Você está na página 1de 34

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

EDUARDO SADDOCK KOTI


MARINA RAFAELA DIAS DOS SANTOS
MAYARA MIZEVSKI CECCO
RAFHAEL GOOD PEREIRA

RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL – GRUPO 9

CURITIBA
2022
EDUARDO SADDOCK KOTI
MARINA RAFAELA DIAS DOS SANTOS
MAYARA MIZEVSKI CECCO
RAFHAEL GOOD PEREIRA

RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL – GRUPO 9

Relatório apresentado ao curso de Engenharia


Química, Setor de Tecnologia, Universidade
Federal do Paraná, como requisito parcial à
obtenção de aprovação na disciplina Integração de
Processos l.

Orientador: Prof. Dr. Marcos Rogério Mafra

CURITIBA
2022
RESUMO

O presente trabalho, tem como objetivo estudar uma planta de produção de


Clorometano, de maneira a integrar conhecimentos obtidos até o presente momento
por meio do curso de graduação em Engenharia química. Para tanto foi
disponibilizado um fluxograma do processo, através do qual foram descritos os
principais equipamentos envolvidos no processo e suas condições operacionais. Em
seguida dedicou-se uma seção ao desenvolvimento do balanço de massa (seu
equacionamento e resultados), de maneira que o processo apresentado se
caracterizasse como um sistema em regime permanente (ou regime estacionário).

Palavras-chave: Clorometano. Gás Cloro. Metano. Halogenação. Balanço de massa.


LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – CLOROMETANO ................................................................................7
FIGURA 2 – DIAGRAMA DE BLOCOS .................................................................11
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - PROPRIEDADES FISICO-QUIMICAS DO NITROGENIO, GÁS
CARBONICO E ÁGUA ...............................................................................................12
TABELA 2 - PROPRIEDADES FISICO-QUIMICAS DO ÁCIDO CLORIDRICO,
METANO E CLOROMETANO ...................................................................................12
TABELA 3 - PROPRIEDADES FISICO-QUIMICAS DO GÁS CLORO,
DICLOROMETANO, CLORETO METILICO E TETRACLORETO DE CARBONO....12
TABELA 4 - RESULTADOS BALANÇO MOLAR DO REATOR.................................21
TABELA 5 - RESULTADOS BALANÇO MOLAR NA UNIDADE DE SEPARAÇÃO DE
CLORADOS................................................................................................................22
TABELA 6 - RESULTADOS BALANÇO MOLAR NA DESTILADORA 1....................22
TABELA 7 - RESULTADOS BALANÇO MOLAR NA DESTILADORA 2....................23
TABELA 8 - RESULTADOS BALANÇO MOLAR NA LAVADORA 1..........................23
TABELA 9 - RESULTADOS BALANÇO MOLAR DA LAVADORA 2..........................23
TABELA 10 - RESULTADOS BALANÇO MOLAR PURGA E RECICLO...................24
TABELA 11 - BALANÇO DE MASSA GLOBAL ENTRADAS.....................................24
TABELA 12 – BALANÇO DE MASSA GLOBAL SAÍDAS ..........................................24
LISTA DE SÍMBOLOS

F n = corrente n em kmol/h;
ṁn = corrente n em kg/h;
x k ,n = fração molar do componente k na corrente n;
y k , n = fração mássica do componente k na corrente n;
γ n = rendimento da reação n;
M M k = massa molar do componente k.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................7
1.1 IMPORTÂNCIA DO CLOROMETANO...............................................................8
1.2 MERCADO.........................................................................................................8
2 PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CLOROMETANO...........................................9
2.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO........................................................................10
2.2 DIAGRAMA......................................................................................................11
2.3 PROPRIEDADES DOS COMPONENTES DA ROTA.....................................13
3 BALANÇO DE MASSA.......................................................................................13
3.1 MEMORIAL DE CÁLCULO..............................................................................14
3.1.1 Metodologia....................................................................................................14
3.1.1.1 Nomenclatura.................................................................................................14
3.1.1.2 Considerações................................................................................................14
3.1.2 Destiladora 1..................................................................................................15
3.1.3 Unidade de Separação de Clorados..............................................................16
3.1.4 Reator.............................................................................................................16
3.1.5 Alimentação....................................................................................................17
3.1.6 Lavadoras.......................................................................................................18
3.1.6.1 Lavadora 1......................................................................................................18
3.1.6.2 Lavadora 2......................................................................................................19
3.1.7 Reciclo, purga, tanque 1 (vaso de separação) e adsorvedora......................20
3.1.8 Destiladora 2..................................................................................................21
3.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................22
4 CONCLUSÃO......................................................................................................26
REFERÊNCIAS...........................................................................................................27
ANEXO 1 – PLANTA DE PRODUÇÃO DO CLOROMETANO.................................28
7

1 INTRODUÇÃO

1.1 IMPORTÂNCIA DO CLOROMETANO

O Clorometano, também conhecido como Cloreto de metano é um Haleto


Orgânico (função orgânica caracterizada por derivar dos hidrocarbonetos, onde um
átomo de hidrogênio é substituído por um halogênio (elementos químicos
localizados no grupo 17 da tabela periódica)). Sua fórmula química é CH 3Cl e a
distribuição que os átomos assumem pode ser visualizada na Figura 1.
(SOLOMONS, 2018)

FIGURA 1 - CLOROMETANO

FONTE: Gerado por MolView – Fórmula pelo NIST

Segundo Wexler et al. (2014), o Clorometano é um gás incolor,


extremamente inflamável e com odor levemente doce. A principal maneira com a
qual entra em contato com o organismo humano é pela inalação (os pulmões
absorvem este composto com bastante facilidade, porém é quase inteiramente
metabolizado). (Wexler et al., 2014)
Quanto à sua toxicidade, quando um humano é exposto à inalação deste
composto por um longo período de tempo este pode apresentar: dor de cabeça,
desequilíbrio, mudanças de personalidade, cansaço, náusea, perda de memória a
curto prazo entre outros sintomas. Felizmente, a maior parte dos estudos realizados
a este mérito chegaram a conclusão que estes sintomas somem rapidamente após o
fim da exposição. (Wexler et al., 2014)
8

1.2 MERCADO
O Clorometano pode ser utilizado na indústria para fabricação de produtos
químicos agrícolas, silicones, produtos farmacêuticos, produtos de cuidados
pessoal, entre outras aplicações.
Embora o Clorometano tenha várias aplicações, a principal delas é na
fabricação de intermediários químicos, como por exemplo, o metil clorosilano. Esse
composto químico é utilizado na produção de silicones, que pode ser aplicado em
diversos produtos, como por exemplo, cosméticos, polidores automotivos e
revestimentos de papel.
A demanda de consumo do Clorometano está aumentando na China e na
Índia. Na China é devido a sua grande indústria de produtos farmacêuticos, já na
Índia, está aumentando a demanda por produtos de higiene pessoal nos últimos
anos, onde o Clorometano também é utilizado.
9

2 PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CLOROMETANO

2.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO

A planta de produção de Clorometano começa na alimentação de CH 4 e Cl2 ao


sistema. A alimentação de CH4 vem da corrente 1, que também apresenta um pouco
de N2, e do reciclo, corrente 20, que apresenta H 2O, CO2, N2 e CH4 que está em
excesso e volta ao sistema como reagente. As duas correntes, corrente 1 e corrente
20, se misturam para formar a corrente 4. A alimentação de Cl 2 vem da corrente 2
que passa por um vaporizador e segue na corrente 3. A corrente 3 e corrente 4 se
misturam para formar uma só corrente, corrente 5a, que passa por um trocador de
calor (TC 01) e segue, pela corrente 5b, para outro trocador de calor (TC02) antes
de seguir, pela corrente 5, para o reator (RE-01).
No reator (RE-01) apenas o CH4 e o Cl2 reagem, e a conversão do cloro é de
100%. As seguintes reações ocorrem no reator (RE-01):

C H 4+ C l 2 → C H 3 Cl + HCl(1)
C H 4+ 2C l 2 →C H 2 C l 2 +2 HCl(2)
C H 4+ 3C l 2 → CHC l 3+ 3 HCl (3)
C H 4+ 4 C l 2 →CC l 4 + 4 HCl (4)

Com rendimentos de:


Rendimento 1 ( γ 1 ): 76,8%
Rendimento 2 ( γ 2 ): 17,9%
Rendimento 3 (γ 3 ): 4,8%
Rendimento 4 (γ 4 ): 0,5%

Do reator (RE-01), pela corrente 6, saem os produtos das reações, HCl,


CH3Cl, CH2Cl2, CHCl3 e CCl4. Também sai um resto de CH 4 que não reagiu, e CO2,
N2 e H2O provenientes da alimentação. A corrente passa pelo primeiro trocador de
calor (TC 01) para aquecer a corrente que passava por ele, corrente 5a, segue pela
corrente 6a até outro trocador de calor (TC 03) e segue, pela corrente 6b, para um
compressor até chegar, pela corrente 6c, à unidade de separação de clorados.
10

Na unidade de separação de clorados, N 2, CO2, HCl e CH4 saem no topo para


a corrente 8 e o resto é recuperado em baixo na corrente 7.
Da corrente 7 os clorados vão para a destiladora 1, onde o clorometano é
separado e sai na corrente de topo para um tanque de armazenamento. O resto sai
na base para uma segunda destiladora onde o CH 2Cl2 é separado saindo na
corrente de topo para um tanque de armazenamento e o CCl 4 e CHCl3 saem na base
para um tanque onde eles estão misturados.
A corrente 8 vai para a lavadora 1 (LV 01), onde a corrente 9 também entra
com H2O e um pouco de HCl que volta para o sistema, HCl e H 2O saem na corrente
de fundo, corrente 11, para um tanque, que ao final das lavagens acaba com 100%
do HCl produzido. Os demais gases junto com uma pequena quantidade de HCl
saem pelo topo na corrente 10 em direção a lavadora 2 (LV 02). Na lavadora 2 (LV
02), H2O entra pela corrente 12 vindo de um tanque para fazer a lavagem do resto
de HCl que ainda sobrou na mistura, os gases N 2, CO2, CH4 e uma pequena
quantidade de água em forma de vapor saem na corrente de topo, corrente 13, para
o reciclo e a purga. O resto do H 2O e a pequena quantidade de HCl que veio pela
corrente 10, saem na corrente de fundo, corrente 9, para voltar à lavadora 1 (LV 01).
A corrente 13 se divide nas correntes 14, que vai para a purga, e a corrente
15 que vai para o reciclo, as 3 correntes têm a mesma composição. A corrente 14 e
a purga são necessárias para controlar a quantidade de N 2 que volta a alimentação
e entra no reator (RE-01). A corrente 15 vai para um trocador de calor (TC 09),
segue na corrente 16 e vai para um vaso de separação.
No vaso de separação, 95% da água é retirada da corrente 16, que sai do
sistema pela corrente 17, o resto segue pelo reciclo, corrente 18, até passar por um
compressor e indo para a corrente 19 que chega a uma coluna de adsorção (AD-01),
nessa fase 99,99% da água é retirada da corrente ficando contida no adsorvedor. Os
gases de interesse seguem pelo reciclo, pela corrente 20, até chegarem novamente
à alimentação.
A planta pode ser visualizada no Anexo 1.

2.2 DIAGRAMA
A fim de facilitar a visualização das correntes foi construído um diagrama de
blocos. Este diagrama resumiu as principais correntes, suas composições e os
processos envolvidos. A Figura 2 é este diagrama.
11

FIGURA 2: DIAGRAMA DE BLOCOS

FONTE: Os autores (2022)


12

2.3 PROPRIEDADES DOS COMPONENTES DA ROTA

As tabelas 1, 2 e 3 contém informações sobre os componentes da rota,


propriedades que tem sua importância para que se consiga fazer balanços de massa
e energia na rota de produção.

TABELA 1 – PROPRIEDADES FISICO-QUIMICAS DO NITROGENIO, GÁS CARBONICO E ÁGUA.


Propriedade Unidade N2 CO2 H2O
Massa molar g.mol-1 28 44 18
Ponto de Fusão K 63,35 216,55 a 5,2 atm 313,15
Ponto de Ebulição K 77,55 SUBLIMA 273,15
Temperatura Crítica K 126,2 304,2 647,4
Pressão Crítica atm 33,5 72,9 218,3
FONTE: CETESB; Fundamentos da termodinâmica clássica.

TABELA 2 - PROPRIEDADES FISICO-QUIMICAS DO ÁCIDO CLORIDRICO, METANO E


CLOROMETANO.
Propriedade Unidade HCl CH4 CH3Cl
Massa molar g.mol-1 36,45 16,01 50,46
Ponto de fusão K 162,15 90,55 175,45
Ponte de ebulição K 188,15 111,65 248,95
Temperatura Crítica K 324,55 191,1 416,3
Pressão de Crítica atm 81,6 45,8 65,9
FONTE: CETESB; Fundamentos da termodinâmica clássica.

TABELA 3 - PROPRIEDADES FISICO-QUIMICAS DO GÁS CLORO, DICLOROMETANO, CLORETO


METILICO E TETRACLORETO DE CARBONO.
Propriedade Unidade Cl2 CH2Cl2 CHCl3 CCl4
Massa molar g.mol-1 70,91 84,92 119,36 153,81
Ponto de fusão K 172,45 176,15 209,65 250,55
Ponto de Ebulição K 239,05 312,95 334,35 349,65
Temperatura Crítica K 417,0 518,15 536,6 556,4
Pressão de Crítica atm 76,1 60,9 54,0 45,0
FONTE: CETESB; Fundamentos da termodinâmica clássica.
13

3 BALANÇO DE MASSA

3.1 MEMORIAL DE CÁLCULO

3.1.1 Metodologia

3.1.1.1 Nomenclatura

F n = corrente n em kmol/h;
ṁn = corrente n em kg/h;
x k ,n = fração molar do componente k na corrente n;
y k , n = fração mássica do componente k na corrente n;
γ n = rendimento da reação n;
M M k = massa molar do componente k.

3.1.1.2 Considerações

Ao longo do memorial de cálculo, serão apresentados os equacionamentos


do balanço molar e o balanço global de massa para a malha de produção de
Clorometano. Além disso serão apresentadas as informações que já foram definidas
e seus valores. Uma planilha do Excel foi programada para realizar os cálculos,
cujos resultados serão apresentados na seção 3.2.
A ordem do raciocínio dos balanços foi: destiladora 1, unidade de clorados,
reator, alimentações, destiladora 2, lavadoras, reciclo e purga. Uma das correntes da
destiladora 1 é a base de cálculo, por isso decidiu-se iniciar o balanço por ela e ir
voltando até o reator. Com o balanço do reator realizado, buscou-se os balanços
para as demais unidades faltantes.
Não havia nenhuma informação a respeito do reciclo (seja sua quantidade
ou composição), por isso o balanço foi realizado etapas. Na primeira etapa,
considerou-se que não havia reciclo, e que toda a entrada de N 2 e C H 4 era por
meio da corrente F 1. Com essa consideração foi possível encontrar as composições
da corrente de reciclo. Com isso é feita a próxima etapa, na qual determina-se a
purga, o reciclo e a alimentação F 1, de acordo com as limitações estabelecidas no
reator. Com essa mudança na corrente de entrada no reator, haverá uma mudança
14

nas composições de diferentes correntes da malha, incluindo o reciclo. Então


calcula-se o reciclo, a purga e a alimentação F 1 para a nova composição do reciclo.
Como essa segunda composição já está de acordo com as restrições do reator, os
cálculos realizados nessa etapa são os válidos para a planta. O equacionamento é o
mesmo para ambas as etapas, sendo a principal mudança a composição da corrente
de entrada do reator.

3.1.2 Destiladora 1

A corrente de entrada desta unidade é a F 7. Têm duas correntes de saída:


F 22 e F 21. A corrente de topo ( F 22) contém: C H 3 Cl e C H 2 C l 2. As composições da

corrente F 22 são: x C H 3 Cl, 22 =0,98e x C H 2 C l 2 ,22 =0,02. Recuperação de C H 3 Cl no destilado


é de 99%.
ṁ22=10000kg/h é a base de cálculo. Foi necessário transformar as frações
molares em frações mássicas. Assim, se tornou viável converter a base de cálculo
de kg/h para kmol/h. As frações mássicas de ṁ 22 são: y C H Cl ,22=0,9668 e 3

y C H C l ,22=0,0332.
2 2

ṁ 22 . y C H Cl ,22 ṁ 22 . y C H C l 2 ,22 kmol


F 22= 3
+ 2
=195,39 (5)
M M C H Cl 3
M MCH 2 C l2 h

Balanço molar global da destiladora 1:

F 7=F 22+ F 21(6)

Balanço molar da corrente F 22:

F 22 x C H 3
Cl ,22 =0,99 F 7 x C H Cl ,7 (7) 3

F 22 x C H 2
C l 2 ,22 =F22−F 22 x C H 3
Cl ,22 (8)

Balanço molar da corrente F 21:

F 21 x C H 3
Cl,21 =0,01 F 7 x CHC l , 7 (9) 3
15

F 21 x C H 2
C l2 ,21 =F7 x C H 2
C l 2 ,7 −F 22 x C H 2
C l 2 ,22 (10)
F 21 x CHC l −CC l − H O ,21=F7 x CHC l −CC l −H
3 4 2 3 4 2
O ,7 (11)

Pela razão de reciclo (RR=1,5) é possível determinar a corrente de reciclo da


destiladora 1 ( F 22b ):
F 22b
RR= (12)
F 22

3.1.3 Unidade de Separação de Clorados

A corrente de entrada desta unidade é a F 6. Têm duas correntes de saída:


F 7 e F 8. A corrente de topo ( F 7) contém: N 2, C O2, HCl e C H 4. A corrente de fundo (
F 8) contém: os clorados resultantes das reações e H 2 O .
Balanço molar global da unidade de clorados:
F 6=F 8+ F 7 (13)
Balanço molar da corrente F 8:

F 8 x C O −N −C H − HCl , 8=F 6 x C O −N −C H − HCl ,6 ( 14)


2 2 4 2 2 4

Balanço molar da corrente F 7:

F 7 xC H 3
Cl −C H 2 C l 2−CHC l 3−CC l 4− H2 O , 7 =F 6 x C H Cl −C H 3 2
C l 2−CHC l 3−CC l 4− H 2O ,6 (15)

3.1.4 Reator

O reagente limitante das reações é o C l 2 e a razão molar entre a entrada de


metano e de cloro é 3,9 ([ metano ] ÷ [ cloro ] =3,9).
A corrente de saída do reator é a F 6. Sendo o reagente limitante o C l 2 (é o
reagente completamente consumido nas reações), a quantidade de clorados
produzidos será em função da entrada deste composto.
A quantidade de metano que entra no processo depende da alimentação de
cloro (pela razão molar). E como o metano não é o reagente limitante das reações, a
quantidade de metano da corrente de saída do reator também depende da
16

quantidade de cloro que entrou no reator. O C O2, N 2 e H 2 O que entram no reator


não participam das reações, sendo inertes.
A corrente de entrada do reator é a F 5. Esta corrente é a junção das duas
alimentações com o reciclo. A fração molar limite de N 2 em F 5 é de 0,01. Essa
estipulação será importante para a determinação da corrente de purga.

Balanço molar da corrente F 5:


F 5=F1 + F 2+ F 20 (16)
F 5 x C H =3,9 F 5 xC l , 5( 17)
4 2

Balanço molar da corrente F 6:


1
F 6 xC H Cl ,6 =γ 1 F 5 x C l ,5 (18)
3
1 2

1
F 6 xC H C l2 ,6 =γ 2 F5 x C l ,5 (19)
2
2 2

1
F 6 x CHC l , 6=γ 3 F 5 x C l ,5 (20)
3 3 2

1
F 6 x CC l , 6=γ 4 F x (21)
4
4 5 C l ,5 2

1 2 3 4
F 6 x HCl ,6 =γ 1 F5 x Cl , 5+ γ 2 F5 x C l ,5 +γ 3 F 5 x C l ,5 + γ F 5 x C l ,5 (22)
1 2
2 3 4 4
2 2 2

1 1 1 1
F 6 x C H ,6=F 5 x C H ,5−γ 1 F 5 xC l ,5 + γ 2 F 5 xC l , 5+ γ 3 F 5 x C l ,5 +γ F5 x Cl , 5 (23)
4 4
1 2 2
3 4 4
2 2 2

F 6 x C O −N −H
2 2 2
O, 6 =F 5 x C O −N −H
2 2 2
O ,5 (24)

Dados numéricos:
kmol
F 6 xC H Cl ,6 =193,4197 ( 25 )
3
h
F6 x C H Cl, 6 kmol
F 5 x C l ,5= 3
=251,8486 (26)
2
0,768 h
kmol
F 5 x C H =3,9 F 5 xC l , 5=982,2096 (27)
4 2
h
17

3.1.5 Alimentação

Existem duas alimentações do processo. São as correntes F 1 e F 2.


F 1 é a alimentação de C H 4, cuja composição é x N ,1=0,01 e x C H , 1=0,99 . 2 4

F 2 é a alimentação de C l 2, cuja composição é x C O ,2=0,0001 e x C l ,2=0,9999 .


2 2

F 2 depende exclusivamente da quantidade de clorados formados, enquanto


F 1 depende do reciclo (e o reciclo depende da purga).

Balanço molar da corrente F 2:


kmol
F 1 x C l ,1=F 5 x C l ,5=251,8486 (28)
2 2
h

Balanço molar da corrente F 1:


F 1 x C H , 1+ F 20 x C H
4 4
,20 =F 5 x C H ,5 (29)
4

3.1.6 Lavadoras

O primeiro balanço nas lavadoras é baseado na consideração de que ambas


são uma unidade. As correntes de entrada são F 8 e F 12, e tem como correntes de
saída F 11 e F 13.
F 8+ F 12=F 11+ F 13(30)

Considerações importantes: A corrente F 13 não contém nenhum traço de


HCl e a única entrada de água na unidade vem da corrente F 12.
F 11 x HCl, 11=F8 x HCl ,8 (31)
F 11 x H 2
O ,11 =F 11 −F11 x HCl , 11 (32)

3.1.6.1 Lavadora 1

As correntes de entrada para esta lavadora são F 8 e F 9. Toda a água


utilizada nela vem da corrente F 9. A composição da corrente F 11 é x H 2 O, 11 =0,93 e
x HCl ,11 =0,07 .
Balanço molar global da lavadora 1:
18

F 8+ F 9=F 11+ F 10 (33)

Balanço molar corrente 9:


F 9 x H O , 9=F 11 x H
2 2
O , 11 (34)
F 9 x H O ,9
F 9 x HCl ,9 = 2
x HCl,9 (35)
x H O ,9
2

Todos os gases saem na corrente de topo da lavadora ( F 10 ¿, assim como


uma quantidade de HCl também.
Balanço molar corrente 10:
F 10 x C O −N −C H
2 2 4
,10 =F 8 xC O −N −C H ,8 (36)
2 2 4

3.1.6.2 Lavadora 2

As correntes de entrada para esta lavadora são F 10 e F 12. A corrente F 12 é


composta de água pura. Todo o HCl que entra nesta lavadora, volta para a lavadora
1 (já que não há HCl em F 13). Todos os gases saem pela corrente de topo.
Balanço molar global da lavadora 1:

F 10+ F 12=F9 + F 13 (37)

A corrente F 13 está saturada em água, sendo necessário utilizar conceitos da


lei de Raoult, conforme descrita na equação abaixo:
x i ,líquido . P=x i , gás . P i( 38)
Sendo x i ,líquido a fração molar na fase líquida, P a pressão da corrente, x i , gás a
fração molar na fase vapor e Pi a pressão parcial da espécie na temperatura do
sistema.
Pelas pressões de vapor dos componentes da corrente F 13, observa-se que
xH 2
=1 (sendo a água o único composto cuja pressão de vapor é menor que a
O , líquido

pressão da corrente 13 ela tem a tendência de permanecer líquida, porém como o


sistema é fechado a corrente 13 se encontra em um equilíbrio líquido vapor, e é por
isso que a lei de Raoult é válida). Dessa maneira é possível determinar a fração
molar de água na corrente 13.
19

P sat (água , 32° C)


xH O , 13 = (39)
2
P13
A Pressão manométrica da corrente 13 é 0,5 bar (isso foi determinado
considerando que haja perda de carga de 0,5 bar em cada lavadora).

P13 =0,5 + P¯atm=0,5 +1,0


¯ ¯ ¯
¿ 1,5 (40)

A Psat ( água ,32 °C ) foi aproximada ao valor tabelado por Smith et al (2007),
das tabelas de vapor de água.

¯
Psat ( água , 32° C )=Pv ( água ,30 ° C ) =4,2461 kPa=0,042461( 41)

Balanço molar da corrente 13:


F 13 x C O −N −C H2 2 4
,13 =F 10 x C O − N −C H
2 2 4
, 10 (42)

( F 13 x C O , 13+ F 13 x N ,13 + F13 xC H ,13 )


F 13= ( 43)
2 2 4

1−x H 2 O ,13

F 9 x HCl ,9 =F 10 x HCl ,10 ( 44)

Balanço molar da corrente 12:


F 12=F 9 x H 2
O ,9 + F 13 x H 2
O , 13 (45)

Balanço molar das correntes 10 e 9:


F 9 x HCl,9 =F 10 x HCl ,10 ( 46)

3.1.7 Reciclo, purga, tanque 1 (vaso de separação) e adsorvedora

A corrente que sai da lavadora 2 é a F 13que logo se divide nas correntes F 14


que vai para a purga e a corrente F 15que vai para o reciclo. A composição das três
correntes é a mesma.
Balanço molar no ponto de purga:
F 13=F14 + F 15(47)
20

No vaso de separação, de corrente de entrada F 16, 95% da água é retirada


pela corrente F 17, e o resto sai pelo topo na corrente F 18:
Balanço global no vaso de separação:
F 16=F17 + F 18( 48)
Balanço na corrente 17:
F 17 x H O=0,95 F 16 x H O (49)
2 2

Balanço na corrente 18:


F 18 x H O=0,05 F 16 x H O (50)
2 2

F 18 x C H −C O − N =F 16 x C H
4 2 2 4
−CO 2−N 2 (51)

Na adsorvedora, a corrente de entrada é a F 19 e nessa operação 99,99% da


água é retirada da corrente e fica retida na adsorvedora.
Balanço corrente 20:
F 20 x H 2
O , 20 =0,0001 F 19 x H 2
O , 19 (52)
F 20 x C H 4
, CO 2 , N 2 =F 19 x C H 4
, C O2 , N 2 (53)

Quantidade de água retida na adsorvedora: 0,9999 F19 x H 2 O ,19

Para determinar qual a dimensão das correntes de purga ( F 14 ¿, de reciclo


(F 20) e de alimentação fresca de C H 4 ( F 1) é necessário seguir os requisitos do
reator:
F 5 x N ,5=F 1 x N ,1 + F 20 x N
2 2 2
,20 (54)
F 5 x C H , 5=F 1 x C H , 1+ F 20 x C H
4 4 4
,20 (55)
Nesse sentido, as composições são calculadas através do procedimento
descrito na seção 3.1.1.2 e é possível determinar a dimensão do reciclo e da purga.
Com os dados do reciclo e da corrente 13, é possível determinar a dimensão
da purga. Segundo a equação já estabelecida previamente.

3.1.8 Destiladora 2
A corrente de entrada desta unidade é a F 21. Têm duas correntes de saída:
F 24 e F 23. A balanço foi realizado de acordo com as informações da malha já
descritas na seção 2.1.
21

Balanço molar global da destiladora 2:

F 21=F 23 + F24 (56)

Balanço molar da corrente F 24:

F 24 x C H 3
Cl ,24 =F 21 x C H 3
Cl, 21 (57)
F 24 x C H 2
C l2 ,24 =0,95 F 21 x C H 2
C l 2 ,21 (58)
F 24 x CHC l ,24 =0,1 F 21 x CHC l , 21(59)
3 3

Balanço molar da corrente F 23:

F 23 x C H 2
C l2 ,23 =F 21 x C H 2
C l 2 ,21 −F 24 x C H 2
C l 2 ,24 (60)
F 23 x CHC l ,23=F 21 x CHC l ,21 −F 24 x CHC l , 24 (61)
3 3 3

F 23 x CC l − H O ,24=F 21 x CC l − H
4 2 4 2
O ,21 (62)

Pela razão de reciclo (RR=1,8) é possível determinar a corrente de reciclo da


destiladora 2 ( F 22b ):
F 24 b
RR= (63)
F 24
3.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Através dos equacionamentos estabelecidos na seção 3.1.4 foram
encontrados os valores apresentados na tabela 4.
TABELA 4: RESULTADOS BALANÇO MOLAR DO REATOR

( ) x i ,5
( ) x i ,6
Componente kmol kmol
F5 F6
h h
C H 3 Cl 0 0 193,421 0,155160

C H 2 C l2 0 0 22,541 0,018082

CHC l 3 0 0 4,030 0,003232

CC l 4 0 0 0,315 0,000253

C l2 251,850 0,202031 0 0

C H4 982,215 0,787921 761,909 0,611194


22

HCl 0 0 251,850 0,202031

N2 12,466 0,010000 12,466 0,010000

C O2 0,054 0,000043 0,054 0,000043

H2O 0,006 0,000005 0,006 0,000005

Total 1246,591 1246,591


FONTE: Os autores (2022).

Através dos equacionamentos estabelecidos na seção 3.1.3 foram


encontrados os valores apresentados na tabela 5.

TABELA 5: RESULTADOS BALANÇO MOLAR NA UNIDADE DE SEPARAÇÃO DE


CLORADOS

( ) x i ,6
( ) x i ,7
( ) x i ,8
Componente kmol kmol kmol
F6 F7 F8
h h h
C H 3 Cl 193,421 0,155160 193,421 0,877941 0 0

C H 2 C l2 22,541 0,018082 22,541 0,102312 0 0

CHC l 3 4,030 0,003232 4,030 0,018290 0 0

CC l 4 0,315 0,000253 0,315 0,001429 0 0

HCl 251,850 0,202031 0 0 251,850 0,245401

C H4 761,909 0,611194 0 0 761,909 0,742400

N2 12,466 0,010000 0 0 12,466 0,012147

C O2 0,054 0,000043 0 0 0,054 0,000053

H2O 0,006 0,000005 0,006 0,000027 0 0

Total 1246,591 1026,279


FONTE: Os autores (2022).

Através dos equacionamentos estabelecidos na seção 3.1.2 foram


encontrados os valores apresentados na tabela 6.

TABELA 6: RESULTADOS BALANÇO MOLAR NA DESTILADORA 1

( kmol
h )
x i ,7
( kmol
h )
x i ,22
( kmol
h )
x i ,21
Componente
F7 F 22 F 21

C H 3 Cl 193,421 0,877941 191,487 0,98 1,934 0,077625


C H 2 C l2 22,541 0,102312 3,908 0,02 18,633 0,747780
23

CHC l 3 4,030 0,018290 0 0 4,030 0,161719


CC l 4 0,315 0,001429 0 0 0,315 0,012634
H2O 0,006 0,000027 0 0 0,006 0,000242
Total 220,312 195,394 24,917
FONTE: Os autores (2022).

Através dos equacionamentos estabelecidos na seção 3.1.8 foram


encontrados os valores apresentados na tabela 7.

TABELA 7: RESULTADOS BALANÇO MOLAR NA DESTILADORA 2

( kmol
h )
x i ,21
( kmol
h )
x i ,24
( kmol
h )
x i ,23
Componente
F 21 F 24 F 23

C H 3 Cl 1,934 0,877941 1,934 0,096526 0 0


C H 2 C l2 18,633 0,102312 17,701 0,883364 0,932 0,190944
CHC l 3 4,030 0,018290 0,403 0,020110 3,627 0,743300
CC l 4 0,315 0,001429 0 0 0,315 0,064523
H2O 0,006 0,000027 0 0 0,006 0,001233
Total 24,917 20,038 4,879
FONTE: Os autores (2022).

Através dos equacionamentos estabelecidos na seção 3.1.6 foram


encontrados os valores apresentados nas tabelas 8 e 9.

TABELA 8: RESULTADOS BALANÇO MOLAR NA LAVADORA 1

( kmol
h )
x i ,8
( kmol
h )
x i ,11
( kmol
h )
x i ,10
( kmol
h )
x i ,9
Componente
F8 F 11 F 10 F9

C H4 761,909 0,742400 0,000 0 761,909 0,937254 0,000 0


N2 12,466 0,012147 0,000 0 12,466 0,015335 0,000 0
C O2 0,054 0,000053 0,000 0 0,054 0,000066 0,000 0
H2O 0 0,000000 511,332 0,67 0,000 0,000000 511,332 0,93
HCl 251,850 0,245401 251,850 0,33 38,487 0,047345 38,487 0,07
Total 1026,279 763,182 812,916 549,819
FONTE: Os autores (2022).

TABELA 9: RESULTADOS BALANÇO MOLAR DA LAVADORA 2


24

( ) x i ,10
( ) x i ,12
( ) x i ,13
( ) x i ,9
Componente kmol kmol kmol kmol
F 10 F 12 F 13 F9
h h h h
C H4 761,909 0,937254 0 0 761,909 0,955984 0 0
N2 12,466 0,015335 0 0 12,466 0,015641 0 0
C O2 0,054 0,000066 0 0 0,054 0,000068 0 0
H2O 0 0 533,892 1 22,561 0,028307 511,332 0,93
HCl 38,487 0,047345 0 0 0 38,487 0,07
Total 812,916 533,892 796,990 549,819
FONTE: Os autores (2022).

Através dos equacionamentos estabelecidos na seção 3.1.7 foram


encontrados os valores apresentados na tabela 10.
TABELA 10: RESULTADOS BALANÇO MOLAR PURGA E RECICLO

( kmol
h )
x i ,14
( kmol
h )
x i ,20
Component
F 14 (purga ) F 20(reciclo)
e

C H4 0,95598 0,98381
355,459 4 406,451 9
N2 0,01564 0,01609
5,816 1 6,650 7
C O2 0,00006 0,00007
0,025 8 0,029 0
H2O 0,02830 0,00001
10,525 7 0,006 5
Total 371,825 413,135
FONTE: Os autores (2022).

Com todos os valores apresentados foi realizado o balanço global de massa


para a malha estudada. Os valores foram apresentados nas tabelas 11 e 12.
As entradas no processo são: F 1, F 2 e F 12. As saídas do processo são: F 22, F 23
, F 24, F 11, F 14, F 17 e a água retida na adsorvedora. Além disso o processo está em
regime estacionário, não havendo qualquer tipo de acúmulo.
ṁ1+ ṁ2+ ṁ12=ṁ 22 + ṁ 23 + ṁ 24 + ṁ11 + ṁ 14 + ṁ 17 + ṁ H 2
O adsorvedora (64)

TABELA 11: BALANÇO DE MASSA GLOBAL ENTRADAS


25

( ) ( ) ( )
Componente kg kg kg Total
ṁ1 ṁ2 ṁ12
h h h
C H4 9241,027 0 0 9241,027

N2 162,924 0,000 0 162,924

C O2 0 1,109 0 1,109

H2O 0 0 9618,073 9618,073

C l2 0 17857,676 0 17857,676
Total 9403,951 17858,785 9618,073 36880,808
FONTE: Os autores (2022).

TABELA 12: BALANÇO DE MASSA GLOBAL SAÍDAS

( kgh ) ( kgh ) ( kgh ) ( kgh ) ( kgh ) ( kgh ) ( kgh ) ( kgh )


Componente
ṁ22 ṁ 23 ṁ24 ṁ11 ṁ14 ṁ17 ṁads . Total

C H 3 Cl 9668,158 0 97,658 0 0 0 0 9765,816

C H 2 C l2 331,897 79,124 1503,350 0 0 0 0 1914,371

CHC l 3 0 432,948 48,105 0 0 0 0 481,054

CC l 4 0 48,424 0 0 0 0 0 48,424

HCl 0 0 0 9181,947 0 0 0 9181,947

H2O 0 0,108 0 9211,643 189,615 205,975 10,732 9618,073

C H4 0 0 0 0 5705,111 0 0 5705,111

C O2 0 0 0 0 1,109 0 0 1,109

N2 0 0 0 0 162,924 0 0 162,924
Total 18393,59
10000,055 560,605 1649,114 6058,758 205,975 10,732 36878,829
0
FONTE: Os autores (2022).

Houve um desvio de 0,005% no balanço de massa global. Este valor é


consequência dos diversos arredondamentos realizados em cada uma das
unidades. Conclui-se que o balanço de massa está coerente com a determinação de
o processo ser em regime estacionário.

CÁLCULO DAS ENTALPIAS


26

Considerações:
Foi calculado as entalpias das correntes 5a, 5b, 5, 6a, 6, 7, 22a, 22b e 21. As
entalpias foram calculadas individualmente para cara componente presente na
corrente e depois somadas para totalizar a entalpia total:

𝐻 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒=∑ 𝐻 𝑖
𝑥
𝑖𝑖

Para calcular as entalpias foi utilizado como estado de referência: 25°C e 1


bar. Do estado de referência foi utilizado as entalpias padrão de formação e somado
a variação de entalpia até a temperatura e pressão finais:

𝐻 ( 𝑇 2 , 𝑃2 ) =𝐻 ( 𝑇 0 , 𝑃 0 ) + Δ 𝐻

E a variação de entalpia de mudança de temperatura, seja gás ou líquido é dada


por:

𝑇
Δ 𝐻 =∫ 𝐶 𝑝 𝑑𝑇
𝑇0

Em todos os cálculos de entalpia envolvendo gases, a variação de entalpia foi


calculada para gases ideais e depois foi somada um fator de correção, as entalpias
residuais, para chegar a um estado de gás real:

𝑔𝑖 𝑅
∆ 𝐻 =∆ 𝐻 + 𝐻

O cálculo da variação de entalpia que envolvem líquidos se dá em cinco


etapas:

Δ 𝐻 =Δ 𝐻 𝑙𝑖𝑞 + Δ 𝐻 𝑣 + 𝐻 𝑅1 + Δ 𝐻 𝑔𝑖 + 𝐻 2𝑅
Onde:
ΔHliq : Variação de entalpia do líquido do estado de referência até a temperatura de
vaporização
ΔHv : Entalpia de vaporização
27

HR1 : Entalpia residual para ir de gás real para um gás ideal


ΔHgi : Variação de entalpia do gás da temperatura de vaporização até a temperatura
final
HR2 : Entalpia residual para ir de um gás ideal para um gás real

Para o cálculo de entalpias residuais foi utilizado a Equação de Estado de


Peng-Robinson:

( 𝑎−𝑇
𝑑𝑇 )
𝑑𝑎

(
1+ h ( 1+ √ 2 )
)
𝑟𝑒𝑠 ❑
𝐻
=( 𝑍 −1 ) − ln
𝑅𝑇 2 ❑√ 2𝑏𝑅𝑇 1+ h ( 1+ ❑√ 2 )

Onde:
3 2
𝑍 +𝛼 𝑍 + 𝛽 𝑍 +𝛾=0
𝛼=−1+ 𝐵
2
𝛽= 𝐴− 3 𝐵 −2 𝐵
2 3
𝛾=− 𝐴𝐵+ 𝐵 + 𝐵
𝑏𝑃
𝐵=
𝑅𝑇
𝑎𝑃
𝐴=
𝑅2 𝑇 2,5
𝑅𝑇𝑐
𝑏=0,07780
𝑃𝑐
2 2
𝑅 𝑇𝑐
𝑎=𝑎 𝑐 𝛼 ( 𝑇 )=0,45724 𝛼 (𝑇 )
𝑃𝑐

𝑅2 𝑇 2𝑐
𝑎 𝑐 =0,45724
𝑃𝑐

[ ( √ )]
2
𝑇
𝛼 ( 𝑇 )= 1+𝑘 1 − ❑
𝑇𝑐
2
𝑘=0,37464 +1,54226 𝜔 −0,26992 𝜔
𝑑𝑎
𝑇 =−𝑎𝑐 𝑘 𝛼 ( 𝑇 ) 𝑇 𝑟
𝑑𝑇
𝑇
𝑇𝑟=
𝑇𝑐
𝑏𝑃
h=
𝑍𝑅𝑇
28

Para o cálculo de entalpias de vaporização foi utilizada a Equação de Riedel:

[
∆ 𝐻 =1,093 𝑅 𝑇 𝑐 ( 𝑇 𝑏,𝑟 )
ln❑ 𝑃 𝑐 − 1,013
0,930 − ( 𝑇 𝑏,𝑟 ) ]
Onde:
𝑇𝑏
𝑇 𝑏,𝑟 =
𝑇𝑐

Para os cálculos das capacidades caloríficas, no caso de gases ideais foi


utilizada a forma polinomial e no caso de líquidos foi utilizada a equação de
Rowlinson-Bondi.
Equação de Rowlinson-Bondi:

[ 25,2 √ 1 −𝑇 𝑟 1,742
]
3
𝐶 𝑝𝐿 −𝐶 ° 𝑝 0,45
=1,45+ + 0,24 𝜔 17,11+ +
𝑅 ( 1− 𝑇 𝑟 ) 𝑇𝑟 1 −𝑇 𝑟

CÁLCULO DAS CARGAS TÉRMICAS E DAS VAZÕES DE UTILIDADES

CÁLCULO DA PERDA DE CARGA, DIMENSIONAMENTO DE


TUBULAÇÕES, BOMBAS E COMPRESSORES
29
30

4 CONCLUSÃO
A alimentação do reator foi calculada de acordo com o que precisava ser
produzido de Clorometano, usando como base de cálculo 10.000 kg/h na corrente
22. Ou seja, os balanços de massa de cada unidade foram feitos de trás para frente
na rota de produção. 
Ao fazer os balanços de massa das lavadoras foi observado que não daria
certo considerar a corrente de reciclo em um primeiro momento, então foi
considerado que todo o metano tinha origem da alimentação. Depois de ter fechado
o balanço dessa maneira, o mesmo foi adaptado considerando o metano de origem
do reciclo. 
Fechando os balanços de massa das lavadoras considerando o reciclo, foi
possível determinar a corrente de purga, assim fechando o balanço de massa da
rota de produção. 
31

REFERÊNCIAS

SMITH, J. M.; VAN NESS, H.C e ABBOTTT, M. M., SWIHART, M. T. Introdução à


Termodinâmica da Engenharia Química, 8° edição, LTC, Rio de Janeiro, 2019.

MANUAL DE PRODUTOS QUÍMICOS. CETESB, 2022. Disponível em: <


https://cetesb.sp.gov.br/emergencias-quimicas/manual-de-produtos-quimicos/>.
Acesso em: 01, julho, 2022 
 
MERCADO CLOROMETANO, Mordor Intelligence, 2022. Disponível em:
<https://www.mordorintelligence.com/pt/industry-reports/chloromethane-market>.
Acesso em: 01, julho, 2022. 
 
VAN WYLEN, G. J.; SONNTAG, R. E.. Fundamentos da termodinâmica clássica.
Editora Edgars Blucher LTDA, 1970. 

WEXLER et al. Encyclopedia of Toxicology. Volume 1, 3° edição, Elsevier, 2014.

SOLOMONS, T. W. Graham; Fryhle, Craig B. Química Orgânica, vol. 1, 9 ed. LTC,


2018.

HIMMELBLAU, D. M. Engenharia Química: Princípios e Cálculos, 8° edição, LTC,


Rio de Janeiro, 2014.

FELDER, R. M. E ROUSSEAU, R. W. Princípios Elementares dos Processos


Químicos. Rio de Janeiro: 2018, 4a. ed., 2005.
32

ANEXO 1 – PLANTA DE PRODUÇÃO DO CLOROMETANO


33

Você também pode gostar