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RESUMO 

Narra-se o caso de Zélia (nome fictício), 56 anos, sexo feminino,


divorciada e aposentada. Zélia é usuária do (CAPS) e está em psicoterapia
pela abordagem Cognitivo Comportamental. Chegou para psicoterapia com
as seguintes queixas: depressão recorrente, alucinações, isolamento social e
tentativas de suicídio. Durante a anamnésia, tomei conhecimento que Zélia
passava os dias trancada em seu quarto e não praticava nenhum exercício
físico nem tinha momentos de lazer, questionando-a, detectou-se
comportamento autoritário e controlador, com baixo repertório de
habilidades sociais. A cada sessão, Zélia relatava uma série de eventos
estressores, geralmente nas relações familiares, por não ter controle sobre
esses eventos, sentia impotente e frustrada. Optou-se por trabalhar,
primeiramente, a aceitação com o intuito de amenizar a angústia que lhe
ocasionava tanto sofrimento, permeando sempre algum conteúdo
psicoeducativo. Com isso Zélia foi tomando consciência de que essa
postura adotada por ela só aumentava seu sofrimento e aos pouquinhos foi
voltando seu olhar para si mesma, para o auto cuidado. Contudo, os
conflitos familiares continuavam presentes no seu dia-dia, sobretudo, as
constantes brigas do filho mais velho com o pai dele, e sem dúvida, esse
era o principal gatilho para desencadear nela, as crises depressivas. Este
filho foi convidado a acompanhá-la em sessão, buscando sua participação
cooperativa no processo terapêutico da mãe. Utilizou-se psicodrama e
roleplay, afim de treinar as habilidades sociais, melhorando a sua
comunicação e a empatia para com os demais. Aplicando a ativação
comportamental, progressivamente, Zélia foi retomando algumas
atividades como: caminhada, crochê, tricô, bordado de sandálias com
missangas e algumas pinturas em tecido. Analisando a evolução do caso
Zélia, que permanece em psicoterapia mas já trabalhando sua alta, é notório
o avanço referente à tomada de consciência, a capacidade de fazer escolhas
mais assertivas e tomar decisões mais assertivas. Seu humor melhorou
consideravelmente, já consegue elaborar melhor e ressignificar os
acontecimentos. - Enquanto estagiário, este caso tem me proporcionado
uma escuta mais afinada, uma sensibilidade mais latente às demandas da
cliente e com isso fazer intervenções mais assertivas.

Palavras-chave: depressão, consciente, relações, terapêutico.

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