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Agradecimentos
Aos meus pais, Carlos Aoki e Edineide H. Aoki, e ao meu irmão Edicarlos Aoki,
por todo amor incondicional, zelo e fé, obrigada por estarem ao meu lado em
todos os momentos, por sempre confiarem e acreditarem em mim, espero lhes
trazer orgulho,
Ao professor Dr. Francisco Petracco, pela honra de ter sido sua orientanda da
matéria de projeto,
Ao professor Dr. Paulo Roberto Corrêa, pelo privilégio de ter sido sua
orientanda de monografia, pela paciência, compreensão e por toda atenção e
conhecimentos transmitidos,
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Resumo
Abstract
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Sumário
Introdução................................................................................................ 9
4 Estudos de Caso.................................................................................... 65
4.1 Centro Educacional (Escola-Parque)..................................................... 69
4.2 Centro Integrado de Educação Pública (CIEP)...................................... 77
4.3 Centro de Educação Unificado (CEU)................................................... 87
4.4 Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel (FDE) ...................................... 97
4.5 Análise Comparativa.............................................................................. 107
9
A metodologia utilizada para elaborar esta monografia foi a de buscar
relacionar informações retiradas de fontes teóricas das disciplinas de
Arquitetura e Urbanismo, e também da ciência voltada à Educação, com obras
que abordam o tema da arquitetura escolar, e documentos escritos para
orientar os profissionais de educação do Brasil. Foram estudados livros, teses
e dissertações acadêmicas, como também informações presentes nas
plataformas digitais.
Além das leituras teóricas sobre o tema, foram feitos quatro estudos de caso de
escolas brasileiras, que simbolizam a tipologia de significativos edifícios
escolares. Com o objetivo de procurar compreender as possibilidades de
relação entre as propostas didático-pedagógicas e a configuração dos
ambientes em particular, e a concepção de edifício escolar de forma geral.
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Base Nacional Comum Curricular
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O primeiro capítulo deste estudo, apresenta uma síntese do documento da
"Base Nacional Comum Curricular" (BNCC), cuja versão final foi homologada
em dezembro de 2017 pelo Ministro da Educação, Mendonça Filho, fazendo
parte de uma política de Estado.
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em cada escola, diferentemente das competências e diretrizes, que são
comuns.
As "Competências Gerais da Educação Básica", segundo o documento, têm
como objetivo construir uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Estão
consubstanciadas, sintetizadamente em:
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Como consequência da maior interatividade entre a população, surgem
questionamentos sobre "o que aprender, para que aprender, como ensinar,
como promover redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar o
aprendizado." (SÃO PAULO: 2017a, p.14), com o fato de que a
contemporaneidade está a exigir uma inovação nos processos educativos que
acompanhem a evolução tecnológica, resultando no rápido compartilhamento
de informações e mudanças sociais.
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1.1
Educação Infantil
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A Base Nacional Comum Curricular, no momento que tem como ponto de foco
a Educação Infantil, se apresenta estruturada com a classificação das
seguintes faixas etárias: bebês (zero a 1 ano e 6 meses), crianças bem
pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas (4 anos
a 5 anos e 11 meses). (SÃO PAULO: 2017a, p.25)
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As metas de desenvolvimento para as crianças pequenas (de 4 anos a 5 anos
e 11 meses), são a de demonstrar empatia, percebendo que as pessoas
possuem suas diferenças; agir de maneira mais independente, confiante; criar
relações interpessoais, participar e cooperar; comunicar-se; aprender a agir
com o convívio social; ser solidário; respeitar a todos, suas características,
culturas e modos de vida; desenvolver o autocuidado; criar habilidades
manuais e consciência corporal, com a dança, teatro, música, brincadeiras,
jogos; reconhecer produções de efeitos sonoros, desenvolver o ritmo;
expressar-se por meio do desenho, pintura, colagem, dobradura, escultura,
linguagem oral, escrita, fotos; potencializar a criatividade, com brincadeiras,
livros, histórias; formar relações de comparação; perceber mudanças; relatar
fatos; argumentar; ter a leitura como prazer e ganho de informações; relacionar
números, expressar medidas, quantidades e noções de tempo. (SÃO PAULO:
2017a, p.43-50)
Com o fim desta etapa inicial da Educação Básica, é importante dar muita
atenção ao período de transição da Educação Infantil para o Ensino
Fundamental, visando o equilíbrio, integração e continuidade dos processos de
aprendizagem das crianças. (SÃO PAULO: 2017a, p.51)
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1.2
Ensino Fundamental 1 e 2
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A Base Nacional Comum Curricular, tendo como enfoque o Ensino
Fundamental, dividido em anos iniciais (1º ao 5º anos) e anos finais (6° ao 9°
anos), dispõe de cinco áreas do conhecimento, sendo estas: matemática;
ciências da natureza; ensino religioso; linguagens, que possui competências
específicas como: língua portuguesa, arte, educação física e língua inglesa; e,
ciências humanas, que engloba geografia e história. (SÃO PAULO: 2017a,
p.27)
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É imprescindível que se possibilite a ligação contínua entre as aprendizagens
das duas etapas do Ensino Fundamental, criando uma integração, para que os
estudantes nos anos finais, possam consolidar sua autonomia, pois o aluno se
encontra em um período de transição entre a infância e a adolescência, no qual
ocorrem transformações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais. (SÃO
PAULO: 2017a, p.58)
- Linguagens:
Língua portuguesa: inserção na cultura letrada, alfabetização como foco
(Anos Iniciais), gramática, práticas de leitura, interpretação e análise de textos,
produções textuais, desenvolvimento da oralidade, multiletramento devido à
cultura digital;
Arte: envolve as artes visuais, a dança, a música e o teatro. Desenvolver a
criação, leitura, produção, construção, consciência corporal, memória, reflexão
e expressão por meio de elementos artísticos, manifestando a sensibilidade,
pensamentos, emoções, subjetividades; aprender e reconhecer semelhanças e
diferenças entre as culturas;
Educação física: implica nas práticas corporais - movimento corporal,
organização interna, e produto cultural; relacionado com lazer, entretenimento,
cuidado com o corpo e a saúde. Permitir mediante brincadeiras e jogos,
experiências estéticas, emotivas, lúdicas, competitivas e de equipe, criando
consciência corporal e exercitando o corpo e a mente;
Língua inglesa: educação linguística intercultural, multiletramento, permitindo
a ampliação no cenário para a participação, circulação, comunicação e
relações numa sociedade globalizada. Estendendo as oportunidades para
potencializar conhecimentos e saberes, já que as culturas no mundo
contemporâneo se direcionam a uma constante condição de interação e
(re)construção;
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Currículo Integrador para o
Ensino Público no Âmbito do
Município de São Paulo
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A Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo, detêm como uma
de suas funções a elaboração de documentos voltados à orientação dos
educadores da sua rede de ensino, permitindo a colaboração de alguns desses
profissionais na concepção desses documentos, juntamente com a cooperação
de pesquisas realizadas com educandos.
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2.1
Educação Infantil
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A Secretaria Municipal da Educação, por meio da Diretoria de Orientação
Técnica (DOT) da Educação Infantil e da DOT do Ensino Fundamental e
Médio, desenvolveram um documento chamado "Currículo Integrador da
Infância Paulistana", lançado no ano de 2015, para nortear o sistema
pedagógico da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, envolvendo reflexões
para o Centro de Educação Infantil (CEI) e para a Escola Municipal de
Educação Infantil (EMEI), etapas que antecedem o Ensino Fundamental.
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sejam acolhedores, seguros, mas ao mesmo tempo desafiadores; que
permitam por meio de distintas formas de dinâmicas e vivência, a interação
entre as diferentes idades, e instigar às crianças a irem em busca de
descobertas, novos conhecimentos, desejo de adquirirem cada vez mais
informações.
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2.2
Ensino Fundamental 1 e 2
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O "Currículo da Cidade" é o documento que engloba a integração das
experiências, práticas e culturas escolares implementadas pela Rede
Municipal, apresentando diretrizes educacionais para orientar o trabalho
realizado na educação incorporada pelo Ensino Fundamental, no âmbito da
cidade de São Paulo, publicado em dezembro de 2017.
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- Educação integral: visa o desenvolvimento integral dos estudantes, nos
âmbitos intelectuais, sociais, físicos e culturais;
- Equidade: possui como base a ideia de que todos os alunos são indivíduos
íntegros, potentes, autônomos, com a capacidade de aprender e desenvolver-
se;
- Educação inclusiva: tem como princípio o respeito e valorização da
diversidade e da diferença, reconhecendo o modo de ser, de pensar e de
aprender de cada ser humano.
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sendo protagonistas, com a intenção de projetos que solucionem problemas
reais.
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Outro conceito levado em consideração é o da Educação Inclusiva, que
reconhece a diversidade humana, sendo imprescindível a constituição de uma
escola para todos, tanto em questões relacionadas a sua espacialidade, como
em sua formação envolvendo uma cultura inclusiva. Permitindo que a ação
pedagógica associe a teoria com a prática, executando atividades escolares
heterogêneas para a concretização da perspectiva inclusiva.
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3
A Cumplicidade entre Pedagogia
e Arquitetura
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A escola é um espaço para o desenvolvimento de novas experiências, é
imprescindível que a criança sinta prazer em frequentar este ambiente. Com
este estudo específico, a intenção será a de propiciar aos usuários da escola
espaços agregadores, que promovam uma melhoria no relacionamento social,
no ensino aos alunos e no aumento da qualidade de vida.
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"Argumenta-se que essa configuração desmotiva os alunos e
que a arquitetura nas escolas valoriza a autoridade, e não o
indivíduo, o que estaria em desacordo com as novas
metodologias educacionais. A configuração das salas
tradicionais não permite olhar para os colegas de classe e
trocar ideias, o que prejudica o relacionamento. Apesar dos
diversos estudos que comprovam a necessidade de inovação,
a maioria das escolas no Brasil ainda apresenta o criticado
modo de ensino tradicional, que utiliza espaços de forma pouco
criativa." (KOWALTOWSKI: 2011, p.161)
48
3.1
As Práticas Pedagógicas
49
50
É importante formar uma correlação entre as práticas pedagógicas e a
organização dos espaços da escola. O arquiteto deve investigar e se empenhar
para inteirar-se aos conteúdos que envolvem o âmbito da pedagogia, que
podem nortear a elaboração dos ambientes escolares, para que assim, ele
possa valorizar a arquitetura escolar. Com a ideia de não apenas melhorar seu
aspecto físico, espacial, formal e construtivo, mas também o de proporcionar o
aumento da capacidade do desempenho escolar.
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raciocínio lógico e do espírito científico, com base na
experiência, na observação e na ação para constituir o homem
religioso, social, político, racional, afetivo e moral: um ser
humano integral, estabelecendo uma perspectiva pedagógica
sustentada por uma teoria humanista e espiritualista da sua
formação. Deve-se a Comenius a primeira sistematização das
características básicas da educação moderna, em sua obra
Grande Didacta.
Comenius pregava ainda a necessidade de um ambiente
escolar arejado, bonito, com espaço livre e ecológico, capaz de
favorecer a aprendizagem, que se iniciava pelos sentidos, para
que as impressões sensoriais obtidas pela experiência com
objetos fossem internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela
razão. Seu método didático constituiu-se basicamente com três
elementos: compreensão, retenção e prática, valorizando a
aplicação e o uso definido de tudo o que se ensina. Seu
método preconizava a clareza e a objetividade no ensino da
verdadeira e peculiar natureza das coisas, bem como o
respeito ao ritmo da aprendizagem e à sua verificação, sem
abandonar nenhum assunto até a sua perfeita compreensão."
(KOWALTOWSKI: 2011, p.16)
52
arquiteto deve compreender no espaço a complexidade das questões do
âmbito educacional. Com isso, é pertinente que exista uma intenção de dispor
os ambientes de forma que satisfaça as distintas possibilidades de práticas
educativas, devido ao fato de que quando se é estabelecido um espaço e seu
uso, o arquiteto acaba cooperando na estruturação do ensino.
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inerentes aos mecanismos educativos na concepção do espaço físico. E assim,
possibilitar que o professor pratique seu trabalho pedagógico, com a
qualificação dos ambientes, relacionando o projeto arquitetônico às práticas
pedagógicas.
Baseado em pesquisas realizadas pelo site Por Vir (POR VIR: 2019), no qual
todas as suas publicações abordam conteúdos voltados à área da educação e
por meio de informações encontradas no livro de Dóris K. Kowaltowski sobre
"requisitos funcionais de projeto baseados em metodologias de ensino"
(KOWALTOWSKI: 2011), segue síntese sobre alguns procedimentos extraídos
de um conjunto de práticas pedagógicas associadas à sugestão de ambientes
ideais:
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Personalização: possibilidade de praticar atividades diversificadas,
considerando o perfil, o ritmo e as especificidades de cada aluno;
- Mobiliários que sejam adaptáveis e de fácil locomoção, possibilitando assim,
formar vários tipos de disposição nos ambientes, de acordo com as práticas
pedagógicas a serem realizadas.
Para além dos muros: serviço comunitário, contato com situações práticas,
envolvendo agentes e espaços externos à escola, valorizando e enriquecendo
a cultura local, exposição das visitas realizadas e integração da comunidade
nos projetos da escola;
- Conexão com a população, integração com a infraestrutura social e cultural
existente. Possibilidade que a comunidade utilize o espaço escolar e seus
equipamentos, como a quadra e a biblioteca, podendo ser utilizados nos finais
de semana ou à noite, para a alfabetização de adultos, salas de leitura, jogos,
encontros, etc. Criando um laço entre a instituição de ensino e a comunidade,
estabelecendo uma expansão para o envolvimento das pessoas com a cultura
e a educação.
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duplas, grupos, de toda a classe ou a junção de turmas; com áreas para
apresentação, exposição, observação e registros dos processos desenvolvidos;
58
3.2
Interlocução entre Arquitetura e
Educação
59
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Creio que faça parte da essência humana a busca do "crescimento do ser", no
qual ao passar pelo processo de desenvolvimento de sua educação, o
indivíduo crie a capacidade de discernimento de suas aptidões, ações e atos,
perante a sociedade. E assim, unindo as decisões de projeto às práticas
pedagógicas, a expressão arquitetônica consolida uma correlação entre a
proposta pedagógica e a organização dos espaços da escola; o ambiente
também deve representar suas diretrizes educacionais com propostas
atualizadas, onde os espaços sejam flexíveis para atender as suas infinitas
possibilidades.
62
assim, satisfazendo a realização do planejamento e trabalho de uma educação
desejada.
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"Ambiente estimulante, lugar para o ensino em grupo, conectar
interior com exterior, áreas públicas incorporadas ao espaço
escolar, segurança, variedade espacial, interação com o
ambiente externo, permitir modificações, flexibilidade, riqueza
de recursos, ambientes ativos e passivos, espaços
personalizados e espaços comunitários." (KOWALTOWSKI:
2011, p.164)
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Estudos de Caso
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Este capítulo apresentará quatro obras de arquiteturas escolares que fizeram
parte da história da estrutura educacional brasileira.
67
Dados dos projetos:
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4.1
Centro Educacional
(Escola-Parque)
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Anísio Teixeira (1900-1971), foi um intelectual que ao fazer parte de cargos
importantes relacionados à educação, como por exemplo, assumindo o título
de conselheiro geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1946, e o de Secretário da Educação e
Saúde da Bahia em 1947-1951, elaborando o Plano stadual de ducação
scola, e tam ém sendo su scritor do ani esto dos Pioneiros da ducação
Nova, orientou na concepção ideológica e arquitetônica do programa das
Escolas-Parque correspondendo a uma importante experiência de renovação
do sistema educacional público.
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Para o seu conceito poder ser empregado, e com isso, resultando em uma
nova concepção espacial de escola, Teixeira propôs que se formasse um
centro popular educacional, onde cada Escola-Parque atendesse quatro
Escolas-Classe, sendo que a construção de cada Escola-Classe apresenta 12
salas de aula, espaço para administração, secretaria, sala de professores e
uma pequena biblioteca. O ensino seria dividido em duas etapas, com um
sistema alternado de dois turnos (manhã e tarde); em um dos turnos, os alunos
iriam para as Escolas-Classe, onde receberiam o ensino tradicional em salas
de aula, no turno seguinte, os alunos iriam para a Escola-Parque, que ficaria
em um outro terreno maior, possibilitando a construção dos ambientes voltados
para atividades extra curriculares. As crianças desenvolveriam sua relação
social, reforçariam o aprendizado envolvendo atividades como educação física,
a educação musical, a educação sanitária, assistência alimentar e uso da
leitura. (LEME: 2013, p.49 e 50)
Os terrenos das Escolas-Parque, precisam ter sua área bem aproveitada, com
a intenção de baratear o atendimento às demandas sociais e a ideia de que o
edifício deve apresentar boa iluminação, ventilação e acústica. O projeto deve
conter equipamentos e serviços variados, sendo planejados como unidades
urbanas mais completas, possuem importância em sua dimensão urbana,
desenvolvendo melhor as relações entre espaço público e privado.
(KOWALTOWSKI:2011, p.89)
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Com a intenção de racionalizar a construção, e focando mais em seu programa
educativo, as escolas resultaram em construções com elementos pré-
fabricados, com estrutura independente de concreto armado e fechamento de
alvenaria de tijolos, com acabamentos padronizados. Os pilotis originavam
pavimentos sem fechamentos, sendo ideais para espaços de recreação; suas
circulações e ventilações são concebidas em função de um programa, possui
amplas janelas com vidros transparentes; a cobertura é feita de telhas de
fibrocimento sobre lajes pré-fabricadas, na falta do telhado, a laje era
impermeabilizada e se estendia em forma de marquise de acesso e proteção
para entradas e circulações externas. (FDE: 1998a, apud
KOWALTOWSKI:2011, p.90)
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oi projetada dentro do conceito de um espaço completo de ormação, em um
período em que se mesclavam princípios modernos na arquitetura e idealismo
social nos programas arquitet nicos. (BASTOS: 2009, p. 42, apud SOARES:
2013, p.29)
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entrada principal da scola-Parque apresenta um corredor co erto que dá
acesso ao pavilhão administrativo locali ado em um dos lados, e ao pavilhão
socializante do outro, seguido por um corredor que dá acesso às salas dos
professores, diretoria, sanitários para uncionários e secretaria, chegando ao
re eitório. circulação para os outros pavilh es possui área co erta. (LEME:
2013, p.59)
Com o passar dos anos o projeto original das Escolas-Parque, de certa forma,
foi se descaracterizando, pois mesmo que as construções tenham sido
mantidas, foram modificadas algumas formas de ocupação e da utilização de
espaços arquitetônicos, com a ideia de aumentar a capacidade de atendimento
do número de alunos. (LEME: 2013, p.8)
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Figura 1 - Implantação esquemática do conjunto de edifícios do Centro Educacional Carneiro Ribeiro.
Fonte: Eboli, T. Uma experiência de educação integral. Salvador: INEP, 1969. P.21.
Figura 2 - Imagem de satélite do terreno Centro Educacional Carneiro Ribeiro e de seu entorno.
Fonte: Google Maps.
Disponível em: < https://www.google.com/maps/place/R.+Saldanha+Marinho,+134+-+Caixa+D'agua,+Salvador+-+BA,+40323-010/@-12.956695,-
38.4911048,582a,35y,10.96h/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x716052e2f54bf5d:0x654cebd1baaec895!8m2!3d-12.9578186!4d-38.492235>. Acesso em: 14
fev. 2019.
76
4.2
Centro Integrado de Educação
Pública (CIEP)
77
78
O projeto para os Centros Educacionais de Educação Pública, surgiu no
período que o Leonel Brizola foi governador do estado do Rio de Janeiro,
sendo eleito em 1982, e tomando posse em março de 1983. Em seu governo,
envolvendo os órgãos das secretarias de educação municipal e estadual, criou
a Comissão Coordenadora de Educação e Cultura, tendo seu então vice-
governador Darcy Ribeiro como presidente desta, anteriormente o mesmo foi
ministro da educação, durante o governo do presidente João Goulart. Brizola
elaborou o Programa Especial de Educação com a participação de professores
do Rio de Janeiro, no qual Darcy era coordenador, iniciando um programa de
reforma do sistema escolar público de ensino fundamental. (RIBEIRO: 1986,
p.16 e p.20)
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Com a intenção de produzir uma fonte de informações para expor o que são os
CIEPs, em 1986, Darcy Ribeiro publicou "O livro dos CIEPs", descrevendo com
detalhes as questões que envolveram o projeto dos Centros Educacionais de
Educação Pública.
Tendo capacidade para abrigar 1000 alunos, o conjunto é constituído por três
blocos:
Prédio principal: com três pavimentos conectados por uma rampa central. No
térreo, em um dos lados estão localizados a cozinha e um refeitório para 200
pessoas, que fica entre dois pequenos jardins dos quais as crianças são
estimuladas a cuidar; no lado oposto está o centro médico e dentário, de
138m², com banheiro e sala para atendimentos e enfermagem, com a intenção
de apresentar múltipla utilidade como, além de ser um posto de saúde
comunitário, pode apresentar programas como campanhas e palestras voltadas
à transmissão de conhecimentos relacionados a saúde; e no amplo espaço
central permanece o recreio coberto. Nos pavimentos superiores, ficam as
salas de aula, as salas especiais para estudos dirigidos e outras atividades,
um auditório, áreas de apoio e administração. No terraço, existe um espaço
para atividades de lazer e dois reservatórios de água. Possui planta de formato
retangular com vãos de metros no sentido longitudinal, e vãos de 6 e 8
metros no transversal, pilares com 10 metros de comprimento e lajes com até
20m², sua estrutura apresenta aberturas arredondados, preenchidas por peitoril
colorido e esquadrias de alumínio.
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Salão Polivalente: engloba o ginásio coberto, com quadra poliesportiva,
arquibancada em um dos lados, vestiários atrás do ginásio e depósito para
guardar os materiais. O espaço voltado para a prática de esportes e aulas de
educação física, também permite a possibilidade de ser usado para
apresentações teatrais, shows de música, roda de capoeira, festas etc. Aos
finais de semana, feriados e férias escolares, fica disponível para a
comunidade usufruir, sendo um equipamento importante para a realização da
intenção de integração da população, por meio do CIEP. A construção possui
dimens es de m x m, permitindo vigas de metros de extensão que
co rem o ginásio esportivo.
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O IP Padrão possui área total de . m , composto pelo prédio principal
de . m, i lioteca alojamento para crianças de m e o salão
polivalente com . m ; o ideal era que o conjunto osse implantado em uma
área de 10.000 m². O CIEP Compacto apresenta área de 5.400 m². Como a
intenção era a de se construir escolas em série, segundo Oscar Niemeyer,
"surgiu naturalmente a utilização do pré-fabricado, para fazê-las multiplicáveis,
econômicas e rápidas de construir, nesses casos é a economia que exige a
repetição e o modulado". (RIBEIRO: 1986, p.108)
O CIEP Tancredo Neves, está implantado em um terreno que possui uma área
de aproximadamente 7.500 m², localizado na Rua do Catete n°77, no Catete,
Rio de Janeiro.
om o apoio do governo municipal, o entro Integrado de
ducação P lica I P ancredo eves é um dos poucos
CIEPs no Rio de Janeiro que ainda tem uma proposta próxima
do projeto original, com aulas do ciclo ásico pela manhã e
atividades extracurriculares tarde.
Os governos que sucederam aos de ri ola, no entanto, não
deram continuidade administrativa ao projeto e alguns CIEPs
foram municipali ados. Outros continuam so a tutela do
governo estadual; e há ainda os que são compartilhados pelas
duas administraç es." (LEME: 2013, p.98)
82
Envolvendo o período da administração pós-Brizola, surge a questão do
abandono dessas instituições, e críticas aos problemas decorrentes das
condições acústicas relacionado ao espaço das salas de aulas, que são
demarcadas com divisórias que não alcançam o teto, e portanto não criando
uma barreira acústica. (KOWALTOWSKI: 2011, p.106)
83
Figura 4 - Implantação do projeto padrão do Centro Integrado de Educação Pública.
Fonte: Imagem retirada do “ ivro dos I PS”.
Figura 5 - Plantas e pequeno corte do projeto padrão do Centro Integrado de Educação Pública.
Fonte: Imagens retiradas do “ ivro dos I PS”.
84
Figura 6 - Foto do Centro Integrado de Educação Pública Tancredo Neves.
Fonte: Google Maps.
Disponível em: < https://www.google.com/maps/@-22.9228287,-
43.1770908,3a,75y,114.03h,100.16t/data=!3m6!1e1!3m4!1s3yFHsYROKnQBbUWs_DyKOw!2e0!7i13312!8i6656>. Acesso
em: 14 fev. 2019.
Figura 8 - Imagem de satélite do terreno Centro Integrado de Educação Pública Tancredo Neves e de seu entorno.
Fonte: Google Maps.
Disponível em: < https://www.google.com/maps/place/Ciep+Presidente+Tancredo+Neves/@-22.9229433,-
43.1766124,189m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x997f811e7976b7:0x579b744658b24b24!8m2!3d-22.9230688!4d-
43.1767973>. Acesso em: 14 fev. 2019
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86
4.3
Centro de Educação Unificado
(CEU)
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88
Os Centros de Educação Unificado, construídos no município de São Paulo,
possuem a ess ncia do projeto da scola-Parque de nísio eixeira, tendo seu
modelo escolar como referência como também seus conceitos pedagógicos. A
proposta do projeto teve inicio no governo de Luiza Erundina, contudo, foi
durante o governo de Marta Suplic - , que os projetos ásicos
oram desenvolvido pelos arquitetos da pre eitura, relacionados ao I
ep artamento de di icaç es), que a proposta se consolidou e passou a ser
implantado.
92
, m, que é o tamanho da sala de aula. o plano vertical, o
módulo mínimo é cm, que é a altura do espelho da escada,
e a altura do piso a piso entre pavimentos é de 3,40 m.
São tam é m padroni adas as cores para melhor destaque e
visuali ação dos espaços como no l oco didático, no
pavimento térreo, o centro possui uma escada de acesso ao
piso superior, sanitários, vestiários, consultório médico e
dentário, todos são pintados na cor a ul; a ala com cor amarela
faz parte da creche e a cor laranja pintada para demarcar a
biblioteca, um telecentro e uma cozinha padaria escola
experimental. cor vermelha é usada nas escadas e peitoris
metálicos e em todas as caixilharias dos l ocos." (LEME: 2013,
p.113)
Adotando como destaque o CEU Rosa da China, o projeto foi elaborado pelos
arquitetos Alexandre Delijaicov, André Takiya e Wanderlei ri a, e
desenvolvido pela i visão de Projetos de di icaç es I da Pre eitura
unicipal. O complexo oi inaugurado em agosto de , está locali ado no
distrito Sapopem a, pertencente su pre eitura ila Prudente Sapopem a,
região da ona leste de São Paulo. (Melendez, 2003, apud KOWALTOWSKI:
2011, p.100).
93
independentes do loco principal, uma está na extremidade do edi ício, as duas
restantes estão em aces opostas, entre o edi ício didático e o edifício
cultural/esportivo. (SOARES:2013, p.98 e 99)
Para ter uma ideia da abrangência do CEU Rosa da China, as regi e s por ele
atendidas são a enda da uta, a rdim la, ascarenhas de orais,
ard oso r anco, Parque Santa adalena, ardim Sapopem a, ar acio nal e
eot nio ilela. O acesso ao U osa da hin a, com transporte p lico, só é
possível por meio da utili ação de ni us; a população da região é
predominantemente formada por uma camada social de baixa renda e pouca
escolaridade, com muitos nem chegando a completar o ensino fundamental. E
se insere em uma área com assentamentos precários, com loteamentos
irregulares e com pouco acesso à equipamentos culturais. Em 2000, a região
possuía apenas uma i liot eca e poucas praças. (SOARES: 2013, p.95)
94
Figura 9 - Foto CEU Rosa da China Fonte: Nelson Kon Figura 10 - Foto CEU Rosa da China Fonte: Nelson Kon
Figura 11- Foto CEU Rosa da China Fonte: Nelson Kon Figura 12- Foto CEU Rosa da China Fonte: David Rego Jr.
95
96
4.4
Escola Estadual Jardim Ataliba
Leonel (FDE)
97
98
O projeto de arquitetura escolar realizado por Alvaro Puntoni e Ângelo Bucci,
foi denominado como Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel, porém
atualmente foi nomeada como Escola Estadual Pedro de Moraes Victor; está
localizada na zona norte da cidade de São Paulo, a área do terreno é de
10.765 m², e a área construída é de 4.210 m². O ano de seu projeto é de 2003,
e o ano da conclusão da obra foi em 2006, fazendo parte do período de gestão
de Geraldo Alckmin como governador do Estado.
99
madeira, que ajudam na proteção ao excesso de entrada de luz
solar; as passarelas metálicas pintadas na cor vinho, que
interligam os dois núcleos de salas de aula e são atirantadas
na cobertura, vencendo vão de 22 m; e, por fim, os dois painéis
criados pelo artista plástico Speto, conhecido por seus grafites.
O projeto recebeu menção honrosa no Prêmio IAB/SP em
2006." (MONOLITO: 2011, p.96)
100
o período antecedente aos anos , as construç es e manutenç es dos
edi ícios escolares no stado de São Paulo eram eitas pela O S P
om panhia de on struç es scolares do stado de São Paulo , no entanto,
no ano de , oi criada a un dação para o ese nvolvimento da ducação
, se tornando responsável pelas construç es da escolas estaduais. o
m ito municipal, o encarregado pelas novas construç es e re ormas, era o
ep artamento de di icaç es (EDIF). (SOARES: 2013, p. 52)
101
relacionada a necessidade da construção de novas unidades nas periferias da
cidade, devido ao seu crescimento, unido a procura de moradias mais baratas
pela população carente, resultando em uma maior demanda de vagas nas
escolas dessas regiões. (SOARES: 2013, p. 53)
102
Figura 14 - Planta do térreo da Escola Jardim Ataliba Leonel
Fonte: Site da SPBR arquitetos
Disponível em: <http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/escola-fde-jardim-ataliba-leonel-2/>. Acesso em: 14 fev. 2019
103
Figura 17 - Imagem do corte do projeto da Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel
Fonte: Site da SPBR arquitetos
Disponível em: <http://www.spbr.arq.br/portfolio-items/escola-fde-jardim-ataliba-leonel-2/>. Acesso em: 14 fev. 2019
104
Figura 19 - Foto da Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel Figura 20 - Foto da Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 21 - Foto da Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel Figura 22 - Foto da Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel
Fonte: Nelson Kon Fonte: Nelson Kon
Figura 23 - Foto da Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel Figura 24 - Foto da Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Nelson Kon
105
106
4.5
Análise Comparativa
107
108
As escolas escolhidas para o estudo, por estarem localizadas em capitais
populosas e importantes do Brasil, fizeram parte da história do seguimento do
serviço educacional do país e serviram como referência para o
desenvolvimento de posteriores projetos. Para realizar a concepção das
arquiteturas escolares abordadas, a elaboração de suas espacialidades foram
baseadas em conceitos pedagógicos, porém a continuidade das propostas
pedagógicas é prejudicada pela constante instabilidade política. "Várias dessas
propostas são iniciativas isoladas e, muitas vezes, desvinculadas de um projeto
político pedagógico mais amplo, razão pela qual não tem continuidade nem
conseguiram atingir os objetivos declarados." (Ribeiro, 2004, apud
KOWALTOWSKI:2011, p.104)
109
O Centro Educacional Carneiro Ribeiro foi um projeto pioneiro relacionado ao
ensino de educação integral no país. A Escola Estadual Jardim Ataliba Leonel
seguiu o programa, regras e normas pré-estabelecidas que são encontradas no
site da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), sendo que os
escritórios terceirizados possuem uma maior liberdade para a elaboração do
projeto. Em contraponto, os Centros Integrados de Educação Pública e os
Centros Educacionais Unificados seguiram um projeto padrão. É importante
que o projeto padrão apresente certa flexibilidade, para ser ajustado à situação
do local em que será implantado, não deve ser construída como se fosse um
elemento isolado.
110
5
Projeto Arquitetônico
111
112
O partido arquitetônico constitui-se do intento de proporcionar uma maior
relação entre a escola, o aluno, a família e a comunidade, criando uma
aproximação e um envolvimento entre o conceito do público e privado.
Permitindo o uso dos espaços da instituição de ensino nos finais de semana,
estando inclusas áreas como as quadras poliesportivas, a biblioteca, o fab lab,
o teatro, pátios, sala de música, dança, e assim difundindo o esporte, a arte, o
conhecimento e a cultura.
113
114
5.1
Área de Estudo
115
116
O local para a implantação do projeto, está localizada próximo à estação de
trem e metrô do Brás, o lote é cercado pelas Ruas Martim Burchard, Prudente
de Morais e Domingos Paiva, e está à frente do Parque Benemérito José Brás.
Breve histórico:
O livro "450 Bairros - São Paulo - 450 anos", escrito pelo jornalista Levino
Ponciano, estudioso com vasta experiência relacionada às questões da
metrópole paulista, discorre sobre os bairros da cidade de São Paulo. Este
exemplar foi tomado como referência para a coleta de dados do bairro do Brás,
a seguir apresentados.
117
Existem outros possíveis motivos para o nome do bairro, sendo um deles uma
homenagem à Brás Cubas por ter fundado uma vila na região, ou o fato de que
uma das chácaras pertencia à Brasílico, conhecido como Brás, filho da
marquesa de Santos.
O desenvolvimento do bairro do Brás foi lento até 1889, ano que foi
proclamada a República. Os imigrantes foram atraídos para a região durante o
ciclo da cultura do café, eles desembarcavam em Santos e de trem chegavam
ao Brás, onde eram abrigados na Hospedaria dos Imigrantes, local que hoje é
o Memorial do Imigrante.
A maioria dos estrangeiros que se estabeleceram no bairro do Brás, eram de
descendência italiana, e começaram a construir pequenas fábricas, que ligadas
à expansão cafeeira promoveram grande progresso local, aumentando
significativamente o número de habitantes.
118
Questões importantes que levaram à escolha do local para a implantação da
escola:
119
Figura 9 - Mapa: Legislação Urbana - Zoneamento Lei 16.402/16 - Perímetro das Zonas (1) Fonte: Geosampa
120
Fotos do Parque Benemérito José Brás:
Figura 27 - Foto do Parque Benemérito José Brás Figura 28 - Foto do Parque Benemérito José Brás
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 29 - Foto do Parque Benemérito José Brás Figura 30 - Foto do Parque Benemérito José Brás
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 31 - Foto do Parque Benemérito José Brás Figura 32 - Foto do Parque Benemérito José Brás
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
121
Fotos da Rua Domingos Paiva:
Figura 33 - - Foto da Rua Domingos Paiva Figura 34 - Foto da Rua Domingos Paiva
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 35 - Foto da Rua Domingos Paiva Figura 36 - Foto da Rua Domingos Paiva
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 37 - Foto da Rua Domingos Paiva Figura 38 - Foto da Rua Domingos Paiva
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
122
Fotos da Rua Prudente de Morais:
Figura 39 - Foto da Rua Prudente de Morais Figura 40 - Foto da Rua Prudente de Morais
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 41 - Foto da Rua Prudente de Morais Figura 42 - Foto da Rua Prudente de Morais
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 43 - Foto da Rua Prudente de Morais Figura 44 - Foto da Rua Prudente de Morais
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
123
Figura 45 - Foto da Rua Prudente de Morais Figura 46 - Foto da Rua Prudente de Morais
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 47 - Foto da Rua Prudente de Morais Figura 48 - Foto da Rua Prudente de Morais
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 49 - Foto da Rua Prudente de Morais Figura 50 - Foto da Rua Prudente de Morais
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
124
Fotos da Rua Martim Burchard:
Figura 51 - Foto da Rua Martim Burchard Figura 52 - Foto da Rua Martim Burchard
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 53 - Foto da Rua Martim Burchard Figura 54 - Foto da Rua Martim Burchard
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 55 - Foto da Rua Martim Burchard Figura 56 - Foto da Rua Martim Burchard
Fonte: Larissa C. Aoki Fonte: Larissa C. Aoki
125
Fotos do terreno / Vistas da plataforma do metrô Brás:
126
5.2
Memorial Justificativo
127
128
O edifício possui 79,20 metros de comprimento, por 64,80 metros de largura,
seguindo o padrão da FDE, com modulação de 7,20m / 10,80m, pilares de
30x60cm, vigas de 30x80cm e lajes com altura de 20cm.
O lote em que o projeto está inserido é cercado pelas Ruas Martim Burchard,
Prudente de Morais, Domingos Paiva, e por uma rua interna que foi criada
visando a segurança e facilidade de acesso para os alunos. Evitando o
congestionamento do trânsito do entorno.
No centro deste bloco está localizado o espaço de vivência com o pátio central
coberto, unido ao refeitório, cozinha e cantina. Neste local também encontra-se
a rampa que além de proporcionar acessibilidade, adquiri função contemplativa
durante o trajeto dos alunos para o primeiro pavimento; neste andar estão
dispostos os laboratórios de informática, física, química e biologia.
129
O bloco central apresenta saliências em sua fachada, a geometria resultante
desse volume promove uma simbologia para o setor estabelecido às salas de
aulas. O formato das salas de aulas é o de um polígono simples, com a ideia
de proporcionar ao espaço a possibilidade de formação de diferentes layouts e
dinâmicas variadas, cada sala apresenta um compartimento reservado para
guardar materiais utilizados nas atividades pelos professores e alunos. No
térreo estão as salas para as turmas do pré até o 4º ano, no primeiro
pavimento as salas para as turmas do 5º ao 9º ano, e no segundo o grêmio
estudantil, as salas de artes marciais e dança, com acesso à quadra
poliesportiva.
O bloco retangular menor voltado à Rua Domingos Paiva, possui em sua área
próxima à Rua Prudente de Morais a prumada do elevador e das escadas, e no
seu ponto central a prumada de sanitários. No pavimento térreo, perto das
salas do pré ao 2º ano, está a brinquedoteca, seguido pela sala de artes, sala
de multimídia com espaço para a rádio escola, salas de música e artes cênicas.
No primeiro pavimento, este bloco abriga as salas de multiuso e reforço, e as
oficinas de linguagens, matemática, ciências humanas, e ciências da natureza,
conjunto de salas destinado às turmas de 1º ao 3º anos, o segundo pavimento
apresenta o mesmo conjunto atribuído às turmas de 4º ao 6º anos e no terceiro
pavimento para as turmas de 7º ao 9º anos.
O grande volume do edifício, possui um vão livre onde está localizado uma
praça central descoberta, sua concepção vem da intenção de promover um
centro de convivência e encontros, gerando interações e trocas de ideias ao ar
livre, proporcionando a realização de atividades educativas extra-classe, como
leitura, contação de histórias, educação ambiental, reuniões com todo o corpo
130
docente e discente, sendo um local que pode funcionar como ponto de
descompressão e anti-estresse. A praça apresenta diversas funções,
favorecendo o bem estar social e psicológico, jardins embelezando o espaço,
permitindo a contemplação do paisagismo, fornecendo sombra e proteção, com
solo permeável, trazendo melhorias para a sensação térmica e qualidade do ar.
Intenções estas que também são destinadas para a praça externa projetada
próxima à Rua Martim Burchard, contendo quadra poliesportiva descoberta,
"playground", horta, para a conscientização nutricional dos educandos, e um
patamar elevado, inspirado na proposta dos coretos, espaço este ao ar livre
que pode abrigar diversas formas de expressão, como por exemplo concertos
musicais, reunião para debates, discursos para a comunidade, manifestações
populares e culturais. Conectado a este mesmo patamar, desenvolve-se uma
arquibancada voltada para a direção do teatro, pois a parte posterior do palco
se abre para a praça, permitindo a integração do ambiente externo ao interno,
originando um teatro arena, ampliando a correlação entre a comunidade e a
escola.
131
132
5.3
Peças Gráficas
133
134
5.4
Imagens Maquete
181
182
Figura 60 - Maquete 2 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 61 - Maquete 2 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 62 - Maquete 2 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 63 - Maquete 2 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 64 - Maquete 2 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 65 - Maquete 2 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 66 - Maquete 2 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 67 - Maquete 2 Fonte: Larissa C. Aoki
183
184
6
Memória do Processo
185
186
Imagens das capas de algumas bibliografias:
Figura 68 - Capa "Arquitetura e Educação" - Buffa e Pinto Figura 69 - Capa "Arquitetura Escolar" Figura 70 - Capa "O Livro dos CIEPs"
Figura 71 - Capa "Arquitetura e Educação" - Lima Figura 72 - Capa "Vigiar e Punir" Figura 73 - Capa "Microfísica do Poder"
Figura 74 - Capa "Currículo Figura 75 - Capa "Base Nacional Figura 76 - Capa "Currículo da Cidade"
Integrador da Infância Paulistana" Comum Curricular"
187
Imagens do trabalho da matéria de experimentação:
Figura 77 - Trabalho da matéria de experimentação / Escola Várzea Paulista Fonte: Larissa C. Aoki
188
Figura 78 - Trabalho da matéria de experimentação / Fuji Kindergarten Fonte: Larissa C. Aoki
189
Figura 79 - Trabalho da matéria de experimentação / Centro Infantil El Guadual Fonte: Larissa C. Aoki
190
Fotos da primeira maquete:
Figura 80 - Maquete 1 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 81 - Maquete 1 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 82 - Maquete 1 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 83 - Maquete 1 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 84 - Maquete 1 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 85 - Maquete 1 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 86 - Maquete 1 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 87 - Maquete 1 Fonte: Larissa C. Aoki
191
Imagens do desenvolvimento do projeto:
Figura 90 - Perspectiva 1 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 91 - Perspectiva 1 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 92 - Perspectiva 1 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 93 - Perspectiva 1 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 94 - Perspectiva 2 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 95 - Perspectiva 2 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 96 - Perspectiva 2 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 97 - Perspectiva 2 Fonte: Larissa C. Aoki
192
Figura 98 - Perspectiva 2 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 99 - Perspectiva 2 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 100 - Perspectiva 2 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 101 - Perspectiva 2 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 102 - Perspectiva 3 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 103 - Perspectiva 3 Fonte: Larissa C. Aoki
Figura 104 - Perspectiva 3 Fonte: Larissa C. Aoki Figura 105 - Perspectiva 3 Fonte: Larissa C. Aoki
193
194
7
Considerações Finais
195
196
O trabalho final de graduação apresentado teve como objetivo trazer a reflexão
sobre a importância da cumplicidade entre a arquitetura e a pedagogia,
almejando a concepção de um edifício escolar adequado para a contribuição
de uma educação integral. O projeto originou-se mediante indagações sobre a
espacialidade das escolas e seus reflexos no desenvolvimento dos educandos,
tendo como parte de seu processo a busca pela compreensão de questões
relacionadas à convergência dessas diferentes ciências.
197
198
Referências bibliográficas
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