PA, que interage com
um receptor específico na estrutura adjacente e, se forem recebidas em quantidades
suficientes, irá produzir uma dada resposta fisiológica. Para constituir um NT, uma
substância química deve estar presente na extremidade do nervo, ser liberada por
um PA e, quando se liga ao receptor, sempre produz o mesmo efeito. Existem muitas
moléculas que atuam como NT e pelo menos 18 NTs mais antigos são conhecidas,
várias das quais agem de maneiras ligeiramente diferentes.

Os aminoácidos glutamato e aspartato são os principais NT excitatórios do SNC.


Eles estão presentes no córtex cerebral, no cerebelo e no ME. O ácido G-aminobutírico
(GABA) é o principal cérebro inibitório do NT. Derivado do ácido glutâmico, através
da descarboxilação realizada pela glutamato descarboxilase. Após interação
com receptores específicos, o GABA é recapitulado ativamente por terminação e
metabolizado. A glicina tem uma ação semelhante ao GABA, mas nos interneurônios
da ME. Provavelmente deriva do metabolismo da serina. (MOORE, 2014)

A serotonina (5-hidroxitriptamina) (5-HT) se origina no núcleo da rafe e nos neu-


rônios da linha média da ponte e do mesencéfalo. Deriva da hidroxilação do triptofano
pela ação da triptofano hidroxilase, que produz o 5-hidroxitriptofano; Este é descar-
boxilado, dando origem a serotonina. Os níveis de 5-HT são regulados pela absorção
de triptofano e pela ação da monoamina oxidase intraneuronal (MAO). (MOORE,
2014)

A acetilcolina é o NT motoneuronais, fibras pré-ganglionares autónomas, fibras


fundamentais Bulbo-espinal pós-ganglionares parassimpáticas (colinérgicos) e diver-
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sos grupos neuronais do sistema nervoso central (p. G., gânglios da base e do cór-
tex motor). É sintetizado a partir de colina mitocondrial e acetil-coenzima A, usando
colina acetiltransferase. Após a libertação, a acetilcolina estimula os receptores co-
linérgicos e interacção específica acaba rapidamente por hidrólise de colina e acetato
local pela acção da acetilcolinesterase. Os níveis de acetilcolina são regulados pela
colina acetiltransferase e pelo grau de captação de colina. (MOORE, 2014)

IMPORTANTE

Pode-se dizer que em todos os neurônios existe uma maneira


de comunicar entre eles as sinapses. Nas sinapses, os neurô-
nios se comunicam através de neurotransmissores, que são
moléculas que enviam sinais de um neurônio para outro. Ou-
tras partículas chamadas neuromoduladores também inter-
vêm na comunicação entre as células nervosas.

A dopamina é o NT de certos nervos e fibras periféricas e muitos neurónios cen-


trais (por exemplo, na substantia nigra, diencéfalo, área tegmental ventral e hipotála-
mo). A tirosina amino ácido é absorvido pelos neurónios dopaminérgicos e convertido
em 3,4-di-hidroxifenilalanina (dopa) por tirosina hidroxilase. A dopa é descarboxilada
em dopamina pela ação da descarboxilase de l-aminoácido aromático. Depois de li-
berada, a dopamina interage com os receptores dopaminérgicos e o complexo recep-
tor NT é ativamente capturado pelos neurônios pré-sinápticos. Tirosina hidroxilase e
MAO regulam as taxas de dopamina na terminação nervosa. (MOORE, 2014)

A noradrenalina é o NT da maioria das fibras simpáticas pós-ganglionares e


de muitos neurônios centrais (por exemplo, locus ceruleus e hypothalamus). O pre-
cursor é a tirosina, que é convertida em dopamina, que é hidroxilada pela dopamina
b-hidroxilase em noradrenalina. Quando libertado, ele interage com os receptores
adrenérgicos, cujo processo termina com a sua recaptação pelos neurónios pré-si-
nápticos, e a sua degradação pela MAO e por catecol-O-metiltransferase (COMT),
localizadas principalmente nível extraneuronal. Tirosina hidroxilase e MAO regulam
os níveis intraneuronais de norepinefrina(MOORE, 2014)

A B-endorfina é um polipeptídeo que ativa muitos neurônios (por exemplo, no


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hipotálamo, amígdala, tálamo e locus ceruleus). O corpo da célula contém um poli-


péptido grande chamado opiomelanocortina, o precursor de vários neuropéptidos (p.
G., A, b e g-endorfina). Este polipéptido é transportado ao longo do axónio e é dividi-
do em fragmentos específicos, um dos quais é a b-endorfina, que contém 31 aminoá-
cidos. Após sua liberação e interação com os receptores opiáceos, ele é hidrolisado
pelas peptidases em vários peptídeos e aminoácidos menores. (MOORE, 2014)

Metencefalina e leuencefalina são pequenos peptídeos presentes em muitos


neurônios centrais (por exemplo, no globo pálido, tálamo, caudado e substância
cinzenta central). Seu precursor é a proenkephalin que é sintetizada no corpo neuronal
e depois dividida em peptídeos menores pela ação de peptidases específicas. Os
fragmentos resultantes incluem duas encefalinas, compostas de 5 aminoácidos cada,
com uma metionina ou uma leucina terminal, respectivamente. Após sua liberação e
interação com receptores peptidérgicos, eles são hidrolisados para formar peptídeos
e aminoácidos inativos, como as dinorfinas e a substância P. (MOORE, 2014)

As dinorfinas são um grupo de 7 péptidos com uma sequência de aminoácidos


semelhante, que coexistem geograficamente com as encefalinas. A substância
P é um outro péptido presente em neurónios centrais (habenula, substantia nigra,
gânglios basais, e do bulbo hipotálamo) e em concentração elevada nos gânglios da
raiz dorsal. É liberado pela ação de estímulos aferentes dolorosos. (MOORE, 2014)

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Outro NT cujo papel foi estabelecida menos claramente estão a histamina, a


vasopressina, somatostatina, péptido intestinal vasoactivo, a carnosina, a bradiquini-
na, a colecistoquinina, a bombesina, o factor de libertação de corticotropina, a neuro-
tensina, e possivelmente adenosina. (MOORE, 2014)

Em se tratando dos principais receptores, os receptores NT são complexos


proteicos presentes na membrana celular. receptor acoplado segundo mensageiro
geralmente monomica e tem três partes: uma extracelular onde glicosilação intra-
membranosa forma uma bolsa, onde atua supostamente o NT e intracitoplasmática
onde a ligação da proteína ocorre ou regulação por fosforilação do receptor.

Os receptores com canais iônicos são poliméricos. Em alguns casos, a ativa-


ção do receptor induz uma mudança na permeabilidade do canal. Em outros, a ativa-
ção de um segundo mensageiro resulta em uma mudança na condutância do canal
iônico. (MOORE, 2014)

FIQUE LIGADO

Graças aos neurotransmissores e neuromoduladores, os


neurônios do nosso cérebro são capazes de gerar as torren-
tes de informação que chamamos de “processos mentais”,
mas essas moléculas também são encontradas na periferia
do sistema nervoso, nos terminais sinápticos dos neurônios
motores (neurônios do sistema nervoso central que projetam
seus axônios para um músculo ou glândula), onde estimulam
as fibras musculares para contraí-los.

Os receptores que são continuamente estimulados por um NT ou por drogas


(agonistas) tornam-se hipossensíveis (subregulados); aqueles que não são estimu-
lados por seu NT ou são cronicamente bloqueados (antagonistas) tornam-se hiper-
sensíveis (suprarregulados). A sobrerregulação ou subregulação dos receptores tem
uma influência importante no desenvolvimento da tolerância e dependência física. A
retirada é um fenômeno de rebote devido a uma afinidade alterada ou densidade do
receptor. Esses conceitos são particularmente importantes no transplante de órgãos
ou tecidos, nos quais os receptores são privados da NT fisiológica por desnervação.
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(MOORE, 2014)

A maioria dos NTs interage principalmente com receptores pós-sinápticos, mas


alguns receptores estão localizados no nível pré-sináptico, o que permite um controle
rigoroso da liberação do NT. Os receptores colinérgicos são classificados em N1 ni-
cotínico (na medula supra-renal e gânglios autonômicos) ou N2 (o músculo esquelé-
tico) e M1 muscarico (no sistema nervoso autonômico, estriado, córtex e hipocampo)
ou m2 (no sistema nervoso autonômico , coração, músculo liso, cérebro posterior e
cerebelo). (MOORE, 2014)

Os receptores adrenérgicos são classificados como A1 (pós-sinápticos no sis-


tema nervoso simpático), A2 (pré-sinápticos no sistema nervoso simpático e pós-
-sinápticos no cérebro), b1 (no centro) e B2 (por outras estruturas inervados pelo
simpático). Os receptores dopaminérgicos são divididos em D1, D2, D3, D4 e D5.
D3 e D4 têm um papel importante no controle mentais (sintomas negativos limite em
processos psicóticos) enquanto que a activação de receptores D2 controla o sistema
extrapiramidal. (MOORE, 2014)

Os receptores GABA são classificados em GABAA (ativar os canais de cloro)


e GABAB (ativar a formação de AMP cíclico). O receptor GABAA compreende vários
polipéptidos distintos e é o local de acção de vários fármacos neuroactivos, incluindo
benzodiazepinas novo antiepiléptico (p. G., lamotrigina), barbituratos, picrotoxina e
muscimol. (MOORE, 2014)

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Os receptores (5-HT) constituem serotonérgica pelo menos 15 subtipos, 5-HT1


classificados (com quatro subtipos), 5-HT2 e 5-HT3. Os receptores 5-HT1A localiza-
dos pré-sinapticamente no núcleo da rafe (inibição da recaptação pré-sináptica de
5-HT) e pós-sinapticamente no hipocampo, modular a adenilato-ciclase. (MOORE,
2014)

Os receptores 5-HT2 localizados na quarta camada do córtex cerebral envol-


vida na hidrise da fosfoinositida (v. Tabela 166-2). Os receptores 5-HT3 estão loca-
lizados pré-sinapticamente no núcleo do trato solitário. Os receptores de glutamato
são divididos em aspartato ionotrópicos-metil-d-N (NMDA), que se ligam ao NMDA,
glicina, zinco, Mg ++ e fenciclidina (PCP, também conhecido como pó de anjo) e pro-
duz o influxo de Na + , K + e Ca ++; e receptores n NMDA que se ligam a quisqualato
e cainato. Canais não-NMDA são permeáveis ​​a Na + e K +, mas não a Ca ++. Estes
receptores excitatórios medeiam a produção de importantes efeitos tóxicos pelo au-
mento de cálcio, radicais livres e proteinases. Nos neurônios, a síntese de ácido nítri-
co (NO) O óxido, o qual regula a NO-sintetase, aumenta em resposta ao glutamato.
(MOORE, 2014)

Os receptores opióides (endorfina-encefalina) são divididos em, D1 e D2 (afec-


tando integração do motor, a função cognitiva e a analgesia) m1 e m2 (envolvido na
integração sensório-motora e analgesia) e k1, k2 e k3 (que influenciam a regulação
do balanço hídrico, analgesia e dieta). Os receptores S, atualmente classificados
como não opióides, ligam-se à PCP e localizam-se principalmente no hipotálamo.
(MOORE, 2014)

Por outro lado, em relação ao transporte de neurotransmissores, existem dois


tipos de transportadores TN essenciais para a neurotransmissão. recaptação de
transportador, localizadas nos neurónios pré-sinápticos e células de plasma, bombas
NT a partir do espaço extracelular para o elinterior célula. Substitui o fornecimento de
NT, ajuda a completar sua ação e, no caso do glutamato, mantém seus níveis abaixo
do limiar tóxico. A energia necessária para este bombeamento do NT vem do ATP.
O outro tipo de transportador localizado na membrana das vesículas concentra o NT
neles para sua exocitose subsequente. (MOORE, 2014)

Esses transportadores são ativados pelo pH citoplasmático e pelo gradiente de


voltagem através da membrana vesicular. Durante anoxia e isquemia transmembra-
nares mudanças de gradiente de ião, e glutamato é transportado a partir das vesícu-
las para o citoplasma, aumentando a sua concentração para níveis potencialmente
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tóxicos. (MOORE, 2014)

Os sistemas de segundo mensageiro consiste proteínas reguladoras G e pro-


teínas catalíticas (p. G., adenilato-ciclase, fosfolipase C) que se ligam a receptores e
efetores. O segundo mensageiro pode ser o gatilho de uma reação em cadeia ou o
alvo de uma via regulatória (por exemplo, cálcio). (MOORE, 2014)

É possível definir um neurotransmissor como uma substância produzida por


uma célula nervosa capaz de alterar a operação de outra célula ou durável breve,
através da ocupação do receptor específico e activação de mecanismos de íons e /
ou metabólica. (MOORE, 2014)

Aqui tem-se que imaginar as possibilidades de um neurotransmissor. A subs-


tância capaz de estimular ou inibir rapidamente ou lentamente (de milissegundos
para horas ou dias), pode ser libertado para a corrente sanguínea (em vez da outro
neurónio, glândula ou muscular) para agir em várias células e libertação local remoto
(como um hormônio), pode permitir, facilitar ou antagonizar os efeitos de outros neu-
rotransmissores.Também pode activar outras substâncias no interior da célula (os
chamados segundos mensageiros) para produzir efeitos biológicos (p. Ex., Activar
enzimas como quinases ou fosforilases). E, o mesmo neurônio pode ter efeitos dife-
rentes em estruturas pós-sinápticas, dependendo do tipo de receptor pós-sináptico
presente (p. Ex., Excitar um local, inibir outro e induzir a secreção de um neurio em
um terço). (MOORE, 2014)

IMPORTANTE

Duas ou mais substâncias neuroativas podem estar no mes-


mo terminal nervoso e uma pode funcionar como neurotrans-
missor e outra como neuromodulador. Daí a sua diferença:
os neurotransmissores criam ou não potenciais de ação (im-
pulsos elétricos que ocorrem na membrana celular), ativam
receptores pós-sinápticos (receptores de células pós-sinápti-
cas ou neurônios) e abrem canais iônicos (proteínas de mem-
branas neuronais contendo poros que quando abrem, permi-
tem a passagem de partículas de carga como íons), enquanto
os neuromoduladores não criam potenciais de ação, mas
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regulam a atividade dos canais de íons.

Para todas essas possibilidades, foram usados ​​termos como neuromodulador,


neurorregulador, neuro-hormônio ou neuromediador. Embora o uso de termos dife-
rentes podem ajudar a definir ações e contextos de comunicação intercelular, aqui
usamos o neurotransmissor, como nós falamos simplesmente de troca de informa-
ção, sinalização, conexões funcionais entre as células. (MOORE, 2014)

Como um neurotransmissor é reconhecido? Como saber que um neurônio pro-


duz uma substância que afeta outro? Os critérios para identificação de uma substân-
cia como um neurotransmissor são semelhantes às mencionadas quando falamos do
sistema nervoso autónomo (principalmente adrenalina e acetilcolina). Antes de lidar
com esses pontos, é necessário dizer que as técnicas que temos atualmente disponí-
veis para lidar com esses problemas ainda são relativamente cruas. (MOORE, 2014)

Como estes instrumentos estão mais próximos pequeno, eles exigem o objecto
a ser examinado é a mais pura (ou concentrado) possível, se distinguem de outros
objectos (ou moléculas) também minúsculas. Seja com eletrodos muito pequenos ou
com procedimentos de purificação e enriquecimento de “sucos” cerebrais, estamos
alterando a forma e as funções originais. Apesar dessas limitações, foi possível des-
cobrir muitos elementos da função sináptica. Técnicas de citoquímica e fracionamen-
to subcelular têm sido usadas com sucesso, o que permitiu isolar esses componen-
tes e estudá-los. É necessário lembrar dos critérios, segundo Moore (2014):

a) A presença do transmissor deve ser demonstrada nos terminais pré-sinápti-


cos e nos neurônios de origem desses terminais.

Existem vários implícitos nessas condições. Vejamos alguns deles de acordo


com Moore (2014):

Se dissermos que uma substância deve estar presente em algum lugar, signifi-
ca que sua distribuição e concentração são particulares. Vários transmissores foram
descobertos detectando-os no tecido nervoso em concentrações particularmente al-
tas. Isto significa que também teríamos que identificar os componentes celulares ne-
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cessários para sua fabricação (enzimas, precursores, metabólitos, etc.), para o seu
transporte (se eles são produzidos no soma neuronal a ser liberado no nível terminal)
e para seu processamento uma vez liberado (neste caso, a recaptura do neurotrans-
missor, que é um dos mecanismos de ativação). (MOORE, 2014)

Finalmente, se seccionar ou danificar um caminho ou núcleo neuronal, espe-


ra-se que o transmissor em questão desapareça do local onde seus terminais estão
localizados.

b) O transmissor deve ser liberado do terminal pré-sináptico por estimulação


nervosa. Aqui os processos necessários para esta versão, a existência de transporta-
dores de transmissor a partir do citoplasma para o local de libertação estão incluídas,
o que envolve moléculas que interagem com o citoesqueleto (uma rede de estruturas
que dirigem substância em tráfego a célula) e outros que permitem que a membra-
na celular se abra para expelir o neurotransmissor: Sabemos que para que esses
processos ocorram, é necessário o cálcio e, portanto, os canais iônicos através dos
quais esse íon entra no terminal. (MOORE, 2014)

c) Identidade de ação. Este foi considerado o principal critério para o tratamen-


to de uma substância como neurotransmissor. Pode-se afirmar de outra maneira: os
efeitos da substância em questão, quando aplicados ao local do estudo, devem ser
idênticos àqueles produzidos pela estimulação do terminal pré-sináptico. (MOORE,
2014)

Desse modo, estudos recentes indicam que o mesmo terminal pode conter
vários tipos de transmissores, que podem ser liberados juntos ou de forma indepen-
dente. (MOORE, 2014)

Por outro lado, o sistema nervoso central (SNC) consiste no encéfalo e na me-
dula espinhal. A informação sensorial atinge o SNC através dos sentidos especiais
e dos nervos periféricos e integra-se às memórias e estados de ânimo para gerar
respostas cognitivas, emocionais e motoras (comportamentais). Este processamento
ocorre devido a uma interação complexa de neurotransmissores e neuromodulado-
res que atuam em seus receptores para excitar ou inibir neurônios do SNC.

Em pessoas com distúrbios cerebrais, anormalidades estruturais ou funcionais


do processamento do SNC produzem respostas cognitivas, emocionais ou motoras
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aberrantes. Os distúrbios cerebrais estão associados a vários processos patológicos,


incluindo alterações degenerativas, isquêmicas e psicológicas. A maioria das drogas
do SNC corrige um desequilíbrio de neurotransmissores ou de seus receptores. As
drogas são usadas para aliviar os sintomas de um distúrbio cerebral, mas geralmente
não corrigem o distúrbio subjacente.

Embora o tratamento em curto prazo possa ser eficaz no alívio de sintomas


agudos, como insônia ou dor, o tratamento farmacológico de muitas dessas doenças
dura uma vida inteira. Depois de analisar os conceitos relevantes da função do SNC
e da neurotransmissão, este capítulo explica os mecanismos gerais pelos quais os
medicamentos modificam as atividades e processos do SNC.

No último século, houve um intenso debate sobre a natureza da comunicação


neuronal no SNC. Os primeiros fisiologistas acreditavam que os neurônios se comu-
nicavam por sinais elétricos que iam de neurônio a neurônio através de uma conexão
direta de uma maneira muito semelhante à dos cabos telegráficos. Os primeiros far-
macologistas apoiaram uma transmissão química, na qual substâncias eram libera-
das na sinapse entre os neurônios que se comunicam.

Pesquisas recentes mostram que ambos foram direita, até certo ponto, porque
a maioria da comunicação entre neurônios é produzido por neurotransmissores quí-
micos que servem como mensageiros que permitem neurónios para comunicar uns
com os outros. No entanto, há também evidências de sinalização direta de voltagem
entre os neurônios nos espaços eletrotônicos ou de junção. Os detalhes da neuro-
transmissão química passam por constantes atualizações à medida que novos me-
canismos e neurotransmissores são descobertos.

Os neurotransmissores importantes no SNC incluem acetilcolina e vários ami-


noácidos, aminas biogênicas e neuropeptídeos. A imagem acima lista os nomes, os
receptores, os mecanismos de transdução de sinal e as funções dos principais neu-
rotransmissores. Os receptores podem ser divididos em dois grupos principais: os
receptores ionotrópicos, também chamados canais de íons associados com ligando,
que estão diretamente associados com os canais de íons, e receptores metabotrópi-
cos, que tipicamente são receptores acoplados à proteína G.

Assim sendo, o tecido nervoso é o mais diferenciado do organismo e é cons-


tituído por células nervosas, fibras nervosas e neuroglia, que é formado por várias
classes de células. A célula nervosa é chamada de neurônio, a unidade funcional
do sistema nervoso. Estima-se que em cada milímetro do cérebro existem cerca de
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50.000 neurônios.

Agora, em se tratando da neuroglia, os neurônios do sistema nervoso central


são sustentados por algumas variedades de células não excitáveis ​​que juntas são
chamadas de neuroglia. As células neurogliais são menores que os neurônios e as ul-
trapassam em número, 5 a 10 vezes e constituem aproximadamente 50% do volume
total do encéfalo e da medula espinhal. Estas são numerosas células ramificadas que
são encontradas no meio dos neurônios, suas ramificações formam uma fina rede
vascular do tecido nervoso e desempenham um papel importante no metabolismo e
funcionamento do neurônio; regulando os fluidos e eletrólitos do espaço intercelular
do tecido nervoso.

De acordo com a sua forma, localização e embriológico origem destas células


foram divididos nos seguintes grupos:

Astroglia: de forma estrelada e corpo altamente parte ramificada da chamada


barreira sangue-cérebro, o qual atua como uma membrana ou um filtro, em que o
passo de substâncias do espaço para o tecido nervoso (impedindo que algumas
substâncias que viajam no sangue para o cérebro). Além de servir como células de
suporte dos neurônios e seus ramos.

Oligodendroglia: Tem poucos prolongamentos. Entre os segmentos correspon-


dentes a duas células, a bainha é interrompida e o axônio é coberto apenas por
prolongamentos citoplasmáticos. Tais interrupções são conhecidas como nodos de
Ranvier e conferem à fibra propriedades funcionais importantes para a condução da
corrente nervosa.

Microglia: Quando lesões destrutivas para o tecido nervoso, as células micro-


gliais são mobilizados para o local da lesão, retrair os seus processos e tornar as
células arredondadas e fagocíticas, digerindo os restos de tecido danificado.

Epêndimo: Tem a aparência de um epitélio cúbico simples, essas células são


responsáveis ​​pela formação do líquido cefalorraquidiano.

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Neurônios: O neurónio é a unidade anatómica do tecido nervoso e seus ramos


extremidade em contato com outros neurónios sem existe continuidade entre eles.
Cada neurônio é uma unidade funcional; o impulso nervoso passa de uma célula
para outra através de seus contatos, que eram chamados de sinapses. Os neurônios
têm uma unidade embriológica, uma vez que se originam de neuroblastos indepen-
dentes cujos prolongamentos crescem isolados de terminações chamadas cones de
crescimento.

Os Neurônios são unidades tróficas cujo corpo age como o centro vital das
extensões. O neurônio é o principal centro no funcionamento do tecido nervoso são
células especializadas excitáveis ​​para a recepção de estímulos e a condução do im-
pulso nervoso, seu tamanho e forma variam consideravelmente, mas cada um possui
corpo celular de cuja superfície projeta uma ou mais extensões chamadas neurites.

Os neuritos responsáveis ​​por receber informação e conduzi-la ao corpo celular


são chamados dendritos, a única neurite tubular longa que conduz informação do
corpo celular para outras células é chamada de axônio. Já os dendritos e axônios
são frequentemente chamados de fibras nervosas. Os neurônios são encontrados no
cérebro, na medula espinhal e nos gânglios.

Ao contrário de outras células do corpo, a maioria dos neurônios no indivíduo


maduro não se divide. Cada neurônio pode codificar informações em sinais elétricos
simples. O significado final desses sinais é dado pelas interconexões específicas dos
neurônios. O significado de um sinal depende dos pontos de origem e destino das
fibras nervosas; isto é, suas conexões.

Os vários tipos de modalidade sensorial (luz, som, toque) estão ligados a dife-
rentes partes do cérebro. Existem neurônios que enviam seus axônios para fora de
seu próprio núcleo de origem, para se conectarem com outros centros após um ca-
minho de comprimento variável, neurônios de projeção, que transmitem mensagens
de um lugar para outro do cérebro formando vias neurais e neurônios cujo axônio se
ramifica e termina dentro do próprio centro onde ele nasce, neurônios axonais curtos
ou interneurônios, que modulam - seja facilitando ou inibindo - a transmissão destes
ao nível de cada uma das estações ou núcleos dos trilhos. Os pulsos transmitidos
de um núcleo para outro podem ser tanto excitatórios quanto inibitórios. Quantitati-
vamente, no cérebro, a maioria dos neurônios são interneurônios, o que destaca a
importância da modulação na função do sistema nervoso.

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INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

DEPAULO, J. R., Hortiz, L. A. Understanding Depression; Jonh


Wiley & Sons. 2000.

GUYTON, A. C.; Hall, J. E.; Tratado de Fisiologia Médica. Ed.9º.


Guanabara. 1997.

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CAPÍTULO 3 – RECAPITULANDO

QUESTÕES DE CONCURSOS

Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: UFPR - 2013 - UFPR - Psicólogo

O psicólogo que trata de pessoas com dependência química deve buscar formação
nos seguintes tópicos, EXCETO:

Conhecer a subcultura da drogadição e a farmacologia das drogas de abuso. 

Compreender os princípios da cromoterapia facilitadora de adesão ao tratamento. 

Estabelecer objetivos claros e uma aliança de apoio positiva. 

Proporcionar instruções sobre a natureza da droga e o processo de recuperação.

Incentivar uma rotina estruturada em que as dificuldades envolvidas em manter a


abstinência sejam abordadas.

Ano: 2016 Banca: Prefeitura de Fortaleza - CE Órgão: Prefeitura de Fortaleza - CE


Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura de Fortaleza - CE - Farmacêu-
tico Hospitalar (Edital nº 97)

A farmacologia clínica utiliza diversos tipos de estudos para a observação de evidên-


cias que demonstrem a eficácia terapêutica de alguns fármacos empregados. O tipo
de estudo primário que acompanha pacientes, de forma observacional, que inclui
grupos de indivíduos submetidos a critérios de inclusão e exclusão similares e que
permite o uso de prontuários médicos é conhecido como:

Coorte

Caso-controle

Metanálise

Revisão sistemática

Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT - 19ª Região (AL) Prova: FCC - 2014 - TRT - 19ª

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Região (AL) - Analista Judiciário - Psiquiatria

Em relação à farmacologia dos antipsicóticos considere: 


I. A clorpromazina é de segunda geração, com efeitos colaterais de sedação, hipo-
tensão e colinérgicos. 

II.Atioridazina é de primeira geração, com efeitos colaterais de aumento do intervalo QTc. 


III. A risperidona é de terceira geração, com efeitos colaterais de alteração da crase
sanguínea e síndrome metabólica. 

IV. A olanzapina é de segunda geração, com efeitos colaterais de síndrome metabólica.


Está correto o que consta APENAS em:

II e II

I e III

I e IV

III e IV

II e IV

Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT - 19ª Região (AL) Prova: FCC - 2014 - TRT - 19ª
Região (AL) - Analista Judiciário - Psiquiatria

Os principais neurotransmissores envolvidos na fisiopatologia do Transtorno de Défi-


cit de Atenção com Hiperatividade são:

Glutamato e serotonina.

Serotonina e noradrenalina.

GABA e acetilcolina.

Noradrenalina e dopamina.

Dopamina e serotonina.

Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: UFPR - 2013 - UFPR - Psicólogo)
Os neurotransmissores e como eles afetam o comportamento são temas de grandes
pesquisas na atualidade. Sobre esse tema, marque a alternativa CORRETA.

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O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório no cérebro; apesar de serem


necessárias grandes quantidades dele para desencadear potenciais de ação.

O ácido gama (g) – aminobutírico (GABA) - regula a excitabilidade neuronal e é dos


principais produtos da dopamina e ligante das medicações benzodiazeínicas.

O tronco cerebral é a maior área de concentração dos ligantes da noradrenalina.

Praticamente nenhuma dopamina é encontrada no córtex somatossensorial primário.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Dificuldades de aprendizado e atenção também podem ser um efeito colateral de tra-


tamentos ou medicamentos usados ​​em certas condições médicas. Nesses casos, as
dificuldades de aprendizagem e atenção poderiam ser “curadas”, no sentido de que,
ao suspender o tratamento ou curar a condição médica que as causa, elas poderiam
desaparecer. Nesse sentido, descreva as estratégias que podem ser utilizadas nas
dificuldades de aprendizagem.

TREINO INÉDITO

Sobre os medicamentos no organismo, assinale a alternativa correta.

A droga não só tem que ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao corpo,
mas deve também ser capaz de interagir com o seu receptor, o que pode ocorrer
através da formação de ligações hidrofóbicas, electrostáticas e covalentes.

A droga não precisam ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao corpo,
mas deve também ser capaz de interagir com o seu receptor, o que pode ocorrer
através da formação de ligações hidrofóbicas, electrostáticas e covalentes.

A droga não só tem que ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao corpo
e não devem ser capazes de interagir com o seu receptor.

A droga não só tem que ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao corpo,
mas deve também ser capaz de interagir com o seu receptor, mas não pode ocorrer
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através da formação de ligações hidrofóbicas, electrostáticas e covalentes.

Todas as alternativas estão corretas.

NA MÍDIA

A importância da acetilcolina

Você já ouviu falar da acetilcolina? Ela tem uma função importantíssima para o
funcionamento do nosso corpo, principalmente no que diz respeito ao sistema cog-
nitivo. Isso quer dizer que a acetilcolina é importante para melhorar a memória e o
aprendizado, mas pode também ajudar em outras funções do cérebro, melhorando
as sinapses nervosas como um todo, colaborando até para uma noite de sono me-
lhor. A falta deste tipo de neurotransmissor pode causar problemas como transtorno
de déficit de atenção, hiperatividade, mal de Alzheimer, entre outras doenças, além
de poder influenciar negativamente no sistema respiratório e cardiovascular.

Fonte: Mundo Boa Forma

Data:

Leia na íntegra em: https://www.mundoboaforma.com.br/acetilcolina-o-que-e-


-alimentos-funcao-suplemento-e-efeitos-colaterais/

NA PRÁTICA

A serotonina e a felicidade

O nome científico da serotonina é 5-hidroxitriptamina ou 5-HT. Encontra-se prin-


cipalmente no cérebro, intestinos e plaquetas sanguíneas. A serotonina é usada para
transmitir mensagens entre as células nervosas, acredita-se que seja ativa para con-
trair os músculos lisos e contribui para o bem-estar e a felicidade, entre outras coisas.
Como um precursor da melatonina, ajuda a regular os ciclos de sono-vigília do corpo
e o relógio interno. Acredita-se que desempenha um papel importante no apetite,
nas emoções e nas funções motoras, cognitivas e autonômicas. No entanto, não se
sabe exatamente se a serotonina os afeta diretamente ou se tem um papel geral na
coordenação do sistema nervoso. Parece desempenhar um papel fundamental no
equilíbrio do humor. Baixos níveis de serotonina foram associados à depressão.

Fonte: https://www.tuasaude.com/serotonina/
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como visto, em termos gerais, a farmacologia é a ciência da ação de drogas


em sistemas biológicos. Integralmente, a farmacologia abrange o conhecimento das
fontes, propriedades químicas, efeitos biológicos e usos terapêuticos das drogas. É
uma ciência básica não apenas para a medicina, mas também para farmácia, enfer-
magem, odontologia e medicina veterinária.

Os estudos farmacológicos variam desde aqueles que examinar os efeitos de


agentes químicos sobre mecanismos subcelulares para aqueles que se relacionam
com os potenciais riscos de pesticidas e herbicidas, aquelas que são dirigidas para o
tratamento e prevenção de doenças com grandes terapia medicamentosa.

Integrando o conhecimento em muitas disciplinas científicas relacionado, a far-


macologia oferece uma perspectiva única para resolver problemas relacionados a
medicamentos, hormônios e outros agentes químicos de acordo com eles influen-
ciam o saúde humana. Como revela os mistérios das ações do medicamentos, des-
cobrir novas terapias e desenvolver novas medicamentos, a neurofarmacologia toca
inevitavelmente todas as nossas vidas Embora tenha havido um progresso notável
no desenvolvimento de novos medicamentos e entender como eles agem, os desa-
fios Eles ainda são infinitos.

Deste modo, descobertas em progresso com respeito aos processos funda-


mentais da vida continuam a levantar questões novas e intrigantes que estimulam
ainda mais a pesquisa e evocam a necessidade de uma nova visão científica. Vimos
que a neurofarmacologia é o estudo de drogas sobre os componentes do sistema
nervoso central, incluindo o cérebro, a medula espinhal e os nervos que comuni-
cam com todas as partes do corpo. Os neurofarmacologistas estudam a ação de
drogas de vários pontos de vista diferentes. Eles podem estudar novas maneiras de
usar drogas no tratamento de condições específicas de doenças do sistema nervoso
central, principalmente no que tange aos transtornos de ensino-aprendizagem.

Por fim, como dado novo, alternativamente, eles podem estudar medicamentos
que já estão em uso para determinar mais precisamente as funções neurofisiológicas
e neurobioquímicas do sistema nervoso que são modificadas pela ação da droga. Os
neurofarmacologistas também usam drogas como ferramentas para elucidar os me-
canismos básicos da função neural e fornecer pistas para a natureza neurobiológica

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subjacente dos processos da doença.

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FECHANDO A UNIDADE

GABARITOS

CAPÍTULO 01

Questões de concursos

01 02 03 04 05
D B D A D

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE


RESPOSTA

SNC: Consiste no encéfalo, na Medula Espinhal, nos nervos cranianos I e II e


nos núcleos segmentados da Medula Espinhal.

SNP: Consiste nos nervos cranianos e espinhais, assim como nos gânglios as-
sociados a eles.

O SNC é constituído anatomicamente por:

• Cérebro

• Mesencéfalo

• Bulge

• Cerebelo

• Bulbo espinhal.

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• Medula espinhal (porções cervical, dorsal, lombar, sacral e coccígea).

• Nervos Cranianos I e II.

TREINO INÉDITO

Gabarito: A

Justificativa:

a. Correto. Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que participam de sinapses quí-


micas, cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa resposta.
b. Incorreto. Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que participam de sinapses
químicas, cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa resposta.
c. Incorreto. Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que participam de sinapses
químicas, cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa resposta.
d. Incorreto. Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que participam de sinapses
químicas, cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa resposta.
e. Incorreto. Os neurotransmissores são um grupo de substâncias que participam de sinapses
químicas, cuja interação com receptores específicos permite provocar uma certa resposta.

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CAPÍTULO 02

Questões de concursos

01 02 03 04 05
D C D A A

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE


RESPOSTA

Quando um paciente desidratado é dado água, que neste caso é usado como
droga, agindo por conta própria, já que está dentro dos excepcionais 2% de substân-
cias que exercem seu efeito sem interagir com qualquer receptor químico. O mesmo
acontece com o oxigênio: quando um paciente hipoxíaco recebe oxigênio, que neste
caso é um medicamento ou droga, ele é melhorado.

Treino Inédito.

E- todas as alternativas estão corretas

a. Correta. Os termos fármaco, medicamento e droga são usados de


​​ forma intercambiável, embo-
ra haja diferenças de definição muito sutis. Droga é qualquer substância capaz de produzir uma
mudança biológica através de uma ação química; portanto, a água e o oxigênio são drogas,
enquanto uma rocha que cai sobre um ser vivo não é uma droga, pois, mesmo quando produz
uma ação biológica, não há ação química.
b. Correta. Os termos fármaco, medicamento e droga são usados de
​​ forma intercambiável, embo-
ra haja diferenças de definição muito sutis. Droga é qualquer substância capaz de produzir uma
mudança biológica através de uma ação química; portanto, a água e o oxigênio são drogas,
enquanto uma rocha que cai sobre um ser vivo não é uma droga, pois, mesmo quando produz

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uma ação biológica, não há ação química.


c. Correta. Os termos fármaco, medicamento e droga são usados de
​​ forma intercambiável, embo-
ra haja diferenças de definição muito sutis. Droga é qualquer substância capaz de produzir uma
mudança biológica através de uma ação química; portanto, a água e o oxigênio são drogas,
enquanto uma rocha que cai sobre um ser vivo não é uma droga, pois, mesmo quando produz
uma ação biológica, não há ação química.
d. Correta. Os termos fármaco, medicamento e droga são usados de
​​ forma intercambiável, embo-
ra haja diferenças de definição muito sutis. Droga é qualquer substância capaz de produzir uma
mudança biológica através de uma ação química; portanto, a água e o oxigênio são drogas,
enquanto uma rocha que cai sobre um ser vivo não é uma droga, pois, mesmo quando produz
uma ação biológica, não há ação química.
e. Correta. Os termos fármaco, medicamento e droga são usados de
​​ forma intercambiável, embo-
ra haja diferenças de definição muito sutis. Droga é qualquer substância capaz de produzir uma
mudança biológica através de uma ação química; portanto, a água e o oxigênio são drogas,
enquanto uma rocha que cai sobre um ser vivo não é uma droga, pois, mesmo quando produz
uma ação biológica, não há ação química.

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CAPÍTULO 03

Questões de concursos

01 02 03 04 05
B E E E A

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE


RESPOSTA

As estratégias eficazes incluem:

Fornecer acomodações que mudem a maneira como o aluno é ensinado ou


avaliado. As acomodações podem incluir coisas como dar-lhe tempo extra nos exa-
mes ou mudar onde você está sentado na sala.

Ensinar estratégias específicas que você pode usar quando algo é difícil para
você. Podem ser estratégias como contar a um adulto quando ele não entende algo
ou precisa de ajuda para organizar seus suprimentos e tempo. Ou, para crianças
com processamento sensorial ou dificuldades de atenção, elas podem ser estraté-
gias para se movimentar enquanto estão sentadas sem distrair seus colegas.

Usar tecnologia assistencial ou ferramentas que ajudam você a gerenciar seus


desafios. Um exemplo comum de tecnologia de assistência avançada é usar o recur-
so de conversão de texto em fala em um computador ou telefone celular para ajudar
na leitura. Um exemplo comum de baixa tecnologia seria usar um lápis mais grosso
quando houver dificuldades com habilidades motoras finas.

Usar terapia educacional ou treinamento para ajudar o aluno a entender sua


maneira de aprender e seu comportamento. Isso inclui ajudá-lo a controlar suas ações
e defender-se contra adultos e colegas.

Considerar o uso de medicamentos para tratar as dificuldades de atenção. Es-


tratégias comportamentais podem ser muito úteis, mas algumas crianças se benefi-
ciam mais quando essas estratégias são combinadas com medicamentos.
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Essas intervenções podem ajudar as crianças com dificuldades de aprendiza-


do e atenção a serem bem-sucedidas. Mas isso não é o mesmo que dificuldades de
cura. Os pais devem ficar muito céticos se alguém alegar que um produto ou trata-
mento pode curar dificuldades de aprendizagem e atenção.

TREINO INÉDITO

Gabarito: A

Justificativa:

a. Correto. A droga não só tem que ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao corpo,
mas deve também ser capaz de interagir com o seu receptor, o que pode ocorrer através da
formação de ligações hidrofóbicas, electrostáticas e covalentes.
b. Incorreto. A droga não só tem que ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao corpo,
mas deve também ser capaz de interagir com o seu receptor, o que pode ocorrer através da
formação de ligações hidrofóbicas, electrostáticas e covalentes.
c. Incorreto. A droga não só tem que ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao corpo,
mas deve também ser capaz de interagir com o seu receptor, o que pode ocorrer através da
formação de ligações hidrofóbicas, electrostáticas e covalentes.
d. Incorreto. A droga não só tem que ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao corpo,
mas deve também ser capaz de interagir com o seu receptor, o que pode ocorrer através da
formação de ligações hidrofóbicas, electrostáticas e covalentes.
e. Incorreto. A droga não só tem que ter uma natureza e tamanho que permite o acesso ao corpo,
mas deve também ser capaz de interagir com o seu receptor, o que pode ocorrer através da
formação de ligações hidrofóbicas, electrostáticas e covalentes.

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REFERÊNCIAS

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recdn.com/aulaparassimpaticosmimeticos1-130829153142-phpapp02/95/aula-pa-
rassimpaticosmimeticos-2-638.jpg?cb=1377792839> Acesso em: 28 de mar. 2019.

COSTA. C. R. C. M.; MAIA, H. Atenção. In: MAIA, H. (Org.). Neurociências e


desenvolvimento cognitivo. Rio de Janeiro: Wak, 2011. p. 47-54. (Neuroeducação,
v. 2).

FONOAUDIOLOGIA. Nervos cranianos. Disponível em: < http://fonoaudiolo-


giasaudeecomunicacao.blogspot.com/2016/02/nervos-cranianos.html> Acesso em:
28 de mar. 2019.

GOLAN, David E. et al. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica


da farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

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METRING, R. A. Neuropsicologia e aprendizagem: fundamentos necessá-


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6ª ed. 2007.

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___________. Aula de Farmacologia. Disponível em: <https://pt.slideshare.


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