XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, qualificada nos autos do processo
epigrafado, vem, com o devido respeito a esse h. Juízo, por suas patronas, apresentar manifestação ao laudo pericial grafotécnico, nos termos que segue.
O laudo pericial constatou que a assinatura aposta no contrato de
compra e venda firmado entre os litigantes (e acostado aos autos) partiu do punho subscritor da parte autora.
Vejamos o que consta na petição inicial:
No ID XXXXXXXX a Requerida procedeu a juntada do contrato
questionado na exordial, senão vejamos:
Diante das importantes convergências gráficas constatadas, o ilustre
perito chegou às seguintes conclusões:
Não obstante o Perito tenha concluído pela “falsidade” dos
documentos 1, 2, 3, 5, cumpre esclarecer que estes não são questionados na exordial, nem tampouco são objeto da presente lide, razão pela qual a Requerida restringirá sua manifestação à análise pericial do documento de ID 67320417 (objeto da presente demanda).
Neste sentido, tem-se que no item “7” da “6 - Análise Escrita” destacou o
perito que “No. 04, é fato que foi originado pela mão da parte autora”. Portanto, comprovado está que a contratação foi entabulada pela parte autora que, mesmo assinando o contrato de compra e venda, inadimpliu as prestações, dando ensejo à negativação de seu nome junto aos cadastros de inadimplentes.
Diante da conclusão, precisa e segura, constante da prova pericial
realizada nos autos, não há alternativa, senão o julgamento de improcedência dos pedidos formulados na peça de ingresso.
No caso, há evidente litigância de má-fé da parte autora que tentou
alterar a realidade dos fatos para desobrigar-se de obrigação assumida e, pior, locupletar-se ilicitamente às custas da Requerida.
É notória a prática de proliferação de demandas totalmente
infundadas, em que há flagrante abuso de direito dos consumidores, com alegação de inscrição indevida em órgãos de proteção ao crédito quando, na realidade, são os próprios autores quem contrataram perante as sociedades empresariais.
No presente processo, a parte autora litiga de forma temerária, pelo
que deve ser condenada nas penalidades da litigância de má-fé (multa e indenização), custas e honorários advocatícios a serem fixados no percentual de 20% sobre o valor da causa.
Deve a parte autora ressarcir os honorários periciais despendidos
pela Requerida, sendo evidente que tais verbas não são alcançadas pela gratuidade de justiça. Vejamos:
“Cabe, ainda, destacar que a ação é razão de gastos não só para a
autora, mas, também para a outra parte, que tem que se defender e, no presente caso, só para realização de prova pericial, desembolsou R$ 1.750 (mil setecentos e cinquenta reais). Além disso, a contenda movimentou todo o órgão judiciário, que emprega diversos funcionários e recursos materiais para garantir ao cidadão seu acesso a justiça.
É um absurdo um órgão que já está sobrecarregado ter que manter um
processo por quase 5 anos, gastar tempo com audiência de instrução, material e pessoal para uma demanda que não possuía fundamento desde seu primeiro momento, e que só nasceu e foi levada adiante por ausência de cuidado da requerente.
Pela litigância de má-fé, condeno a autora ao pagamento de multa, que
fixo em 1% sobre o valor da causa, assim como o ressarcimento dos honorários periciais despendidos pela requerida para produção de análise grafotécnica de documentos corrigidos monetariamente pelos índices da corregedoria do TJMG, verba não alcançada pelo benefício da gratuidade.” (Processo nº 2615584.37.2008.8.13.0024, 8ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte – BH, Juíza Maria Luíza Santana Assunção, j. 10/04/2013)
Em vista do exposto, requer a improcedência de todos os pedidos
formulados na petição inicial, com a revogação da justiça gratuita deferida, devendo recair sobre a parte Requerente o ônus da sucumbência.
Requer a condenação da parte Requerente nas penalidades da
litigância de má-fé (multa e indenização), além de custas e honorários advocatícios em 20% do valor da causa.
Deve, ademais, ser condenada no ressarcimento dos honorários
periciais despendidos pela Requerida, sendo evidente que tais verbas não são alcançadas pela gratuidade de justiça.