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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema do Trabalho:
A Transposição e simplificação didáctica no ensino da geografia e os objectivos do
ensino de geografia

Nome e Código do Estudante:


Faustina Lobo Rocha Segurar
708212820

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Didáctica de Geografia
Ano de Frequência: 2º Ano

MILANGE, AGOSTO DE 2022


Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências
edição em citações citações/referências 4.0
Bibliográficas
e bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução ....................................................................................................................... 1

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 2

1.1.1. Gera……………………………………………………………………………...2
1.1.2. Específicos………………………………………………………………………2

1.2. Metodologia ................................................................................................................. 2

2. Transposição e Simplificação Didáctica no Ensino da Geografia .................................. 3

2.1. Conceito de Transposição ............................................................................................ 3

2.2. Principais Estratégias de Implementação..................................................................... 3

3. Objectivos Específicos da Geografia .............................................................................. 4

4. Objectivos Transdisciplinares ......................................................................................... 5

5. Conclusão ....................................................................................................................... 6

6. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 7

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1. Introdução
Analisar o ensino em Geografia exige certa dedicação no que diz respeito às questões
conceituais, visto que o saber ensinado, ou seja, o saber transmitido na escola é diferente do
saber científico. Esta distinção ocorre em virtude do processo pelo qual esses dois saberes são
produzidos.

Nesse contexto, esta pesquisa busca entender a relevância da transposição e simplificação


didáctica no ensino da geografia e os objectivos do ensino de geografia. A discussão a
respeito dos conteúdos que devem compor as grades curriculares dos diversos níveis e séries
está de ponta cabeça. É praticamente impossível encontrar-se alguma reflexão que parta do
estabelecimento dos objetivos e funções específicas da geografia na escola para, a partir daí
definir encadeamentos de conteúdos.

O presente trabalho está estruturado de forma a facilitar a fornecer bases solidas para boa
percepção do tema em questão. Com o objectivo de alavancar o tema, no desenvolvimento do
trabalho iremos abordar os seguintes conceitos: Estratégias de implementação da transposição
e Simplificação didáctica no ensino de Geografia; os objectivos específicos da Geografia; e os
objectivos transdisciplinares.

O trabalho está estruturado da seguinte forma: capa; Folha de Feedback; Folha para
recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos;
metodologia; análise e discussão (desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e
referencias bibliográficas.

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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Falar da Transposição e simplificação didáctica no ensino da geografia e os objectivos
do ensino de geografia.

1.1.2. Específicos
 Identificar as estratégias de implementação da transposição e Simplificação didáctica
no ensino de Geografia;
 Identificar os objectivos específicos da Geografia;
 Destacar os objectivos transdisciplinares.

1.2.Metodologia
O presente trabalho realizou-se com base nas regras de publicação de trabalhos cinéticos da
UCM. Para o desenvolvimento do tema em questão, recorreu-se a leitura de varias obras
literárias, artigos e manuais que abordam assuntos relacionados com o tema. Como não basta-
se, recorreu-se também ao uso da internet.

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2. Transposição e Simplificação Didáctica no Ensino da Geografia
2.1.Conceito de Transposição
O pioneiro deste novo conceito foi o Chevellard Yves, matemático francês (1985). A
transposição didáctica é um processo pelo qual o saber produzido no âmbito científico é
transposto para o conhecimento construído em sala de aula. De acordo com Ciavolella &
Zanini (2012) transposição didáctica é um processo realizado em duas etapas: externa e
interna. A externa refere-se a escolha, feita por um grupo de pessoas, dos conceitos científicos
de base que que serão parte do currículo e dos livros didácticos. Ainda segundo o autor acima
citado, refere-se que:

Essa etapa é marcada pela generalização e fragmentação do conteúdo para sua difusão.
A interna consiste na utilização das primeiras etapa para elaborar o conhecimento
destinada à sala de aula, com o intuito de torna-lo desfragmentado e significativo de
acordo com os objetivos do professor e contexto dos alunos. Como em todo o
processo, na transposição didáctica podem ocorrer intercorrências como
acrescimentos, supressões, deformações e criações didácticas (p. 17).

Por isso, é importante entender como o professor reconhece esse processo e utiliza o livro
didáctico com parte dele. Dessa forma, defende-se que a entendimento do conceito pode
auxiliar os professores na escolha crítica de materiais didácticos e na intencionalidade na
realização dos processos da transposição didáctica interna.

2.2. Principais Estratégias de Implementação


De acordo com Jemuce (s/d) a transposição didáctica pode-se operar em 4 níveis:

 No programa de ensino: onde vai determinar os conteúdos de ensino retendo uma


parte do saber científico em função dos objectivos e finalidades gerais do ensino, na
formação dos adolescentes e na Iniciação às disciplinas próximas que não estão
representadas no ensino secundário como é o caso da disciplina de demografia,
economia, turismo, climatologia, Geomorfologia.
 No professor Durante a planificação: o professor, a partir dos métodos, conteúdos e
do programa em si, ele retém uma parte do saber científico em função do tempo
planificado, em função das expectativas dos alunos em dar-lhes respostas, em função
dos objectivos, finalidades da disciplina, conteúdos e, em função da sua interpretação
e dos procedimentos específicos.
 Na aula: é a reconstrução a nível da própria aula. As observações feitas levam a
concluir que os objectivos, métodos e conteúdos também são modificados no decurso

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da aula. Este procedimento ocorre em função das dificuldades que os alunos terão, em
função dos meios disponíveis e em função da maneira de dar a aula ou transmitir os
conteúdos.
 No aluno: ocorre a nível do aluno. Este constrói o seu saber através da retenção e
apropriação duma parte dos conteúdos propostos e, segundo a sua maneira e forma de
acção.

Segundo Jemuce (s/d) de acordo com estes 4 níveis, podemos perceber eu existe de certa
forma uma modificação e distanciamento entre o saber científico e o saber escolar do aluno,
mas em todos os momentos deve estar patente o rigor científico. Este distanciamento é
inevitável, mas necessário, pois, corresponde a lógica diferenciada da universidade até ao
aluno.

3. Objectivos Específicos da Geografia


Numerosas obras ou artigos consagrados à geografia e ao seu ensino tentaram formular os
grandes objectivos de um ensino novo ou renovado. De acordo com Mendonza (2005),
rejeitando um saber enciclopédico cortado e recortado aos bocados ao sabor da moda e das
reformas dos programas, a maior parte Insiste numa refundação dos objectivos gerais em
torno de alguns princípios essenciais:

a) Adquirir um conhecimento de base do espaço terrestre e da vida dos homens na Tera.


Este conhecimento, que responde à curiosidade dos adolescentes sobre o aqui e o
acolá, deverá também desenvolver os sentidos da observação, a imaginação e virtudes
como a tolerância e o espírito cívico.
b) Saber situar os lugares e os factos não somente num mapa mas ainda nos respectivos
meios e as diferentes escalas bem definidas a fim de saber determinar a d1menso
espacial de qualquer questão nu problema.
c) Compreender e explicar as regras de funcionamento dos diferentes territórios, e das
sociedades humanas no seio destes espaços: ambiente ecológico das sociedades, factos
de organização social, importância das culturas; compreender e explicar as dinâmicas
e as mudanças.
d) Preparar para a acção, não a acção excepcional, mas a acção quotidiana: circular,
viajar, compreender as informações dos mass media, ser um cidadão responsável
preocupado com o ambiente,.. Este objectivo geral está muito desenvolvido no Reino

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Unido, onde os vários manuais iniciam os alunos na tomada de decisão em geografia,
por exemplo.

A partir destes objectivos gerais, convém seleccionar a seguir a aquisição dos saberes e saber-
fazer, o que se fará nas segunda e terceira partes do livro. Mas é precisa também determinar
os saber-ser, como bem alertou por exemplo A. Bailly no quadro dos programas de geografia
relativo ao bacharelato internacional, onde foram fixados três objectivos:

 Permitir aos alunos ordenar as representações espaciais num mundo em que estas são
cada vez mais nítidas;
 Favorecer uma reflexão sobre a eficácia da abordagem dos problemas espaciais e
sobre o nosso modo de compreender e vaticinar as práticas espaciais;
 Revelar a subjectividade das representações espaciais para lhes fazer compreender os
fundamentos ideológicos e suas consequências nas nossas práticas.

Por outro Lado, o que cada vez mais se torna fundamental é ensinar menos a geografia, e dar
a todos uma educação geográfica cujo fim é ‘conseguir que os homens não se sintam mal nos
seus espaços e meios, dentro das suas próprias paisagens e regiões, mas também nas
paisagens e regiões das civilizações que não são as suas. Porque ai conhecerão as origens e as
evoluções: ainda porque, compreendendo-as, estarão aptos a agir e transformá-las com
conhecimento de causa.

4. Objectivos Transdisciplinares
Em numerosos trabalhos, insiste-se também na formação dos alunos pela geografia, pois as
pesquisas e as aquisições em geografia podem servir para transferir para outros domínios do
conhecimento e da acção. por exemplo, saber tomar/adquirir uma informação, identificar um
problema, relacionar fenómenos, saber imaginar urna solução, medir o impacto (Ciavolella &
Zanini, 2012).

Com outras ciências e disciplinas, a aprendizagem da geografia permite pois desenvolver


numerosas atitudes, capacidades e competências gerais. Facilita também a aprendizagem de
técnicas e uso de ferramentas sempre úteis em qualquer lugar, por exemplo: saber ler uma
fotografia, saber construir um gráfico, saber utilizar um programa informático (Ciavolella &
Zanini, 2012).

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5. Conclusão
Conclui-se que, o processo de transposição didáctica está directamente ligado ao processo de
ensino/aprendizagem. Torna-se pois fundamental identificar os critérios a partir dos quais os
professores possam operar no domínio da transposição didáctica, para que a produção de
conhecimentos seja de forma adaptativa aos processos de socialização das pessoas. Assim, é
importante entender os caminhos da transformação de saberes científicos em saberes a
ensinar, e construir um ensino-aprendizagem de função que se adapte às realidades de cada
escola numa concepção de Educação Matemática crítica.

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6. Referências Bibliográficas
Ciavolella, Bruno; Zanini, Marilurdes. (2012). Transposição didáctica: o contexto
sociocognitivo em atividades articuladas entre leitura e produção textual. Maringá-
PR, 9, 10 e 11 de junho de 2012 – ANAIS – ISSN 2177-6350.

Jemuce, Luisa. (s/d). Didáctica de Geografia I. Universidade Católica de Moçambique Centro


de Ensino à Distância – CED. Moçambique – Beira.

Mendonza, Miguel A. G. (2005). La Transposición didática: História de um concepto,


Revista Latinoamericana de Estúdios Educativos. Volumen 1, p. 83-115 Julio,
Diciembre.

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