Introdução..........................................................................................................................2
Vida e obra........................................................................................................................3
O Estado da Natureza........................................................................................................4
Contrato Social..................................................................................................................4
Sociedade Civil..................................................................................................................5
Conclusão..........................................................................................................................7
Bibliografia........................................................................................................................8
Introdução
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O PENSAMENTO POLÍTICO DE ROUSSEAU
Vida e obra
É um dos expoentes máximos do iluminismo francês. Tal como Hobbes e Locke, é
teórico do jusnaturalismo (teoria dos direitos naturais). O seu pensamento político
encontra-se expresso no seu livro intitulado "O Contrato Social".
Em 1718 têm início suas primeiras leituras. Em pouco tempo, ele e seu pai haviam
devorado todos os romances da biblioteca de sua mãe, que havia morrido no parto dele
mesmo. A seguir, leu obras de Bossuet, La Sueur, Plutarco, Ovídio, La Bruy ère,
Fontenelle, Molière. E quatro anos depois, seu pai é obrigado a exilar-se e Rousseau
permanece sob os cuidados do pastor Lambercier em Bossey.
Em 1724 volta a Genebra, aprende o ofício de gravador, e mais tarde em 1728 foge de
Genebra e consegue a proteção de Madame de Warens, como catecúmeno. Inicia a
redação de Narciso ou o amante de si mesmo.
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O Estado da Natureza
No capítulo I, do livro I, do Contrato: "O homem nasce livre, e por toda parte encontra-
se aprisionado". O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que
eles. Rousseau imagina um primeiro Estado da humanidade que poderia chamar de
estado de inocência, no qual não havia nenhum dos abusos que se vive em nossa
sociedade. Os homens eram bons, livres e iguais, mas a sociedade ou a civilização
acabam por corromper, havendo assim a necessidade de submeter a lioberdade
individual à vontade geral, facto que se podia concretizar através de um contrato social
pelo qual o Governo interpreta a vontade geral da comunidade. (WEFFORT 2001:194)
Contrato Social
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Os homens reúnem-se, por seu livre consentimento e fazem um pacto de associação, no
qual cada um renuncia a liberdade individual natural, em benefício da comunidade,
visando o bem maior de um e de todos.
Sociedade Civil
O indivíduo já não é um simples homem, mas um cidadão, ele renuncia os direitos
pessoais a favor da comunidade, já não assume a norma por instinto, mas como lei. Com
a entrada em vigor do contrato social as acções adquirem uma moralidade que não
tinham antes.
Agora, ninguém sai prejudicado, porque o corpo soberano que surge após o contrato é o
único a determinar o modo de funcionamento da máquina política, chegando até mesmo
a ponto de poder determinar a forma de distribuição da propriedade, como uma de suas
atribuições possíveis, e estariam dadas todas as condições para a realização da liberdade
civil, pois o povo soberano, sendo ao mesmo tempo parte ativa e passiva, isto é, agente
do processo de elaboração das leis e aquele que obedece a essas mesmas leis, tem todas
as condições para se constituir enquanto um ser autônomo, agindo por si mesmo.
Obedecer à lei que se prescreve a si mesmo é um ato de liberdade.
Segundo Rousseau, um povo, portanto, só será livre quando tiver todas as condições de
elaborar suas leis num clima de igualdade, de tal modo que a obediência a essas mesmas
leis signifique, na verdade, uma submissão à deliberação de si mesmo e de cada
cidadão, como partes do poder soberano. Isto é, uma submissão à vontade geral e não à
vontade de um indivíduo em particular ou de um grupo de indivíduos.
A obediência a lei não é uma obediência a uma vontade, mas a vontade que o próprio
indivíduo constitui. O cidadão é legislador e súbdito ao mesmo tempo, sendo o povo a
única fonte do direito (no contrato social faz-se renúncia do uso de alguns direitos e não
aos direitos como tais), os governantes não gozam de nenhuma autoridade definitiva
sobre ele. Ele permenece o único e verdadeiro soberano. "Os governantes não são
donos do povo, mas seus funcionários e o povo pode nomeá-los e destituí-los ao seu
bel-prazer."
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Contrariamente a Locke, Rousseau rejeita a democracia representativa na qual os
cidadãos são soberanos unicamente porque elegem os representantes e lhes delegam o
poder. Ele quer que o poder soberano não seja apenas uma atribuição nominal do povo,
mas que se exerça efectivamente mediante deliberações directas emanadas de todos os
cidadãos. O governo é responsável perente o povo, quando não segue a vontade do
povo, deve ser detituído.
Para Rousseau, antes de mais nada, impõe-se definir o governo, o corpo administrativo
do Estado, como funcionário do soberano, como um órgão limitado pelo poder do povo
e não como um corpo autônomo ou então como o próprio poder máximo, confundindo-
se neste caso com o soberano. Se a administração é um órgão importante para o bom
funcionamento da máquina política, qualquer forma de governo que se venha a adotar
terá que submeter-se ao poder soberano do povo. Neste sentido, dentro do esquema de
Rousseau, as formas clássicas de governo, a monarquia, a aristocracia e a democracia,
teriam um papel secundário dentro do Estado e poderiam variar ou combinar-se de
acordo com as características do país, tais como a extensão do território, os costumes do
povo, suas tradições etc. Mesmo sob um regime monárquico, segundo Rousseau, o povo
pode manter-se como soberano, desde que o monarca se caracterize como funcionário
do povo.
Rousseau será bastante moderado e usará sempre a máxima que já havia enunciado no
Contrato social: a primeira tarefa do legislador é conhecer muito bem o povo para o
qual irá redigir as leis. Não existe uma ação política boa em si mesma em termos
absolutos. Cada situação exige um tratamento especial. A ação política será mesmo
comparada à ação do médico diante do paciente. Seu papel é prolongar a vida ao
máximo, mas não poderá impedir que o corpo morra, uma vez que tiver completado o
seu ciclo vital. Fazer com que um povo, da servidão, recupere a liberdade, é o mesmo
que recuperar a vida de um doente prestes a morrer. Tal façanha, evidentemente, não
ocorre todos os dias, mas só mesmo por um milagre.
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Conclusão
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Bibliografia
WEFFORT, Francisco C. Org., Os clássicos da política. 13ªed, Vol. 1, São Paulo,
Editora ática, 2001